Acordei com alguém acariciando meu rosto, tava tão bom que não queria acordar, mas eu tinha. Abri meus olhos e vi Maison me observando.
- Bom Dia - Ele me disse ainda fazendo carinho, sorri em resposta, estávamos deitados na cama, que era de solteiro, eu estava com a cabeça apoiada em seu braço, e nossas pernas enroscadas, não queria mesmo levantar.
Depois de alguns segundos me levanto com dificuldade estava muito mole, não me mantinha ereta então Maison passou o braço pela minha cintura e me segurou enquanto estávamos sentados na cama, olho em volta e o corpo não estava mas lá, mas na cadeira tinha uma camisa de força.
- Como eu vim parar aqui? Como aquilo veio também? - Pergunto apontando pra camisa.
- Depois que você saiu você demorou pra voltar, depois de um tempo eles voltaram com você numa cadeira de rodas usando aquilo - Apontou para a camisa de força- te jogaram no chão do quarto e foram embora, acho que te deram um tranquilizante por isso está mole - Disse cabisbaixo com uma mistura de tristeza e raiva - Eu te carreguei até a cama e tirei aquela camisa, mas como você dormiu por muito tempo deitei com você.
- Quanto tempo dormi?? - Perguntei confusa.
- Acho que umas 15 horas, agora são 8 horas da manhã - Arregalei meus olhos, durmi MUITO tempo. Ele cuidou de mim, se preocupou comigo como antes, que lindo.
- Hey - Ele virou pra mim - Obrigada por cuidar de mim, você é muito fofo - Fui beija lo mas ele se afastou, estranhei - O que foi?
- Eu deveria ter ido atrás de você, te protegido, você não tem o que agradecer - Ele ameaçou se levantar mas segurei seu braço.
- Do que você esta falando, você se preocupou comigo, cuidou de mim e era isso que você tinha que fazer, não tínhamos como desconfiar que eles iam me dopar mas isso não importa. Maison eu tenho muito o que te agradecer sim. - Ele voltou a se sentar do meu lado ainda cabisbaixo e com um bico, parece uma criança que fofo.
- Mas e a promessa que eu fiz de ninguém a machucar? Não estou cumprindo a direito - Olhava pro chão claramente triste e desapontado consigo mesmo, Maison pode ser um demônio e bem durão na maior parte do tempo, mas ele não sabe que tem um coração enorme e é sensível, acho que só eu vi esse seu lado.
- Olha pra mim - Ele se virou e fez o que pedi - Não estou machucada, não vejo nem arranhões - Menti um pouco as cordas esfolaram um pouco o meu pulso, estava doendo mas ele não precisava saber - Você esta cumprindo sim a sua promessa, porém eu prefiro a que você sempre estará do meu lado essa é importante - Falo sorrindo, e vejo ele sorrir largamente também, de surpresa ele me empurra me fazendo ficar embaixo dele, ri com o ato e ele também.
- Desse jeito está bom? - Me perguntou ainda rindo.
- Esta perfeito - Ficamos olhando um ao outro por um tempo, pode parecer estranho mas no momento não era, acho que só estávamos aproveitando a companhia um do outro, e quero isso pra sempre.
- Vá comer antes que passe mal pequena - Me deu um beijo na testa e saiu de cima para que eu possa ir.
- Claro, mãe - Rindo e ouvindo a risada dele fui ao banheiro fazer a higiene necessária de um ser humano. Quando sai não o vi mais estranhei porém ignorei e fui em direção ao refeitório.
No caminho e no próprio refeitório a guarda foi dobrada, onde quer que se olhava havia guardas, aconteceu alguma coisa. Peguei apenas um sanduíche e um suco, realmente iria desmaiar se não comece algo. Andei em direção a minha mesa de sempre, na qual David estava sentado, tudo bem terei que devidir a mesa agora.
- E aí David? - Perguntei me sentando
- Oi Baby - Ai meu Deus, já estou acostumando com esse apelido. - Você sumiu ontem, aconteceu alguma coisa?
- Digamos que o sono me impediu de sair do quarto - Disse tentando sorrir divertida, só tentando não gostei nem um pouco de ser dopada, comecei a comer meu sanduíche, após mastigar perguntei - Você sabe o que aconteceu para o exército nos visitar?
- Você não soube? - Fiz sinal que não com a cabeça - Ontem de madrugada vários guardas e alguns da equipe de enfermagem foram assassinados, ninguém encontrou o responsável, estão fazendo uma busca interrogando os maiores suspeitos - Terminando de falar olhou para o lado e se encostou suspirando na cadeira - Falando nisso acho que você é a proxima - Nisso olhei pra trás e aquele mesmo guarda irritante que me drogou veio na minha direção.
- Foi você não foi ? - Disse curto e grosso, não respondi continuei comendo - Pare de comer e me responde - Continuei o ignorando o que o irritou, me virou violentamente da cadeira pegando o meu sanduíche e o jogando no chão, continuei indiferente cruzando os braços - Agora que parou de comer essa porcaria me responde, ou melhor confesse, foi você? - Colocou os braços na mesa me prendendo, se fazendo de ameaçador.
- Pare de fazer essa ceninha de BadBoy que você não me assusta - O empurrei ficando em pé o encarando de frente - E como é que poderia ter sido eu se eu estava dopada jogada no chão do meu quarto, explica isso o Sherlock - Pude ver seu rosto mudar de cor para quase vermelho sangue, o irritei profundamente por tirar seus argumentos.
- Você é muito abusada não é garota, se acha demais, aguarde que seu tempo aqui está contado - Falou ja se afastando, porém antes de sair eu disse.
- Não me acho sou realista, e isso por acaso é uma ameaça? - Ele parou e se virou com um sorriso nada amigável.
- Intérprete como quiser - E saiu andando, me sentei cansada, e só vi o David me encarando.
- Perdeu algo ? - O perguntei arqueando as sobrancelhas.
- Você é muito boa, quase me queimei aqui o cara não tinha chance, mas e a ameaça dele vai levar a sério? - Estava encarando o enfurecido enquanto me perguntou.
- Não vou deixar completamente de lado, mas preciso ver algo primeiro. Tchau David - Falo saindo da mesa.
- Tchau Boa sorte - Disse sorrindo.
Preciso encontrar o Maison, certeza que foi ele que matou os guardas e os enfermeiros, deve ser por terem me dopado, mas porque ele não matou o imbecil??? Preciso falar com ele.
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