História A Concubina Do Princípe -Jelsa - Impossível

A concubina do príncipe. 

A loira caminhava depressa dando voltas em seu enorme quarto. Era realmente lindo em cada canto e detalhe. Era inacreditável que o príncipe Haddock a conhecia tão bem, que, o decorou especialmente para ela.

Sua concubina "especial". Astrid correu para um cômodo jogando um jarro de girassóis, que eram suas flores preferidas e mais amadas no chão se quebrando. 

O vidro estilhaçou por todo o chão fazendo um barulho estridente. Um de seus vidros brilhantes e pontiagudos furou a mão da loira. Astrid gemeu baixo, ficou ainda mais furiosa pelo ocorrido.

Definitivamente não era sua culpa, e sim, da ruiva petulante. Derrepente sua mente se abriu para novos pensamentos insanos. "A ruiva descarada, está tentando roubar o príncipe de mim" sorriu debochada olhando para os vidros no chão de seu quarto. 

Mordeu os lábios enraivecida. "Desde que a ruiva imunda adentrou o castelo de seu amado, ele nunca mais a chamou para o quarto." seu sorriso foi se tornando mais perverso e assustador a cada pensamento sofrego.

"Ela conserteza o enfeitiçou" uma lágrima solitária caiu sobre o chão. "Ela vai pagar caro por isso. " Pensou enquando pegava um pedaço de vidro pontudo no chão e levantando-se. 

Andou para frente ao grande espelho de ouro que havia ganhado de soluço e sorriu ao lembrar-se disso. Soluço... Sempre tão carinhoso, gentil.. Tão lindo e tão seu. "Seu príncipe" repetiu para sí e sorriu. 

Pentiou seus longos cabelos loiros e limpou o rosto borrado pelo choro.- Você irá pagar por tudo, ruivinha.-Abriu um sorriso enorme e um tanto diabólico. Ajeitou sua postura, digna de uma "princesa" e escondeu o pedaço afiado de vidro atrás do vestido amarelo bebê com fios de ouro. 

Mérida tentava ainda acostumar-se com seu "novo quarto" que ganhara do príncipe. Seus cabelos estavam amarrados com alguns fios soltos pelo rosto, vestia roupas íntimas brancas e um robe transparente amarrado na cintura.

Balançava seus pezinhos inquieta sobre a cama enquanto olhava para o chão, vendo que uma formiguinha passeava por alí. 

Levantou-se e foi para a frente do espelho. Era imenso, sua estrutura era um pouco fina com as barras de um desenho antigo. Sua cor era prata e tinha muitas pedras brilhantes por todo o espaço reservado abaixo do espelho redondo.

"Muito exagerado" pensou sorrindo. Viu seu reflexo no grande espelho e passou as mãos delicadas sobre o robe. Deslizou o tecido, deixando-o cair sobre o chão de pedra escura e luxuosa. 

Acariciou o corpo imaginando sendo tocada pelo príncipe de cabelos castanhos. Mordeu os lábios e fechou os olhos.

Apertou os seios e deslizou por sua barriga e coxas.- Soluço... -Gemeu o nome do castanho baixo manhosa. Abriu os olhos e pulou de susto virando-se.- Astrid?. -Perguntou botando as mãos sobre o peito ofegando.

Astrid sorriu e sentou-se na cama de Mérida, aconchegando-se sobre a textura tão macia. -Desculpe-me por entrar assim do nada.- Falou a mesma se entregando e suspirando. -Não tive a intensão de assustá-la, só queria conversar. 

Mérida ficou em silêncio por alguns segundos tentando entender aquilo tudo. Pois realmente era bem estranho. - Conversar? .-Perguntou sem entender. 

-Sim, sim. -Sorriu falsamente. -Queria falar sobre o soluço. -Mérida sentiu-se desconfortável por tocar no nome do príncipe. -Eu vi quando entrei aqui... -Desviou o olhar e sorriu de lado voltando para a ruiva. - Estava se tocando por causa dele?. -Perguntou risonha. 

