História A dama e o vagabundo - Cap. 03

Porteiro: Eu não posso permitir a sua entrada.
- Por favor. Eu só . . .
G: Igor?
- Gabriela.
G: O que faz aqui?
- Eu vim ver se vc tava bem.
Ela chora e me abraça, minha reação é abraçar ela o mais forte possível.
☆Gabriela Jones☆
Eu não acredito que ele veio, que bonito.
- Antônio, libere nossa entrada por favor.
P: Sim Senhorita.
Ele abre a porta e subimos novamente. Levei o Igor pra minha sala.
- Eu vou te mostrar uma coisa.
I: Ta bom.
Pego uma chave e voltamos pro elevador.
I: Que isso?
- Vou te mostrar.
Aperto o ultimo botão do prédio e quando a porta do elevador se abre, revela uma porta de madeira.
I: Que isso mulher?
- Uma porta.
Destranco a porta e o puxo pela escada.
I: Ta eu não sou burro. Quero saber aonde isso vai nos levar.
- Pro terraço da empresa. A entrada não é permitida a todos, mas eu descobri que é um jardim aqui.
I: Entendi.
A porta se abrr e revela aquele enorme jardim, com flores azuis, vermelhas, amarelas e rosas, um banco para sentar e pequenos lampiões elétricos para iluminar.
I: Que lindo.
- Quando quero fugir da minha realidade, eu venho pra ca.
I: Realmente muito bonito.
Ele passa o braço pelo meu ombro e vamos nos sentar ao banco, sentamos e ficamos olhando a cidade.
- Igor posso te fazer uma pergunta?
I: Ja fez.
- Idiota.
I: Pode né.
- Porque veio pra ca? Veio ver como eu estava, porque?
I: Eu não sei explicar. Apenas quando ouvi sua voz de choro, senti que tinha que vir.
- Mas com todo respeito, vc é um vagabundo. Podia ter pego todas nessa tal festa.
I: Sim, mas . . . Espera, como sabe que eu sou um vagabundo?
- Eu te conheço, Igão Underground.
I: Quer disser que a bela dama é fã do meu canal?
- Eu trabalho em uma empresa de fotografia e os Youtubers são o assunto do momento.
Começamos a rir.
I: Mas respondendo a sua pergunta, eu não conseguia para de pensar em vc.
- Então eu não era a unica.
I: Agora me fala porque tava chorando.
Contei tudo pra e em meio as lagrimas, ele me abraça forte.
I: Que filho da puta. Não fica assim, da próxima vez que ver ele, me liga.
- Porque?
I: Pra eu vir correndo aqui defender a minha dama.
- E deis de quando eu sou sua dama?
I: Desde que virei seu vagabundo.
Ele me beija e parecia que nada mais existia. A minha chata vida foi embora, os problemas sumiram, naquele momento existia apenas nos.
☆Igor Cavalari☆
Não acredito que estamos nos beijando.
Como aquele cara foi capaz daquilo. E eu não sei porque eu estou aqui, mas eu sinto que quero a Gabriela só pra mim.
Paramos por falta de ar.
G: Obrigada por vir me ajudar, vagabundo.
- De nada, dama.
Demos um selinho e nos abraçamos.
- Posso te fazer outra pergunta?
G: Tire suas duvidas, vagabundo.
- Porque não queria ir na premiação.
G: Porque eu sou obrigada a ir todo ano.
- Se vc odeia trabalhar aqui, porque não se demite?
G: Ãn . . . Acho que pra vc tudo bem.
Ela brincava com os meus dedos.
G: Bom, desde que eu era pequena meus pais sempre trabalharam muito. E desde sempre eles me falavam "quando crescer vai gerenciar a empresa". Mas eu não queria isso. O meu sonho era ser veterinária. Mas aos 18 anos, fui obrigada a desistir disso pra gerenciar os negocios. Foi dificil, mas eu obedeci. Aos 19, me mandaram pra ca.
Todo mundo acha que eu sou uma garota de sorte, que minhas reclamações é coisa de menina mimada, mas eles não sabem o que eu sinto.
Achei que aos 20 eu estaria me arrumando pra ir pro meu consultório, depois saindo com meus amigos, um namorado, passar datas festivas com meu pais, mas eu não tenho isso.
Eu me arrumo pra assinar uns papéis e pra ir em premiações, não tenho amigos, nem namorado e toda vez que quero ir passar um feriado com meus pais eles falam que vão trabalhar.
Resumindo, eu esperava estar realizada e feliz, mas eu estou vazia.
- Uau. . . Não fica assim.
G: Eu sinto como se eu tivesse me afogando e . . . Eu não tenho a menor ideia do que fazer.
Umas lagrimas rolam em seu rosto. Limpo elas e a olho nos olhos.
- Vamos fazer assim então, eu vou te levar pra conhecer o mundo que vc sempre quis ver.
G: Isso é muito bonito de sua parte, mas essa vida não é pra mim.