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História A cunhada - Capitulo 34


Escrita por: griffinbello

Notas do Autor


OLAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA, MENINA TO EMPOLGADA. Minha inspiração resolveu dar as caras hoje, eu sei que anunciei o hiatus, mas eu não podia deixar de usar tal insipiração para nosso beneficio né. Olha esse é o penúltimo capitulo dessa coisinha linda que brotou em mim, eu estava ansiosa pra escrever e compartilhar com vocês. Se alguém ainda lê né? HAHA eu vacilo muito na demora, eu sei :(
SE VOCÊS NÃO COMPRARAM O 7/27 COMPREM PORQUE O ÁLBUM TÁ LINDO DE VIVER. Enfim, o epilogo não vai demorar a sair, isso é promessa beleza? Espero que divirtam-se, não chorem, fiquem firmes okay. Beijos

Capítulo 34 - Capitulo 34


  

Camila POV

Sete meses depois.

Hoje era um dia daqueles na Iglesias, eu estava um caco, parecia que um trator passou por cima de mim, pois, nunca na vida números e relatórios haviam me dado tanta repulsa, dormi mal noite passada e estava com sintomas de saudade. Lauren tinha viajado para Londres e depois iria para Paris, ela ia passar uma longa temporada por lá promovendo sua marca e participando de festas, desfiles e esses eventos sociais, eu não fui, não por falta de convite, mas sim por que tinha uma vida aqui e convém dizer que ás vezes saudade fortalece um relacionamento não é? O almoço hoje havia sido agradável, Dinah pediu Talharim e eu almondegas, éramos amigas agora, demorou um tempo até eu perceber que ela não era mais louca pela Lauren e meu ciúme não florescer mais, acabei percebendo que ela também queria estar próxima de nós como amiga e eu não recusei algo que aconteceu naturalmente.

Esse talharim está maravilhoso, meu deus! – Dinah exclamou acho que pela 4ª ou 5ª vez.

Você come demais mulher, respire um pouco – Falei rindo, principalmente da cara medonha que ela fizera pra mim. – Me impressiona ter esse corpo maravilhoso.

:- Genética Camilinha, genética é a benção do século XXI.

Sorri novamente.

:- Me diga como anda o processo da Jauregui.

:- Está normal e lento, Chris lavou muito dinheiro naquela empresa, se você tivesse aceitado aquele testamento teria que bater muita cabeça pra limpa-la.

:- Ás vezes me pego pensando que Clara e Taylor não mereciam esse rombo, eu deveria ter ajudado elas. Apesar da Clara ainda relutar contra meu relacionamento com a Lauren.

:- Clara é boa quando quer Camila, eu conheci aquela peça e você também. Isso é puro orgulho e mágoa, por que o bebezinho dela não está mais aqui.

:- Você fala de um jeito tão insensível Dinah.

Não é insensibilidade Camila, é a realidade. Depois que Lauren contou de vocês pra ela meu Deus, ela pirou o cabeção que mulher chata, o que custa aceitar que a garota quer ser feliz e com você? A vida segue. Flui – Dinah disse fazendo ondinhas com as mãos sobre o ar, eu ri.

:- Não importa, acho que eu deveria conversar com a Taylor, pelo menos pra saber como ela está, tem tanto tempo que não conversamos principalmente agora que está na faculdade.

:- Cuide mesmo da sua cunhada viu. Mas fala verdade Camila, você virou e revirou e acabou na mesma família garota haha, chave de boceta é forte e certeira.

:- DINAH! Odeio quando você começa com isso, nunca consigo te levar a sério.

:- Nem quero ser levada á serio ta bom? – Dinah relutou um pouco – Quer dizer, no quesito relacionamento ás vezes eu gosto de ter uma namoradinha para passar uma semana, mas só isso.

:- Você não presta. Aprendeu com quem?

 Advinha? – Dinah insinuou e percebi que ela falava de Lauren. Fuzilei ela com olhar. – OK, me desculpe senhora Jauregui.

Rimos juntas até que senti uma mão em cima do meu ombro, Dinah olhou para cima e não conseguiu desviar seu olhar, me virei e dei de cara com uma Normani sumida e simplesmente linda á minha frente.

:- Camila? Que surpresa te encontrar aqui!

Me levantei e a abracei.

:- Uau, você está maravilhosa, o que houve que você desapareceu?

