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História A cunhada - Incesto


Escrita por: Youraxyz

Notas do Autor


Olá para vocês.

Confusos? A estória vai ficar ainda mais confusa. Já disse para serem pacientes, nos próximos capítulos as coisas se esclarecem.

Prometi as lembranças de Taeyeon, porém achei que deveria trazer outras informações para que vocês possam entender as lembranças dela posteriormente.

Vou confessar que o fim desse capítulo foi o principal motivo pelo qual comecei a escrever essa fanfic. Foi por causa dessa ideia que comecei a escrever.

Lembram quando eu disse sobre andar sobre a linha do amor e ódio? Esse momento chegou, mas sinceramente prefiro que me amem. Rsrs

Sem mais, boa leitura.

Capítulo 32 - Incesto


Fanfic / Fanfiction A cunhada - Incesto

Tiffany P.O.V.


Eu não conseguia acreditar no que eu ouvia. Eu sabia o quanto Taeyeon se sentia culpada porque eu também me sentia assim. Eu conseguia entender, mas meu coração doeu ao ouvir suas palavras. Eu não saberia viver sem ela. Dei um passo para frente me aproximando, Taeyeon deu um passo para trás se afastando. Dei um passo para trás recuando, isso fez com que ela estivesse mais distante. Não era a distância física que me assustava, mas a distância que seu olhar demonstrava. Ela estava tão distante que eu não podia alcançá-la mesmo que eu corresse até ela e a prendesse em meus braços. Suspirei frustrada. O ar entrou em meus pulmões com dificuldade me fazendo gemer. Os olhos assustados de Taeyeon me encararam, era visível a indecisão em seu olhar. Mesmo preocupada, ela se mantinha distante. Aproximei da cama e sentei lentamente, me senti exausta por causa de todos os sentimentos que envolviam aquele momento.


- Você realmente… - Parei de falar olhando para as minhas mãos. - … você realmente não voltará para casa? - Perguntei e ouvi ela suspirar.

- Eu não posso. Eu não consigo. Eu não quero. - Ela respondeu sentando no chão e se encostou no guarda-roupa. Fiquei calada sem saber como convencê-la, levantei os olhos e a encarei.

- Obrigada por salvar a minha vida. - Ela falou deixando a voz carregada de emoção. Abaixei os olhos sem conseguir olhá-la porque sabia que ela estava chorando.

- Se eu pudesse… - Eu parei de falar ciente de que o que eu dissesse naquele momento poderia soar diferente do que realmente significava.

- Eu realmente estou agradecida por tudo o que fez por mim. Não só naquele dia, mas em todos os outros em que cuidou de mim enquanto estive em sua casa. - Ela falou e eu levantei os olhos encarando-a.

- Nossa casa. - Falei sentindo o meu coração doer em cada batida. Taeyeon não disse nada apenas sustentou o meu olhar.

- O que eu tenho que fazer para você voltar para casa? - Perguntei levantando da cama e me aproximei dela olhando-a.

- Não há nada que possa fazer. Eu já decidi que não quero voltar. É para o meu bem e o bem de vocês dois. - Ela falou levantando e colocou a mão em minha barriga.

- Nós dois não ficaremos bem sem você. - Eu falei segurando a mão dela.

- É melhor você ir embora. Já está tarde. - Ela falou se afastando.

- É isso mesmo que quer que eu faça? - Eu perguntei deixando as lágrimas escorrem em meu rosto.

- Sim. - Ela falou secando uma das minhas lágrimas com a ponta do polegar.

- Então é o que eu farei. - Falei tirando a mão dela do meu rosto. Me afastei saindo do quarto sem olhar para trás.

- Lembre-se que estou esperando você voltar, apenas peço que volte quando estiver pronta. - Falei parando na entrada do quarto sem olhar para ela.


Eu esperei por uma resposta, mas Taeyeon não disse nada. Caminhei lentamente para fora do quarto chegando na sala. Me senti zonza quando cheguei na varanda, me apoiei na grade tentando me manter de pé. Senti as mãos de Taeyeon em mim, respirei fundo me sentindo melhor. Ela não disse nada, apenas me conduziu até o carro. Pegou a chave da minha mão e abriu a porta do passageiro. A olhei confusa e por um instante acreditei que ela retornaria comigo.


- Vou te deixar na casa da minha tia e vou pedir que Jessica venha te buscar. - Taeyeon falou me ajudando a sentar e prender o cinto de segurança.


