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História A construção do Para Sempre - Filtros de sonhos e outros problemas.


Escrita por: LSN

Notas do Autor


Gente, decidi postar um cap novo toda sexta, combinado? (vou tentar o máximo seguir isso, prometo hehe).
Boa leitura!

Capítulo 2 - Filtros de sonhos e outros problemas.


Por um longo momento ninguém disse uma palavra sequer. Sininho e Killian olhavam boquiabertos para aquela imagem, quase descrentes do que os próprios olhos estavam mostrando. Malévola limitou-se a levantar uma sobrancelha. Embora o restaurante estivesse com um movimento cada vez maior àquela hora da manhã, para os cinco era como se não existisse ninguém ali. Especialmente para Emma e Regina.

O coração da salvadora batia tão forte que chegava a doer. O que ela estava vendo não fazia sentido nenhum, o que ela sentia naquele momento também não, mas simplesmente estava ali, diante dela. Ela era o final feliz de Regina? Não podia acreditar. Não podia ser. Mas não era aquilo que o pequeno filtro de sonhos dizia.

Regina estava completamente perdida. Um turbilhão de emoções passavam por ela naquele momento e não conseguia chegar a nenhum consenso com seu cérebro e seu coração. Por que ela se sentia tão feliz e ao mesmo tempo tão nervosa? Não conseguia compreender nada naquele momento, mas como em um estalar de dedos a prefeita ficou muito lúcida em relação a todas aquelas pessoas por perto e, pior de tudo, observando a sua história. Piscou e decidiu encarar aquele momento do jeito que mais sabia reagir, torcendo para que pudesse agir normalmente o suficiente para não levantar suspeitas sobre o quanto estava abalada.

Devolveu o filtro a Sininho, que levou um instante para percebê-lo sendo entregue a ela e retrucou, arrumando seu casaco apressadamente.

- Vê? Essa coisa está quebrada. Sabia que não daria certo. – disse, evitando a todo custo olhar para Emma.

- Mas funcionou. Todos vimos você e a...

- Todos vimos que esse pó de fada é uma farsa. O que foi mostrado não faz sentido nenhum. Agora se me dão licença, diferente de vocês eu preciso trabalhar e gosto de ser pontual nos meus compromissos. – respondeu, fazendo um movimento com a mão e sumindo em uma nuvem de fumaça roxa.

Emma permaneceu em silêncio enquanto ouvia Sininho se afastar e Malévola pedir o expresso de Lily. Tentava entender como uma manhã tão rotineira de repente havia se tornado em uma loucura daquela proporção. Ela só percebeu a presença de Killian quando ele a entregou um novo copo de café.

- Está tudo bem, Swan? – Killian a encarava profundamente com seus olhos azuis.

- Sim. Só... Não sei, isso foi estranho. – Emma olhava para o café como se fosse algum tipo de criatura esquisita.

- Sim, foi muito estranho. – o olhar preocupado do pirata foi substituído por um sorriso metido – Quer dizer, tudo bem que a Regina é bonita e tudo isso, mas por que você trocaria um pirata lindo como eu? Tome seu café e vamos seguir o nosso dia.

A loira suspirou e afastou o copo.

- Não, não quero mais café hoje. Me dá o rum.

Sorrindo, o pirata tirou a pequena garrafa da sua jaqueta e a entregou para Swan. Ela tomou um gole e sentiu o líquido descer queimando por sua garganta, agradecendo a bebida por conseguir fazê-la sentir alguma coisa naquele momento. Pagou os cafés e foi para o carro. No momento em que viu seu adorado fusca amarelo a prefeita veio em sua mente. Balançou a cabeça para afastar os pensamentos, entrou no carro acompanhada por Killian e os dois seguiram para a delegacia.

***

Malévola estava lendo um livro sobre a história daquele reino quando ouviu um som quase imperceptível em sua sala. Levantou os olhos, já sabendo bem quem seria.

- Querida, minha casa tem portas. Você pode experimentar usá-las de vez em quando. Uma questão de... etiqueta. Não é assim que chamam nesse reino?

- O que foi que você fez com aquele filtro e por quê?! – Regina grunhiu, ignorando totalmente a ironia. Malévola continuava inalterada.

- Eu não fiz nada. Sei tanto quanto você sobre o que vimos. Eu só estava tentando ajudar.

- Ajudar? Você só pode estar brincando. – A prefeita andava de um lado para o outro, inquieta. Malévola entendeu que ela não sairia dali tão rápido, então fechou desanimadamente o livro e a encarou.

- E Emma? – ouvindo o nome da salvadora inesperadamente, Regina hesitou.

- O que... o que tem ela?

- Você não parou para ver como ela está se sentindo sobre isso.

Regina fitou o nada por um momento.

- Ela deve estar achando um absurdo... assim como eu estou. Uma coisa totalmente ilógica.

- De verdade? – Malévola a encarava de uma forma que fazia a prefeita se sentir exposta demais. A falta repentina de resposta fez com que a bruxa levantasse uma sobrancelha, sem nada dizer.