Ah, eu precisava terminar minha faculdade sabe, medicina é muito puxado – A negra de olhos pretos e bem maquiados olhou para Dinah e novamente para mim. – Estava trabalhando no Canadá, só que eu pedi transferência pra Miami novamente porque nossa cidade natal tem seu encanto né.

A convidei para sentar, enquanto nosso almoço não havia terminado.

Dinah essa é Normani e Normani essa é Dinah. - As apresentei e acabei reparando no encanto que Dinah acabou caindo, eu já sentia cheiro de interesse. – Mani essa é uma amiga e Dinah ela era uma das amigas do Chris, acho que não conheceu.

Ah, não nos conhecíamos – Mani respondeu abrindo um sorriso largo que logo esmoreceu - Uh, Camila sinto muito pelo Chris, eu soube só que eu acabei não podendo vir ao enterro, meus pêsames.

:- Está tudo bem Normani, a vida segue, flui.

Dinah sorriu ao perceber que usei suas palavras. Aquilo foi um pouco idiota na verdade.

Então Normani, como moramos na mesma cidade e nunca tínhamos nos visto? – Dinah perguntou e eu apenas observei calada aquela situação.

:- Eu não sei Dinah, mas estamos aqui agora não é?

Sorri ao ver aquela tensão no ar, eu estava ficando louca ou eu realmente queria que instantaneamente surgisse algo dali? Meu celular vibrou me tirando dos devaneios e dei graças a Deus que era Lauren me ligando, eu não seria uma tocha olímpica para um casal, não dessa vez. Pedi licença e sai para atendê-la.

:- Como está minha princesa?

:- Estou bem e pagando vela pra variar.

:- Como assim pagando vela amor, o que houve?

:- Nada, Dinah tá encantadinha pela Normani e estão conversando aqui no restaurante.

:- Não brinca que Normani deu as caras? OMG. Bom pelo menos Dinah agora pode parar de implicar com a gente.

Nossas risadas ecoaram pelo celular.

~ Suspiros ~

:- Estou morrendo de saudade amor, quando você volta?

:- Em duas semanas no máximo.

:- Tudo isso ainda? Eu não vou aguentar.

:- Vai sim, e você pode fazer o que combinamos antes de eu ir embora.

:- Lauren eu estou no meio de um restaurante cheio de gente, não podemos conversar sobre isso aqui.

:- Eu estou no meu apartamento, eu posso falar o mais alto que posso que você nesse tempo pode brincar um pouquinho com você sabe o que e pensando unicamente em mim.

Fiquei tão vermelha que meu rosto esquentou.       

:- Podemos conversar sobre outra coisa, além de safadeza?

:- Ah, mas falar safadeza é tão bom. Quer falar sobre o que então finanças? Como está minha vida aqui em Londres sem você? Dos desfiles que participo?

:- Isso poderia ser legal, estou preocupada. Você saiu daqui com uma virose do caralho, está tomando seus remédios?

:- To sim amor, não se preocupe, minha voz até deixou de ser grogue caso não percebeu. E na Iglesias está tudo bem?

:- Sim baby, Vero me ligou esses dias estava de ressaca e me fez ouvir o barulho do mar.  

:- Cretina! Ela fez a mesma coisa comigo, só que o barulho que eu ouvi era de gente gritando ao redor dela e música alta.

:- Essa garota não tem jeito mesmo. Mas fora isso, nada de bom aconteceu.

:- Que chato amor, vamos falar de safadeza de novo?

Sorri revirando os olhos. 

:- Me ligue depois e prometo que falaremos, agora não posso meu bem.

:- Tá bom então, promessa é divida. Te amo tenho que desligar.

:- Amo você volta logo.

:- Desliga primeiro

:- Você não tá fazendo isso Lauren.

:- O que? Desliga primeiro.

:- Desliga você.

:- Não, desliga você.

:- Que coisa GAY Lauren, desliga logo essa droga de celular?

Lauren gargalhou.

:- Isso não tem graça, desliga logo.

:- Amo quando fica irritada assim amor.

:- Tchau.

:- Tchau.

:- Argh te odeio Lauren Michelle.

:- O sentimento é reciproco, só que ao contrário.  

:- Agora é sério, desliga ou eu desligo.

:- Ta bom mon amour.

Lauren desligou o celular. Eu que deveria ter desligado, mas ela conseguia me tirar do sério na mesma proporção que me fazia gostar dela a cada dia que passava. Esse não era meu mundo. Voltei para a mesa e Normani continuava entretida com Dinah, agora cheia de sorrisos e olhares sugestivos. Pagar vela, esse sim não era meu mundo.

