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História A Contagious Love - Muito bem planejado - Parte 1


Escrita por: UmbrellaGirl

Notas do Autor


Esse foi uma das ciosas que mais gostei de escrever
espero que estejam gostando :3

Capítulo 3 - Muito bem planejado - Parte 1


Eu estava em um corredor escuro e sujo, parecia que não havia fim. As poucas luzes que funcionavam piscavam sem parar, parecia que iam explodir a qualquer momento, mas me permitiram ver uma grande porta, com pequenas aberturas nela, como janelas. O corredor que era sem fim, de repente estava menor, e eu estava bem à frente da velha e grande porta, como se eu tivesse caminhado até ela sem perceber.

“Estou em Arkham?”

 Abri a porta e entrei em uma sala que se parecia com um laboratório, com computadores velhos e quebrados encostados na parede, mesas com seringas e tubos de ensaio, coisas que eu não fazia ideia do que eram ou pra que serviam. Tudo nessa sala estava quebrado, como se algum dos loucos de Arkham tivesse se libertado e por nenhum motivo simplesmente quebrou tudo a sua frente. E o mais estranho era que bem no meio dessa sala tinha uma cadeira, dessas que tinham amarras com fivelas para prender nossos braços.
 Me aproximei da cadeira e antes de toca-la ela se vira sozinha e Jerome, que estava sentado nela, se levanta em um pulo pra cima de mim, me empurrando contra a parede.
 Varias vozes começam a gritar comigo “Você não vai sair” “Seu lugar é aqui”. Mas Jerome sussurra no meu ouvido fazendo com que todas as vozes sumissem.

 __ Por que se preocupa? Por que pensa em mim? Eu domino você, eu tenho você. Não consegue mais esconder isso. Você se lembra de mim.

 Comecei a gritar e de repente acordo com Amanda segurando meus braços e me sacudindo bruscamente para me acordar.

__Ei, está tudo bem. Você estava tendo um sonho. Na verdade acho que um pesadelo...
__ O que? Não... Não! Onde ele esta? ONDE?

__ Ele quem?

__ Jerome...

__O detento Jerome Valeska? Ele está recebendo o tratamento, mas nunca colabora então sempre acaba sendo puni... Digo, acaba recebendo advertências que o mantêm em seu quarto o tempo todo. Recentemente também estou cuidando dele, ouve um corte de gastos e...

__ Eu sei que recebemos punições aqui, ok? Amélia não era tão boba quanto você, não tinha dó de me contar nada.

__ Boba... __ disse ela abaixando a cabeça e dando um sorriso um tanto desanimado. __ E você não é boba por estar sonhando com um detento, não é mesmo? __ quando termina a frase levanta a cabeça e olha pra mim, com um sorriso no rosto como se fossemos amigas.

 Olhei pra ela e disse:

__ Não me chame assim, não haja como se fossemos amigas. Você está aqui simplesmente para me medicar, nada mais. Está aqui pelo simples fato de que precisa de dinheiro. Eu não sou sua amiga.

__ Eu só achei que...

__ Eu mal te conheço. Só me de os remédios e saia.

 Eu nunca tive amigos. Os que eu tive... Bem, se é que pode chamar aqueles traidores de amigos...

____________________________________________________________

Horas se passaram desde o pesadelo, eu me recusei a ir tomar café, pois não estava a fim de levantar. Mas por este motivo me obrigariam a almoçar.

__ Ruby. Almoço.__ um dos guardas veio me buscar. Não vi Amanda e pensei que talvez ela tenha se importado demais com nossa pequena “discussão”.

 Na hora em que sai do quarto olho para o corredor a minha frente e lembro-me do meu pesadelo e de repente só me vem uma coisa na minha cabeça. Um nome. Jerome.
 Eu iria vê-lo, eu realmente iria ver Jerome novamente. Algo me dizia que hoje ele estaria lá, que estaria lá me esperando. “Por que me importo?”
 Eu estava perdida, meu coração acelerava, meu estomago doía. “É efeito de algum novo remédio?”. Eu não entendia o porquê eu estava daquele jeito, mas queria ver Jerome. Tudo que parecia ruim desaparecia, meu medo de Arkham, meu ódio dos remédios. Tudo parecia simplesmente insignificante.
 Eu estava para entrar pelos portões quando vejo Jerome. Estava sentado com os mesmo de sempre, ele parecia até animado, como se tivesse conseguido algo muito importante. Estava animado, rindo alto. Isso me fez sorrir, fiquei bem ao vê-lo animado. Eu sorria olhando pra ele, e ele olhou para mim, me encarou por um tempo e sorriu de volta, um sorriso malicioso e lambe seu lábio inferior como algum tipo de piada para me incomodar.
 Meu sorriso se foi, pois me lembrei de que ele poderia a qualquer momento tentar me matar de novo. Aquilo me doía, só de pensar em suas mãos no meu pescoço. Maldito seja.

 Fui para a mesma mesa de sempre no refeitório e me deram uma bandeja com uma gororoba horrenda, um copo de água e uma maçã. Eu só comi aquilo para não morrer de fome.
 Quando minha bandeja estava quase vazia, Jerome se aproxima:

__ Sentiu minha falta? __ Perguntou ele __ Oh, esqueça, sei que sim.

__ O que você quer? __ Perguntei sem mostrar qualquer tipo de reação. Ele só ficou me encarando com um olhar entediado, brincando com seu garfo de plástico e, antes que ele dissesse algo lhe faço mais uma pergunta __ O que você fez?

