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História A Contagious Love - Minha Chegada a Arkham


Escrita por: UmbrellaGirl

Notas do Autor


Essa é a primeira vez que escrevo uma Fanfic e não sei se está boa.
Enfim, se divirtam, espero que gostem.
( atualizada dia 14/04/2018 - 14:33) (original dia 27/11/16 - 18:54)

Capítulo 1 - Minha Chegada a Arkham


Fanfic / Fanfiction A Contagious Love - Minha Chegada a Arkham



Eu já estava exausta de tanto correr, não sabia para onde ir. Precisava ir o mais longe possível de Gotham, então corri até o primeiro beco que surgiu no caminho. 
  "Matei tantos... tantas pessoas..." pensei com um leve sorriso no rosto que logo se desfez quando entrei em um beco e percebi que não havia saída. Procurei pelas paredes alguma maneira que eu pudesse fugir, mas foi uma tentativa em vão, não havia como fugir, não havia como  me esconder. Era o fim. 
  Eu me entreguei, me rendi. Ajoelhei-me naquele beco imundo e fedorento e por um instante pensei "Arkham me espera...". Meu pior pesadelo se torna real. 
  Eu escuto o barulho das viaturas do DPGC parando em frente ao beco com suas sirenes ligadas e bem barulhentas e, por um momento, eu entro em transe e tudo se desligou ao meu redor. Meu coração acelerava cada vez mais em um ritmo pavoroso e eu tinha a certeza que já havia passado completamente os efeitos da cocaína. Minha cabeça se fez refém das vozes e eu só ouvia "Arkham me espera..." e isso se repetia cada vez mais rápido e cada vez ecoava mais e mais, até que uma voz forte me liberta desta alucinação:  
  __RUBY! Você está presa em nome da polícia de Gotham.__ Era James Gordon gritando com sua arma apontada para minha cabeça. Tirando as algemas de seu cinto ele vem se aproximando.__ Sua próxima parada é Arkham. 
  __Olá, Jimbo.__ Eu disse mantendo a calma para que ele não notasse o pavor que eu tinha daquela palavra que se repetia mil vezes na minha cabeça.__ Depois de tanto tempo me encontrou. Parabéns!__ Dei a minha mais irritante e forte gargalhada para incomoda-lo. 
  Ele me puxa com força do chão enquanto outros policiais tinham suas armas com a mira em mim de todas as direções. Eu estava cercada. 
  __Nossa... Parece que alguém aqui ficou mais agressivo.__ Eu disse em um tom de voz em que só o Jim conseguiu ouvir. 
  Ele me carregava até sua viatura onde, no banco do motorista estava Harv, esperando por mim e Jim me "acomoda" no banco de trás ainda algemada. 
  __Eai, garota. Pronta para ir para sua nova casa? Aposto que vai se divertir lá. 
  __Se você estiver lá, com certeza vou adorar.__ Falei sarcasticamente olhando para cara dele pelo retrovisor e dando um grande sorriso "carinhoso" para ele 
   "Maldito Arkham!" 
   Jim entra no carro sentando no bando do passageiro. Percebi que ele se esquece de por o cinto de segurança logo que Harv começa o caminho até o inferno. Eu achei a chance perfeita para incomoda-lo. 
  __Eu vejo com meus olhinhos, um policial fazendo algo errado. Não é perigoso andar sem cinto de segurança James?__ Sua cara de desaprovação alimentava minha insanidade. 
  __ Mas isso nem rima... __ Disse Harv em tom baixo, como se conversasse sozinho, mas eu pude ouvir, assim como Jim, que disse logo em seguida olhando para frente: 
  __ Você vai se entender muito bem com seus novos companheiros em Arkham. 
  __Você adora essa palavra. Arkham, Arkham, Arkham! __ Gritei enquanto repetia esse nome. 
  Ambos me ignoram e seguem a viagem calados. Eu bato minha cabeça com força no banco e isso não despertou nenhuma atenção de nenhum dos dois. Eu me viro encostando minhas costas na porta esticando minhas pernas no banco. 
______________________________________________________________________ 
  O caminho até Arkham era longo e, depois de tanto incomodar Jim e Harv eu acabei me desligando por um tempo no carro. Quando chego ao portão de Arkham sinto meu corpo gelando e meu coração enlouquecendo! Eu não estava preparada. Não ainda.  
   "VOCÊ VAI APODRECER EM ARKHAM!" 
  As vozes voltaram a se manifestar na minha cabeça, mas dessa vez foi apenas um alto e escandaloso grito. Eu não contive minha respiração alterada e então Gordon percebe. 
  __Com medo?__ Ele da uma risada que soava mais como um suspiro. 
  __Vá para o inferno!__ Falei com ódio ardendo em meus olhos e garganta. 
   "VOCÊ VAI APODRECER EM ARKHAM!" 
  Essa frase voltava e voltava a se repetir na minha cabeça cada vez mais frequente e mais alto. Comecei a morder meus lábios com força na tentativa de me acalmar e distrair. 
