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História A cunhada - Você vai me perdoar?


Escrita por: Youraxyz

Notas do Autor


Olá,

Sabe o que eu fiz no meu tempo livre hoje? kkkkkk Eu sempre digo não se acostumem com essa mordomia. rsrsrs

Gente, tenho que confessar que eu me divirto com a Taeyeon, melhor que ela só os comentários deixados por vocês. Rachei de rir lendo cada um deles, tenho certeza que as pessoas acharam que eu estava ficando louca de tanto que eu ri. kkkkk Vejo que estão curtindo cada capítulo, isso alegra o meu dia. <3

Boa leitura.

Capítulo 12 - Você vai me perdoar?


Fanfic / Fanfiction A cunhada - Você vai me perdoar?

Tiffany P.O.V.

 

Após passar praticamente o dia com minha cunhada, imaginei que o restante do dia seria tranquilo. Por isso quando Yoona afirmou sobre a gravidez de Taeyeon, eu achei que estava imaginando coisas. Jamais imaginei que algo do tipo estivesse acontecendo, aquilo só podia ser uma piada de mau gosto. Percebi que pela maneira como eles afirmavam sobre isso me deixou realmente preocupada. Taeyeon olhava confusa para cada um de nós, suas palavras saíram entrecortadas. De repente todos falavam ao mesmo tempo enquanto minha cunhada calou-se visivelmente assustava permanecendo sentada no mesmo lugar.

 

Eu não conseguia acreditar que ela estivesse grávida, talvez eu fosse à única que via a gravidade do problema. Tinha medo que algo grave tivesse acontecido com ela, eu via o desespero em seus olhos. Pior via o quanto ela estava confusa com o que estava acontecendo. Eu não conseguia pensar direito com todos eles falando ao mesmo tempo.

 

- CHEGA. – Gritei tentando controlar o falatório.

- Calma, Tiffany. Por que todo esse stress? – Questionou Leo quando todos se calaram.

- Fica quieto, Leo. – Falou Seohyun puxando-o para o lado dela.

- Vem comigo. – Falei pegando na mão de Taeyeon.

 

Taeyeon estava extremamente assustada, levou alguns segundos para entender que era para ela me acompanhar. Entrei com ela em casa e notei que todos nos seguiam. Subi as escadas e entrei em meu quarto fechando a porta impedindo que eles entrassem no quarto. Ignorei as reclamações do lado de fora, levei minha cunhada até a cama fazendo com ela se sentasse lá. Eu não sabia como lidar com a situação sem assusta-la ainda mais. Por mais que eu pensasse na situação, eu não conseguia chegar a uma resposta lógica. Taeyeon não é o tipo de pessoa que se relaciona facilmente com estranhos. Isso me fez pensar no quão pouco eu sabia sobre ela. Talvez houvesse alguém que ela amasse, alguém que lhe dava confiança a ponto de se entregar. Eu não estava gostando nada disso.

 

Taeyeon havia vivido desde a infância em um convento, não achava que algo desse tipo possa acontecer dentro daquele lugar. Onde só viviam mulheres, porém só havia pouco tempo que morava fora dele. Alguma coisa não se encaixa na história, eu não estava preocupada com fato dela estar grávida. O que mais me assustava era o fato de existir a possibilidade de não ter sido um ato consensual. Minha cunhada havia passado por tantas coisas traumáticas em sua vida que uma gravidez indesejada poderia atrapalhar ainda mais sua vida. Eu não queria nem imaginar que alguém pudesse ter feito algo com ela, não queria acreditar que um dos meus funcionários pudesse ter feito algo à irmã de John ou mesmo um estranho que tenha visitado a fazenda por algum motivo. Eu me sentia tão culpada quanto desesperada por não ter cuidado dela direito. Afinal Taeyeon estava sob a minha responsabilidade e eu havia falhado.

 

Pensativa, andei de um lado para o outro no quarto, por alguns instantes esqueci que ela estava ali comigo. Enquanto pensava em como abordar o assunto percebi que ela me olhava parecendo confusa. Esfregava freneticamente uma mão na outra, aproximei devagar e sentei ao seu lado. Peguei em suas mãos impedindo que ela continuasse com aquele movimento descoordenado. Taeyeon olhou para as nossas mãos, depois me olhou confusa. Nossos olhos se encontraram, ela abriu a boca e a fechou sem dizer nada. Eu sabia o quanto era difícil para ela conversar sobre qualquer coisa, imagina falar sobre algo tão intimo. Notei seu olhar suplicante ao mesmo tempo em que sentia ela apertar as minhas mãos. Naquele momento só havia uma maneira de descobrir como as coisas aconteceram e essa maneira era perguntar para ela.

