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História A culpa é do álcool - Yamanaka


Escrita por: R_Marxx

Notas do Autor


Yeeeap pessoal!! xD
Espero que gostem da história, faz tanto tempo que não escrevo ou posto algo por aqui que sinto que perdi o jeito hahaha.
**Quem acompanha a minha história que está sem postagem há algum tempo ("A infecção") e tenha vindo pra cá ler essa eu peço mil desculpas e eu tenho uma ótima explicação que virá junto com o próximo capítulo porque não, eu não desisti dela. Eu juro que quando vier, virão todos os que faltam de uma vez para nunca mais tenham que esperar!
Quanto a essa, eu tive a inspiração dela em um momento meio dramático de auto-revelação então cá está hahaha Até lá embaixo ;)

Capítulo 1 - Yamanaka


Preciso contextualizar todos antes de narrar sobre a loucura que estou prestes a cometer, então tenham paciência comigo. Meu nome é Yamanaka Ino, bem vindos a minha cabeça.

A pergunta de um milhão de dólares: porque tudo tinha que ser tão complicado em? A vida podia vir com um manual de instruções para ser feliz e evitar todos os problemas que possam te deixar em dúvida com você mesma ou seu futuro. É ridículo e infantil, mas às vezes eu desejava que tudo fosse monótono e roteirizado desse jeito, mesmo tendo a certeza de que se fosse assim, eu desejaria por uma vida como a minha atual rapidinho.

A vida é ser contraditória, é desejar o que nunca se tem e o que parece mais fácil, sempre tentando evitar confrontos e ser aquilo que não é. Eu tinha bastante experiência com todos esses itens e demorei anos pra perceber isso, precisei de um ano completo pra me sentir estável ao ponto de admitir isso.

Eu nunca precisei tomar grandes decisões nem lutar por aquilo que eu queria, vivia sempre no conforto de ter aquilo que me proporcionavam e nada mais. Nunca tive coragem de me opor ao meu pai que sempre foi muito mais severo que minha mãe, cresci seguindo suas palavras, nunca desafiando, sempre sendo a certinha que tinha medo das notas baixas.

Precisei levar um pé na bunda pra me colocar no meu lugar. Meus pais ditavam tudo e por terem filhos tarde eles já eram velhos que estavam presos há sua década e não assumiam a progressão dos tempos, tudo tinha que acontecer como aconteceu com eles, eu tinha que fazer jus a todas as oportunidades que eles um dia não tiveram e até minha vida social se resumiu a isso.

Eu costumava levar uma bronca da minha mãe quando sugeria a década de 20 como seu berço, é duro, mas as pessoas da quinta idade não gostam de admitir que chegaram nela. Aprendi isso com muito custo, agora ela também aprendeu e eu até arranco uns sorrisinhos dela de vez em quando, mas isso não vem ao caso.

Quando o já mencionado pé na bunda aconteceu eu rui. Tinha a ilusão de contos de fadas serem reais e que por mais que tudo estivesse errado, se duas pessoas se amassem tudo daria um jeito de se encaixar, quando menor até me perguntava por que as pessoas terminavam...se o amor tava ali o que dava errado? Quem seria capaz de iludir uma pobre criança com histórias desse jeito? Pois bem, agora eu sei que não é bem assim e que existem monstros destruidores de sonhos...eles ganham quilos de dinheiro e projetam castelos na Disney.

Duas pessoas precisam de muito mais que amor para ficarem juntas. Essa é uma verdade pior que “papai Noel não existe”. Eu superei a segunda muito mais fácil, porque os presentes ainda vinham agora a primeira levou tudo embora.

O cara é Sabaku No Gaara meu crush supremo desde meus tempos mais sombrios da pré-adolescência, lindo desde que o conheço e um tanto quanto popular na sala, ele e seu grupinho era a alegria daquele lugar, sempre com comentários inapropriados, brincadeiras e eram bons em praticamente tudo. Dava raiva? Às vezes. Ele ainda veio ruivo com olhos verdes? Pois é, a vida às vezes é tão boa com uns e tão malvada com outros. E sendo assim eu e quase todas as garotas daquele colégio não conseguimos evitar ter um abismo por ele (talvez um pequeno exagero no “todas”  já que as garotas se dividiam entre os outros também... era um grupo realmente abençoado).

