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História A Cidade Amaldiçoada - A Mudança


Escrita por: stormm

Notas do Autor


Olá, essa história será um teste. Vamos ver até aonde chega.

Capítulo 1 - A Mudança


Fanfic / Fanfiction A Cidade Amaldiçoada - A Mudança

```Querido diário... hoje é meu último dia aqui em casa. Meus pais estão sofrendo muito com a crise atual no país e resolveram vender todos os nossos bens para mudar de cidade. Amanhã vamos para a nova casa em São Martinho RS, fiz pesquisas sobre esse lugar e nossa, será muito chato. Tenho vontade de fugir mas seria pior. Deixar meus amigos pra trás será o mais difícil. Eu odeio meus pais.```

O dia seguinte começa com correria, os pais de Yohan o acordam fazendo palhaçada tentando animar o filho. O casal estava consciente que seu filho não teria aprovado a mudança mas tentavam deixar o clima mais leve, afinal hoje era o dia de conhecer a casa nova, amigos novos, uma vida nova.

– Eu tenho 15 anos! Parem com isso por favor ! – O menino irritado por toda agitação grita com seus pais apontando o dedo para a porta, o casal imediatamente perde o olhar brilhante e dá as costas para o filho que ainda com um semblante furioso apontava o dedo para a porta.

– Seu café está pronto lá na cozinha, amor. Nós saímos em 50 minutos. – A mãe avisa seu filho sem olhar para trás e logo fecha a porta do quarto com demasiada força, dando para ouvir o estalo das madeiras ao se encontrarem. Yohan jogou seu corpo na cama tapando os olhos com as mãos, estava controlando a respiração para não chorar. O som do celular ao lado do travesseiro chama sua atenção, ele o pega e vê que haviam mais de 99 mensagens dos seus amigos. Ele franziu o cenho estranhando, mas decidiu ignorar jogando o celular para um canto qualquer.

– Droga. – O celular começa a vibrar sem parar até que ele decide pega-lo novamente abrindo as mensagens.

– Que...– As mensagens eram sobre a nova cidade que Yohan iria morar. Seus amigos estavam comentando sobre uma antiga lenda que falava de acontecimentos assustadores que se passaram em uma igreja daquela cidade. Aquilo o deixou com calafrios.

Após alguns minutos, Yohan já estava dentro do carro com seus pais. Ele pensou em perguntar sobre a tal lenda mas o orgulho era maior, não queria puxar assunto com eles. Eles iniciam a viagem e Yohan observa pelo vidro traseiro sua casa ficando pra trás até desaparecer.

— Você vai gostar de lá, é calmo, filho. – O pai de Yohan fala olhando pelo retrovisor. Yohan se volta  para frente encarando os olhos do pai pelo espelho sem falar nada.

Eles percorreram boa parte do caminho sem trocar nenhuma palavra, as horas pareciam não passar para Yohan, ele só conseguia pensar em tudo que estava deixando para trás e aquilo o enfurecida.

Fizeram uma pequena parada em um posto de gasolina e sua mãe perguntou se ele não gostaria de comprar um lanche na loja de conveniência, mas ele só negou com a cabeça. Estava entediado por estarem prolongando aquela viagem que tanto o aborrecia.

Horas depois eles chegam em frente à sua nova casa, Elizabeth, mãe de Yohan o chama, mas  ele havia adormecido na segunda metade do caminho. Ela o encara e diz sussurrando com um olhar consternado, que estavam fazendo aquilo pensando no melhor para ele e para toda a família. Ela passa a mão em seu cabelo suavemente, de forma que ele acorda com um sobressalto.

– Chegamos. – ele esfrega os olhos e abaixa o vidro do banco traseiro podendo ver sua nova casa. Não pode conter o sorriso, a casa é maior que a sua antiga. Ele abre a porta sem tirar os olhos da casa de cor azul e dois andares.