Eu estava tão exausta que apenas a olhei sem dizer nada. Taeyeon fechou a porta e deu a volta no carro entrando pelo lado do motorista. Sentou e ligou o carro. Fechei os olhos assim que ela acelerou o carro indo em direção a saída da fazenda. Enquanto me mantive de olhos fechados fiz algo que não fazia há muitos anos, rezei para que ela mudasse de ideia. Adormeci sem perceber enquanto ela dirigia em silêncio.


Taeyeon P.O.V.


Havia um emaranhado de emoções explodindo dentro de mim. Eu sabia que no momento que eu a olhasse, eu não conseguiria me conter. Por isso eu fui para longe, mas meu coração confuso a queria por perto mesmo que fosse apenas por alguns minutos. Como se ouvisse meus pensamentos, ouvi os passos dela entrando na casa. Os passos que eu acostumei a ouvir sem nem mesmo perceber que eu o fazia. O caminhar dela havia ficado mais pesado com o fim da gravidez, mas o ritmo continuava o mesmo. Corri e me escondi, eu não queria olhá-la. Mais do que isso, eu não sabia como encará-la. Meu coração bateu acelerado dentro do peito, a lembrança do sorriso dela tomou meus pensamentos.


Assim que eu ouvi a voz dela, eu tinha certeza que ela não sorria. O tom era de alguém cansado, de alguém que havia chorado. Eu não podia olhá-la, era única frase que eu repetia para mim mesma o tempo todo. Eu não sabia como contar a verdade a ela. Não sabia o quanto ela era capaz de suportar. Eu mesma achei que ficaria louca. Tiffany já tinha sofrido demais em toda a sua vida, eu não podia deixar que essa dor aumentasse. Eu podia sentir em sua voz o quanto ela estava sofrendo. Quando ela me tirou do guarda-roupa, eu vi em seus olhos, eu vi em seus gestos o desespero. Não havia porque ela sofrer com algo que ela nem imaginava por isso eu não queria voltar para casa. Foi com dor na alma que a mandei embora, mas notei que ela não estava bem.


A nossa pequena conversa a deixou ainda pior. Por isso, assim como John me pediu na última carta, eu cuidaria dela até ter certeza de que ela ficaria bem. Por isso a coloquei no carro decidida a deixá-la na casa da minha tia. Percebi que enquanto ela dormia, as lágrimas escorriam em seu rosto. Eu tinha que ser forte por mim e por ela, e não podia me deixar levar pelo o vazio que eu sentia dentro de mim. Me assustei quando senti a mão dela se agarrar ao meu braço, ela ainda dormia. Tiffany se acalmou quando retirei a mão do meu braço e a segurei. Sua respiração foi ficando suave e ela se aquietou. Quando parei na porta da casa da minha tia, ela dormia profundamente. Desci do carro e abri a porta do carro. Retirei o cinto e a acordei com cuidado.


Tiffany sorriu tocando em meu rosto e fechou os olhos. Chamei o nome dela mantendo-a acordada. Sua expressão mudou antes mesmo dela abrir os olhos. Ela me olhou por alguns segundos e saiu lentamente do carro. Caminhou lentamente até o portão e esperou sem me olhar. Chamei por minha tia que veio rapidamente abrir o portão quando ouviu o meu chamado. Ela não conteve a preocupação quando nos viu. Minha tia ajudou Tiffany a entrar enquanto eu pegava as coisas dela no carro. Já era noite quando chegamos, por isso o cheiro de comida exalava. Antes que eu pudesse compreender, Tiffany entrou no banheiro trancando a porta. Isso me fez lembrar da primeira vez que estivesse ali. Ouvi ela vomitando no banheiro, me senti impotente por não poder ajudá-la.


Tia Miran me entregou uma toalha e ordenou que eu ajudasse Tiffany a tomar banho. Eu fiquei ali indecisa sobre o que fazer. Quando ela abriu a porta do banheiro, estava tão pálida que me deixou ainda mais preocupada. Assim como minha tia tinha ordenou, ajudei Tiffany com o banho. Ela parecia tão cansada que não disse nada enquanto eu a ajudava. Depois do banho, ajudei-a vestir a roupa que minha tia emprestou para ela. Coloquei Tiffany na cama no quarto de hóspede e a cobri. Ela fechou os olhos sonolenta. Saí do quarto decidida a ir embora. Quando mais cedo eu me afastasse dela mais cedo ela esqueceria tudo o que passamos juntas.