Gaara namorou duas colegas minhas antes de ficarmos juntos. Era quieto e introspectivo no começo e as pessoas tinham até receio dele, então virou amigo de Naruto (o único que não era bom em tudo, mas compensava com animação) e o resto eu já contei. Sempre fomos colegas, mas faltando dois anos para acabar o colégio viramos amigos (existe uma distinção ok? Se não sabe disso ta na hora de rever seus conceitos querido leitor).

Eu estou sendo irônica e malvada né? Gaara sempre teve o dom de me deixar nervosa em um nível não saudável para minha cabeça e coração. Costumava achar que ia ter uma taquicardia quase que o tempo todo, seja por uma boa causa, e vocês sabem do que estou falando, ou por uma causa não tão nobre como vou explicar adiante.

Agora, parando pra pensar bem, acho que todo mundo sempre soube da minha paixonite, mas nos últimos tempos eu tinha tentado e conseguido disfarçar bastante. Gaara sentava-se atrás de mim quando nos tornamos amigos e lembro até hoje do dia que dividíamos fone de ouvido ouvindo Ed Sheeran e ele disse que não fazia bem pra ele ouvir aquelas músicas, e quando perguntei por que ele respondeu “me faz ver o mundo de uma forma colorida, e assim eu posso me apaixonar...de novo. Prefiro o preto e branco.” (Ele tinha esses momentos filosófico).

Era de conhecimento geral que ele não tinha lá muita sorte quando o romance era sério, foi um ano com a primeira namorada até que ela o trocou por outro e dois anos e meio com a segunda quando ela o traiu e a escola inteira ficou sabendo antes mesmo dele. Ele precisava de um espaço e eu definitivamente não podia criar esperanças de que aquilo pudesse ser uma chance para algo.

No último ano do colégio começamos a conversar por mensagem e soube que ele estava apaixonado, que tinha caído na armadilha que nós dois temíamos, óbvio que não no mesmo sentido já que eu era só egoísta e estava com medo de não ser eu. E foi uma surpresa sobrenatural que dali um tempo eu descobri que a menina era eu.

O começo de tudo foi tão bonito, meu pai ficou meio em cima, mas liberava as visitas na casa dele e na minha e conseguíamos passar bastante tempo juntos na nossa bolha de amor, mas então começou a ficar difícil. Nós não brigávamos o que significava que quando alguém ficava bravo ou ressentido de algo guardava pra si e o amor ia se afogando (ou taquicardia como no exemplo acima). Eram muitas coisas não faladas, ele cobrava as decisões que eu não estava acostumada a tomar, criticava as faltas de atitudes e nossa primeira briga culminou rapidinho na desestabilização do relacionamento que foi praticamente arrastado pelo último mês antes de enfim terminarmos.

Nessa época meu pai já tinha ficado ciumento demais e quando percebeu que era real e eu estava apegada começou a proibir as idas à casa dele, ficou em cima e como eu não ia contra ele Gaara ia contra mim (motivo totalmente secundário, mas igualmente sufocante)

Foi meu primeiro namoro sério, com a minha primeira paixão que foi destruído por mim. Tá, não totalmente, porque Gaara era alguém difícil de lidar também, mas eu admitia a minha parte. Ele via minhas inseguranças como mentiras (talvez traumas dos namoros antigos) e acabava duvidando sempre da minha palavra, vivia dizendo que eu precisava crescer e quanto tomei coragem pra contar que eu tinha quase certeza que estava caminhando para uma depressão (ultimamente frequento um psicólogo então tenho tudo controlado) ele não me apoiou. Ok, ele me amava, mas como aprendi, só o amor não leva pra frente.

Eu chorei muito, tipo pra caralho. Faltei no dia seguinte na escola de tanto que meus olhos estavam vermelhos e inchados, e quanto a meu pai ele veio todo bravo perguntar “Porque ele terminou com você? Foi porque você não quis transar com ele?” Segurei a língua pra não contar que aquilo já tinha rolado faz tempo e quem quis fui eu. Como eu disse, ele vivia perdido em outra década (talvez a dele fosse a de 10...ou outro século mesmo).

