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História A construção do Para Sempre - Você acredita em magia?


Escrita por: LSN

Notas do Autor


Surprise, babes!
Então, amanhã vai ser muuuita correria na facul com as provas e o planejamento de uma viagem pra Recife ano que vem (yee *-*), então não teria como postar.
Daí, como é claro que vocês são prioridade, tô postando com antecedência pra evitar deixar vocês esperando. :3
Então, vamo que vamo!

Capítulo 8 - Você acredita em magia?


A noite estava silenciosa mesmo com o burburinho das pessoas conversando animadamente no restaurante, e não havia ninguém na rua além das duas. Emma a encarou por um breve momento e suspirou, gesticulando para que ela se aproximasse.

- Entra. Não tem onde sentar aqui e eu não quero voltar pro restaurante.

Regina obedeceu silenciosamente. O nervosismo estava a deixando com ainda mais frio. Quando entrou e olhou para Emma, viu que ela estava olhando para o lado oposto ao restaurante. Realmente a noite não havia sido agradável para ela. Naquele momento, enquanto a observava encarar o horizonte, percebeu o que de fato estava acontecendo ali e sentiu um déjà vu. Foi trazida à realidade pela voz da salvadora, ainda sem se virar para encará-la.

- Então Regina, o que você quer falar comigo? – a voz da loira era triste e cansada. Tudo que Regina queria era abraça-la, mas tinha que manter o foco.

As palavras, no entanto, não queriam sair com tanta facilidade como imaginara quando estava tomada pela adrenalina, ainda em sua propriedade. Sua garganta parecia ter travado e ela parecia não conseguir falar sequer uma sílaba. Seu coração estava batendo tão forte que a estava desconcentrando. Mas ela simplesmente não podia adiar mais. Respirou profundamente, fechou os olhos e falou.

- ...Eu estou apaixonada por você, Emma.

A frase fez com que Swan sentisse como se estivesse acabando de sair de um coma profundo. De repente ficou atenta a todos os detalhes ao seu redor. O barulho do vento e o farfalhar das folhas; o cheiro vindo do restaurante juntamente com risadas e conversas incompreensíveis dentro do estabelecimento; as luzes das casas que pareciam as observar silenciosamente. Mas acima de tudo, ela estava completamente lúcida sobre a presença de Regina ao seu lado e cada palavra que ela disse, embora ainda não conseguisse acreditar que ouviu direito. A prefeita continuou.

- Eu não sei desde quando exatamente... mas eu não consigo parar de pensar em você. Isso está me enlouquecendo. Eu tentei me afastar o máximo que eu pude para tentar... eu não sei, superar. Mas não consegui. Antes era só uma dúvida, mas quando Sininho me mostrou no filtro... Eu não sabia o que fazer. – as palavras de Regina começavam a ficar embargadas e sua voz estava trêmula, mas ela sabia que precisava continuar – Todas as pessoas que eu já amei na vida foram mortas. É como se eu destruísse tudo que toco.

Naquele momento, lágrimas desciam pelo rosto de Regina. Seu corpo tremia e sua voz falhava. Ela nunca tinha exposto para alguém tanto sobre si mesma e seus medos. Mas ela já não se importava, ela precisava que Emma soubesse de tudo independente do resultado.

- Por isso eu tentei de tudo para afastar você de mim. Eu não... eu não suportaria perder você também, Emma. – quando terminou de dizer isso, Regina já estava completamente aos prantos.

Enquanto tentava em vão se controlar, sentiu a mão de Emma segurar a sua. Quando levantou o rosto, viu que a loira finalmente havia se virado em sua direção e tinha uma expressão compreensiva e doce, e os olhos levemente marejados. A salvadora levou sua mão até o rosto da prefeita e limpou delicadamente as lágrimas com os seus polegares.

- Tá tudo bem, Regina – Swan respondeu, sorrindo suavemente e quase em um sussurro – eu já sobrevivi a feiticeiros malucos, maldições e overdoses de cafeína. Acho que também aguento me apaixonar pela rainha.

Mais lágrimas surgiram nos olhos de Regina, mas dessa vez acompanhados de um sorriso tanto bobo quanto incrédulo. Ela não podia acreditar. Estava certa que seria rejeitada pela loira e lá estava ela, sendo cuidada e tendo seus sentimentos aceitos e, mais incrível ainda, retribuídos. Emma limpou mais uma vez as lágrimas, mas dessa vez manteve sua mão no rosto da prefeita e se aproximou devagar, um pouco incerta. A morena acompanhou o movimento e também se aproximou. As duas estavam hesitantes e com o coração acelerado, mas nenhuma queria parar ali.

No momento em que seus lábios se tocaram, uma pequena corrente de magia na forma de uma onda suave percorreu toda Storybrooke. A maioria da população nem sequer conseguiu senti-la, outros a entenderam como nada além de uma brisa da noite.