-N-não! .-A ruiva rapidamente respondeu, e seu rosto corou entregando-a. -Eu.. Eu não estava. -Falou olhando para o espelho. 

Ouviu a loira gargalhar alto e a fitou ainda corada. 

-Eu sei o que ví. -Afirmou. -Isso é normal, afinal, todas ficam assim também, o príncipe tem muitas escravas. -Falou ela sorrindo. -Vai me dizer que pensou que ele só teria tempo com você?. -Ironizou calma. -Depois que ele leva uma pro quarto, na manhã seguinte ele já não está mais. -levantou-se andando pelo quarto. 

-Como?.-Mérida a olhou confusa e a viu abrir mais um sorriso. 

-Ele sai para se "divertir" com outras, é claro. -Seu sorriso baixou ao fitar a ruiva meio abatida e chegou para perto dela levantando seu queixo. -Não fique triste, queridinha, ele faz isso com todas, você não vai ser a primeira e nem a última que será levada para o quarto dele. -Soltou o rosto da ruiva saindo do quarto em seguida. 

"Tola, essa ruivinha" Pensou a loira fechando a porta do quarto. "Nem precisou do pedaço de vidro, mas ele estaria ali se fosse preciso entrar em seu "jogo" novamente. Sorriu caminhando pelo corredor. 

Mérida se sentia estúpida, totalmente fracassada. Ela sabia que iria acabar se machucando se, se apaixonasse pelo Haddock.

Não deu ouvidos aos seus pensamentos, pois estava ocupada com seus sentimentos, que era mais forte que ela.

"Malditos sentimentos" gritou para sí própria se entregando as lágrimas traiçoeiras que caiam sem parar em seu rosto, o vento frio resolvia se juntar a sua dor naquela noite, a acompanhando e ouvindo seu nariz fungar. 

Abraçou seus joelhos e se encolheu ao lado da cama. Afundou sua cabeça em suas pernas e ficou alí, chorando por se sentir usada e depois jogada fora. Mas não era sua culpa por estar alí.

Não era sua culpa se resolveu se entregar para o príncipe. Não tinha escolha. Era ela ou sua família. E afinal, o que poderia fazer, se não tinha autoridade alguma para enfrentar o reino?  Não era uma princesa ou uma rainha com direitos iguais. 

Iria morrer se não colaborasse ou seguisse as regras do reino. Não iria ser egoísta, sua mãe iria sofrer com sua perda. E seus irmãozinhos?  Como se sentiriam, sabendo que sua irmã havia partido para sempre? 

Fechou os olhos derramando mais de suas lágrimas contra o chão. Mordeu de leve sua mão dobrada acima dos joelhos, sentia dor. Dor de perder sua família, Seus amigos e conhecidos. 

Como foi se meter nesta linha sem fim?  Como foi acreditar que, um príncipe de alta realeza rico e bem vestido, que tinha uma grande beleza e autoridade, poderia sentir os mesmos sentimentos que ela? 

 " Impossível "

Não havia dormido aquela noite, pois sua culpa não deixava a mesma com sono. A ruiva olhava pela janela e agarrava os ombros tremendo. saía vapor quente de sua boca, misturando-se com o vento frio da noite.

Se punia com o vento frio no rosto, caçando um resfriado. Seu nariz estava se tornando avermelhado, a mesma começava a fungar e espirar fraco. Não queria sair dalí, pois não se sentia sozinha com a lua a observando.

Talvez fosse uma amiga. Sim, era sua única amiga. Uma que não lhe julgava, resolvia tudo com seu silêncio e luz.

A seguia pelo céu imerso e cheio de estrelas. Fechou os olhos sentindo-se cansada e fechou os olhos encostando-se na janela. Suas lembranças eram embaraçosas e a deixavam confusa. Sentia falta de tantas coisas.