Eu to praticamente apresentando ele como vilão né? Não é bem assim, meu pai passou por muita coisa e até onde eu sei ele lida com uma forte depressão a muito mais tempo do que lidava com a vida sem ela. Pode parecer que estou defendendo, mas sempre acreditei que do jeito dele, ele só queria manter todos por perto e aproveitar a bolha de amor que ele tinha conseguido ao passar dos anos. Talvez ter sido severo, proibido coisas e enxergando o mundo com um olhar muito antigo tenha feito o contrário do que ele queria e nos afastado, mas nunca duvidei do amor dele pela família.

Agora voltando ao drama: eu nem me lembrava direito do nosso termino e das coisas que ele me disse. Sentamos em um banco no térreo do meu prédio e eu mantinha toda minha concentração no esforço de não chorar. Quando me perguntaram depois porque terminamos eu só sabia dizer “Não estava mais dando certo. Nós nos desgastamos” o que podia ser verdade, mas eu só contava porque não saberia explicar a real grandeza de tudo aquilo. O amor estava ali, mas nosso namoro simplesmente acabou.

E então aquele filho de uma puta amada do Gaara arranjou uma nova namorada em menos de seis meses. SEIS MESES! Desgraçada feia com um nome ainda mais escroto. Matsuri era o demônio. Tudo bem que Ino não é lá um senhor nome exemplar, mas porra Matsuri? Bem feito que terminaram em menos de dois meses.

Olha, eu não sou uma pessoa rancorosa, mas depois de tudo que passei ficar feliz com isso não é maldade minha, é o mínimo a se esperar. Agora finalmente o motivo de eu estar aqui, escrevendo essa bíblia da discórdia amorosa: decidi finalmente avançar um passo. Eu estava pronta para ir atrás do Gaara. Isso mesmo, já estava vestida e pronta pra sair de casa e casualmente passar na frente da casa dele umas 500 vezes até que acidentalmente nos encontremos. Eu ainda amava aquele cara, ainda que um ano nos separe.

Agora, depois de ler tudo isso deve estar esclarecido que essa decisão pode ser a maior idiotisse que eu possa fazer, porque talvez nós não consigamos superar tudo pelo qual passamos, talvez eu não esteja totalmente livre dos sentimentos negativos que envolvem nossa relação e isso volte à tona de forma destruidora novamente, ou talvez ele só nem me ame mais.

 Mas como eu disse, meu nome é Yamanaka Ino e eu estava bêbada e pronta pra fazer isso. Foi mais de um ano, nós crescemos e amadurecemos, agora eu tomava decisões por mim e tinha aprendido a tocar minha vida, como eu amava Gaara era natural pensar que ele possa ter mudado e resolvido os seus problemas de confiança e todo o resto. Ou pelo menos acreditar que nós tenhamos evoluído o suficiente pra aprender a lidar com isso juntos.

Era agora ou nunca (ou possivelmente no meu próximo porre). Peguei as chaves de casa e chamei um Uber que me deixou no começo da sua rua, o resto do caminho eu faria a pé. Coloquei uma balinha que peguei no carro na boca pra aliviar o bafo do álcool (esquecendo os princípios químicos que comprovavam que o cheiro vinha de outro lugar e isso seria meio inútil)

A uma quadra da casa cabelos loiros mais extravagantes que o meu chamaram minha atenção. Droga, Naruto estava vindo em minha direção. Quais as chances dele acreditar que o fato de eu estar ali era uma pura coincidência? Não queria ouvir o que ele iria dizer sobre aquilo, seja fazer piadas sobre eu estar indo atrás dele ou me incentivar (ele costumava ser nosso shipper), eu acabaria desistindo se falasse com alguém antes de Gaara.

O que veio a seguir foi uma surpresa das grandes.  Primeiro Naruto verificou umas três vezes se estava vendo o que realmente enxergava (coçou os olhos, fechou firmemente depois abriu e desviou pra voltar a me encarar) e então deu o sorriso mais largo que poderia caber naquele rostinho (normalmente direcionados a sua amável namorada Hinata) e jogou os braços para cima como em comemoração “até que enfim” e seguiu reto seu caminho por mim, apenas encostando a mão em meu ombro em um gesto carinhoso e enfim partindo.

