Seung Cheol não podia acreditar no que acabara de ler; Ele sentia seu coração despedaçado, podia sentir as mãos quentes de Yoon esmagando seu coração como se não fosse nada.
Fazia semanas que ele se entregava completamente para o garoto, escondidos em cantos estratégicos da faculdade de Seul, pois JeongHan não queria que ninguém soubesse deles, não havia se assumido para seus amigos ainda, e Seung Cheol achou divertido deixar seus colegas de quarto curiosos sobre quem seria o tão aclamado menino que mudou totalmente o amigo deles. Mas naquele momento, naquele milésimo de segundo, tudo estava acabado, nem para chamar o garoto e falar tudo na cara, Yoon foi capaz.
Hannie: Sei que ontem foi ótimo, adorei sair com você, mas agora tenho que te falar o que devia ter dito ontem. Eu quero terminar, seja lá o que temos, está acabado, me esqueça, Seung Cheol.
Cheol: Hannie, não pode fazer isso! O que eu te fiz? Vamos conversar!! Eu te amo, e sempre pensei que fosse recíproco!
Hannie: Não quero conversar, apenas me esqueça.
E assim, ele não conseguiu mais responder, tacou o celular em um canto da casa, fazendo o mesmo ficar em pedaços. Suas veias podiam ser vistas saltando de seu pescoço, ódio, raiva, tristeza, dúvida, ele sentia tudo, junto e misturado como uma sopa de algas.
O menino que dormia no quarto ao lado se levantou assustado, e com os olhos inchados saiu em passos lentos porém furiosos (Por terem atrapalhado seu sono) até a porta de seu hyung.
-Você não mora sozinho, hyung! Eu quero dormir!!
E sem nenhuma resposta recebida, SeungKwan deu alguns toques na porta.
-Hyung? - Com um tom de voz um pouco mais alto -
Nada...espera, soluços? Seung Cheol realmente estava, chorando? Okay, algo não estava bem. Boo Seung Kwan já vivia com Cheol a mais de um ano, e nunca viu o menino chorar.
-Abra a porta, seus soluços me incomodam mais do que seja lá o que era aqueles barulhos, me deixe fazer eles pararem.
Ele diz com uma voz calma, um jeito estranho, porém eficiente de lidar com os outros. O menino lá dentro destranca a porta e voltar a sentar em sua cama. Seus olhos estavam inchados, sua mão sangrando, como se tivesse socado algo.E ele havia feito isso. Socou a parede, a cama, a porta, qualquer coisa, para evitar de ir até a casa de JeongHan e socar a cara dele. Os barulhos não eram apenas o celular sendo jogado bruscamente no chão.
Boo entrou lentamente no quarto se sentando na cama ao lado de Cheol, e o abraçando, um abraço reconfortante e sincero. Exatamente o que o mais velho necessitava.
-Lembra...do garoto misterioso? -Seung Cheol se pronunciou, quando conseguiu controlar o choro. SeungKwan apenas assentiu. -
-Ele é um babaca, idiota, sem coração, cafajeste...Mas mesmo assim o rosto dele, o jeito dele, tudo, me conquistou, e eu fui só mais um da lista dele.
SeungKwan estava se controlando para não gritar um belo "Eu te avisei!!" Ele havia falado diversas vezes que não era uma boa idéia, mas seu hyung o contrariava, e continuava falando o quão maravilhoso o garoto misterioso era.
-Vai me falar o que aconteceu? Ou eu vou ter que descobrir quem é, e perguntar para ele?
Óbvio que SeungKwan havia dado uma indireta para Cheol falar o nome do garoto. Ele queria saber quem é, e podia falar que era para se vingar seja lá do que ele tivesse feito para seu amigo, mas era pura...curiosidade. Boo era curioso, e passou as últimas semanas seguindo SeungCheol para descobrir quem era o menino, e não encontrou nenhuma dica sequer.
Depois de um longo tempo de silêncio, sendo preenchido apenas pela respiração afogada de SeungKwan, o mais velho explicou tudo, fazendo questão de citar o nome Yoon JeongHan.
-JeongHan hyung? Foi ele? Não, você deve estar enganado! - O mais novo diz desacreditado que o sua inspiração na faculdade teria feito isso -
-Foi ele sim, Kwannie - Se afastou um pouco do abraço quentinho que se alojava para encarar seu sasaeng - Você o conhece? -
E ele conhecia. Yoon era uma inspiração para Boo, sendo alguns anos mais velho que si, e fazendo música (igual SeungKwan) ele sempre quis chegar pelo menos aos pés do talento do menino de cabelos longos. Sua voz era tão linda, que se assemelhava a de um anjo.
-Conheço, el - Parou olhando para a porta do quarto que foi bruscamente aberta por um garoto totalmente suado ou molhado, sua testa preenchida por seu cabelo acastanhado totalmente desgovernado na cabeça, e uma respiração ofegante. Os dois que já se encontravam no quarto, aguardavam alguma explicação. -
-Eu...Talvez tenha, feito alguém se matar hoje. - A voz aflita e arrependida finalemente se pronunciou, deixando os dois na cama, com olhos arregalados de preocupação.
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Maldito, era isso que Mingyu era, um idiota, retardado, imundo, burro, repugnante...Não, não era isso que Wonwoo pensava dele, ele o amava, mesmo depois do que aconteceu naquela noite. A prova disso, era o sangue que escorria pela banheira, deixando a água com partes avermelhadas e as vezes rosa devido a luz brilhante da lâmpada que iluminava o lugar.
Jeon Wonwoo, sempre tivera problemas psicológicos, depressão, ansiedade, eram apenas o começo para ele. Mingyu havia o ajudado muito no quesito, alto-estima, se mutilar e muitas outras coisas. Mas depois do ocorrido, tudo voltou, como uma facada, lenta, e dolorosa, facada em seu peito.
Sangue e mais sangue...
O que aconteceu? Para ele acabar daquele jeito? Nem ele mesmo sabia direito como aquilo podia se chamar.
Sangue e mais sangue...
Vendo que sua vista ficava escura, seu cérebro aos poucos ia ficando cansado, não demorou muito para Jeon apagar, afogando-se em seu próprio sangue.
Muito sangue, pouca vida...
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