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História A construção do Para Sempre - Expectativas


Escrita por: LSN

Notas do Autor


Heya, gente!
Então, hoje meu dia tá sendo bem corrido, daí pedi pro mo postar no meu lugar hoje. Se vocês estão lendo isso é pq ela lembrou, então obrigada princesa <3
E agora temos capa, amores! *-* O que vocês acharam?
Boa leitura!

Capítulo 6 - Expectativas


 Na manhã seguinte, a salvadora amanheceu realmente melhor, mas continuava com um problema: seu carro. Ele estava literalmente destruído. Pegou suas coisas e foi caminhando para a oficina. Ao chegar lá, encontrou seu amado fusca já sendo consertado. Estranhou e foi falar com o rapaz que cuidava do carro.
- Ei, por quanto vai ficar o conserto?
- Como assim, moça? – o rapaz a encarou com a confusão estampada em seus olhos – o conserto já foi pago. Até recebemos um extra para acabar o serviço o mais rápido possível.
Emma o encarou, franzindo o cenho.
- E quem pagou por isso?
- A prefeita.
          A loira engoliu em seco. O que diabos Regina estava pensando? Em um dia ela esbraveja por uma bobagem e no outro paga o conserto de um carro destruído? Emma suspirou. O rapaz ainda a encarava, e ela sabia que ele estava apenas querendo cumprir o seu trabalho. Sorriu educadamente e completou.
- Tudo bem, acho que não fui avisada. Mas muito obrigada pela informação.
- Não há de quê. Ele deve estar pronto amanhã.
           Emma saiu da oficina erguendo as sobrancelhas. Para que eles fossem tão ágeis a ponto de consertar um carro destruído em dois dias, eles deveriam ter sido muito bem pagos. Mas isso não era assunto para se tratar agora. Sua barriga estava roncando e ela precisaria caminhar hoje até a Vovó, então devia se apressar.
           Quando chegou, todos a receberam calorosamente. Estavam preocupados e queriam saber o que havia acontecido realmente. Ela deu respostas educadas, porém vagas aos seus amigos. Não queria explicar que tinha se embriagado e batido o carro por causa de uma mulher.
           Depois que todos haviam sido respondidos e a desejaram uma boa recuperação, ela foi até o balcão e encontrou Ruby. A moça estava genuinamente feliz por vê-la. Emma a cumprimentou com um largo sorriso.
- O doutor disse que você me encontrou e chamou Regina. Obrigada, Ruby.
- Não precisa agradecer. Você tá melhor?
- Sim, já quase nem sinto nada. Acho que... deve ter alguma coisa a ver com isso de ser a salvadora e tudo mais. – respondeu, evasiva.
A garota sorriu.
- Ainda bem que tudo acabou bem. Regina quase entrou em colapso quando te viu lá, achei que eu ia precisar dar entrada de duas pessoas no hospital. – completou, rindo.
             Ouvindo que a prefeita havia se preocupado tanto com ela, Emma quis saber mais. Tomou um gole de seu café e perguntou, fingindo desinteresse.
- Ela ficou nervosa?
- Nervosa? Ela quase entrou em choque quando te viu no carro e depois na maca. Eu nunca tinha visto a Regina naquele estado.
Emma sentiu uma vontade súbita de sorrir, mas a controlou. Então Regina se preocupou comigo?, pensou. Apesar da noite ter sido desastrosa e rendido uma entrada no hospital e um porre absurdo, de repente começava a parecer que de certa forma tinha valido a pena já que Regina tinha se aproximado de alguma forma. Ela queria mais informações interessantes. Continuou a conversa.
- Eu entendo que estava tarde, mas por que você mandou Regina ficar no hospital comigo? Eu poderia ter ficado sozinha.
- Eu não pedi, na verdade – Ruby enxugava um copo enquanto falava – ela mesma me disse que ficaria. E me agradeceu, até. Foi estranho.
           Swan precisou fingir que tomava outro gole de café para impedir que Ruby visse que estava sorrido. Não conseguiu se conter. Talvez aquilo fosse um motivo para ter esperanças em um convívio pacífico com a prefeita e... algumas outras coisas.
                                                                                                                          ***
          Regina lia um documento na prefeitura. Agora que sabia que Emma estava bem e que provavelmente estava em casa descansando naquele momento, finalmente tinha cabeça para o trabalho. Antes de chegar na prefeitura havia ido até a biblioteca e mandado consertar o poste caído e o carro de Emma. A manhã estava tranquila e ela se sentia como se tivesse acabado de acordar de uma longa noite de pesadelos.
         Ouviu uma batida na porta e foi atender, cogitando a ideia de contratar alguém para ser sua secretária e lhe poupar esse trabalho. Abriu a porta e mal acreditou quando viu Emma. A loira parecia inquieta, mas nem chegava aos pés do seu próprio nervosismo repentino. Swan foi a primeira a falar.
- Eu posso entrar?
