História A construção do Para Sempre - Guerra e paz.

Emma girou e pressionou a prefeita contra a parede sem tirar os lábios dos seus. Suas mãos percorriam todo o corpo da morena, que se afastou um instante enquanto tirava sua blusa e de Emma, e logo seus lábios se reencontraram. O beijo era urgente, febril. Não havia mais hesitação. Regina beijou o pescoço da loira enquanto abria o zíper de sua calça. Emma a apertou com vontade enquanto mordia o lóbulo de sua orelha.

A morena a puxou pela cintura, a levando para a cama e sentando em seu quadril. Emma mordeu o lábio quando a viu tirar a camisola e revelar seu corpo perfeito e seminu, tendo como única peça restante sua delicada calcinha vermelha. Com um movimento preciso a loira trocou as posições e ficou por cima, pressionando seu corpo contra o da prefeita enquanto beijava seu pescoço.

- Você já fez com uma mulher alguma vez? – A voz de Emma era rouca e sussurrada, arrepiando a prefeita numa facilidade impressionante.

- Eu vivi muitas coisas na floresta encantada, Emma... mas nada nunca se comparou a... isso. – a prefeita arranhou a cintura da loira e continuou – e você?

Emma pensou um instante.

- Eu já senti atração por outras mulheres no mundo fora de Storybrooke, mas nunca sequer beijei nenhuma – ela voltou ao pescoço da morena e pressionou sua coxa entre as de Regina – mas isso não significa que eu não saiba o que fazer.

Regina gemeu e desabotoou o sutiã preto de Emma. Nunca esteve tão excitada na vida. Só queria senti-la mais e mais perto, a salvadora a estava enlouquecendo. Swan trilhou o corpo da morena com os lábios enquanto tirava sua calcinha. Colo, seios, barriga, umbigo. Segurou sua mão e a beijou delicadamente antes de voltar aos seus lábios.

Quando sentiu a salvadora a tocar intimamente pela primeira vez, Regina gemeu na boca de Swan, que mordeu e puxou suavemente o seu lábio inferior. Emma distribuía beijos delicados no ombro, pescoço e bochecha da morena enquanto prosseguia. Regina suspirava e arranhava as costas da loira enquanto sentia os movimentos contínuos, que iam se tornando mais rápidos e mais profundos.

- Emma... – Regina arfava, sentindo-se cada vez mais próxima do seu limite. – Emma, eu não aguento mais, eu vou... – antes que pudesse completar a frase, chegou em seu ápice, dando um gemido alto e extremamente sensual, fazendo Swan morder o lábio.

Quando sentiu o corpo da prefeita relaxar, Emma beijou sua testa e a tomou nos braços delicadamente. Um sorriso bobo e tímido brincava no rosto de ambas. Por algum tempo nenhuma das duas quis se mover.

A salvadora arqueou as sobrancelhas quando sentiu os lábios da prefeita novamente em seu pescoço.

- Você... quer mais uma vez? – Emma perguntou, um pouco confusa. Regina afastou os lábios um instante para responder

- O que quer dizer? – pegando Emma de surpresa, elas rolaram e dessa vez Regina ficou por cima – Agora é a minha vez, Emma.

A salvadora arregalou os olhos. Não esperava aquilo.

- Espera, Regina. Você não precisa...

- Claro que eu preciso, eu quero. O que foi? – a prefeita deslizou lentamente um dedo pelo braço definido de Emma enquanto falava – Será que a xerife está com medo de gemer para a prefeita? – ela a encarou, com um sorriso sedutor. A loira evitou seu olhar.

- Não, eu... – Swan foi interrompida pelo dedo de Regina em seus lábios. A morena sussurrava de uma forma que a encheu de desejo.

- Shhh. Agora eu estou no comando, Swan.

Regina beijou todo o corpo de Emma e se demorou em seus seios, fazendo a loira arquejar. Tirou sua calcinha e continuou descendo. Emma abaixou o olhar e viu Regina deslizando os lábios por sua coxa esquerda.

Quando percebeu exatamente o que a prefeita pretendia, Emma tentou protestar. Levou as mãos na direção de Regina, que as segurou pelos pulsos e imobilizou com as suas contra a cama. Antes que pudesse falar qualquer coisa, ela sentiu. Emma estremeceu, mordendo o lábio com força. A língua de Regina era tão macia e quente que chegava a ser uma tortura. Depois de pouco tempo ela não conseguia mais se controlar e gemia baixinho.