- Ouça, Malévola – Regina respondeu, friamente – Emma e eu não somos... destinadas. Isso é ridículo. Vou provar a todos que aquele maldito pó de fada estava enfeitiçado ou seja lá o que for. Quando isso acontecer, vou fazer a Sininho pagar. E se você também tiver alguma coisa a ver com isso... – as mãos de Regina começaram a irradiar um brilho alaranjado.

- Eu não tenho. Nada. Apenas estava no lugar certo na hora certa para presenciar uma situação muito... peculiar.

Regina a lançou um olhar cheio de ira e, com um movimento de mão, desapareceu em uma nova cortina de fumaça. Malévola olhou para a porta novamente, suspirou e pegou o livro mais uma vez. Por mais que realmente não tivesse nada a ver com isso, estava curiosa para saber como aquela situação se desenvolveria.

Materializando-se de volta à prefeitura, Regina trancou a porta de seu gabinete, pegou uma garrafa de whisky que mantinha ali para situações extraordinárias e o colocou em um copo cristalino. Tirou seu casaco e sentou-se, massageando as têmporas.

- O que raios aconteceu hoje? – murmurava consigo mesma – Swan e eu? Isso é... loucura.

Regina conseguia se lembrar perfeitamente da imagem. Não tinha erro, aquela definitivamente era a salvadora. Ela viu cada detalhe, e só de lembrar do rosto de Emma seu coração disparava. Por um momento, seu coração acelerado a fez fraquejar em suas convicções. E se...?

- Não. Definitivamente não. – respondeu à pergunta que sequer teve coragem de fazer – Eu já tive dois finais felizes e os dois eram homens e... morreram. Não faz sentido algum. E Emma... – seu rosto se contraiu em uma expressão de total desprezo – tem o Killian.

Ela sabia o que devia ser feito. Precisava mostrar a todos que ela e a salvadora não tinham absolutamente nada. E ela faria isso.

***

Naquela noite Emma não conseguia dormir. A imagem no filtro ocupou sua mente o dia inteiro e até aquele momento ainda não a havia deixado em paz. Ela virava de um lado para o outro sem conseguir fazer seu corpo relaxar. O que tem de errado comigo?, se perguntava mentalmente. Ela tinha Killian, um pirata extremamente companheiro e sedutor ao seu lado. Por que ela simplesmente não era apaixonada por ele como ele era por ela?

Ela olhou para o relógio, meia noite e meia. Encarou o teto e suspirou, imaginando o que Regina deveria estar fazendo àquela hora. Começou a imaginá-la em sua mansão, deitada confortavelmente com uma camisola curta de cetim preto. Seu coração acelerou em segundos e ela se sentou na cama, totalmente atordoada.

- O que...? Caramba, eu tô enlouquecendo! – sussurrou para si mesma, com as mãos no rosto.

Levantou da cama e foi tomar um copo d’água para se acalmar um pouco. Lavou o rosto e voltou a se deitar, praticamente sem esperanças de conseguir dormir uma hora que fosse naquela noite. Ela nem sequer imaginava que do outro lado da cidade, igualmente insone e confusa, Regina a observava através de uma bola de cristal.

***

Emma acordou e olhou para o relógio. Como era de se esperar, estava atrasada. Mas dessa vez ela não achou ruim; na verdade, isso poderia evitar que ela cruzasse com a Regina e aquilo não era uma má ideia. A loira não queria exatamente evitar a prefeita, mas naquele momento seria melhor que elas não se vissem. Ela estava muito confusa e precisava pensar melhor em tudo aquilo. Levantou, arrumou-se e seguiu para o restaurante da Vovó. Ao cumprimentar os anões, passou pela porta e esbarrou em alguém que estava saindo naquele momento.

- Caramba, me desculpa, me deixa te ajudar... Regina?

Quando seus olhares se cruzaram, os corações de ambas aceleraram. Nenhuma das duas estava preparada para um encontro tão cedo. Mas Regina foi mais rápida e quebrou o silêncio.

- Olhe por onde anda, Swan. Quase me fez derrubar meus pedidos. – retrucou, sem olhá-la nos olhos.

- Me desculpa, Regina. É que me distraí falando com os...

- Não me interessa o que você estava fazendo – interveio bruscamente – Só... seja mais atenta de agora em diante.

- O que deu em você? – Emma perguntou, friamente. – Você não era mais assim comigo.

Regina sentiu uma pontada em seu peito, sabia que tinha sido dura com Emma por algo muito pequeno. Mas precisava fazer com que todos vissem que elas não estavam destinadas uma a outra. A prefeita limitou-se a reorganizar suas sacolas e sumiu em sua fumaça roxa. Emma ficou mais um tempo ali, parada, com mil pensamentos passando em sua mente.


Notas Finais


Tretas, muitas tretas.

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E pra galera que vai fazer enem esse fim de semana, desejo todo sucesso do mundo! Relaxem e mantenham o foco que o close é certíssimo. :3
Quero todxs na faculdade ano que vem gastando tudo com xerox e salgado. <3
Até a próxima!


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