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História A cunhada - Lembranças


Escrita por: Youraxyz

Notas do Autor


Olá.

Acho que vocês estavam me esperando. Rsrsrs Só acho kkk

Aos novos leitores, sejam bem-vindos.

Ignorem os erros, estava frenética nesse capítulo e nem mesmo revisei ainda.

Mantenham a calma, que no final tudo será esclarecido. Hoje estou trazendo as lembranças da Tiffany. Como são muitas informações, vamos aos poucos. Ok?

Boa leitura.

Capítulo 31 - Lembranças


Fanfic / Fanfiction A cunhada - Lembranças

Tiffany P.O.V.


Eu podia ouvir meu pai chamando, mas não consegui abrir os olhos. As lembranças da minha infância insistiam em voltar todas de uma vez. Eu não conseguia contê-las. Tudo que eu fiz questão de esquecer estavam de volta para o meu tormento. A primeira imagem que surgiu foi da primeira vez que vi Taeyeon. Ela ainda era uma criança. Tentei afastar essa lembrança, mas foi em vão.


Flashback on

13 anos atrás


Olhei confusa para o meu pai, eu não fazia ideia do porque aquela mulher falava que era a minha mãe. Durante doze anos, eu vivi em uma família feliz. A minha mãe, a única que eu conhecia, me tratava como uma filha. Eu jamais imaginei que ela não fosse a minha mãe de verdade.


- Pai, quem é ela? - Perguntei quando ele se aproximou colocando as mãos sobre os meus ombros.

- Filha, conversaremos depois. O que faz aqui? - Ele perguntou visivelmente preocupado.

- Quem é ela? - Insisti brava por ele ignorar a minha pergunta.

- Filha, me escute. - Ele falou me sacudindo pelos braços. - Vamos sair daqui agora. - Ele falou me arrastando para fora.


Ele nem mesmo me deixou olhar para a mulher que disse que era a minha mãe. Meu pai me colocou no carro e me prendeu no cinto de segurança. Eu estava tão transtornada com a situação que me esqueci de Sunny. Só me lembrei quando vi outro carro passar por nós. Meu pai parou para abrir a porteira da fazenda, eu tirei o cinto e desci do carro. Corri em direção a casa ouvindo meu pai gritar o meu nome. Não parei nem uma vez, correndo a procura de Sunny. Só parei de correr quando ouvi um barulho alto, parecia tiros como nos filmes policiais que meu pai assistia. Me apavorei me lembrando da mulher falando sobre o resgate da menina que eu não sabia quem era.


Ouvi o grito desesperado de Sunny, corri em direção aos gritos. Ela estava parada perto de uma pequena construção que parecia ser um depósito. Quando me viu, correu na minha direção visivelmente assustada. Me abraçou implorando por ajuda. Sem saber o que fazer deixei ela me arrastar para a porta do local. Do lado de dentro uma garotinha chorava desesperada. A palavra sequestro e morte vieram a minha mente. Eu sabia que se deixasse a menina lá, ela morreria em breve. Eu não fazia ideia de como tirá-la de lá até que Sunny sorriu colocando um molho de chaves em minhas mãos. Antes que eu pudesse impedir, ela correu dizendo que buscaria o nosso pai.


A garotinha chorava desesperada. Assustada com a situação, demorei a descobrir qual era as chaves que abriam a porta e os cadeados. Minhas mãos tremiam por isso levei algum tempo para conseguir abrir todos eles. Quando consegui abrir a porta a garotinha saiu e se agarrou em mim. Não consegui ver o rosto dela. O tiroteio em algum lugar da fazenda se intensificou, me deixando ainda mais assustada. Abracei a menina protegendo-a em meus braços. Caminhei rapidamente em direção ao carro levando-a comigo. Usei as paredes da casa para nos esconder. Quando estava quase no carro, alguém nos achou. Um rapaz tampou a minha boca impedindo que eu gritasse. Fez sinal de silêncio e passou a nos conduzir em segurança.