 

- Taeyeon. – Falei seu nome lentamente.

- Oi. – Respondeu ela abaixando a cabeça evitando me olhar.

- Eu preciso saber... – Ela me interrompeu antes que eu completasse a frase.

- Eu não sei. Eu não sei. – Falou ela desesperada levantando da cama.

- Calma, vamos conversar com calma. – Falei indo ao encontro dela.

- Tiffany, eu... – Taeyeon parou de falar. Quando notei que seus olhos estavam marejados.

- Não precisa chorar. Venha, sente-se aqui. – Falei indicando que ela sentasse na cama novamente.

- Sei que não se sente confortável para falar sobre isso, mas eu preciso saber o que aconteceu. – Falei segurando em uma de suas mãos. Taeyeon me olhou rapidamente e abaixou a cabeça sem dizer nada.

- Você está grávida? – Perguntei esperando que me respondesse com sinceridade.

- Como é que vou saber? – Taeyeon resmungou. Percebi que não era uma resposta a minha pergunta.

- Você não sabe? – Perguntei e ela negou com a cabeça me deixando na dúvida.

- Você não está grávida ou você não sabe se está grávida? – Perguntei tentando entender.

- Eu não sei se estou grávida. – Respondeu ela de cabeça baixa. Aquela resposta indicavam muitas coisas, inclusive que havia uma possibilidade dela estar grávida. Respirei fundo controlando a minha ansiedade.

- Taeyeon, mas me diga uma coisa. Existe a possibilidade de você estar grávida? – Perguntei já ansiosa.

- Eu sei lá. Como eu vou saber se existe uma possibilidade? – Taeyeon perguntou irritada.

- Vamos manter a calma. Quando foi a sua última menstruação? – Perguntei seguindo a lógica das coisas.

- Para que quer saber isso? – Perguntou ela envergonhada. Isso me fez pensar sobre o quanto Taeyeon sabia sobre gravidez.

- Por que um dos primeiros sintomas de gravidez é a menstruação atrasada. – Expliquei sem saber se ela sabia disso.

- Ah. – Respondeu ela sem responder o que eu havia perguntado anteriormente.

- Por isso me responda quando foi sua última menstruação. – Pedi calmamente. Taeyeon ficou calada, parecia pensativa.

- No mês passado. – Respondeu ela, mas a resposta não ajudava em nada.

- Certo, mas quando exatamente? – Perguntei incentivando que ela me disse com clareza.

- No fim do mês. – Respondeu ela sem muitos detalhes.

- Já estamos no fim deste mês. Sua menstruação está atrasada? – Perguntei tentando organizar meus pensamentos.

- Está. Então eu posso realmente estar grávida? – Perguntou ela assustada arregalando os olhos. Com sua pergunta percebi que a possibilidade de uma gravidez realmente existia.

- Há quantos dias ela está atrasada? – Perguntei tentando controlar a ansiedade que só crescia.

- Não sei exatamente. Alguns dias, não mais do que uma semana. – Respondeu ela me olhando assustada.

 

Após ouvir a resposta dela, fiquei imaginando por que ela estava tão confusa em relação à gravidez. O primeiro sintoma estava presente, mas isso poderia ser apenas um atraso. Apesar de que uma semana já poderia ser indícios de uma gravidez. Eu não entendia como ela tinha dúvidas quando todos os outros afirmavam sobre isso. Isso me fez lembrar que Bah também sabia, provavelmente ela já desconfiava de alguma coisa. Afinal a mãe dela era parteira, e era ela quem a auxiliava nos cuidados com as grávidas e com os partos. Talvez ela estivesse enganada sobre isso, Bah nem mesmo percebera a minha gravidez. Eu estava tão confusa que não conseguia pensar com clareza para sanar as minhas dúvidas. Taeyeon me olhava assustada como se esperasse que eu dissesse alguma coisa, mas eu não estava tão apta para isso.

 

- Você fez algum teste de gravidez? – Perguntei tentando imaginar por que todos afirmavam que ela estava grávida.

