1. Spirit Fanfics >
  2. A Dança >
  3. Capítulo XXIV

História A Dança - Capítulo XXIV


Escrita por: Lucy_Jackson

Notas do Autor


Olá meus lindos e lindas! Tudo bom com vocês?

Então, meus caps estão menores, mas é porque eu simplesmente não consigo me prolongar muito nesses últimos tempos, pelo menos não aqui. Mas espero que gostem!!!

Obrigada pelos comentários ❤ Eles me incentivam pra caramba ^^

Boa Leitura!

Capítulo 25 - Capítulo XXIV


Jason

O louro estava olhando pela janela do restaurante com um misto de ansiedade e nervosismo.

Ele e seu pai tinham chego em São Francisco na noite anterior e, embora não tenha dormido muito bem, Jason estava ansioso pra saber como eram as coisas naquela filial. Já podia entender, por exemplo, o porquê de seu pai gostar tanto daquela cidade, afinal ali era um lugar com um clima extremamente agradável, além da beleza que São Francisco esbanjava. No entanto, ele ainda preferia a agitação e as pessoas de NY.

Jason olhou o relógio de pulso mais uma vez e suspirou. Ele queria que os minutos passassem mais rápido, porque ele já estava ficando impaciente. Seu pai tinha marcado um almoço com a gerente da empresa, afinal era ela que estava cuidando dos negócios desde que o sócio de seu pai tinha ido embora, mas eles tinham chegado andiantado e tiveram que ficar esperando. O problema era que Jason já estava ficando ansioso e ele odiava ficar ansioso.

Ele pegou o celular no bolso para se distrair e sorriu pra si mesmo ao ver a sua imagem de papel de parede, esquecendo um pouco da ansiedade. A foto era uma de Percy com Blackjack no colo, onde o moreno estava sorrindo alegremente enquanto o filhote lambia seu rosto. A cena era extremamente fofa e Jason se lembrava que ainda tinha se juntado à brincadeira depois naquele dia. Ele e o moreno tinham se divertido a tarde toda, rindo, brincando e, claro, se beijando. Tinha sido um bom dia.

Inconscientemente, ele levou a mão até seu pescoço, tocando o seu colar. Ele ficou imaginando o que Percy estaria fazendo naquele momento e se estava pensando nele. Jason sorriu levemente com o pensamento, sentindo o peito se aquecer. Podia fazer nem dois dias ainda, mas ele já sentia falta do namorado.

Não era uma saudade matadora que ele não podia suportar, mas sim uma saudade gostosa que se acomodava em seu peito. Era uma saudade que apenas o fazia amar ainda mais o namorado.

- Filho, ela chegou – diz seu pai o fazendo sair de seus devaneios.

Jason pisca os olhos duas vezes e se levanta, se sentido levemente atordoado por seus pensamentos. Ele vê uma mulher se aproximar deles, mas sua cabeça ainda está em NY, mas especificamente em um moreno de olhos verdes, por isso ele mal repara na garota.

- Olá senhor – diz a moça formalmente ao seu pai.

Zeus abre um sorriso.

- Sem tantas formalidades, querida. Pode me chamar pelo nome – diz a cumprimentando com um leve abraço, a qual ela retribui.

Querida?

Desde quando seu pai chamava uma funcionária de querida?

- Tudo bem, Zeus. Esse deve ser seu fi... – ela para a frase no meio do caminho, como se tivesse perdido a fala.

- Está tudo bem, Reyna?

Reyna?

Jason finalmente foca seus olhos na mulher e coça a nuca ao reconhecê-la, claramente surpreso e constrangido. Claro, aquela era a gerente. Ele devia ter imaginado. O louro sorri de forma tímida.

Reyna parecia tão surpresa quanto ele e o olhava quase que incrédula. O louro morde o lábio de forma nervosa e sorri pequeno para a gerente de seu pai. Ele estava, de fato, sem saber o que dizer.

- Nós já nos conhecemos, papai – diz por fim de forma suave.

Reyna abre a boca, mas fecha-a rapidamente. Ela se recompõe e o cumprimenta com um abraço constrangido. Jason tem certeza que corou por causa daquilo.

- Bem, acho que vocês me devem uma história – diz seu pai quando eles se sentam.

Jason sorri e concorda, passando a mão pelo cabelo de novo. Ele estava um pouco apreensivo para saber como seria aquilo, afinal Reyna era importante para a empresa e ele não queria ser um empecilho no seu trabalho e no dela.

No entanto, o almoço se passa tranquilamente. Eles falam tanto de negócios quanto de assuntos pessoais. Reyna e ele contam, meio que vagamente como se conheceram, e Jason, que antes achava que ficaria sem saber o que dizer, foi um dos que mais falou.