Me assustei ao ouvir o barulho de tiro bem próximo de onde estávamos. Taeyeon gritou se agarrando ainda mais em mim, então o rapaz desabou na nossa frente. Tampei os olhos dela impedindo que ela visse o rapaz morto e a tirei de lá. Entrei na casa e escondemos em um cômodo. Coloquei a garota dentro do guarda-roupa, eu precisava voltar e encontrar a minha irmã mais nova. A menina segurou em minha mão impedindo que eu fosse embora. Sorri e disse que ela ficasse ali até que eu voltasse. Ela secou as lágrimas e sorriu. Fechei a porta do guarda-roupa e caminhei em direção a porta do quarto. Parei assim que vi dois homens entrarem rapidamente. Um sorriu olhando em volta.


Um deles desconfiou onde a menina estava e passou por mim. Fui mais esperta que ele e passei por cima da cama impedindo que ele se aproximasse do onde ela estava. Ele me empurrou me afastando. Cambaleei, mas me equilibrei rapidamente e me colocando novamente entre ele e o guarda-roupa. A única coisa que passava na minha cabeça era a mulher dizendo que queria a menina morta. Quando ele avançou sobre mim fechei os olhos assustada.


- Não toque nela. - Ouvi a mulher falar, abri os olhos vendo-a.

- Tirem-na daqui. Agora! - Ela ordenou.

- Não! - Eu falei tentando me soltar do homem que me agarrou.

- Tirem ela daqui em segurança. Protejam a vida dela com a vida de vocês, é uma ordem. - Ela falou indicando que eles me levassem.


Antes de sair, vi ela caminhar em direção ao guarda-roupa. Eu gritei para que ela não se aproximasse da menina, mas ela apenas me ignorou. Foi então que percebi que a minha roupa estava ensanguentada. A barra da minha blusa estava vermelha. Mordi o homem que me segurava pelo braço fazendo-o me soltar. Corri até o quarto e empurrei a mulher derrubando ela no chão. A menina estava pálida, ela havia sido baleada no peito. Com cuidado a tirei de lá de dentro e a coloquei sentada em meu colo. Ela respirava com dificuldade e tentava manter os olhos abertos. Quando levantei os olhos, a mulher estava sobre nós com uma arma apontada na direção dela.


Eu não vi Sunny entrar no quarto. Quando percebi a presença dela, ela já avançava sobre a mulher que mantinha a arma apontada para garota em meu colo. Gritei quando ambas caíram no chão e ouvi o barulho do tiro. As coisas aconteceram tão depressa que tudo o que vi foi a mulher sair do quarto correndo. Sunny estava de bruços impedindo que eu visse o rosto dela. Coloquei a menina deitada na cama e me aproximei devagar de Sunny. Meu coração batia tão acelerado que parecia que ia sair pela boca. Ajoelhei ao lado dela vendo seus olhos fechados. Coloquei a mão sob o nariz dela e percebi que ela não respirava. Pensei por alguns segundos que eu estivesse tendo um pesadelo. Perdi os sentidos quando percebi que Sunny estava morta.

Flashback Off


Acordei desorientada, todas as minhas lembranças me deixavam confusas. Pior, me fazia me sentir culpada. Eu devia ter protegido Sunny primeiro. Eu nem mesmo deveria ter deixado ela entrar no carro do meu pai naquele dia. Se ela estava morta, também era culpa minha.


- Pai. - Chamei quando o vi sentado perto da cama.

- Filha, até que enfim você acordou. - Ele falou visivelmente preocupado.

- O que aconteceu naquele dia? - Eu perguntei tentando sentar na cama.

- Não se levante. Você precisa descansar. - Ele falou me obrigando a deitar.

- Me diga. As minhas memórias estão falhas. Sunny morreu não é? - Perguntei mesmo sabendo a resposta. Ele apenas confirmou com a cabeça. Outro flash de memória surgiu.


Flashback on

- Como você pode deixar duas crianças sozinhas? - Minha mãe berrava com meu pai.

- Se acalme, está assustando os nossos filhos. - Meu pai falou vendo Leo e eu próximos da entrada da sala.

- Filhos? - Ela perguntou e riu. - Depois que você deixou a nossa filha morrer, eu tenho apenas um filho. - Ela falou chorando.

- Não diga isso, por favor. - Ele falou agarrando-a pelos braços.

- Eu sempre fingi acreditar que o bebê que você trouxe para casa era apenas uma criança órfã. Eu deixei o meu orgulho de lado para criar a sua filha. O que você fez com a nossa filha, o que você fez com ELA? - Ela gritou. - Você deixou ela morrer na mão da sua amante, mãe da sua filha bastarda. - Ela chorava enquanto batia nele.