Quando disse que estava indo embora, minha tia me impediu dizendo que já era tarde e que não entendia porque eu estava partindo sem Tiffany. Eu não queria explicar o que estava acontecendo, por isso apenas concordei dizendo que esperaria amanhecer para irmos embora. Minha tia me olhou desconfiada, mas não disse nada. Tomei um banho e me vesti com a roupa que ela me emprestou. Ela pediu que eu dormisse em sua cama. Sorri e a acompanhei até o quarto. Me deitei como se estivesse pronta para dormir. Fechei os olhos e esperei até ter certeza que ela dormia. Depois de um bom tempo saí da cama, recolhi as minhas roupas saindo do quarto. Entrei no banheiro e me troquei. Assim que saí de lá, me assustei ao ver  Tiffany entrar na cozinha.


A luz da rua iluminava parcialmente a cozinha.Percebi que seu caminhar estava estranho. Meus olhos acompanharam o seu movimento até o meio da cozinha. Vi ela se apoiar na cadeira e gemer baixinho. Fiquei indecisa se deveria ir até e ver o que estava acontecendo ou partir sem que ela percebesse. Ela soltou a cadeira e caminhou lentamente até a pia. Pegou um copo e o encheu com a água do filtro. Ela largou o copo sobre a pia sem beber nada se apoiando.


- Taeyeon. - Ela falou meu nome lentamente, mas não respondi. Fiquei olhando para ela sem me aproximar.

- Tae. - Ouvi ela chamar novamente percebendo que ela chorava.

- Taeyeon, me ajuda. - Ela falou em um tom desesperado.

- O que foi? - Acendi a luz e corri para o lado dela vendo sua expressão de dor.

- O bebê… aí - Ela parou de falar apertando os dedos na borda da pia enquanto a outra mão estava sobre a barriga.

- O que foi? Me diz o que está acontecendo. - Falei ainda mais preocupada.

- A minha bolsa… - ela parou de falar e eu ouvi algo pingando no chão. - … estourou. - Ela falou e eu vi líquido escorrendo em suas pernas ensopando o chão.

- O bebê vai nascer? - Perguntei já desesperada e ela apenas concordou com a cabeça.

- Senta aqui. - Falei ajudando-a sentar em uma cadeira. - Eu vou chamar a minha tia. - Falei me afastando, mas Tiffany me agarrou pelo braço.

- Não. Primeiro me ajude a chegar até a sala. - Ela falou se levantando.

- Ok. Vem. - Falei ajudando-a se levantar e caminhar lentamente até a sala.

- Você precisa ir para o hospital, minha tia deve saber qual é o mais próximo daqui. - Falei ajudando-a deitar no sofá.


Entrei no quarto correndo acordando me tia rapidamente. Ela acordou assustada com o meu desespero. Minha tia sorriu assim que viu Tiffany gemendo de dor, achei a atitude dela estranha. Ela aproximou lentamente dela e colocou a mão sobre a barriga de Tiffany.


- Se acalme, o bebê não vai nascer agora. - Ela falou alisando a testa de Tiffany.

- Você também precisa se acalmar, Taeyeon. Nesse momento é você que tem que manter a calma. - Ela falou indicando que eu me aproximasse.

- Que? - Perguntei confusa.

- Desde quando ela está com contrações? - Tia Miran perguntou e eu não sabia o que responder.

- A dor começou a mais ou menos duas horas. - Tiffany respondeu parecendo se acalmar.

- Certo, então ainda temos tempo. Taeyeon vamos ajudá-la a chegar até o carro. - Ela falou ajudando Tiffany a sentar.

- Certo. - Falei apoiando Tiffany ajudando a ficar de pé. - Consegue caminhar? - Perguntei e Tiffany concordou caminhando lentamente.

- Aí. - Ela gemeu parando quando estávamos quase na porta.

- O que foi? Outra contração? - Minha tia perguntou visivelmente preocupada.

- Sim. - Tiffany respondeu ofegante.

- Vamos, Taeyeon. - Ela falou obrigando Tiffany a caminhar mais rápido.

- O que foi? Me diga. - Falei colocando Tiffany no banco traseiro.

- As contrações estão irregulares. O bebê pode não demorar a nascer. Entre aí atrás com ela, eu dirijo. - Ela falou voltando para dentro da casa.

- Tae, obrigada por estar aqui. - Tiffany disse tentando conter o gemido.

- Vamos. - Minha tia disse entrando no carro.


Tiffany estava deitada no meu colo. Minha tia me olhava pelo retrovisor a cada vez que Tiffany gemia. Apesar de ser madrugada, o trânsito estava intenso impedindo que chegássemos rapidamente ao hospital. Tiffany sentou gemendo ainda mais alto me assustando.