O clima entre ele e Reyna, ao contrário do que esperava, não estava desconfortável. Conforme a conversa fluía, os dois pareciam cada vez mais confortáveis um com outro. Parecia que o que tinha acontecido entre eles estava, realmente, no passado e por isso não tinha porquê se tratarem diferente. Aquilo fez Jason ficar feliz, afinal Reyna parecia ser uma pessoa legal e de confiança, além que seu pai gostava dela.

- Mas, então, como você virou gerente da empresa do meu pai? – pergunta em tom curioso.

Reyna sorri de forma quase carinhosa e olha para Zeus com gratidão.

- Eu precisava de um emprego pra poder ajudar nas despesas de casa, mas como não tinha quase experiência em nada, não conseguia nenhum serviço. Então eu conheci seu pai e ele me deu um estágio, dizendo que tinha visto um potencial em mim. Talvez, se não fosse por ele, eu nunca tivesse feito uma faculdade – explica brevemente, parecendo realmente sincero.

Jason acaba abrindo um sorriso orgulhoso com aquilo. Ele sabia que no fundo daquele jeito formal, seu pai tinha um bom coração e acreditava nas pessoas, porque ele era uma pessoa boa. E naquele momento, aquela história o fez lembrar das vezes que ele via o pai como o seu herói e Jason percebeu que Zeus realmente era um a sua forma. Reyna era a prova disso.

- Acho que meu pai tinha razão, então. Você realmente tem potencial. Ele não deixaria a empresa na sua mão caso não tivesse – diz de forma sincera, sorrindo tanto para o pai quanto para a morena.

Reyna cora e sorri de forma constrangida.

- Eu faço o meu melhor – diz timidamente.

- Você é modesta demais. Com a sua idade já dar conta de uma empresa inteira antes do meu pai poder vir pra cá? Isso é incrível pra caramba – diz com um sorriso.

Seu pai também sorri e concorda.

- Jason tem razão. Você tem sido incrível aqui, querida. É quase que uma filha, então obrigado – agradece.

Reyna cora mais um pouco e sorri.

Jason olha pra ela e lhe dá uma piscadela, o que a faz rir de leve. Ele sabia o quanto era difícil para seu pai elogiar as pessoas e, se ele estava elogiando Reyna, era porque ela merecia. E o louro tinha certeza que ela merecia.

- E se não for incômodo, gostaria que você ajudasse meu filho a administrar os negócios. Ele precisa aprender para assumir a empresta um dia – pede gentilmente.

- Claro. Acho que vamos nos dar bem – diz Reyna sorrindo pra ele.

Ele sorri de volta, sentindo-se bem.

Jason tinha a impressão de que a partir daquele momento eles se tornariam grandes amigos.


Semanas depois...


Reyna cumpriu sua promessa. Ela realmente estava ajudando Jason a aprender as coisas sobre a empresa. Contudo, aquilo era extremamente cansativo. O louro já não sabia mais o que era dormir até tarde, porque sempre tinha alguma coisa pra fazer, seja na empresa ou em casa. Mas, apesar do cansaço, ele estava amando saber mais e mais sobre os negócios.

Obviamente, ele sentia muita saudade de NY, mas também ia sentir falta de São Francisco quando voltasse. Já fazia quase três semanas que ele estava lá e Reyna e ele tinha se tornado bem amigos nesse meio tempo. Ele sabia que ia sentir falta das conversas deles quando estivesse de volta a NY.

- Vou sentir sua falta quando voltar – comenta Jason aleatoriamente.

Reyna ri um pouco e concorda.

Naquela noite de sábado, eles estavam assistindo um filme qualquer na TV. Reyna tinha as pernas apoiadas no colo de Jason e eles dividiam um balde de pipoca, relaxando um pouco da semana cansativa.

- Também vou sentir sua falta, Jas. Você é um cara legal – diz pegando um pouco mais de pipoca.

Jason sorriu com a declaração e voltou sua atenção para o filme. Ele gostava de Reyna, sentia um tipo de carinho por ela como o que tinha por Lace. Era um sentimento totalmente fraternal, mas que o fazia bem.

E ainda tinha a sensação que ele tinha de que ela podia se tornar quase como uma irmã e isso o agradava bastante, porque fazia com que ele sentisse menos falta de seus amigos, mesmo que fosse quase impossível não sentir falta de Percy a todo instante.

Sem perceber, ele tocou seu colar. Ele não tirava mais aquele cordão, porque estar com ele era como estar, de alguma forma, com Percy. Tinha se tornado especial.

- Você está sorrindo de novo, Jas – diz Reyna em tom divertido.

Jason pisca os olhos e coça a nuca de forma constrangida. Aquilo tinha se tornado comum pra ele. Toda vez que pensava no namorado, ele tocava seu colar e passava sorrir de forma boba. Era algo totalmente bobo, mas que Reyna dizia que era bonito.

- Você realmente o ama, Jas – diz sorrindo com carinho.

- Sim. Eu o amo. Muito – diz mordendo o lábio.