- Noona. - Leo me chamou. Ele era tão pequeno, ainda faria quatro anos e não fazia ideia do que estava acontecendo.

- Meu amor, volte para o seu quarto. A mamãe vai se acalmar e vai lá te colocar na cama. Está bem? - Perguntei e ele me olhou assustado.


Peguei Leo pelas mãos e o levei até a porta do quarto dele. Ele se agarrou em minha mão impedindo que eu voltasse para a sala. Sorri e alisei os cabelos dele. Disse que ia ficar tudo bem abraçando-o. Abri a porta e esperei ele entrar. Fechei a porta e voltei para a sala. Minha mãe e meu pai estavam sentados no sofá. Ele a abraçava enquanto ela chorava de soluçar. Eu chorava calada assistindo a dor deles e me culpando por isso.


- Eu quero que você mande-a embora? - Minha mãe falou e eu senti como se uma faca estivesse entrando em meu coração.

- Quê? - Meu pai perguntou arregalando os olhos.

- Eu não quero ela nessa casa. Por favor, mande Tiffany embora. - Ela falou lentamente. Perdi as forças nas pernas e caí de joelhos.

- Como pode pedir uma coisa dessa. - Ele falou levantando.

- Mande-a para a mãe dela. - Ela falou se levantando também.

- Como pode me pedir isso? Ela é minha filha. - Ele falou fazendo que não com a cabeça.

- Exato. Sua filha, não minha. Eu nem mesmo consigo olhar para ela. - Minha mãe disse me olhando rapidamente desviando o olhar em seguida.

- Eu… não posso fazer isso. Eu… - Meu pai não conseguiu completar o que diria.

- Eu nem mesmo posso contar à polícia que você estava lá, mas não hesitarei em contar que sua filha participou disso. - Minha mãe falou olhando fixamente para o meu pai.

- Como você pode inventar que ela participou disso? Se quer acusar alguém, acuse a mim e não envolva Tiffany nisso. - Ele falou ainda mais irritado.

- Se ela não sair, saio eu. - Ela avisou saindo da sala.


Fiquei ajoelhada onde eu estava vendo o meu pai chorar. As minhas lágrimas caíam sem cessar. Eu sabia que eu deveria ir embora. Se eu não era capaz de perdoar a mim mesma, meus pais também não seria. Voltei para o meu quarto e separei uma pequena mala. Peguei algumas roupas e coloquei dentro dela. Saí de casa sem olhar para trás. Fiquei perdida por vários dias, sem saber para onde ir. Eu estava tão desorientada que atravessei a rua sem olhar. Só ouvi o barulho de freios. Senti o baque do carro contra o meu corpo. Eu estava morrendo, a dor era insuportável. Eu queria apenas morrer.

Flashback off


- Quando eu voltei desmemoriada para casa… - Eu parei de falar controlando o choro. Meu pai apenas segurou em minhas mãos e não disse nada. - … depois que eu voltei, ela passou a me evitar. Eu não conseguia me lembrar o que eu tinha feito para que minha mãe me tratasse tão mal. - Falei respirando fundo.

- Minha filha… - Ele começou, mas parou de falar secando as lágrimas do meu rosto.

- Então foi por isso que me mandou para a casa dos meus tios. - Eu falei me lembrando do tempo que passei na casa de Jessica.

- Sim. Eu já não conseguia ver você sofrendo. - Ele falou me abraçando.

- E porque não me contou o que aconteceu? Não era justo. - Eu falei me afastando.

- Você já tinha sofrido demais com a morte de Sunny, eu queria que você jamais se lembrasse. - Ele falou me olhando com aquele olhar de quem sente culpa.

- Nada justifica. Eu era apenas uma criança sendo destratada por algo que eu mesma não me lembrava. Você simplesmente deixou que ela sempre me acusasse e nunca permitiu que eu me defendesse. - Falei descendo as pernas da cama.

- Filha, aonde vai? - Perguntou ele assustado.

- Procurar Taeyeon. - Falei pensando onde eu a encontraria.

- O médico disse… - Ele parou de falar quando agarrei no braço dele.

- O que foi? - Ele perguntou quando eu gemi.

- Dói muito. - Foi tudo o que eu consegui dizer.

- Deita aqui. - Ele falou me ajudando a deitar. - Vou buscar um médico.