- Se acalme, deita aqui. - Falei obrigando-a deitar novamente.

- Tae… aí… - Ela gemeu.

- Eu estou aqui. - Falei segurando em sua mão sentindo o quanto ela estava fria.

- Me ajuda, o bebê vai nascer. - Ela falou apertando a minha mão.

- Quê? - Perguntei desesperada.

- Me ajuda aqui. O bebê vai nascer agora. - Ela falou puxando a camisola que ela vestia.

- Tia, e agora? - Perguntei tirando Tiffany do meu colo ajudando-a.

- Estamos quase no hospital. - Ela falou indicando o caminho.

- Não vai dar tempo… ele vai nascer. - Tiffany falou abrindo as pernas.


Passei para o lado contrário e a ajudei a tirar a calcinha. Acendi a luz do teto vendo que ela tinha razão. O bebê estava nascendo. Eu tremia sem saber o que fazer. Tia Miran vendo o meu desespero começou a nos instruir. Enquanto ela dizia a Tiffany para ela empurrar, eu apenas olhei assustada para o bebê chegando. Tiffany puxou o corpo para trás enquanto fazia força ajudando o bebê a nascer. Minha tia disse para eu me acalmar e para segurar o bebê assim que ele nascesse. Pensei que não seria capaz de fazer o que ela pedia. Mas quando o vi nascer, como se minhas mãos agissem sozinhas, eu o segurei firme. O bebê chorou em meus braços. Era pequeno, tinha os cabelos pretos como o Tiffany. Não consegui conter as lágrimas ao vê-lo em meus braços.


- Está tudo bem, Tae. Não precisa chorar. - Tiffany falou sorrindo e estendeu os braços.

- Tia, o bebê nasceu. - Eu falei tentando controlar o choro colocando o bebê nos braços da Tiffany.

- Eu estou vendo. - Ela falou e sorriu me olhando pelo retrovisor. - Chegamos.


Ela falou apontando para o hospital. Tia Miran desceu do carro e entrou correndo na emergência pedindo que alguém viesse nos ajudar. O bebê havia parado de chorar. Tiffany sorria para ele, alisando seus cabelos. Nossos olhos se encontraram. Tiffany estava visivelmente cansada, mas seus olhos brilhavam de felicidade. Sorri ao vê-la sorrindo. O meu sobrinho havia chegado ao mundo pela minhas mãos. Então eu me lembrei que não deveria estar feliz por isso. Senti o meu coração apertado, doeu ainda mais quando senti ele bater acelerado. Desci do carro quando dois enfermeiros chegaram para ajudar Tiffany.


- Taeyeon. - Olhei para trás assustada, mas não havia ninguém atrás de mim.


Eu tinha certeza que a voz era do meu irmão. Onde quer que ele estivesse, eu sabia que ele estava feliz porque seu filho havia nascido. Senti como se ele estivesse ali comigo. Isso me fez lembrar do pedido que ele me fez em sua última carta, mas que eu sabia que não seria capaz de cumprir. Olhei para o bebê nos braços Tiffany, mesmo pequeno a semelhança com meu irmão era visível. Eu podia ouvir John pedindo que eu cuidasse do filho dele. Então um flash de memória tomou conta de mim.


13 anos atrás…

Flashback On - Seis meses após o resgate de Taeyeon.


- Oppa! - Eu falei chorando quando ele me obrigou a descer do carro.

- Taeyeon-ah, não chore. - Ele falou me abraçando.

- Porque eu tenho que ficar aqui? - Falei olhando a porta do convento.

- Para o seu bem. Aqui você estará segura. - Ele falou secando as minhas lágrimas.

- Eu tenho medo. - Eu falei chorando ainda mais alto. John era o meu único irmão, e o único que realmente se importava comigo.

- Eu sei, mas olhe para mim. - Ele falou segurando em meu queixo me obrigando a olhá-lo.

- John. - Eu falei o nome dele quando eu vi a tristeza em seu olhar. Eu não era capaz de entender porque ele queria me deixar ali se estava daquele jeito.

- Você vai me prometer que nunca vai esquecer que eu sou seu irmão, mesmo que alguém lhe diga que eu não sou. Porque eu escolhi você para ser a minha irmã. Você vai se lembrar disso? - Ele perguntou sorrindo.

- Vou. - Respondi mesmo que eu quisesse gritar com ele.

- Aqui… - Ele falou apontando para a porta do convento. - … é o lugar onde eu posso proteger você. - Ele falou me abraçando.