           Regina ficou em silêncio, apenas abrindo mais a porta e gesticulando para que entrasse. Emma entrou na ampla sala, mas parecia hesitante. Regina finalmente falou.
- O que você deseja, Swan? Achei que estivesse descansando.
- Eu já tô bem. Eu vim falar do meu carro. Quanto te devo?
             Regina piscou. Não estava preparada para aquela pergunta tão cedo. Nem sequer tinha planejado algo para dizer sobre o conserto. Virou-se, caminhou para sua mesa fingindo-se ocupada e falou a primeira coisa que passou pela sua cabeça.
- Nada. Eu mandei que consertassem logo porque você não pode ficar sem transporte na delegacia. O que eu ia dizer se alguém precisasse da polícia e não pudesse ser atendido porque a xerife está a pé?
Emma conseguiu entender a linha de raciocínio, mas ainda não estava satisfeita.
- Mas e o pagamento...
- O pagamento vai acontecer sob a forma de benfeitorias necessárias para a delegacia. – interrompeu Regina, incomodada com tantas perguntas complicadas – se foi pra isso que você veio aqui, pode ficar tranquila.
- Não foi só pra isso que eu vim aqui.
O coração da prefeita acelerou. Ela não conseguiu olhar para a loira.
- Então o que mais?
- Eu quero falar sobre aquela noite. – Emma estava incerta sobre como dizer aquilo – Eu não consigo entender.
A morena olhou para baixo, hesitante.
- O que eu disse... esqueça. Eu estava num dia ruim e... acabei descontando meus problemas em você.
- Ultimamente parece que é assim o tempo todo. O que há de errado, Regina?
            O tom preocupado de Emma fazia a prefeita ficar ainda mais nervosa. Ela estava completamente perdida naquela situação.
- Não tem nada de errado – falou apressadamente, caminhando em direção à porta – Você está imaginando coisas e...
           Antes que pudesse cruzar todo o caminho, Regina sentiu uma mão firme segurando seu braço e a puxando em sua direção. Quando se virou completamente, Emma a segurou com as duas mãos e a olhou diretamente nos olhos.
- Eu tô falando sério – Embora extremamente nervosa, Emma estava decidida. Continuou sustentando seu olhar mesmo com o coração disparado – eu preciso saber o que tá acontecendo.
          A prefeita sentiu seu coração falhar mais uma vez. Os olhos verdes e intensos de Swan eram extremamente sedutores e a proximidade das duas fazia com que seus joelhos parecessem gelatina. Lutava contra o seu olhar, que insistentemente desejava encarar os lábios da salvadora e seu próprio corpo, que lutava freneticamente para que ela desse um passo à frente e atendesse o pedido do seu coração.
         Sua razão a trouxe de volta em uma onda de realidade e ela afastou os braços de Emma bruscamente, virando o rosto e caminhando na direção oposta à da loira.
- Eu já falei que não tem nada de errado, Swan. Eu estou muito ocupada e a prefeitura é estressante as vezes. É só isso, você consegue entender?
          Emma ficou em silêncio por um instante, olhando para baixo, incerta sobre o que fazer. Não conseguia olhar para a prefeita.
- Sim, eu entendo tudo agora. – disse simplesmente antes de sair da sala, fechando a porta atrás de si.
                                                                                                        ***
        Na delegacia, a salvadora olhava para o arquivo de processos e ocorrências sem nada enxergar de fato. Ela não podia acreditar que tinha se enganado sobre os sentimentos de Regina. Estava magoada e se sentia uma tonta. O que eu tava pensando? Regina nunca sentiria nada por mim. Eu preciso superar isso, pensava, desamparada.
Enquanto estava perdida em pensamentos, seus olhos pararam no telefone. Ela hesitou, sabendo bem do resultado do que estava prestes a fazer. Mas ela precisava dar um jeito de esquecer de vez Regina e aquele amor não correspondido. Não havia outra forma.
       Perto dali, Regina respirava fundo, tomando coragem para o que faria em seguida. Estava cansada daquela situação e decidiu que esclareceria as coisas com Swan. Seria sincera e diria tudo que sentia, independente do resultado. Ela entrava na delegacia quando ouviu a voz de Emma, parando ao lado da porta.
- Alô. Killian? – a voz de Emma era tão vazia quanto ela se sentia naquele momento – Você... quer sair pra jantar? Sexta à noite, às oito. Tudo bem. Até lá.
       Emma se levantou, precisava de um pouco de ar depois de se render a algo que definitivamente não queria, mas que era preciso. Enquanto caminhava em direção a porta, Regina sumia em uma nuvem de fumaça roxa, com o coração partido.


Notas Finais


Eu seei, eu sei que essa foi bem amarga. Mas não me matem ainda!
Esse cap é muito importante pra história, então peço um pouco de paciência, pequenos.
Até a próxima! <3


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