Killian olhava para sua garrafa de rum, pensativo. Precisava encontrar novas formas de conquistar a salvadora. No momento em que a corrente o atravessou ele arregalou os olhos e em seguida cerrou os punhos, tomado por uma ira absoluta.

- Não pode ser – sussurrou para si mesmo, incrédulo.

Sininho estava bebendo com os anões quando também sentiu. Ela notou o que nenhum deles havia notado. Abaixou o rosto e sorriu largamente. Amor verdadeiro. Ela conseguiria distinguir aquela magia em qualquer lugar.

Longe dali, Lily estava assistindo televisão em sua casa enquanto Malévola lia sentada confortavelmente em sua poltrona macia. No momento em que a onda atravessou a sala, a garota olhou, confusa, para a janela fechada. Sem tirar os olhos do livro, um pequeno sorriso se formou nos lábios de Malévola. Ela sabia exatamente do que aquilo se tratava e se sentiu imensamente orgulhosa de sua cara amiga.

***

Emma e Regina estavam quase em um transe. Se beijavam lentamente, explorando os lábios uma da outra sem pressa de acabar. Regina nunca havia sentido aquilo por ninguém, tinha certeza disso. Nem mesmo quando foi para a cama com Robin sentiu algo que se aproximasse da intensidade do que experimentava naquele simples beijo. Os lábios de Emma eram quentes e convidativos, ela simplesmente não queria se afastar deles um centímetro que fosse.

Swan sentia-se da mesma forma. O rosto de Regina, diferente de todos com quem ela já estivera antes, era tão delicado e macio contra sua mão que ela mal podia acreditar. Tocava delicadamente a bochecha de Regina, quase com medo de machuca-la. Ela sentiu a mão da morena tocar o seu pescoço de forma hesitante e em seguida puxá-la mais para si. Ela, então, tirou a mão do rosto da prefeita e a repousou em sua cintura.

Depois que as duas já tinham perdido um pouco da timidez, o beijo foi se tornando mais intenso. Regina levou a mão até a nuca de Swan e arranhou, enquanto a loira apertava sua cintura com as duas mãos. O beijo estava cada vez mais quente, até que Swan notou uma coisa que tinha passado despercebida por ambas e, ainda que a contragosto, afastou os lábios dos da prefeita que a encarou, um tanto ofegante, mas principalmente confusa.

- O que... O que foi? Eu fiz algo errado? – a preocupação estava estampada no rosto dela.

- Não, claro que não – Emma segurou as mãos da morena para acalmá-la – é só que, bom... nós estamos em via pública, Regina.

- Ah – Ela respondeu, só se dando conta disso naquele momento – E a prefeita e a xerife sendo vistas assim no meio da rua...

- ...Seria um problema. – a loira completou.

Elas ponderaram por um instante. Emma foi a primeira a falar.

- Quer que eu te dê uma carona pra casa?

Regina olhou para ela, desapontada. Emma apressou-se, olhando para a rua rapidamente antes de dar um beijo delicado na prefeita, sussurrando ainda com os lábios próximos aos dela.

- Calma, nós temos tempo pra ir devagar. Sou o seu final feliz, não vou fugir de você de hoje pra amanhã. – sorriu.

Regina sorriu junto, encantada com o termo “seu final feliz”.

- É melhor nem pensar nisso mesmo. Eu vou atrás de você em qualquer lugar. – a morena se aproximou e seus lábios se tocaram novamente, por mais tempo dessa vez.

Quando se separaram, Emma ligou o carro e elas partiram. A viagem levaria muito mais tempo que os segundos habituais da magia de Regina, mas naquele momento, todo o tempo do mundo parecia pouco demais para estar perto de Emma.

***

Killian tomava mais uma dose. Estava irritado e principalmente inconformado. Não acreditava que a noite havia acabado daquela forma. Quando ele pensou que finalmente tinha conseguido Emma, ela o abandonara daquela forma.

- Eu sei que é tudo culpa daquela maldita rainha má – sussurrava consigo mesmo, ainda na mesa dos fundos do restaurante – se ela acha que pode vir aqui e tomar a minha Emma de mim, ela está muito enganada. Swan me pertence.

Ele sentiu a bebida lhe queimar a garganta quando tomou o último gole e se levantou. Ele não deixaria aquilo daquela forma. Estava disposto a tudo para conseguir Emma e já tinha uma ideia de como conseguiria.


Notas Finais


~coro de aleluias~
E com esse cap marcamos o fim da primeira parte da fic e, consequentemente, chegamos na metade da história. :3
Mas ainda tem muita coisa pra acontecer! Até porque nem todo mundo ficou satisfeito com esse beijo...
Então amores, até as vésperas do natal. <3


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