História A Concubina - Capítulo II: O que os olhos não veem, eu procuro até achar?

~I~

Uma semana havia se passado desde a chegada de Rukia no palácio e até aquele momento ela ainda não havia sido procurada pelo imperador, o que reforçava ainda mais a ideia de que o imperador preferia homens a mulheres.

- Que tédio – Rukia havia acabado de ler um livro, tinha decidido que o melhor que tinha a fazer seria estudar, só assim poderia fazer alguma coisa no futuro. – Acho que vou fazer uns bolinhos e andar pelo jardim – Rukia aproveitou a companhia de algumas empregadas na cozinha para achar alguns ingredientes para seus bolinhos.

Depois de algumas horas Rukia já andava pelo palácio com uma caixinha onde mantinha aquecida os bolinhos e um pequeno kit de chá. - Aqui é tão grande! – Ela havia parado na biblioteca. Ficou encantada com a quantidade de livros que tinha ali. – Uau!

- Posso ajudá-la Kuchiki-kihi-sama? – Um homem alto e com boa aparência, vestido com o tradicional uniforme de oficial e um curioso cabelo azul lhe chamou a atenção.

- Ah? Desculpe entrar assim sem avisar – Rukia sorriu.

- Não precisa se desculpar hime, meu nome é Grimmjow Jaegerjaquez general do exército real – Grimmjow se apresentou e ao seu lado estava mais um rapaz, alto e com olhos extremamente verdes, ele estava muito serio. – Este ao meu lado é o secretario assistente da casa civil.

- Ulquiorra Schiffer – o homem sem dá muita importância voltou a sentar-se no fundo da biblioteca onde possuía uma grande janela.

- É um prazer conhecê-lo Grimmjow-sama – ela olhou para o outro homem que já parecia muito interessado no livro que lia. – Acho que ele não gostou de mim...

- Ele não gosta de quase ninguém – Grimmjow riu, pois sabia que o amigo havia escutado.

- Ah sim! Tomem alguns bolinhos, espero que gostem – ela deixou sobre a mesa próximo de Ulquiorra. – Ah vocês sabem me dizer onde o imperador está? – Perguntou curiosa.

- Também gostaria de saber – comentou Ulquiorra suspirando de tédio.

- Ele anda fugindo da gente também – Grimmjow riu um tanto nervoso.

- Que pena... – Rukia sorriu. – Preciso ir, foi um prazer conhecê-los – ela fez uma breve reverência e saiu.

- Ela parece ser uma boa pessoa – comentou Ulquiorra comendo um dos bolinhos. Grimmjow apenas concordou.

Rukia finalmente estava no jardim, o lugar era predominado por belas arvores de cerejeira e ameixeiras. A Kuchiki estava encantada com a beleza daquele lugar, ela caminhou até uma pequena mesa a beira da lagoa e depositou o recipiente com os bolinhos. – Fiquei com vontade de tomar chá de cerejeira – ela foi até uma arvore para pegar algumas flores, entretanto sua altura não estava colaborando. Rukia se assustou quando sentiu alguém muito perto pegando um pequeno galho da cerejeira.

- Aqui está – disse o belo jovem lhe entregando o galho de cerejeira.

Rukia estava deslumbrada com a beleza do rapaz. Ele era alto e magro, seus cabelos em tons laranja se destacavam fazendo uma linda combinação com os olhos castanhos claros. – Ah obrigada – disse um pouco corada.

- Tudo bem – ele sorriu olhando mais atento para ela, - por um acaso você seria a concubina do imperador?

A Kuchiki sorriu. – Sim, me chamo Kuchiki Rukia. Qual o seu nome? – Ela o analisou melhor, suas roupas com certeza o denunciavam.

- Meu nome? Etto – ele parecia pensar, - Grimmjow Jaegerjaquez!

- Grimmjow? – Ela segurou o riso, finalmente havia encontrado o imperador. – Prazer em conhecê-lo Grimmjow -san. Gostaria de me acompanhar no chá? – Pediu gentilmente com um sorriso.

- Sim – ele se sentou a mesa e ficou olhando atento para ela que o servia com uma xícara de chá e um bolinho.

- Você é um oficial? – Perguntou a morena enchendo sua xícara de chá.

- Hã? – Indagou um tanto confuso fazendo Rukia rir internamente. – Ah sim!

- Não tem problema você está aqui? – Ela sentou-se e bebericou o chá.

- Não tem problema – ele a observou atentamente, era uma moça bonita e com feições delicadas. Desde que assumiu o império o jovem fugia de compromissos, não queria passar por tantos problemas, sabia que acaso ele se apaixonasse sua amada sempre correria risco de vida, assim como sua mãe. – Não fica decepcionada por não ser procurada pelo imperador?

Rukia sorriu, lembrou-se do que havia lido antes, - Ne Grimmjow-san é verdade que o imperado tem preferência por homens a mulheres?

O jovem não se surpreendeu pela suspeita, realmente corriam muitos boatos. Não que ele se importasse com isso. – De fato é verdade.

Rukia se sentia um tanto aliviada, ao menos não iria perder a virgindade tão cedo. – Poderia dá um recado ao imperador se puder?

- Claro.

- Diga ao imperador que não vim aqui para ser a mulher dele – ela falava com determinação, - vim aqui ajudá-lo a ser o imperador de quem o povo precisa. – Rukia se sentia satisfeita por ver a feição surpresa que o homem a sua frente mantinha.

- Acha que pode fazer isso Kuchiki-san? – A questionou um tanto incrédulo.

- Se ele duvidar diga a apenas para me encontrar para conversarmos. Todas as manhãs eu estarei na biblioteca. Irei esperar por ele. – Rukia deu um lindo sorriso deixando o jovem pensativo.

~II~

Rukia estava animada tinha esperança de encontrar o imperador no dia seguinte. Ela voltava da biblioteca com alguns livros na mão quando viu o imperador e outro homem adentrando os aposentos reais. Rukia suspirou, estava um tanto decepcionada, afinal o jovem imperador era muito bonito.

- Rukia! – Disse Renji assustando a amiga. – Desculpe.

- Tudo bem, já devia ter me acostumado aos seus passos silenciosos – ela riu e voltou a olhar para os aposentos reais. – O imperador é um tanto peculiar não é mesmo?

Renji sabia bem do que ela falava. – Não deveria ficar atenta a essas coisas Rukia, é tipo “o que os olhos não veem...” – ele foi interrompido pela jovem.

- Eu procuro até achar? – Ela riu. – Renji não se preocupe! Eu não ligo se o imperador não gosta de mulheres, eu sei o que vim fazer aqui.

Renji concordou se tinha alguém que poderia mudar o imperador esse alguém era Kuchiki Rukia.

~III~

Kurosaki Ichigo andava de um lado para o outro deixando seu mais novo empregado nervoso.

- Vossa alteza? – Perguntou o jovem de aproximadamente 17 anos.

- Nee Hanatarou você acha que a Kuchiki-kihi-hime é uma boa pessoa? – Ichigo sentou de frente para o serviçal.

O jovem Hanatarou já havia conversado bastante com a princesa, podia afirmar com toda a certeza que ela era uma boa pessoa. – Vossa alteza pode ter certeza disso. Acredito que a Kuchiki-hime tenha grande potencial para lhe ajudar – por fim o jovem sorriu um pouco tímido.

Ichigo não disse nada apenas dispensou o jovem e voltou-se a pensar novamente. As palavras confiantes da pequena Kuchiki haviam ficado cravadas em sua mente. – Vamos ver o que você é capaz de fazer Kuchiki Rukia!