Ao perceber que Swan não tentaria mais fugir dela, Regina soltou as mãos da loira e guiou uma delas para a sua nuca. Emma não sabia bem o que deveria fazer, mas ao sentir a morena aumentar a intensidade dos movimentos, puxou inconscientemente seu cabelo, gemendo mais alto. Ela sabia que não aguentaria mais muito tempo. Sentiu as mãos de Regina acariciando sua barriga e em seguida segurando o seu quadril e, em um gemido profundo, chegou ao seu próprio limite. Regina gemeu baixinho ao ouvir o gemido intenso de Emma e em seguida subiu beijando o seu corpo inteiro, satisfeita.

- Vê? Não é ruim aceitar perder o controle de algumas situações.

Regina, completamente saciada, beijou o pescoço de Emma e as cobriu com o lençol. Elas dormiram abraçadas e se sentindo finalmente completas.

***

A manhã era cálida. Emma abriu os olhos e por um instante não se lembrou exatamente onde estava. Mas então percebeu o corpo macio de Regina contra o seu, com a mão repousando despreocupadamente em seu maxilar. Ela bocejou, tranquila. Para sua surpresa, Regina já estava acordada e ergueu o rosto em sua direção, com um sorriso sonolento e apaixonado nos lábios.

- Bom dia, Emma.

- Bom dia, Regina – Swan devolveu o sorriso, desejando que o tempo parasse naquele momento – Como você se sente? – a loira subiu a mão delicadamente pelo braço da prefeita – eu não te machuquei ou coisa assim, né?

Regina sorriu e acariciou o pescoço da loira com o seu polegar.

- Não, eu me sinto ótima. – elas trocaram um beijo lento – De verdade.

Emma sorriu. Aquilo, sem dúvidas, era o mais próximo do paraíso que já havia chegado. Olhou para o relógio e suspirou. Embora realmente desejasse ficar, precisava resolver as coisas com Killian e em seguida ir para a delegacia. Se levantou e começou a procurar suas roupas espalhadas pelo quarto, sabendo que Regina estava rindo daquilo, ainda na cama.

Se vestiu e deu mais um beijo na prefeita antes de sair.

- Vou falar com Killian e pedir para que pare de nos incomodar.

O sorriso de Regina se desfez.

- Tem certeza? Eu poderia simplesmente, não sei, esmagar o coração dele. Você nem sequer precisaria vê-lo de novo antes disso.

A salvadora a encarou segurando o riso e revirou os olhos.

- As coisas não podem ser assim, Regina. Não se preocupe, não vou demorar – deu mais um beijo na morena e saiu.

Embora a ideia a desagradasse, a morena evitou pensar nisso. Ela tinha tido uma noite boa demais para ocupar a mente pensando naquela maldita garrafa de rum ambulante. Deitou-se na cama mais uma vez, sentindo o perfume de Emma em suas cobertas e sorriu. Estava cada dia mais apaixonada e já aguardava ansiosa para ver Swan mais uma vez.

Ela terminava de colocar seu terno gelo quando ouviu a campainha. Ela sorriu. Provavelmente Emma tinha esquecido de algo. Apressou-se para a porta e quando abriu, para sua completa surpresa, não era Emma que a esperava.

- Sininho? – Regina arqueou as sobrancelhas enquanto a fada a encarava com uma expressão séria.

- Regina, temos um problema.

***

            Emma chegou à casa de Killian rapidamente. Não queria perder muito tempo falando com o pirata. Quando a xerife bateu na porta, o rapaz levantou-se, sonolento. Olhou pela janela e mal pode acreditar. Em segundos estava em um estado total de alerta. Pegou o pó que conseguiu com Lily e guardou em seu bolso às pressas. Abriu a porta e sorriu para Swan.

- Olá, meu amor.

***

- Mas como raios ele conseguiu roubar o seu pó de fada? – Regina esbravejava, nervosa.

Sininho hesitou.

- Ele pegou sem que eu visse. Ele sabe como ser rápido.

- Claro que sabe, é a droga de um pirata. – Regina andava de um lado para o outro com as mãos nas têmporas. – Mas com o pó ele não vai conseguir nada de mais, vai? Porque bom, até onde eu sei a principal utilidade dele para Killian é mostrar o final feliz. E o de Emma sou eu.

- Sim, é isso que essa magia garante. Mas esse não é todo o plano.

Regina a encarou, preocupada.

- E qual é?

Sininho apertou os lábios por um instante, sabia que Regina odiaria ouvir o que vinha a seguir.

- ...Ele quer mudar as lembranças de Emma, invertendo as que ela tem com você e com ele e então usar o filtro e mostrar um final feliz diferente para ela.

A prefeita a encarou em completo choque.

- E... e isso é possível?

- Eu não sei dizer ao certo, Regina, nunca vi algo desse tipo. Mas o importante agora é avisar Emma e mantê-la o mais longe possível dele. Eu fui na casa dela, mas não a encontrei e...

A fada continuou falando, mas Regina parou de ouvir. Sentou-se no sofá completamente sem chão.