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História A dama de rosa - Por quê?


Escrita por: katnisskisses

Capítulo 6 - Por quê?


Tudo era muito estranho na minha vida, eu não entendia porque a minha mãe me escondeu tanta coisa desde quando eu era bem pequena, eu tinha uma tia que nem conhecia nunca ouvi falar nela e eu achava ela muito parecida com aquela mulher meio perseguidora que me olhava de longe e sempre que eu percebia que ela estava me observando, eu virava e só via um vulto, raramente um rosto por isso não tenho certeza e além do mais ela não sabia onde eu e minha mãe morávamos, tinha que ser verdade o que ela dizia. Ela não conseguiria minha guarda apenas por querer.

Ás vezes nada é o que parece. Minha mãe estava muito bem, aos meus olhos. Bem, não tão bem quanto eu pensava. Parece que eu não a conhecia mesmo muito bem...

Depois daquela estranha conversa, eu voltei aonde estavam todas as pessoas e encontrei o Theo. Ele estava com a Clarisse e a Yara. Eu cheguei perto deles e comecei dizendo “ Vocês não vão acreditar nisso... A minha tia está aqui” e a Clarisse respondeu “ Que bom né Catita ela veio te dar apoio obvio. ”  Pela primeira vez aquele apelido não me afetou, eu estava preocupada com coisas mais importantes naquele momento. “ O único problema é que eu não sabia que tinha uma tia! Eu não conheço nenhum parente meu e essa mulher simplesmente aparece me jogando essa bomba e dizendo que eu vou morar com ela e posso me mudar amanhã mesmo! ” “ Ai Meus Deus, e o que você vai fazer?” a Yara falou dessa vez, ela era muito calada... “ Eu vou ter que obedecer né! Eu só tenho 15 anos, ou é essa minha tia ou um abrigo de menores, sei lá. Não sei muito sobre esse assunto...” Eu queria muito sair dali. Eu estava começando a passar mal de novo. Coloquei a mão na testa agoniada e o Theo de repente pareceu existir “ Vai ficar tudo bem, vai que essa mulher misteriosa te ajuda a superar a morte da sua mãe. Ela pode ser legal...” e então ele me abraçou. Ele tinha um cheiro engraçado,  de flores, igual aquela Patrícia...

Como é que tínhamos ficamos íntimos tão rápido? A gente só trocava ois no colégio, e isso raramente. A primeira vez que conversamos de verdade foi no dia que aquilo aconteceu e desde aquele dia ele tem sido tão legal comigo, me enviando mensagens, email, tarefas, essas coisas.

Depois do velório, de noite já, eu voltei para a casa da Clarisse quando estávamos entrando na casa eu peguei o braço dela “ Eu preciso que você me leve para minha casa” eu disse em uma voz baixa e eu acho que ela quase não ouviu “ Por que? Pensei que você estivesse gostando daqui catita...” ela disse no mesmo tom que eu. “ É que amanhã eu vou ter que me mudar para a casa dessa minha tia e eu preciso me despedir, eu gosto muito de lá...” “ Você gosta do lugar que a sua mãe se matou?” Ela perguntou incrédula. Eu só olhei para ela e pensei que ela tinha razão. Mas eu tinha tantas lembranças boas de lá. Sabe, todas as lembranças que todas as meninas normais tinham como a primeira bicicleta, quando o primeiro dente caiu que aliás eu tinha só 3 anos e minha mãe meio que entrou em desespero. Eu sorri. E eu me esqueci que a Clarisse estava lá e ainda com cara de indignada mas ela finalmente cedeu e me levou até minha casa de carro. Os pais dela deixavam ela dirigir. Na verdade ela tinha o próprio carro mas eu não sei como ela nunca tinha sido pega porque ela era muito nova para dirigir. Ela era só alguns meses mais velha que eu.

            Nós entramos no carro e fomos até a minha casa.

            Assim que eu pisei na entrada eu me senti mais leve e feliz, mas durou pouco porque eu olhei para cima, para o telhado. Eu me senti pior ainda, a Clarisse tinha razão, eu não deveria estar lá mas eu queria muito entrar e até empacotar já algumas coisas.

             Eu passei pela a sala e eu vi a TV, o sofá e os quadros que, eu e minha mãe estávamos em uma feira de arte de outros países e insistiu em comprar, mesmo sendo horríveis.

            Virei o corredor e subi a escada para o meu quarto. Aquela casa tinha dois andares e era tão grande para só duas pessoas e claro, mais um, que é o Lazúli, que por sorte os pais da Clarisse e a própria me deixou levá-lo comigo. Ele era muito pequeno para ficar sozinho naquela casa enorme.

            Entrei no meu quarto, que era o menor da casa e comecei a olhar para as coisas e comecei a me perguntar: “Será que essa minha tia vai deixar eu levar tudo isso?” Eu tinha uma coleção gigante que além de ter livros no meio tinha DVDs e também boxes de temporadas inteiras de séries de TV  que eu amava como o ‘clássico’ Friends.

            Aquela mulher que afirmava ser minha tia, que conheci hoje, no velório da minha mãe, disse que eu tinha que mudar para a casa dela. Eu simplesmente não queria acreditar que aquilo tudo estava acontecendo na minha droga de vida.

 

 



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