  O carro me levou até os fundos do prédios, que era por onde todos os "doentes" entravam. Jim abre a porta de trás e me puxa bem rápido. Logo que sai do carro dois guardas já me esperavam e colocaram agora algemas nos meus pés para evitar minha fuga e, em curtos passo eu fui direcionada para a entrada dos fundos de Arkham. Jim não entrou comigo. 
  __Hey! Jim! Não se esqueça de escrever.__ Falei quando parei no meio do caminho e me virei para James antes que eu passasse pela porta e um dos guardas me puxa com força fazendo com que eu tropeçasse.__ Cuidado, grandalhão! Não precisa ser assim tão agressivo... Credo. 
  Subindo uma escada fui levada para a área feminina de Arkham e, em frente minha cela, os guardas tiraram as algemas. Na minha cela havia uma cama enferrujada com um colchão, simplesmente imundo e úmido, embaixo de uma minúscula janela com grades do lado de dentro e do lado de fora. Não dava para ver nada das janelas, pois ficaram foscas de tanta sujeira, mas percebi marcas mais fracas do encardido, provavelmente lavados pela chuva. 
  Em cima da minha nova cama estava meu "uniforme". 
  Uma enfermeira séria, mas calma, entrou no meu quarto com uma prancheta e começou a me dar orientações. Ela começa a falar mas eu não me dei ao trabalho de olhar para ela: 
  __Olá, me chamo Amélia, vim orientar suas obrigações e horários em Arkham. Para começar quero que coloq... 
  __Eu não recebo ordens!__ Falei desviando meu olhar do chão rapidamente para seus olhos. Ela não pareceu surpresa, obviamente estava a anos em Arkham.__ E não venha me dizer que eu preciso vestir esse trapo.__ Após isso ela começa a me tratar totalmente diferente, como a maioria acha que quem vive aqui deveria ser tratado. 
  __Você vai ter que me respeitar ou vai realmente ser tratada como todos os lixos são tratados nesse lugar! Vista-se, tem dois minutos. Preciso te levar até a o refeitório antes do fim do jantar. 
Eu estava desconfortável demais para pensar em qualquer resposta que eu pudesse dar a ela naquele momento, então simplesmente começo a me trocar. 
  Depois de me vestir com o vestido velho e listrado reparei que havia números e letras, como um código. Acho que os guardas eram ignorantes para se darem o trabalho de saber nossos nomes. O código que havia no meu vestido era A-15. 
  Logo em seguida ela bate na porta e eu respondo com uma voz doce cantarolando: 
     __Quem é? 
  __ Espero que não fique com gracinha durantes todo o trajeto. Terminou? 
  __Sim...__ Respondi com tom irritado e cansado. Me desanimei pela brincadeira ter sido falha.
  __Vou te levar para o refeitório. Mas antes você vai me acompanhar até a recepção e você vai passar na enfermaria para checagem de rotina. 
  Antes de sair, os guardas algemaram minhas mãos mais uma vez e descemos por outra escada para ir até a recepção. Ela ficava do lado de um grande portão com grades e todo um sistema de segurança estava em volta de lá. Chegando lá fui forçada a assinar uma grande papelada e não me disseram exatamente para o que serviam, mas eu não poderia me recusar a assiná-los. 
  Após assinar tudo o mesmo guarda, que me puxou com força no momento em que eu entrei aqui, pega meu dedo e mergulha em um tipo específico de tinta e depois marca minha digital na mesma papelada. 
  __Ei, amigo. O que já conversamos sobre ser bruto assim? 
  __Pare de bobagem garotinha.__ Amélia disse olhando para todos os papéis já bem preenchidos e assinados.__ Vamos continuar, vou tirar seu sangue na enfermaria. 
  A enfermaria era no final do mesmo corredor onde estávamos, com uma cruz vermelha na porta dedurando onde era. Entrei, me sentei e só um dos lados das estranhas algemas que eu usava foi aberto soltando meu punho para estica-lo e perfura-lo com um pequena agulha. 
  Eu adorava ver o sangue quente saindo do meu braço. 
  __É lindo...__ Falei baixo. 
  __O que?__ Respondeu um dos brutamontes que me acompanhou em tudo. 
  __O sangue. Escorrendo. Vermelho vermelho. Quente. Já sentiu, brutos? 
  __Não me cham...__Falou o guarda que teve sua fala cortada pela enfermeira. 
  __Eu prefiro que nenhum de vocês conversem entre si.__ Disse Amélia retirando de mim a agulha e colocando um pequeno curativo no meu braço. 
 __Eu só queria um amigo!__ Disse brava sarcasticamente. 
  __Você.__ Amélia apontou para o segundo guarda que me acompanhava. O que não disse e nem fez nada.__ Coloque novamente as algemas e leve-a até o refeitório.  

