- Então, acho que vai ser legal na nova cidade, né?! Tudo novo, bem emocionante. -falo sem pensar nas palavras, apenas digo para acabar com tal assunto
- Pois é, mas de deixa continuar? Eu quero falar sobre nós dois.
- Nós dois não! Nossa amizade, não existe e nunca existiu nós dois!
- Nossa desculpa, não sabia que ficaria irritada com essa minha tentativa de me declarar para você…-fala parecendo desanimado
- Não, não. Me desculpa, é só que passei 2 anos gostando de você e você nunca sentiu nada por mim, agora me aparece com essa história, parece que só ta falando essas coisas pra me convercer a ficar.
- Lógico que não, eu gosto de você. Bom, não posso te prender aqui contra sua vontade, mas se quisesse ficar eu te adotava. -ele fala e começa a me fitar com os olhos.
- Acho que seria legal ser sua enteada. -falo e começo a rir
- Óh não! Não era esse tipo de adoção que eu estava sugerindo. -fala com um sorriso malicioso brotando em sua face
- Aah sim. -falo sem graça
- Você é bonitinha, sabe?! Mas acaba ficando linda com as bochechas avermelhadas de vergonha. -fala e sorri logo depois
- Obrigada, eu acho. -começo a fitar seu rosto e cara, como ele é lindo.
- Bom, como não posso te mater em cativeiro por aqui, eu quero me despedir direito.
- Como as… -ele me interrompe selando nossos lábios, envolvendo minha cintura com uma de suas mãos e elevando a outra até minha nuca, em um beijo envolvente. Acaba mordendo meu lábio inferior e me olha com um sorriso no canto da boca, deixando-me sem graça.
- SOPHIAAA! -Camila grita ao me procurar
- AQUI! -grito já em pé com os braços levantados para chamar a atenção dela.
- Aah, ai está você! Vamos! Já está na hora de ir pra casa.
- Mas já?! -Eduardo arregalou seus belos olhos
- Sim, ela vai embora amanhã! E eu como boa amiga que sou tenho que ajuda-la a se acordar, se preparar, etc..
- Você quer se livrar de mim mais rápido isso sim! -falo fazendo uma carinha de choro e com a mão em meu coração para enfatizar o falso drama.
- Eeeeu?! Lógico que não! Por mim você nem iria embora! -Camila disse parecendo um pouco irritada com minha acusação a ela.
- Mas é ela…
- Seus pais não estão aqui, lá você vai conhecer novas pessoas e poderá ter novas e várias oportunidades para o seu futuro. Nós já sabemos! -fala revirando os seu olhos, mostrando que o único sentimento agora é frustração.
- Camila nos deixa a sós, por favor! -falo juntando as mãos em gestos como se estivesse suplicando a ela.
- Arg, beleza! -fala revirando os olhos
- Obrigado. -falo e abro um pequeno sorriso para Eduardo enquanto ela sai
- Então, sobre o que vamos falar agora que ela acabou de sair?
- Bom, queria falar sobre minha mudança sem que você reclame… Pode ser?
- Claro! Pode ir falando, percebi que o máximo que posso ser pra você é um psicólogo.
- Saiba que já pensei em você como algo a mais que amigo, lembra?! Eu gostava de você, seu bocó! Bom, eu vou viver outra vida, melhor ou pior que a de agora. Talvez eu tenha bons, ótimos, maravilhosos, perfeitos amigos ou então, ruins, péssimos, horríveis, tenebrosos inimigos. Mas de qualquer forma eu vou sentir falta de vocês todo dia me enchendo o saco e falando que eu sou nazista, embora eu não tenha culpa por gostar tanto da Segunda Guerra Mundial… bom o que eu estou tentando falar é que, por mais que eu ganhe ou perca coisas nessa mudança, eu sempre vou te amar.
- UAU! Você está se declarando para mim?! -fala alto e impressionado
- Eei! Primeiro: fala baixo e segundo: não estou me declarando!
- Ok! -revira os olhos- Mas disse que me ama…
- Amo! Mas como um amigo! -sorrio e faço um coração com as mãos.
- Abom, mas ao menos me ama como amigo, isso já é um começo! -ele sorri, mas mal sabe aquele belo rapaz que, na verdade, isso é meio que um fim.
- Não confunda nada!
- Tudo bem! Nada de falsas esperanças!
-Bom, acho que já vou indo. Até qualquer dia, semana, mês, bimestre, trimestre, semestre, ano ou sei lá o quê.
- Antes de ir, quero me despedir novamente…
Ele me encara e sorri, envolve-me em seus braços e e sela nossos lábios.
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