- Teste? Igual àquele que você fez? – Perguntou ela confusa.

- Isso. Você fez algum teste? – Perguntei pensando em quem poderia ter lhe comprado um.

- Não, não fiz teste nenhum. – Respondeu ela.

- Então como todos sabem sobre sua possível gravidez? – Perguntei confusa.

- Eu também queria saber. – Respondeu ela parecendo curiosa. Sua expressão não se encaixava com a situação.

- Você disse alguma coisa para as meninas? – Perguntei tentando entender.

- Não. Eu mal falo com elas. – Respondeu ela rapidamente.

- Você contou para a Bah? – Perguntei ainda mais confusa com a situação.

- Não. Por que eu faria isso? – Perguntou ela irritada.

- Talvez não tenha contado sobre a gravidez, mas pode ter dito algo que a fizesse pensar que estivesse grávida. – Expliquei.

- Como eu diria a ela uma coisa que eu mesma não sei como aconteceu? – Perguntou Taeyeon sendo irônica.

 

Fiquei sem resposta, eu não sabia o que pensar sobre sua pergunta. Como ela poderia não saber como aconteceu se só existia uma explicação para estar grávida. Olhei para Taeyeon confusa, ela não era mais uma garotinha. Eu não conseguia acreditar que ela havia se entregado a alguém sem nem mesmo saber quais eram as possíveis consequências deste ato. Olhei para ela imaginando o que se passava na cabeça dela, me perguntei se ela era muito mais inocente do que eu imaginava.

 

- Taeyeon, bom... é... você sabe ...– Parei de falar imaginando o quão idiota era a minha dúvida.

- Sei o que? – Perguntou ela me olhando nos olhos.

- Eu vou fazer uma pergunta, mas não precisa ficar brava. Apenas me responda, ok? – Perguntei ainda me recusando a perguntar algo tão obvio.

- Ok. O que quer saber? – Perguntou ela me olhando fixamente.

- Bom... Você sabe... se você realmente estiver grávida... Você realmente não sabe como isso aconteceu? – Mudei a pergunta no último momento me sentindo uma idiota.

- Não. Eu realmente não sei como isso aconteceu. – Respondeu ela confusa. A sinceridade nas palavras de Taeyeon me deixou chocada.

- Me explica isso direito. Você não sabe como ficou grávida? – Perguntei ainda mais chocada com a minha própria pergunta.

- Não, não sei. Não faço ideia. – Respondeu ela irritada.

- Como você pode se entregar a alguém sem pensar nas consequências? – Perguntei irritada. Eu estava irritada por causa da falta de informação, será que ninguém havia explicado a ela sobre gravidez, doenças sexualmente transmissíveis e tudo que envolvia uma relação sexual.

- Me entregar? Como assim? – Perguntou ela visivelmente confusa.

- Transar. Como você pode transar com alguém sem pensar nas consequências? – Refiz a pergunta achando que ela fosse entender.

- Transar? O que é isso? – Perguntou ela me olhando como se tentasse entender.

- Você está de brincadeira, não está? – Perguntei irritada, duvidando da pergunta dela. Taeyeon apenas negou com a cabeça indicando que não estava brincando.

- Transar, se entregar, fazer sexo. – Falei revirando os olhos.

- Foi isso aí que eu fiz para ficar grávida? – Perguntou ela confusa. Eu ri da pergunta dela, foi só então percebi que ela perguntava seriamente sobre isso.

- Pelo amor de Deus, Taeyeon! – Exclamei ainda sem acreditar no que ela estava dizendo.

- Tiffany, por favor. – Falou ela em tom de suplica.

- Taeyeon, então vamos lá. Você dormiu, alias, ficou acordada com alguém? – Perguntei tentando explicar.

- Hum? Que? – Perguntou ela sem entender.

- Aí, pai! Como eu vou explicar... vamos começar do começo. – Falei tentando organizar meu raciocínio.

- Ok. – Taeyeon respondeu parecendo um aluno que vai escutar a explicação de um professor.

- A mulher pode engravidar quando ela tem relações sexuais com um homem em seu período fértil. – Falei, mas vi pela sua expressão que ela não tinha entendido nada.

- Você não entendeu, não é? – Perguntei frustrada.

- Bom, mais ou menos. Na realidade, não entendi nada. – Falou ela também frustrada.

