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História A colecionadora de cicatrizes - Regina.


Escrita por: TrizDosAnjos

Notas do Autor


Oi leitores amados, como estão?
Espero que gostem do cap ❤

Capítulo 8 - Regina.


Fanfic / Fanfiction A colecionadora de cicatrizes - Regina.

“Então, acorde-me quando tudo estiver acabado

Quando eu for mais sábio e mais velho

Todo este tempo eu estava procurando por mim mesmo

E não sabia que eu estava perdido”

– Wake me up, avici

                                                                              ❤ ❤ ❤

  Eu estava de volta á minha casa. Tudo estava escuro e silencioso demais. Eu podia sentir as diversas camadas do vestido que eu usava me sufocando e minha cabeça latejar por causa do penteado.

  Eu sabia que a qualquer momento algo muito sério iria acontecer, sabia que ia me assustar e chorar. Sabia que aquela calmaria era apenas uma ilusão.

  Vi uma luz mais a frente e caminhei diretamente até o local. Não me passou pela cabeça que pudesse ser perigoso.

  Chegando lá me deparo com a sala de jantar. A enorme mesa estava ocupada por diversas pessoas, todas amarradas e desesperadas. Dentre elas identifiquei Neal, meu coração acelerou e eu corri até ele.

-Não se preocupe meu amor, irei tirá-lo daqui! –Falei tentando desfazer os vários nós que o mantinham preso.

  Neal olhou para mim, ele estava assustado, e então começou a chorar. Eu nunca o vira chorando e aquilo deixou-me desconcertada.

  Então senti uma mão em meu ombro e uma queimação se instalou em meu corpo. Imediatamente eu soube quem era. Meu sangue gelou.

  Vire-me, dando de cara com o nada. Confusa franzi a testa e procurei por alguém, mas todos me olhavam apavorados, chorando e implorando por ajuda.

  Uma risadinha conhecida invadiu meus ouvidos e eu me voltei para Neal novamente. Ele já não estava mais amarrado, na verdade não estava mais ali. Tinha simplesmente desaparecido. Em seu lugar estava meu pai, com um sorriso sarcástico no rosto. Dei um passo para trás ao ver que ele segurava sua adaga.

-Não. –Falei recuando enquanto ele se levantava e vinha em minha direção. – Por favor, eu não fiz nada. –Implorei sentindo as lágrimas molharem meu rosto.

-Corra Emma! –Ouvi Neal gritar.

  Atordoada, esquadrinhei o lugar, esquecendo completamente de meu pai.

-Neal? – Perguntei e logo o vi mais a frente, me olhando. - Neal! –Chamei-o entre os soluços, porém ele simplesmente se virou e foi embora. – Neal! Para onde você foi? –Gritei, caindo de joelhos, não suportando a dor que sentia.

  Minha mãe surgiu ao meu lado. Ela me olhava carinhosamente, e apertava meu ombro como se dissesse “Não chore querida. Ele não era o rapaz certo para você.”.

-Mamãe. –Minha pergunta acabou soando mais como uma afirmação por causa do choro excessivo.

  Ela sorriu carinhosamente e passou a mão pela minha face, como se a admirasse.

  Repentinamente lembrei-me de meu pai e olhei para frente. Ele não olhava mais para mim, e sim para minha mãe. Um olhar tão matador que me fez esquecer o choro e tudo o que sentia. Foi como se, por alguns segundos, eu fosse a personificação do medo.

-Mamãe cuidado! – Avisei enquanto meu pai se aproximava com a adaga erguida acima da cabeça. Era como se tudo estivesse acontecendo extremamente devagar. –Mamãe! –Estapeando seus braços, que era o que eu conseguia alcançar no momento. Virei-me para meu pai, percebendo que alertar minha mãe não iria funcionar. –Pai! Não faça isso! –Porém ele nem sequer olhou para mim. Foi direto em minha mãe, cravando sua adaga no peito dela. –MÃE!

  A pior parte foi ver seu olhar doce e amoroso perdendo a vida. Foi saber que eu estava sozinha com um homem horrível. Sem amor.

  Então a escuridão tomou conta de mim mais uma vez, fazendo tudo aquilo desaparecer: o corpo inerte de minha mãe, a sala lotada de vítimas e a fera cruel que ainda me olhava.

                                                                                           

  Abri meus olhos. A luz era tão forte que tive a impressão de que ficaria cega a qualquer instante.

-Olá bela adormecida. –Uma voz feminina brincou. Não consegui identificar de onde vinha, nem onde estava.

  Por algum tempo senti como se houvesse uma grande bolha em minha cabeça me impedindo de pensar.

-Você se recuperou mais rápido do que imaginei. –Disse a voz novamente. – É uma garota forte.

  Então, assim que a mulher invadiu meu campo de visão com seu sorriso melancólico, fui atingida por tudo o que havia acontecido.

-Regina? –Perguntei ainda um pouco grogue.

  A mulher deu uma risadinha.

-Eu mesma. –Disse ao sentar-se na beira da cama. –Consegue se lembrar do que aconteceu?

  Franzi a testa, virei a cabeça para o lado oposto esquadrinhando o lugar.