Meu pai saiu do quarto correndo. Havia alguma coisa errada com o bebê. Minha barriga doía, gemi novamente quando a dor se intensificou. Senti algo quente escorrer em minhas pernas. Coloquei a mão e olhei os meus dedos molhados. Eu estava sangrando, respirei fundo tentando controlar o meu desespero. Perdi os sentidos antes que meu pai retornasse com o médico. Não sei quanto tempo passei desacordada. Quando acordei a dor havia passado. Havia tantos aparelhos ligados a mim que fiquei preocupada. Jessica estava sentada ao lado da minha cama e segurava a minha mão. Seus olhos inchados indicavam o quanto ela havia chorado.


- Que bom que acordou. - Ela falou sorrindo.

- O meu bebê? - Perguntei colocando a mão sobre a minha barriga.

- Vocês dois vão ficar bem. Você precisa se cuidar. - Ela falou colocando a mão sobre a minha.

- E Taeyeon? - Perguntei me lembrando que até aquele momento não recebi nenhuma notícia dela.

- Nada ainda, mas o detetive encontrou algumas pistas de qual caminho ela pode ter percorrido depois que saiu do posto de gasolina. - Ela falou e eu suspirei.

- Agora descanse. Temos que ficar atentas a sua pressão, estava muito alta. - Ela falou me cobrindo.

- Ela vai voltar para casa, não vai? - Perguntei ainda assustada com o desaparecimento dela.

- Claro que vai. - Ela falou sorrindo.

- Meu pai ainda precisa me contar o que disse a Taeyeon no dia em que ela desapareceu. - Falei pensativa.

- Você poderá conversar com ele depois. Agora descanse. - Ela falou beijando a minha testa.


Voltei para casa depois de alguns dias. Eu tentava me manter calma por causa da pressão, mas às vezes era impossível controlar. Quando completou um mês e meio de desaparecimento de Taeyeon, eu já não tinha forças para fazer mais nada. Me limitava a comer e dormir, esperando que ela voltasse para mim. Yuri e Jessica se dividiam nos meus cuidados dia e noite. Elas tinham medo que eu fizesse alguma bobagem, mas eu não faria. O bebê dentro de mim me fazia lembrar que naquele momento ele era prioridade. Eu queria ir atrás dela, mas a cada vez que eu pensava em fazer isso a pressão subia e eu tinha que esperar.


Naquela manhã, pedi a Jessica que fosse até o convento. Eu estava sentada no sofá da sala esperando que ela me desse notícias. A polícia e o detetive já tinham dito que ela não esteve lá, mas eu queria ter certeza. Adormeci no sofá esperando por ela. Sonhei com Taeyeon me chamando, ela chorava. Acordei assustada e como se tudo estivesse claro levantei do sofá decidida a ir buscá-la. Agora eu sabia onde ela estava e iria buscá-la. Peguei a chave do carro, ouvi Yuri chamando. Ignorei o chamado e fui até a garagem. Manobrei o carro vendo Yuri se aproximar.


- O que está fazendo? - Ela perguntou batendo no vidro.

- Eu vou buscá-la. Eu sei onde ela está. - Falei sem abrir o vidro acelerando e me afastando dela.


Pelo retrovisor vi o olhar desesperado de Yuri. Ela correu para dentro da casa. Continuei e segui o caminho que eu tinha em mente. Eu sabia que era um longo caminho até lá. Alisei a minha barriga protuberante e pedi ao bebê que ele fosse paciente. Em breve, Taeyeon estaria com a gente novamente. Ele remexeu dentro de mim, senti como se ele entendesse. Me concentrei na estrada até a fazenda onde tudo aconteceu. Depois de duas horas dirigindo, eu parei em um posto de gasolina. Fui ao banheiro e comprei algumas coisas para eu comer. Abasteci o carro e continuei. Quase duas horas depois eu cheguei ao meu destino.


Minhas pernas inchadas doíam, e minha barriga parecia mais pesada. Eu estava exausta. Desci do carro e olhei para a porteira aberta. Aquele era o único lugar que eu não queria estar. Mas se Taeyeon realmente estivesse ali, eu não me importava. Voltei para o carro e dirigi até a entrada da casa. A imagem de Sunny sorrindo apareceu em meus pensamentos. Minha irmã era criança alegre e eu tinha certeza que eu estava certa de ir até ali. Desci do carro vendo a casa toda trancada. Parecia que há anos ninguém visitava aquele lugar. Algo no chão me chamou a atenção. O chão estava cheio de poeira, mas havia marcas de pegadas no chão.