- Vamos falar de algo mais prático. Você já ficou nua na frente do seu namorado e ele tocou em você, certo? – Perguntei tentando fazer com que ela compreendesse.

- Não, claro que não. Eu nunca fiquei nua na frente de ninguém. – Respondeu ela chocada e eu fiquei mais confusa.

- Ah! Mas não é necessário ficar nua para fazer sexo. – Falei pensativa reorganizando o meu pensamento.

- Que? – Perguntou Taeyeon e foi então que percebi que tinha falado em voz alta. Olhei para minha cunhada percebendo que ela parecia uma criança inocente, por mais que isso fosse confuso para mim.

- Quando um homem e uma mulher ficam bem juntinhos... – Falei gesticulando com as mãos, mas não consegui completar a explicação. Estava constrangida por ter que explicar sobre sexo a ela.

- Juntinhos. E o que acontece depois? – Perguntou ela indicando que eu continuasse a explicação.

- BAH. – Gritei por Bah querendo ajuda com o problema.

- Por que está chamando a Bah? – Perguntou ela confusa.

- Por que preciso dela aqui. – Respondi vendo a Bah entrando no quarto.

- O que quer, menina? – Perguntou Bah curiosa.

- Estou com um problema. – Expliquei constrangida.

- E qual é o problema? – Perguntou ela se aproximando.

- Bom... Ela não sabe como é que ficou grávida. – Expliquei.

- Não sabe. Como assim não sabe? – Perguntou ela confusa.

- Ela não sabe nada sobre sexo. E eu não consigo explicar de uma maneira que ela consiga entender. – Expliquei envergonhada.

- Basta explicar que quando ela transou com o namorado, ou seja lá o que ele é dela, ela engravidou. – Explicou Bah como se isso fosse à coisa mais simples do mundo.

- Não é tão simples, Bah. Eu acho que ela nem sabe como isso aconteceu. Ninguém explicou para ela o que é sexo, ela fez sem saber o que é. – Expliquei sem saber se tinha sido clara na explicação.

- Entendo. – Respondeu ela pensativa.

- Você pode explicar isso a ela? – Perguntei tentando me esquivar do problema. Notei que minha cunhada me olhava fixamente.

- Tiffany, vem aqui. – Falou Taeyeon indicando que eu me aproximasse.

- O que foi? – Perguntei me aproximando, ela me puxou até colocar a boca em meu ouvido.

- Por que você não pode me explicar sobre isso? Você também está grávida. – Taeyeon sussurrou em meu ouvido.

- Você está grávida? Eu já desconfiava. – Bah afirmou sorrindo.

- É só que eu não sei como. – Expliquei constrangida ignorando o comentário de Bah.

- Minha criança, vejo você o tempo todo conversando com as meninas sobre isso. Não entendo por que está tão envergonhada de explicar isso a sua cunhada. – Falou Bah me olhando esquisito.

- As meninas não são tão inocentes como ela. – Expliquei na esperança que Bah me entendesse.

- Muito inocente? – Perguntou Bah se referindo a Taeyeon.

- Sim, muito inocente. Ela não sabe como que se faz sexo, alias na teoria, ela não sabe nem o que a palavra significa. – Expliquei.

- Você e seu namorado ficaram nus... – Bah começou a explicar, mas Taeyeon a interrompeu.

- Eu não fiquei nua, não. E nem tenho namorado. – Falou ela, Bah e eu arregalamos os olhos.

- Taeyeon, alguém te obrigou a fazer algo que você não queria? – Perguntei delicadamente.

- Não. – Respondeu ela pensativa. Percebi que ela não entendia sobre o que eu perguntava.

- Alguém tocou em seu corpo sem a sua permissão? – Perguntei preocupada.

- Não, eu jamais deixaria que alguém tocasse o meu corpo. – Respondeu ela arregalando os olhos.

- Talvez você não tenha deixado, mas essa pessoa te tocou sem a sua permissão. – Expliquei tentando manter a calma.

- Alguém te machucou? – Perguntou Bah antes que ela pudesse falar sobre o que eu estava perguntando.

- Não, ninguém me machucou. – Respondeu ela visivelmente confusa.

- Taeyeon, olha para mim. Você precisa nos dizer a verdade, mesmo que você não esteja grávida, você precisa nos dizer o que aconteceu. – Expliquei calmamente esperando que ela entendesse.

- Tiffany e Bah, me escutem, por favor. – Falou ela levantando da cama.