Fiquei mais nervosa que já estava com isso, mas senti um pouco mais de confiança. Quando terminei de observar o loiro se perdendo do meu campo de visão e voltei minha atenção para o objetivo final, o caminho ao super boss, dei de cara com os olhos mais fascinantes que já tinha tido o prazer de ver na vida.

- Ino? O que tá fazendo aqui? – Gaara perguntou com sua voz rouca que fez meus pelos do pescoço eriçar. Fazia tanto tempo que não ouvia aquela voz que até minhas pernas deram uma tremidinha de nervoso e ansiedade com a aproximação. Era duro acompanhar ele por fotos casuais em redes sociais (que até uns cinco meses atrás eu evitava ver para não cair no choro) pra ficar por dentro do que acontecia em sua vida.

Estava desleixado, essa é a palavra correta para descrevê-lo. A barba por fazer, os cabelos completamente despenteados e aquele bigode mal feito faria com que, caso o encontrasse na rua sem conhecê-lo, eu certamente atravessaria pra outra calçada e desviaria de seu caminho segurando firmemente o celular e rezando para o chapado não me atacar. Ainda assim era fácil reconhecer o seu charme porque eu sabia o que procurar.

-Ino? – perguntou novamente com um sorriso sacana surgindo no rosto. Droga de novo. Eu tinha ficado tanto tempo divagando sobre sua aparência que me esqueci de responder e ainda fiquei encarando. Eu fazia muito isso.

- Estava de passagem. – ele ergueu uma sobrancelha como se não acreditasse em mim. – E você? – Perguntei naturalmente, como se não fosse eu que estivesse na rua da casa dele.

- Vim atrás do Naruto, ele esqueceu a carteira na minha casa. – Mostrou o objeto em sua mão.

A conversa meio que morreu e ficamos em silencio. Ele não deu qualquer sinal de que tentaria ir atrás de Naruto e eu fiquei ocupada me perguntando onde raios tinha ido parar a coragem de que falava agora pouco e a que o álcool me dava. Vamos lá, eu tinha ido procura-lo e estava decidida a fazer aquilo, não é hora de dar para trás.

- Eu vim falar com você. – Cuspi as palavras bem rápido. O plano de esbarrar nele sem querer tinha dado certo antes mesmo de tentar uma segunda vez (e eu estava disposta a tentar 500), mas eu não sabia como continuar e falar o que eu queria falar se agisse como se não estivesse lá por ele. Seria um tanto quanto patético demais, até pra mim. – A gente pode conversar?

- Você quer conversar? – A surpresa em sua voz me deu uma leve angustiada. Aquilo era porque ele não ia querer nada e conversar seria incomodo e constrangedor, ou ele só pensou que eu nunca viria atrás dele pra isso?

- Tenho certeza que foi o que eu disse. – Minha voz tremeu e tentei dar um sorriso com meu rosto petrificado. – Podemos?

Então Gaara deu o sorriso mais charmoso que poderia acabar com qualquer ressaca.

- Sem problemas. – Disse. Apontou para trás de si e começou a andar em direção a casa como um convite para que eu fizesse o mesmo. Parecia tão despreocupado que me fez querer dar um voadora por trás nele, mas sabia que ele era sempre assim, era o jeito dele, não importava o que acontecesse ele exalava aquela aura calma. A pessoa alterada da relação sempre fui eu, então caminhei com as pernas tremendo cada vez mais a cada outro passo que dava.

Eu tinha esquecido o que eu ia dizer. Tudo bem que foram somente uns 10 minutos planejando, mas agora estava totalmente despreparada e vulnerável.

Quando entramos na casa a cachorrinha dele veio logo nos recepcionar com uma alegria que nem parecia que até três minutos atrás Gaara estava ali, e ela nunca tinha gostado muito de mim, mas dessa vez fez um show que eu quase perguntei “depois de ter que aturar a Matsuri você descobriu que na verdade eu sou um amor né?”acabei deixando quieto pra poupar saliva porque minha boca já estava seca.