Subi os degraus da entrada e vi que a porta estava entreaberta. Aproximei devagar tomando cuidado, afinal poderia haver estranhos ali. Abri a porta e olhei ao redor. A sala estava toda coberta com pano e havia poeira por todos os lados. Entrei ouvindo o assoalho ranger sob os meus pés. Caminhei pela casa em silêncio, eu não queria assustar Taeyeon se ela estivesse ali. Ouvi um barulho de alguém correndo. Caminhei em direção ao barulho e cheguei em um quarto. Abri a porta e me senti zonza quando percebi que ali era o lugar onde tudo aconteceu. Respirei fundo tentando controlar a respiração irregular. Não consegui entrar, todas as lembranças estavam claras em minha memória.


- Taeyeon. - Chamei quase sussurrando, mas não houve resposta.

- Taeyeon, por favor. - Eu chamei novamente. Eu estava a cada minuto mais ofegante.

- Taeyeon, se você está aqui, por favor… - Eu parei de falar respirando fundo. - … por favor, apareça. - Eu supliquei, havia apenas o silêncio naquele quarto.

- Tae… - Eu falei dando um passo para dentro do quarto. - Eu sei que você está aí. - Eu falei dando outro passo.


A coragem me faltou naquele momento. Fiquei parada no mesmo lugar tentando não lembrar daquele dia, mas foi em vão. Como se eu revivesse tudo de novo, as lembranças vieram carregadas das emoções daquele dia. Fechei os olhos tentando me acalmar. De olhos fechados, eu caminhei pelo quarto. Quando abri os olhos, eu estava perto da cama. Então eu me lembrei do guarda-roupa. Aproximei devagar e abri a porta. Senti a porta escapar da minha mão e se fechar bruscamente. Então tive certeza que ela estava escondida lá dentro. Com dificuldade, eu sentei no chão e encostei na porta bloqueando a porta.


- Tae. - Eu falei esperando que ela estivesse me ouvindo. - Eu sei como se sente. - Falei e ouvi um longo suspiro vindo do lado de dentro do guarda-roupa.

- Mas não é culpa sua. Nunca foi. - Falei e ouvi um soluço. Ela estava chorando.

- Eu esperei você voltar para casa dia após dia. E ainda estou esperando. - Falei me levantando.

- Eu sinto muito. - Ouvi ela sussurrar. Tentei controlar o choro que tentava me dominar.

- Não importa o que aconteceu naquele dia, não é sua culpa e nem minha. - Falei abrindo a porta vendo-a sentada no fundo do guarda-roupa. Ela abraçava as próprias pernas e escondia o rosto nelas.

- Eu sinto muito. - Ela falou sem me olhar.

- Vem aqui. - Falei segurando-a pelos braços e a tirei de lá. Eu senti a sua falta. - Falei abraçando-a.


Taeyeon não me abraçou no primeiro momento. Alisei os cabelos dela esperando que ela se acalmasse. Ela chorou calada deixando um soluço escapar. Senti seus braços me circularem. Eu não sabia como lidaríamos com a situação daquele momento em diante, mas eu não conseguiria viver longe dela. Quando Taeyeon se afastou, eu percebi o quanto ela havia emagrecido. Havia olheiras imensas embaixo de seus olhos que estavam inchados de tanto chorar.


- Eu não posso voltar. - Ela falou se afastando.

- Tae, por favor. - Eu falei assustada com a atitude dela.

- Eu não quero voltar. - Taeyeon falou me olhando nos olhos.


A expressão no rosto dela indicava exatamente o que ela dizia. Seus olhos decididos afirmavam que ela não voltaria comigo. Meu coração doeu ao bater acelerado. Fiquei ali olhando-a sem saber o que fazer. Mesmo que eu não quisesse aceitar, eu deixaria que ela escolhesse entre voltar ou ficar.


Notas Finais


Oi? Estão bem?

Confesso que fiquei meio mal depois de escrever esse capítulo, mas esse foi um dos capítulos que desejei escrever desde que essa fanfic começou. Aguardem que haverão mais lembranças nos próximos capítulo. No próximo capítulo tem as memórias da Taeyeon.

Até lá.


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