- Diga, estamos ouvindo. – Falei incentivando-a.

- Para começo de conversa, eu não entendi nada. Nem mesmo sei como fiquei grávida. Vocês dizem sobre se entregar, transar com um homem, seja lá o que for. Eu nunca estive sozinha com um homem na minha vida. – Explicou ela visivelmente nervosa.

- Você está dizendo a verdade, criança? – Perguntou Bah desconfiada.

- Estou, eu juro. E outra coisa, nenhum homem tocou em meu corpo. Eu não sei por que vocês ficam insistindo nisso. – Respondeu ela irritada.

- Taeyeon, por mais que você negue... – Taeyeon me interrompeu antes que eu continuasse.

- Por favor, acredita em mim. – Suplicou ela chorando. Levantei e a abracei sem saber o que fazer ou que dizer.

- Criança, se você está grávida é por que alguém tocou em você. – Bah falou delicadamente alisando a cabeça dela que estava apoiada em meu ombro.

- Bah, eu vou conversar com ela. – Falei ao ouvir os soluços de Taeyeon e isso estava me deixando desesperada.

- Taeyeon, não chore. – Falei soltando-a e sequei suas lágrimas.

- Eu não sei... por que estão fazendo isso... comigo. – Falou ela por entre os soluços.

- Bah, você pode nos deixar sozinha? – Perguntei.

- Claro, se precisar é só me chamar. – Respondeu ela saindo do quarto.

 

Taeyeon ainda chorava, as lágrimas escorriam em seu rosto. Olhei seu rosto molhado, parecia uma criança inconsolável. Meu coração doeu ao vê-la assim tão desolada, por isso a abracei novamente esperando que ela se acalmasse. Ouvir seu choro desesperado me deixava ainda mais preocupada com ela. Eu não queria mais pressiona-la sobre o assunto. Decidi que quando ela se sentisse a vontade para me contar sobre o que havia acontecido, eu estaria disposta a ouvi-la. Eu imaginava o quanto ela estava assustada com o fato de estar grávida, mas eu ficaria ao seu lado para ajuda-la. Mantive-a presa em meus braços, aos poucos Taeyeon foi acalmando, chorou até as lágrimas acabarem.

 

- Taeyeon. – Falei seu nome alisando os seus cabelos. Ela não me respondeu.

- Sei que as coisas não são fáceis, mas precisamos resolver algumas coisas. – Expliquei lentamente.

- E o que é? – Perguntou ela sem me soltar.

- Primeiro precisamos saber se realmente está grávida, vou comprar um teste de farmácia para você. Depois decidiremos o que fazer, certo? – Perguntei esperando que ela concordasse.

- Acho que não será necessário. – Falou ela me soltando.

- Por que? – Perguntei confusa.

- Estou com cólica, acho que minha menstruação desceu. – Explicou ela olhando para as próprias pernas.

- Você menstruou? – Perguntei preocupada ao vê-la fazer uma expressão de quem sente dor.

- Sim, eu acho que sim. – Falou ela colocando a mão na barriga.

- Bah, vem aqui. – Chamei. Se houvesse a possibilidade dela estar grávida, aquela cólica podia muito bem significar outra coisa.

- O que foi criança? – Perguntou Bah entrando no quarto.

- Ela disse que menstruou. – Expliquei vendo a expressão preocupada de Bah.

- Isso não é nada bom. Vamos para o hospital. – Falou Bah preocupada.

- Não quero ir para o hospital. – Taeyeon resmungou.

- É necessário, criança. Fique sentada aqui. – Bah falou obrigando-a sentar na cama.

- Leo, me ajude com a Taeyeon. – Chamei por ele, sabia que Taeyeon não poderia fazer esforço.

- O que quer que eu faça? – Perguntou ele preocupado.

- Preciso que carregue Taeyeon até o carro, por favor. Vou pedir ao motorista que prepare o carro. – Falei já saindo do quarto.

- Não quero que ele me carregue. – Taeyeon reclamou.

- Fique calma, criança. Você não pode se agitar. – Ordenou Bah.