:- Dinah vou trabalhar, Normani foi um prazer te rever quando Lauren voltar vamos marcar um jantar, ou outra coisa para fazer.

:- Quando a Lauren voltar? Não sabia que Laur estava morando aqui.

Ela e Camila são namoradinhas agora. – Dinah soltou fazendo Normani arregalar os olhos.

:- Dessa eu não sabia mesmo.

É uma longa história, Dinah teria o prazer de te contar né amiga? Vou indo, estou atrasada, beijos. – Me despedi das duas mulheres e corri para a Iglesias para ficar moribunda mediante á tantos relatórios e ligações.

                                                              x.x

Os dias estavam mais lentos que tartarugas de cem anos, nesse tempo eu pensei muito na minha relação com a Lauren e como havíamos evoluído nisso tudo, eu tive a sorte de ter um relacionamento tranquilo depois da morte do Chris, a mãe dela depois que soube assim como Dinah disse, pirou o cabeção. Lauren era muito forte, lidou com o pai que não gostava nenhum pingo dela, lidou com Chris que a odiava, está lidando com a mãe que sempre foi um exemplo pra ela, e que agora está indignada com o fato de estarmos juntas. Lauren precisava de mim, eu precisava desabar hoje porque eu estou com saudades dela, Ally estava namorando novamente e provavelmente dessa vez daria certo eu não poderia atrapalhar, Dinah provavelmente está com Normani, porque eu conheço ela e assim como Lauren quando queria algo não desistia. Mamãe, bom, ela respeita, mas sinto que não aceita. Só que ela era a única que poderia me consolar agora, eu sentia falta da nossa relação que se dissipou depois que comecei a trabalhar demais.

Fui até o seu quarto e a porta estava encostada. Ela via atentamente algum programa de TV, abri a porta e seus olhos se voltaram pra mim. Eu fiquei lá um bom tempo, observando-a, quando ela desligou a TV.

:- Quer conversar hija?

:- Sí, mama.

Entrei e me sentei ao seu lado na cama, encostei as costas na cabeceira, e me virei para ela. Seus olhos sorriam pra mim, meus olhos se encheram de lágrimas do nada e então, me aninhei em seu peito e derramei tudo o que tinha pra derramar em seu colo. Ela fez carinho em minha cabeça, e apertei suas coxas com força, chorei por alguns minutos, não tive capacidade de conta-los.

:- Estou triste por ela mamãe.

:- Lauren é forte Camila, a mãe dela um dia vai entender o que acontece entre vocês.

:- Sinto tanta falta dela, sabe aquele sentimento de proteção que você tem com alguém querido? Eu sinto isso com ela de uma forma que até dói. Acho que estou percebendo coisas diferentes agora, ela não viajou só pra trabalhar, ela estava de alguma forma sufocada aqui.

:- Olhe pra mim Camila.

Levantei o tronco e vi uma Sinu com os olhos marejados.

:- Eu sei que demorei para conversar com você sobre essa situação, sei que você já tentou e eu inventei mil e uma desculpas para não encarar o fato de que minha filhinha, minha única filha vai ter um futuro com outra mulher. Quando você for mãe Camila, vai entender, a sorte é que você é uma mulher tão cabeça aberta, tão maravilhosa que nunca vai deixar preconceito nenhum te corromper e corromper sua família. Seja ela com a Lauren ou com outra mulher ou outro homem. Demorei muito pra entender que se trata de sentimentos, apesar de ter começado de forma errada. Sinta-se abençoada por mim e pelo seu pai Camila, ele ficaria muito orgulhoso de ver o quanto você está feliz. Quando Lauren voltar, chame-a para um jantar, quero recebe-la na minha casa pela primeira vez e quero que seja inesquecível.

Eu não falei nada, não saía nada da minha boca a não ser soluços, ela havia me aceitado, meu coração disparou numa intensidade que só Deus sabe. Aquela sensação era a mais aliviadora de toda a humanidade, era como se agora eu pudesse e posso gritar pra todos os cantos do universo que eu era a mulher de Lauren e que nada, nunca iria nos corromper.

:- Eu te amo, mãe.

:- Eu que amo hija, eu que amo.