__Sim,senhora. ______________________________________________________________________ 

  __Aproveite os últimos 15 minutos. Comporte-se. 
  Disse o guarda que me acompanhava pelos corredores do hospício me levando para o refeitório. Para entrar lá precisava passar por dois portões de grade. 
  __Poxa, Brutos era bem mais divertido do que você. 
  Eu reparei em todo o ambiente e haviam diversos grupos de detentos malucos. Uns preferiam ficar sozinhos e quietos.  
  Eu sentia cala frios só de pensar em todo o medicamento que eu via as enfermeiras carregando... em quantos remédios eu tomaria... 
   "Maldita! Morra... MORRA!"  
  As vozes queriam me ver morrer. 
  O devaneio de morte passa ao ouvir os portões do refeitório se abrindo. 
  Acompanhei o guarda, passando por um pequeno corredor até o segundo portão e eu olho para o lado para observar alguns detentos ou onde eu ficaria. Pensando se eu me encaixaria nessa bagunça. Me dei de cara com uma pequena mesa, com algumas revistas velhas e rasgadas. A maioria das pessoas daquele lugar não sabia nem ler, então pensei em me sentar ali. E fiquei me perguntando o porquê daquela mesinha não ficar em uma área recreativa, e durante esses meus pensamentos, que não consegui concluir, me deparo com olhos verdes me encarando. Eu senti uma mistura de medo, arrepio, atração e desejo. Congelei e o encarei de volta. Me entreguei por segundos demonstrando medo daquele lugar, medo dele. Eu conhecia de algum lugar... Cabelos ruivos... 
  O guarda me manda sentar, fazendo com que o transe terminasse. Eu me sento naquela pequena mesa. Tento pegar um revista, mas as algemas atrapalhavam muitos dos meus movimentos. 
  __Oi, ei.__ chamei pelo guarda.__ Eu quero ler e isso me atrapalha.__ Mexo nas algemas indicando o que me incomodava. 
   __Não tenho permissão para retira-las por enquanto. 
   __Não é problema meu, só tire isso daqui! 
  O guarda que falava comigo olhou para outro guarda que estava mais bem vestido, obviamente ele era o manda chuva. Estranhamente ele olha para mim e logo em seguida, com um único sinal com a cabeça, informa que eu poderia ficar sem algemas. O guarda se aproxima e as tira, então pego uma revista, a mais inteira que eu encontrei e comecei a folhear ela e: Perda de tempo. 
  Percebi, após alguns poucos minutos, que o garoto de olhos verde, que até então eu não sabia o nome, Já não me encarava mais e agora estava perturbando um dos detentos e nenhum guarda fez nada para impedir, o que me fez concluir que isso era normal. 
  Ele estava começando a me irritar de longe. Era metido a sabe tudo e controlador.  Eu não aguentaria toda essa merda por tanto tempo. Eu sabia o que eu deveria fazer.  
    "Eu vou embora daqui."


Notas Finais


Obrigada por ler até o final.
Espero que tenha Gostado :3
Ainda tem mais (só não sei quando)


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