 

Taeyeon pareceu concordar, assim que percebi Bah tinha as coisas sob controle desci as escadas a procura do motorista. Encontrei-o do lado de fora a postos como era de se esperar. Voltei para dentro de casa e encontrei Leo com minha cunhada nos braços descendo as escadas com cuidado. Bah e as garotas o acompanhavam, abri a porta para que ele saísse com ela. O carro já nos esperava quando saímos de casa, Leo colocou Taeyeon sentada no banco traseiro e sentou no banco do passageiro. Entrei no carro e sentei ao lado dela. Era possível ver que ela sentia dor, reclamava que a cólica estava aumentando me deixando ainda mais preocupada. Gastamos quinze minutos para chegar ao hospital, Leo a carregou para a sala emergência.

 

Colocaram Taeyeon em uma maca e a levaram para ser atendida. Ficamos esperando do lado de fora, eu não conseguia controlar a ansiedade e por isso andava de um lado para o outro. Cada minuto que passava parecia uma eternidade, meu irmão me obrigou a sentar ao lado dele. Não sei quanto tempo demorou até que uma enfermeira veio nos avisar que o médico viria falar conosco. Fiquei um pouco irritada quando ela não quis me dizer o que estava acontecendo. Devido à demora, Leo decidiu ir buscar uma agua para mim e algo para ele comer. Minutos depois o médico apareceu para me informar sobre o quadro clinico de Taeyeon.

 

- Como ela está? – Perguntei preocupada.

- Ela vai ficar bem, em breve receberá alta. – Explicou ele pacientemente.

- E o bebê? – Perguntei ainda mais preocupada por ele não falar nada sobre ele.

- Bem, em primeiro lugar ela não está grávida. A cólica e o sangramento são apenas sintomas normais da menstruação dela. – Explicou ele.

- Doutor, você tem certeza? – Perguntei ainda preocupada.

- Sim, tenho. Fizemos alguns exames e foi constatado que ela não está grávida. Inclusive constamos que a paciente ainda é virgem. – Justificou ele.

- Virgem? – Perguntei confusa.

- Isso mesmo. Já liberei a entrada das visitas, assim que a medicação acabar ela receberá alta. – Respondeu ele.

- Obrigado, doutor. – Agradeci e ele me deixou sozinha com meus pensamentos.

 

Isso me fez pensar por que havia surgido a história de que ela estava grávida. Até mesmo Bah tinha certeza sobre a gravidez dela, isso me deixou intrigada. Quando chegasse em casa, eu descobriria exatamente por que um boato como esse havia surgido. As coisas começavam a se esclarecer na minha cabeça, se Taeyeon ainda era virgem isso justificava o fato dela afirmar que ninguém tocou nela. Por isso ela estava tão confusa sobre estar grávida, isso explicava muitas coisas. Isso me fez ver o quanto ela era mais inocente do que eu imaginava. Distraída não percebi a enfermeira me chamando por isso me assustei quando ela colocou a mão em meu ombro.

 

- A senhora é a acompanhante da paciente Kim Taeyeon? – Perguntou ela.

- Sim, sou eu. – Respondi lentamente por ainda estar pensativa.

- A senhora já pode entrar para vê-la. Quarto 212. – Respondeu ela apontando para a porta do quarto.

- Obrigada. – Agradeci aliviada por poder vê-la.

 

Entrei no quarto e encontrei minha cunhada deitada de olhos fechados. Parecia dormir, mas assim que me aproximei da cama ela abriu os olhos. Taeyeon me olhou rapidamente e virou o rosto, percebi pela a sua expressão que ela estava brava. Eu a compreendia perfeitamente, provavelmente ela estaria estressada com tudo que aconteceu. Cheguei perto da cama e peguei em sua mão, mas ela se afastou rapidamente. Fechou os olhos fingindo que eu não estava ali, insisti pegando na mão dela novamente e segurei impedindo que ela se afastasse.

 

- A dor passou? – Perguntei ainda preocupada. Taeyeon apenas fez que sim com a cabeça ainda sem me olhar.

- Você vai me perdoar? – Perguntei imaginando o quanto ela estaria chateada por eu não ter acreditado nela.

- Não. – Respondeu ela me olhando irritada.

- Imaginei que não fosse me perdoar, eu deveria ter acreditado nas suas palavras. – Falei chateada comigo mesma por não ter acreditado nela.

- Não é por isso que não vou te perdoar. – Falou ela sentando na cama mantendo seus olhos fixos em mim.

- Não é por isso? Então é pelo o que? – Perguntei confusa.

- Por me trazer para esse lugar. Olha isso, já nem sei quantas vezes eles me espetaram. – Falou ela indicando o soro preso ao braço dela.