Depois desse episódio, passamos a noite vendo séries e comendo chocolates. Coisas que não tínhamos feito depois de todos os problemas que tínhamos passado, acho que agora a gente ia fazer isso sempre pra minha felicidade.

 

Lauren POV

:- Lizzie, sério preciso que vá até o aeroporto e compre minha passagem pra Miami enquanto eu termino de fazer esse croqui.

Lizzie ouvira meu recado atentamente, ou não. Estava vendo TV e comendo minhas guloseimas.

:- E pare de comer meus doces, deixe de ser folgada.

Liz voltou seus olhos para mim.

:- Lauren você é minha patroa, mas não minha dona eu como o que eu quiser.

:- Você prefere sua demissão por escrito ou de forma oral mesmo?

A mulher sentada no sofá soltou uma gargalhada audível.

:- Quando se trata de Miami você vira bicho não é? Não vi essa grosseria quando pediu pra eu comprar suas passagens pra Paris, essa irritação se chama falta de sexo ou...

:- Se chama falta de sexo e com a minha mulher. Obrigada, de nada.

:- Vem cá, falando serio agora. Você tá apaixonada mesmo né? Quem diria, eu demorei muito pra assimilar isso, mas é, você tá algemada Lauren Michelle.

A olhei com reprovação.

:- Liz, não é como se eu estivesse em uma prisão, muito pelo contrário, com Camila eu me sinto livre até demais.

:- Tá muito apaixonadinha, tá toda trouxa, toda trouxa, toda trouxa. – Liz começou a cantarolar.

:- Eu sinto falta da sua maturidade Elizabeth, onde enfiou ela, num bueiro por acaso?

:- Ah, para! Sabe que minha implicância com você nunca foi de hoje e nem de ontem. Quero conhecer ela.

:- Camila? Você vai e muito em breve. Agora corre, vai comprar minha passagem se não te demito de verdade.

:- Ui tá bom, nervosinha. – Liz pegou sua bolsa e saiu porta a fora.

Larguei o croqui que desenhava e saquei o celular, quis ligar para Camila para avisa-la sobre minha volta, mas não consegui, ela não havia me atendido.

Desci os olhos pelos contatos e vi o número de Taylor, liguei, ela prontamente me atendeu, conversamos um pouco sobre ela e sobre a faculdade, sobre as empresas, ela me contou que Edward havia voltado para resolver o rombo que Chris havia feito nela, ela também me contou que tem dias que minha mãe não sai do quarto. Suspirei ouvindo aquilo e segurando um choro entalado “e pensar que eu tenho grande parcela de culpa nessa depressão nojenta”, pensei ainda conversando sobre nossa mãe, e lembrando o dia em que contei sobre Camila. Já fazia dois meses após a morte de Chris, naquele dia conversamos sobre tantas coisas, ela estava começando a se animar pra vida, mas eu fui burra demais ao confessar nosso namoro. Ainda me lembro das palavras duras dela “você foi tão antiquada” “eu não mereço isso” “eu sempre te aceitei, mas isso é uma afronta” “não pensa no seu irmão?” “nunca pensei que Camila seria vagabunda á esse ponto” Quando ouvi Camila sendo xingada, eu desisti. Sai daquela casa com o imenso desejo de nunca mais voltar, mas as coisas não eram tão simples o quanto pareciam. Elas nunca seriam simples de novo.

O que eu aprendi com isso? É que quando eu me vi sem ninguém, Camila estava lá de braços abertos pra mim. Eu cheguei pra bagunçar a vida dela, porque eu não conseguia arrumar a minha, mas olha a ironia, ela acabou arrumando minha bagunça e eu, pela primeira vez me senti capaz de poder arrumar a bagunça de alguém, uma bagunça que eu mesma tinha feito. 

Éramos uma bagunça e só nós nos encontrávamos nela. Camila era o amor da minha vida e não podia mais esperar um segundo pra dizer isso á ela.

Agilizei as coisas em Londres e chegaria á Miami cinco dias antes do previsto, resolvi não falar nada pra Camila, conversamos com muita saudade pelo Skype e desligamos, ela pensou que eu ia dormir, eu ia sim, mas eu ia dentro do avião.

Camila POV

:- Bom dia mama!

:- Bom dia hija, acordando cedo no sábado? Milagres acontecem.

Sorri ao lembrar que sou tão acostumada a acordar cedo nos dias úteis, que quando o final de semana chega eu faço a mesma coisa.

:- Está tudo bem Camila?