  A cabine do capitão parecia muito mais espaçosa do outro lado da janelinha. Aliás, onde estava Killian? Ele havia permitido minha estadia em seu quarto? Espere, eu estava na cama dele?

-Emma? –Regina me chamou, trazendo-me de volta do mundo da lua.

-Lembro que fiquei muito tempo sem comer, subi naquela cadeira para falar com Killian e acabei perdendo o equilíbrio. –Falei apoiando os braços na cama para poder me sentar. Imediatamente senti uma fisgada em meu braço esquerdo e soltei um gemido de dor.

-Cuidado! –Regina alertou preocupada. – Foi mais ou menos isso. Porém você ficou desacordada por todo esse tempo por ter escondido esse ferimento aí. –Disse indicando meu braço com o queixo. –Acabou ficando seriamente infeccionado.

  Olhei meu braço enfaixado que agora estava latejando.

-Eu ia contar.

-Pois é, ia. O que significa que não contou. –Ela disse séria e eu me encolhi com vergonha. – Mas agora já estou resolvendo isso. Tomando essas poções aqui - Ela apontou para alguns vidrinhos que estavam no criado mudo. - direitinho, você logo estará novinha em folha.

- Pensei que piratas não tivessem sentimentos. –Deixei escapar.

  Regina riu.

  -Bom, eu não sou uma pirata.- Ela disse arrumando o cabelo.

-Não? –Indaguei, surpresa.

   Regina olhou-me nos olhos, com um sorriso maroto.

- Digamos que estou aqui só de passagem.

-Então, onde está o capitão? –Perguntei me remexendo na cama em busca de uma posição mais confortável.

-Fazendo o trabalho dele. –Disse sorrindo sem mostrar os dentes enquanto colocava um pouco de um líquido azul de um de seus frascos num copo com água.

-Então, você é de onde? – Tentei puxar assunto.

-Nossa! Você é bem falante! –Regina brincou, fazendo-me corar. – Eu nasci num pequeno reino do sul.  –Respondeu entregando-me o copo, enquanto erguia a sobrancelha esquerda.

  Bebi o líquido todo de uma vez, sentindo o gosto horrivelmente amargo. Tive vontade de cuspir tudo e lavar minha boca com sabão, mas não o fiz.

  Regina riu da careta que fiz ao entregar-lhe o copo vazio.

-Eca, esse troço é horrível. –Reclamei sentindo um arrepio percorrer meu corpo.

-Sim, mas se quiser um braço curado terá que beber isso três vezes ao dia.

  -Minha vida melhora a cada segundo. –Ironizei.

-A, com toda certeza. –Regina riu.

  Remexi-me na cama, desconfortável com o silêncio que surgiu entre nós duas.

-Bem, quanto tempo fiquei desacordada? –Perguntei, mesmo sem estar interessada. Queria era conversar com alguém.

-Uns dois dias, mais ou menos.

  Eu murmurei algo genial e super interessante, uma coisa que todos deveriam dizer para manter uma conversa: “Hm”.

  Killian entrou no lugar mal encarado, como sempre. O capitão simplesmente caminhou até sua escrivaninha e permaneceu lá, sem trocar uma palavra comigo ou com a morena.

  Eu e Regina trocamos um olhar do tipo: “O que foi isso?”.

-Bom, eu vou indo Emma. Lembre-se antes de dormir tome uma dose da poção verde, Killian sabe a quantidade.

  Antes que a mulher saísse me despedi com um sorriso, então ela bateu a porta e o silêncio incômodo voltou a tomar conta do lugar.

  Eu queria dizer alguma coisa, conversar, fazer amigos. Porém como eu poderia conversar com Killian? Quer dizer, ele tinha causado aquilo tudo e, além do mais, eu não tinha assunto com ele.

  Tentei prestar atenção em coisas idiotas, como as teias de aranha do teto ou a poeira acumulada sobre os móveis, porém logo o balanço do navio começou a me causar enjoo

  Eu não queria, mas lembrei de como os braços de Neal eram sempre quentes, de como era bom abraça-lo e de como sentia falta dele.  Eu queria tanto saber o que havia acontecido, por que ele tinha ido sem mim. Ainda desconfiava que meu pai estivesse por trás daquilo, talvez tivesse expulsado o rapaz ou o matado. Pensar nessa hipótese só me fez sentir pior.

  Eu não queria me sentir daquela forma, não queria sentir falta dele, não queria nada. Talvez quisesse que meu pai evaporasse para que eu pudesse ser feliz com minha mãe, com Ruby, até mesmo com August.

  De um jeito estranho estar em um navio pirata não me assustava mais, eu estava livre de meu pai. E se tivesse de dar minha liberdade em troca da estadia ali, eu não hesitaria em entrega-la, pois distância era pouco perto do que queria de meu pai.

                                                                                           ❤


Notas Finais


E então, o que acharam? Gente vcs viram o ep? Eu tô bem morta. E aquela promo? De quem vcs acham que é o dedão? #Embuscadodeão #Killianévc? #Dequeméodedão
Um beijão gente, até semana q vem :* ~Sim, estou correndo~


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