— Por quê não vai dar uma olhada filho? – Ao ouvir sua mãe, Yohan sai correndo em direção a porta ansioso para ver seu novo quarto, ao adentrar a porta da frente em um frenesi se depara com vários  móveis em madeira trabalhada, decorados com inúmeros arabescos em ferro e madeira, pareciam ter sido feitos por mãos muito habilidosas, ao mesmo tempo que não pareciam pertencer ao restante da casa, algo ali estava em desarmonia, mas ele não se deteve muito nestes detalhes e se virou procurando a escada, que a sua esquerda, erguia-se estreita e angulosa para o andar de cima. Subiu correndo ainda ansioso, e ao chegar no topo da escada se depara com um porta de cor preta no final do corredor, diferente de todas as outras  da casa.

— Que estranho. – Seus olhos fixos naquela porta foram transformando seu semblante eufórico em uma expressão curiosa, e seu sorriso em uma linha de lábios semicerrados. Com passos lentos sobre o piso de madeira ele se aproximou da porta e tocou a maçaneta gelada, seu coração pulsava com tamanha força, que mal conseguia ouvir sua respiração. Girou a maçaneta aos poucos, até que seu pai que vinha pelo corredor o interrompe. 

— O que está fazendo, filho ? – Yohan deu as costas a porta e foi até seu pai tentando disfarçar sua tensão.

— Ah.... Queria achar meu quarto pai. – O pai de Yohan o olha inquisitivamente, o analisando como se desconfiasse de algo. E então abre a porta ao lado, localizada exatamente no meio do corredor.

— Esse é seu quarto. – Yohan agradeceu seu pai, desconcertadamente e entrou no quarto vazio, que calculou ser ao menos três vezes maior que o seu antigo, o que trouxe um sorriso malicioso no canto da boca.

— É... posso me acostumar ! – Sorrindo o menino levou a mão ao bolso de trás da bermuda, e percebendo que seu diário nao estava ali, sentiu seu corpo gelar.

— Não, não ! Droga ! – Ocorrendo ele desceu as escadas esbarando nas paredes até o carro do seu pai, entrou no carro e começou a procurar por tudo, mas sem sucesso.

— Mãe ! – Ele grita correndo até sua mãe que estava entrando na casa.

— Mãe. O caminhão da mudança chega em qual horário ? — Ela assustada pela atitude do seu filho leva a mão a testa dele pensando que poderia estar doente.

— Eles devem estar pegando nossas coisas nesse momento filho.

A equipe de mudança já estava com quase todos os móveis nos caminhões mas faltava apenas um, a cama do quarto de Yohan. Dois homens de aparência jovem subiram até o quarto e com habilidade pegaram a cama, um objeto cai e eles olham. Era um pequeno diário, o homem mais novo e menos experiente pega o diário e guarda em seu bolso, logo voltam ao trabalho. Já com os dois caminhões na estrada o homem sentado no banco do carona pega o diário e sem questionar abre na última página escrita.

— Hey ! Carlos. Pra onde está indo essa mobília ? – Ao ler a localização que o menino havia escrito lembrou do seu passado na mesma cidade. O motorista apenas pegou um papel onde havia o nome da cidade e outras informações jogando para o homem no carona, ao ler viu que era a cidade que passou a sua infância, a cidade amaldiçoada.

Algumas horas depois os caminhões chegaram, Yohan foi de imediato ao encontro dos homens perguntado de seu diário. Até chegar no homem que havia achado.

— Você tem que sair desse lugar ! – O homem falou deixando o diário nas mãos de Yohan que o olhou estranhando as palavras dele. — Aqui tudo é do mau, tudo ! – Yohan sem resposta apenas viu o homem sair de sua frente e começar a descarregar a mobília. Olhou seu diário ainda com cara de quem estava tentando entender tudo aquilo. Quando foi se virar pra entrar em sua casa esbarrou em um senhor de idade que parecia estar ali atrás de propósito.

— Oh. Desculpa senhor. — Yohan estendeu a mão para cumprimentar o senhor de idade mas o mais velho Apenas deu as costas e entrou em sua casa, Yohan de início não perceberá que haviam muitos vizinhos. Ele começou a olhar casa por casa e teve um susto, em todas havia uma pessoa olhando direto nos olhos de Yohan, ele sentiu um cala frio percorrer seu corpo é entrou correndo em sua casa com o diário em mãos.



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