- Me proteger? Não minta para mim! - Eu falei me afastando.

- Você sabe que eu não minto. Além do mais, se você ficar aqui nós também protegemos a Sunny. Você quer que ela fique bem, não quer? - Ele perguntou olhando em meus olhos.

- John, porque temos que proteger alguém que já morreu? - Perguntei confusa acreditando que ele ainda mentia para mim.

- Porque ela também é minha irmã. - Ele falou abaixando os olhos.

- O que está falando? - Falei ficando ainda mais confusa.

- Taeyeon, quando o momento chegar eu vou te contar sobre isso. Até lá, esse será o nosso segredo. - Ele falou me mostrando o dedo mindinho.

- Segredo? - Perguntei sem entender.

- Sim. Você jamais vai dizer a alguém que Sunny é minha irmã. - Ele falou segurando a minha mão fechada deixando o meu dedo mindinho de fora.

- Me prometa. - Ele falou selando a nossa promessa com os nossos dedos.

- Eu prometo. - Falei abraçando-o.

Flashback off


Caí de joelhos após me lembrar das palavras dele. Naquela época, eu não sabia o que aquilo significava. Eu pensei que Sunny era apenas uma filha bastarda como eu, filha do meu pai com outra mulher. Se John tivesse me contado a verdade sobre o que ele fez, eu jamais teria me permitido me envolver com Tiffany da forma como nos envolvemos. Eu jamais teria me apaixonado por ela. Eu jamais teria tocado nela. Eu não conseguia perdoar o meu irmão pelo que ele fez. Ouvi Tiffany chamar meu nome quando a colocaram em uma maca. Minha tia estava ao lado dela ajudando-a segurar o bebê. Fiquei ali vendo-os se afastar. Aquela seria a última vez que eu veria o meu sobrinho, a minha tia e a minha irmã mais velha.


Eu ainda não conseguia acreditar que Tiffany era minha irmã. Eu estava tão perdida que não sabia o que fazer. Todas as lembranças vieram à tona me deixando sufocada. Tudo o que lembro é de voltar para carro e pegar as cartas de John e do senhor Hwang. Toda a verdade estavam nelas, mas eu não tinha coragem de contá-las a ninguém naquele momento. Peguei o carro e apenas dirigi, sem ao menos escolher o trajeto. Depois de duas horas seguidas cheguei ao endereço que John havia deixado no final da carta. Eu nem ao menos sabia como havia chegado ali. Parei na entrada e desci do carro. Olhei ao redor, a paisagem era de um lugar abandonado. O verde havia sumido dando lugar ao marrom. Era visível que ninguém cuidava do lugar há muito tempo. Respirei fundo, eu estava ofegante.


Aproximei da entrada do casarão. Do lado de fora, na varanda, estava sentada uma jovem. A garota que nasceu no mesmo dia que eu. A garota que havia salvado a minha vida. A garota me fazia me sentir culpada por sua morte. Lentamente, como se houvesse chumbo em meus pés, eu caminhei em direção a ela. Olhei a garota sentada em uma cadeira de rodas. Seus olhos me encontraram e me encararam como se visse um fantasma. Eu não precisava olhá-la por uma segunda vez para ter certeza que aquela jovem era quem eu procurava. Seus traços se assemelhavam aos de John.


- Taeyeon. - Sunny falou arregalando os olhos.


Eu finalmente havia encontrado a garota que John pediu que eu protegesse, sua irmã mais nova. A verdadeira herdeira da família Kim. A verdadeira Kim Taeyeon. Eu me sentia perdida por saber que nem mesmo o meu nome me pertencia. Aquela garota era quem John decidiu proteger ao esconder que seu pai nos trocou no hospital. Havia apenas raiva dentro de mim, e eu não conseguia perdoar John pelo que ele fez. Seu pai me tirou da minha família e como cúmplice ele ficou calado. E de forma indireta permitiu que eu sofresse na mão da minha madrasta que nem mesmo era minha madrasta. E pior, por não me contar a verdade naquela época, deixou que eu cometesse o pior dos pecados, o incesto.


Notas Finais


Confuso? Eu disse que ficariam. Nos próximos capítulos vou explicar sobre o incesto. No próximo capitulo tem as lembranças do John e as lembranças da Taeyeon. E se eu não me empolgar muito (pouco provável rsrs) vou trazer também as lembranças da Sunny.

Não sofram por antecipação e como disse anteriormente, não tirem conclusões precipitadas.

Até o próximo capítulo.


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