- Vai passar, a dor das picadas vai passar. – Falei alisando o rosto dela ainda inchado por causa do choro.

- E tem outro motivo pelo qual não posso te perdoar. – Falou ela retirando a minha mão do rosto dela e a segurou.

- E qual é o outro motivo? – Perguntei curiosa ao ver seu rosto ficar vermelho.

- Eles me obrigaram... – Taeyeon parou de falar visivelmente constrangida.

- Obrigaram a fazer o que? – Perguntei confusa.

- A ficar nua na frente deles, vê se pode. Tiraram a minha roupa e me obrigaram a vestir isso aqui. – Falou ela brava sacudindo a vestimenta do hospital.

- Eu sinto muito. – Falei segurando para não rir de sua atitude infantil. Percebi que mesmo brava, Taeyeon era linda.

- E pior... – Parou de falar ficando cada vez mais vermelha.

- E o que mais aconteceu? – Perguntei encantada com a inocência e com a imaturidade dela. Taeyeon sussurrou alguma coisa que eu não fui capaz de entender.

- Não entendi o que você disse. Fale mais alto. – Pedi e ela me olhou rapidamente abaixando a cabeça.

- Eles... olharam, digo, examinaram aqui oh. – Falou ela apontando para o meio das pernas. – Nunca passei por algo tão constrangedor e tão imoral. – Reclamou ela.

 

Taeyeon estava vermelha e eu estava encantada com sua inocência. A única coisa que fiz foi abraça-la, se eu tivesse escutado suas palavras ela não teria passado por algo tão constrangedor. Ainda mais quando provavelmente, jamais fora atendida por um ginecologista obstetra. Mas o que mais me impressionava em sua atitude era como ela estava reagindo a isso tudo, reclamando do aconteceu. Dizendo o que pensa, se negando a me perdoar. Explicando o que aconteceu, eu estava mais do que maravilhada com a evolução dela nos últimos dias. Eu já não me importava com as esquisitices dela, agora mais do que nunca eu sabia que ela se acostumaria com as coisas normais na vida de um ser humano.

 

Eu sabia o quanto Taeyeon estava brava pelo que aconteceu, por isso não a soltei quando ela tentou se afastar do meu abraço. Eu sentia que prendendo-a em meus braços, ela estaria protegida. E também estaria mais perto de mim, isso me fez lembrar do momento em que ela pegou em minha mão no carro. Eu não fazia ideia do por que ela agiu daquela maneira, como ainda não faço ideia, do que aquilo significou para ela. Mas para mim, significava um sinal de confiança e um sinal de cumplicidade. Havia coisas que não conseguia explicar, nem mesmo sabia se havia uma explicação lógica para o que estava acontecendo comigo, era algo que eu nunca havia sentindo. Eu sentia a vontade de estar com ela, de querer olha-la o tempo todo principalmente quando ela sorria timidamente.

 

Eu queria olhar seu rosto mesmo que ele estivesse vermelho de vergonha ou inchado de tanto chorar, para mim não importava. Mesmo quando sua expressão fechada indicasse que ela estivesse brava. Eu queria estar junto dela para impedir que ela chorasse, impedir que ela sofresse. Eu queria vê-la descobrindo o mundo como ela havia feito no shopping, com os olhos brilhando de curiosidade. Eu queria ver suas emoções assim como eu vi no momento em que ela se encontrara com a tia dela. Eu queria ver cada uma de suas reações assim como ela havia reagido ao me encontrar em cima da árvore e quando eu passei mal na casa da tia dela. Soltei ela do meu abraço e alisei seu rosto ainda fechado por causa do havia acontecido.

 

- Tae, minha criança. – Falei carinhosamente.

- Criança? Eu não sou uma criança. – Respondeu ela rispidamente.

- Não, você não é uma criança. Você é apenas minha. – Falei sem pensar direito no que eu estava dizendo e beijei o topo da cabeça dela.


Notas Finais


Pior do que Taeyeon ser mais inocente do que um bebê recém-nascido, é a Tiffany tentando explicar como as coisas funcionam? kkkkkkkk Só sei que pela explicação dela eu fiquei bem confusa, então imagina como ficou a cabeça da Tae?

Assim como me divirto com a Taeyeon, me derreto de amores pela Tiffany. <3

Até o próximo capítulo.


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