Sim só estou com um pouco de dor nas costas, dormi mal essa noite de novo pra variar. – Falei recebendo as mãos macias de mamãe em meus ombros.

:- Isso tudo é saudade da Lauren?

:- Mãe...

:- Ok, eu não vou me intrometer demais, mas quando ela volta mesmo?

:- Daqui cinco dias. Conversei com ela ontem, acho que fui dormir tarde por isso acordei assim acabada. Contei pra ela da nossa conversa, ela ficou feliz, muito feliz mesmo mama.

Sei... Que bom né minha filha. – Mamãe saiu de trás de mim e voltou para o outro lado do balcão. – Filha, tenho uma coisa pra te contar.

:- Pode falar mãe.

:- Eu vou sair hoje á noite com uma amiga e eu queria que cuidasse da casa hoje por favor.

:- Pensou que eu fosse sair mamãe?

:- Sempre penso! Aquela Dinah não para de ligar aqui quando você não atende o celular e acredito que ela queira te chamar pra sair não?

Soltei uma risada consideravelmente alta.

Não se preocupa mãe, saia com a sua amiga e arrume um namorado – Pigarrei, escondendo meu sorriso com o wafle.

:- O que menina?! Me respeite, sou sua mãe!

:- Mamãe? Fala sério, acho que está na hora da senhora arrumar um pretendente á sua altura não acha? Papai ficaria feliz em saber que está seguindo sua vida.

:- Não fale besteiras garota. Coma sua comida, vou dobrar alguns lençóis.

Ela saiu me dando tapinhas no ombro. Aproveitei aquela manhã quente para mandar um áudio fofo pra Lauren e cuidar de alguns relatórios pendentes da empresa. Cheguei à conclusão de que precisava urgentemente de férias. Era isso, não tinha outra resposta. O resto daquele dia foi horrível? Dinah me ignorou hoje como nunca, Ally então nem se fala, Lauren então, essa eu mataria. Comecei a achar que elas estavam de gracinha comigo. Saquei meu notebook e me afundei na Netflix. A noite caiu e fui ajudar mamãe a se arrumar para a saída dela, por um momento achei que ela estava mentindo, mas porque ela mentiria pra mim? Nem vou considerar o quanto ela ficou nervosa quando pedi para ela começar a namorar, será que era isso? Ela estava namorando escondida? Quanta maturidade senhora Sinuhe! Mesmo assim a ajudei, não preguntei nada mais além do horário que ela chegaria.

:- Está linda mama, beije muito hoje.

Levei um tapa de novo no ombro. Comecei a rir.

:- Já disse pra me respeitar garota. Vamos.

Descemos as escadas e a deixei na porta onde um carro passou e ela entrou nele. É, eu ia passa a noite sozinha pelo que parecia. 

Uma das benditas resolveu me responder, Dinah havia me chamado para tomar um chopp, fiquei receosa, mas a casa ficaria segura e mamãe havia acabado de sair, ia ser rapidinho. Tomei um banho caprichado, coloquei uma calça de cor preta justa de cintura alta, um par de botinhas de salto grosso e uma blusa solta branca de alças não muito finas com detalhes dourados, um casaco. Pronto, bem casual. Usei meus cabelos soltos e bastante ondulados.

                                                              x.x

:- Que lugar é esse Dinah? Nunca tinha vindo aqui antes.

Dinah havia me levado á uma espécie de bar restaurante, o estabelecimento ficara á beira mar na costa de Miami, Dinah havia me dito que ele abriu á dias atrás e por isso eu não o conhecia, a decoração e o estilo me lembravam muito os pub’s que vi em Londres quando viajei com Lauren. Haviam pouquíssimas pessoas, a música ambiente parecia com algo bem antigo, eu poderia constatar que eram clássicos dos anos 80. Nas extremidades das paredes balões de luz iluminava o lugar, as cores eram em tons de marrom madeira bem escuros e o cheiro da comida estava me hipnotizando.

:- É lindo Dinah.

:- Espere para experimentar os drinks, vai querer vir aqui o resto da sua vida.

Sentamos em uma mesa do lado de fora, a brisa do mar vinha forte e senti aquele cheiro de praia que eu tinha tanta saudade.

:- Meu deus eu moro aqui e faz tempo que não via a praia, nem sentia o cheiro dela.

:- Eu também não, vamos pedir nossos drinks logo. Quero que experimente um que eu chamo de eterno amor. Ele é rosinha, docinho e é a sua cara.