Já na sala parei pra procurar por vozes ou qualquer coisa que indicasse que tinha mais gente naquela casa, mas como não ouvi nada isso significava que estávamos sozinhos, porque os dois irmãos com quem ele vivia não conseguiam ficar naquele silencio nem por obra de um santo. Perfeito, não me imagino tendo esse tipo de conversa em um ambiente que Temari esteja.

- Então Ino, o que você queria conversar? – Gaara perguntou quando já estávamos acomodados no sofá, um ao lado do outro, e eu tentava evitar o contato visual observando a parede.

- Você podia fazer a barba? Eu não consigo me concentrar, fico imaginando você fumando maconha na praça da esquina com aqueles doidos que costumávamos zuar lembra?

- Você está enrolando Ino. – Parece que o tempo que passamos juntos o ajudou a perceber certas sutilezas, mas não interpretá-las corretamente. Meu plano original se baseava em uma reconciliação, e eu não iria beijar ninguém com aquela barba ou aquele bigode horrendo. – Você continua doida sabia? – ele sorriu então levantou e subiu as escadas me largando ali.

Eu tinha dado uma pausa como se desse a entender que não falaria nada até que aquilo acontecesse, mas não esperava que ele fosse realmente fazer. Gaara ia voltar a ficar lindo e maravilhoso e eu não conseguiria me concentrar de verdade porque estaria suspirando por ele. Ótimo plano Ino.

Fiquei brincando com a cadelinha e aproveitando o recém descoberto amor dela por mim ignorando o fato de que era alérgica a ela. Quando nos cansamos uma da outra Gaara ainda não tinha dado sinais de vida na sala então fui ao lavabo do andar térreo lavar as mãos antes de acabar encostando no rosto e acabar com o mesmo todo pipocado. Quando voltei ao meu lugar ele estava lá.

Deve ter sido patético, mas eu parei pra admirar e sabia que a surpresa que a beleza dele sempre causava em mim ficou bem evidente no meu rosto. Ele começou a rir, até demais para o meu gosto. Qual foi, não era a primeira vez que eu agia como uma boba apaixonada na frente dele, ele podia ter aprendido a disfarçar um pouco naquela altura do campeonato.

- Eu te amo. – Eu disse me largando ao seu lado no sofá. Já tinha entregado todas as cartas mesmo, o que mudaria em ter cuidado com as palavras agora? Gaara quase engasgou com a risada que ainda dava, que era rouca, maravilhosa e bem rara por isso sempre que acontecia eu gostava de aproveita-la, mas aquele não era um dia assim. – Eu fique um tempão tentando esquecer e cheguei até a pensar que tinha conseguido, mas você continua invadindo a minha mente o tempo todo sem ser convidado. Meu psicólogo disse que eu tinha melhorado bastante o que significa que estou estável o suficiente pra admitir a mim mesma que ainda te amo. Então eu engoli meu orgulho e raiva por você, Matsuri e seu romance relâmpago e vim até aqui, bêbada e completamente sem senso algum te contar isso. – Despejei.

Enquanto esperava qualquer reação da parte dele reavaliei meu discurso medonho de amor...oh como eu era péssima nisso. Passaram mais uns bons minutos e ele ainda não tinha falado nada, então me levantei. O tempo de choque já havia passado, o único motivo pra se demorar tanto ainda era porque ele devia estar pensando em um jeito de me dar um fora que não me fizesse cair no choro ali mesmo (o que não aconteceria, mas baseado na minha versão que ele conhece...até parece que não prestou atenção na parte do psicólogo e do estável).

- Não vai embora. – Gaara segurou o meu pulso e enviou descargas elétrica por todo o meu corpo. Era a primeira vez que encostávamos um no outro em UM ANO. – Eu te enviei mensagens, porque não respondeu?

- Mensagens? Que mensagens?

- As que eu mandei pro seu celular. – Revirou os olhos. E explicou. – Quando Matsuri e eu terminamos os meninos ficaram rondando tentando me levar pra um bar pra comemorar já que eles não gostavam muito dela. – Eu gargalhei, ele deu um sorriso mínimo, quase imperceptível. – Umas duas semanas atrás eles conseguiram e eu fique muito bêbado. Naruto me acordou dizendo pra eu olhar meu celular e eu tinha mandado uns três áudios pra você. – Ele colocou a mão no rosto e o escondeu com o braço antes de completar. – Três áudios muito constrangedores que os caras filmaram.