__ O que?

__ O que fez para estar aqui?

__ Matei minha mãe, já disse __ Ele falou revirando seus olhos__ esses remédios estão acabando com sua memória.

__ Eu me lembro de você. Como posso ter uma lembrança se nem ao menos te conheço.

__ Eu vivia em um circo, com a vadia que me deu a vida.

__ A moça da cobra... Eu me lembro dela. Você a matou!__ Gritei espantada e aliviada por finalmente ter lembrado.

__ Você é realmente um gênio. __ Disse ele pegando minha maçã de cima da mesa.

 __ Jim ficou louco com esse caso.__ Falei eu desviando o olhar para a parede.

__ E você louca por mim...

Eu ouvi perfeitamente isso, ele me disse isso. Eu olhei rapidamente para o ruivo que mordia a maçã e falei alto:

__ Isso é mentira!

__ O que? __ Disse ele com a boca cheia.

__ O que você disse.

__ Eu não disse nada. Suas medicações devem estar bem altas, garota. Esta delirando. Mas tudo bem, eu também tenho... Sabe... Essas vozes me incomodando o tempo todo.

 E eu percebi que foi a voz dele na minha cabeça, me perturbando com essa ideia estúpida.
 Ele acaba de comer a maçã e mira na lata de lixo para jogar seu miolo fora, mas erra e não se dá ao trabalho de levantar e jogar no lugar certo. Ficou em silêncio por um tempo, me olhando, como se me assistisse beber aquela água, que com certeza era da torneira.

__ O que foi? __ Perguntei quando acabo de beber a água suja.

__ Eu vou sair daqui. __ Diz ele sussurrando. Desta vez sabia que era ele, pois ele me encarava fixamente, como uma criança contando as suas falsas aventuras para seus coleguinhas da escola.
 Talvez minha insanidade tenha tomado conta de mim, mas respondi-o tão rapidamente que parecia combinado:

__ Eu vou junto.

Nós dois estavamos com olhares maliciosos e os guardas vieram nos buscar. A hora de almoço havia acabado, mas antes que os guardas chegassem perto de nós Jerome diz:

__ Eu vou te buscar.

 Foi a primeira vez que eu realmente acreditava ou ligava pra algo que ele dissesse. Cheguei a ficar preocupada. “E se fosse mais uma das vozes?”. Não... Não poderia.
 Fui acompanhada pelo guarda para meu quarto e no meio do caminho encontro- me com Amanda que durante todo o resto do trajeto permaneceu calada.
 Ao chegarmos ao quarto me sento na cama já esperando meus medicamentos, como sempre e percebo Amanda bem calada:

__ Silencio.

__ Bem, acho que assim seja melhor. Tentei ter um relacionamento com você e só me tratou com arrogância.

__ Você sabe por que eu estou aqui? Eu matei mais de 20 pessoas totalmente inocentes, incluindo minha família. Eu não te conheço e você não me conhece.

__ Só achei que facilitaria sua recuperação.__ Disse ela colocando algum medicamente na seringa.

__ Amigos se ajudam, se protegem, se arriscam um pelo outro. Eu não faria isso por você e duvido que você fosse fazer o mesmo por mim.

__ Como sabe de tudo isso?__ Falou segurando a seringa e pedindo que eu esticasse o braço.

__ Você é minha enfermeira, mão terapeuta.

__ Eu sei... Mas sinto que possa mudar de ideia. Tenho uma ligação com você e não entendo o que é.

__ Muito menos eu.

__ Bom... Boa noite. Vejo você amanhã.

 Eu não respondi nada por que me lembrei do Jerome tinha me dito. Amanda fecha a porta e começa a conversar com o guarda e eu simplesmente ignoro.
Passei a noite pensando em Jerome e acabei caindo no sono.
 De repente acordo com barulhos no corredor. Eram risadas familiares, misturado com passos pesados, todos ecoando no corredor que aparentemente estava vazio. “Mais um pesadelo?”. Não, não era. E eu sabia quem estava na porta.
 A risada e os passos pararam de ecoar, então resolvi me aproximar da porta, e antes que eu colocasse meus pés no chão, ela se abre.
 Era Jerome. Ele e mais dois detentos que sempre estavam com ele:

 __ Olá, Ruby. __ Diz Jerome entrando com uma arma na mão, e todo... Digamos “estiloso” e se achando como se estivesse aparecendo em um programa de televisão__ Eu disse que te buscaria.

__ O que? Era verdade? “Não estou mesmo dormindo” __ pensei na hora__ Por que eu?

__ Descobri mais do que apenas seu nome, sei mais sobre você do que imagina.__ disse ele dando uma risada fraca e pequena, mas logo muda de expressão para serio __Você é útil para mim.

__ Para que?

__ Não importa.

__ Se é sobre mim me importa sim. __ Falei apontando na cara dele.__ Você não vai me usar nem me manipular. Não podem mais fazer isso comigo.

__ Quer estragar tudo? Pare de gritar sua menina idiota. __ Ele falou segurando meu pulso com força. __ Cala a boca e pegue qualquer coisa que seja útil pra essa fuga.

 Olhei ao redor e não vi nada de valor ou que pudesse me ajudar.

__ Certo, sabe atirar, não é?

__ Matei a maioria com faca, mas sei o suficiente__ Falei verificando a munição e destravando-a.

__ Agora, vamos embora.


Notas Finais


Obrigada por ler até o final
Espero que tenha gostado :3
Ainda tem mais (só não sei quando)


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