Quando Lauren chegar, eu quero traze-la aqui. É maravilhoso demais. – Falei observando o lugar. – Ela vai amar, ela gosta dessas coisas clássicas com tom de modernidade.

:- Já falou com ela hoje?

:- Não, ela me ignorou o dia todo hoje, até estranhei.

:- Acho bom tirar satisfações com ela.

:- Eu acho que vou fazer isso.

:- Mas faz logo, por que ela está de ouvidos abertos já.

:- Como assim Dinah?

Dinah com um sorriso travesso nos lábios apontou para trás, eu não entendi o que estava acontecendo, mas meu primeiro instinto foi virar e olhar para trás. Lauren estava lá, bem atrás de mim, vestida em um vestido lindo, longo e branco, os cabelos amarrados de lado e bem ondulados. Ela sorria, linda, linda ela estava maravilhosa, me levantei da cadeira e fui em direção á ela, nossos corpos logo se encontraram em um abraço forte e cheio de saudade. Afaguei minhas mãos em seus cabelos e me desgrudei dela, olhei seu rosto, ela estava vermelhinha, estava com vergonha.

:- Pode mostrar agora pra Miami inteira que é minha.

Não pensei duas vezes antes de beija-la na frente de todos que estavam ali, eu não me importava mais com nada e nem ninguém. Nosso beijo fora discreto, assim que desgrudamos os lábios, ela se separou demais de mim, foi até o balcão e pediu para o garçom abafar o som que estava tocando. Não entendi tudo aquilo, eu não sabia como agir, ela estava imprevisível demais. Lauren voltou seus olhos para mim, eu estava parada, imóvel no meio do restaurante.

:- Boa noite, senhoras e senhores. Hoje é uma noite muito especial sabem por quê? Eu estava viajando á trabalho e minha namorada, vulgo, esta latina linda aqui na frente de vocês estava aqui em Miami, vocês sabem como saudade dói não é? A gente sabe não é Camila? Nos últimos tempos passamos por muitas coisas e nessa ultima viajem eu percebi uma coisa. Nas vezes em que eu mais precisei de alguém ela estivera lá, sempre, sempre. É incrível que quando a gente reconhece essas coisas, sua cabeça e seu coração clareiam de uma forma tão mágica que o obvio finalmente se mostra diante de você. 

Eu tremia tanto, que era capaz de eu cair, mas alguma coisa me segurou só pra ver o final de tudo isso.

:- Camz, eu fiz uma coisa pra você.

Lauren foi até o balcão, pegou um papel grosso que estava enrolado e me entregou.

:- Abra amor.

Abri o papel tremendo de nervoso, desenrolei-o e vi um vestido de noiva, lindo, desenhado com riqueza de detalhes, pedras, coroa, véu, as cores em tons pastéis, o decote discreto nos seios, os cabelos pretos longos derrubados de lado como uma cascata. Era um vestido de noiva. Não evitei chorar. Olhei para os lados e as pessoas nos olhavam atentas, mirei Lauren e seus olhos haviam marejado.

:- Desenhei ele em três dias, a ultima vez que eu havia feito um croqui de vestido de noiva, você tinha ido embora do meu apartamento para se casar com outra pessoa. Esse vestido que está agora nas suas mãos é pra você se casar comigo. Você gostaria de usa-lo?

Eu não conseguia falar nada, nada, nada. Olhei o desenho de novo e acenei um sim com a cabeça.

:- Ótimo.

Lauren puxou dos seios uma caixinha de veludo, então ela simplesmente se ajoelhou aos meus pés e abriu a caixinha que tinha uma aliança.

:- Karla Camila Cabello Estrabão, você aceita se tornar a nova senhora Jauregui?  Você aceita passar o resto dos seus dias comigo?

:- Eu nunca quis mais que isso meu amor.

Eu estava preparada, estendi minha mão para ela, percebi então que o dedo dela também já estava com a aliança, o anel coube como se ele fosse feito pra mim. Ela se levantou e nos beijamos. Fomos ovacionadas pelas palmas que preencheram aquele lugar.


Notas Finais


Ok, eu chorei um pouquinho escrevendo esse capitulo, apesar de ainda não achar que está bom o suficiente, mas a inspiração veio vou fazer o que né? Eu espero que alguém tenha gostado se alguém gostou ficarei feliz em ler seu comentário :)
Twitter: @erikxrsss


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