- Uau eu preciso desse vídeo. – Comentei casualmente e levei um olhar mortal dele em troca. – Qual foi, nunca vi você bêbado. Você é sempre a pessoa que costuma filmar o mico dos outros. – Ele revirou os olhos meio impaciente. Que fofo, ele estava envergonhado. Compreensível já que meninos nunca o deixariam em paz. – De qualquer forma, eu nunca recebi áudio algum.

- Eu tenho certeza que eu mandei Ino. – Ele pegou o celular e me mostrou a conversa não apagada. Se isso me deixou feliz? Até demais.

- Eu troquei de número Gaara, esse é meu telefone antigo. – Disse observando a foto de perfil antiga. – Nunca recebi mensagem alguma sua.

- Como é que é? Porque raios você mudou de número? O Naruto sabe disso? – Ele murmurou perguntas repetidas e parecia nervoso. – Eu me arrependi de mandar as mensagens no momento que vi, mas depois eu fiquei esperando pela resposta, ansioso pelo que você diria, então me arrependi de novo quando não veio nada. Naruto sabia disso? – Ele repetiu.

 - Na verdade, todos os meninos sabem que eu mudei de número. Nós estamos em um grupo juntos no whats. – Comentei me divertindo com o tom que seu rosto estava adquirindo, só não sabia dizer se por raiva ou vergonha. – Eu posso ouvir esses áudios?

- Não.

- Mas você disse que queria uma resposta.

- Você já me respondeu Ino, eu nunca imaginei que você fosse dar o primeiro passo. – Eu não sei vocês, mas eu tinha uma imaginação fértil demais para o meu bem, precisava de confirmação.

- Se você não disser claramente eu não vou entender.

- Você não consegue imaginar sozinha o que tinha naqueles áudios? Você sempre foi tão criativa, mas quando as coisas estão na sua cara... – Ele parecia meio indignado e nervoso.

- Gaara. – Pedi mais uma vez, ele estava ficando vermelho.

- Eu ainda to surpreso. – Ele balançou a cabeça de leve. – Eu achei que você já estava em outra porque Sasuke disse que a Sakura disse isso e agora ele o Naruto e todo o resto estavam me zuando e você me ama. – Fez uma pausa – Você ainda me ama. – Ele sorriu se aproximando.

- Não foi isso que eu pedi. – Mas ele fez pouco caso das minhas palavras e me beijou. E eu nunca tinha ficado tão feliz por ele ter me ignorado.

- Eu pedi pra você voltar pra mim... porque eu também ainda te amo. – Ele sussurrou contra meus lábio quando nos separamos. - Eu já deixei você ir uma vez e agora que você veio por mim, eu não vou deixar acontecer de novo. – Eu senti meu coração se aquecer com aquela declaração e vou negar até o ultimo instante que escorreu uma lagriminha ali.

- Nós vamos dar um jeito né? – Eu perguntei sorrindo.

- Eu prometo que não vou desistir dessa vez.

Eu disse antes que o amor não é o suficiente para duas pessoas ficarem juntas a eternidade, mas percebi que ele faz valer o esforço de lutar por isso.

- Ótimo, ficar longe de você é sufocante. – O beijei mais uma vez. – Que tal me convidar para o seu quarto? – Perguntei e ele me encarou surpreso mais uma vez. Eu sempre tive vergonha de ser direta assim, mas qualquer coisa a culpa é do álcool.

 

***----*** Algumas horas depois

- Eu não acredito que o Naruto te mandou esse vídeo. Como ele sabe que estamos juntos? E se ele não sabe, NÃO ACREDITO QUE ELE MANDOU ESSE VÍDEO.

 


Notas Finais


Yeeeeap!! =)
Então pessoal espero que tenham curtido essa história porque eu realmente amo esse casal.<33
Nem sei como começou, acho que foi por uma fic aqui mesmo hahahaha eu nunca tinha sido de curtir um casal que não exista na história, mas me desculpem..GaaIno é supremo.
Deixem um comentário pra mim sz Beijãaao! xD


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