Era tão fácil pra ele divagar em pensamentos quando se tratava de Percy, Jason sempre se perdia nas suas lembranças e começava a querer estar com seu peixinho. Então era nesse momento que ele sabia que era hora de mudar de assunto, caso contrário sabia que iria ficar melancólico.

- Meu pai anda estranho. Você sabe por quê? – pergunta com a primeira coisa que vem em sua cabeça.

Jason indagou aleatoriamente, por isso não esperava que Reyna sentasse no sofá e desviasse os olhos dele. E muito menos que ela parecesse saber a resposta da sua pergunta.

- Rey...?

- O antigo sócio do seu pai, Jason. Ele desfalcou a empresa. É por isso que seu pai está assim. Ele está preocupado – diz de forma direta, cortando o louro.

Jason abre a boca, surpreso. Ele não esperava essa resposta, mas era isso. Seu pai estava tentando reerguer a empresa, por isso andava tão ocupado. De repente, ele se sentiu um pouco magoado por não terem contado isso pra ele.

- Por que vocês não me contaram?

Dessa vez Reyna suspira.

- Não queríamos te preocupar – diz em tom sincero e doce.

Jason suspira também, deixando de lado a mágoa e se focando em sua preocupação.

Será que a empresa ia ficar bem?

- E quando tempo você acha que vai demorar para tirar a empresa do vermelho? – indaga com as sobrancelhas unidas.

Reyna larga os ombros.

- Não sei, Jas. Pode demorar meses, ou anos. Nunca se sabe. Seu pai quer fazer isso aos poucos, assim não precisará cortar o número de funcionários. Então, acredito, que vá demorar um pouco.

Então Jason abraça a morena de forma carinhosa, sem saber o que dizer. Ele queria poder falar alguma coisa para confortá-la, mesmo que pequena, mas não sabia o que falar. Ele ficou ainda mais preocupado ao que ela realmente estava abalada.

- Você realmente se importa, não é? – pergunta baixinho, fazendo ela assentir.

O louro solta um suspiro pesado.

Era difícil encontrar um funcionário que se importasse tanto com a empresa como Reyna parecia se importar. Jason sabia que ela podia arrumar outro emprego, afinal era qualificada e tinha diploma. Mas ela parecia mais preocupada do que ele com aquilo, como se fosse perder algo muito grande.

- Não é só seu pai que me considera como filha, eu também o considero como um pai, Jas. Quando eu disse que precisava ajudar em casa era porque meus pais tinham morrido e vivia apenas eu e minha irmã mais velha. Hylla não conseguia dar conta de tudo sozinha, por isso precisava de mim – ela funga de leve. – A empresa do seu pai é como um lar pra mim, Jas. Não é só lealdade, é amor. Eu a vi crescer e se tornar o que se tornou, por isso me importo. Eu amo aquele lugar – diz baixinho.

Jason solta um suspiro e abraça Reyna com mais força. Aquilo era uma confissão e tanto, principalmente porque a morena não tinha o costume de se mostrar emotiva e naquele momento ela estava afundando o rosto em seu pescoço, como se estivesse prestes a desabar.

Como ele podia dizer que amava a empresa?

O que ele sentia não era nem um terço do que Reyna sentia. E por isso, Jason se sentiu péssimo. Era pra ele estar daquele jeito e não ela, porque era a empresa do seu pai que estava em jogo e não o dela. Mas o louro não podia dizer que sentia o mesmo. Ele se preocupava, com certeza, mas não era nada comparado com aquilo. Não era nada comparado com o amor que Reyna sentia. Não era nada comparado com a lealdade dela. Não era nada.

- Desculpa, Jas. Não devia ter te contado. Seu pai não queria que você se preocupasse – sussurra sem se afastar.

- Não tem problema, Rey – diz beijando sua testa – Eu não ligo de me preocupar. Essa empresa também é minha.

Aquilo era verdade, a empresa um dia seria dele e Jason só tinha se dado conta daquilo naquele momento. Parecia algo tão irreal que ele nunca tinha, realmente, pensado nisso e agora ele sentia como se precisasse recuperar o tempo perdido. Seu pai precisava dele.

Reyna concorda e o aperta um pouco mais, suspirando profundamente.

- A gente vai dar um jeito – diz confiante.

Jason assente.

- Vamos dar sim.

E foi naquele momento que Jason decidiu que precisava fazer mais, precisava fazer tudo ao seu alcance para ajudar seu pai e Reyna. Porque isso era o certo, isso era o que ele sentia que devia fazer. Só não sabia como seriam as consequências dessa decisão.


Notas Finais


NÃO ME MATEM

Agora entendem o conflito?? É, eu sou uma pessoa má...

Gente, eu postei minha short fic Jercy!!! Vocês dão uma olhadinha? Me deixaria muito feliz ❤

Sinopse:
Jason acabara de completar dezesseis anos quando sua mãe lhe deu uma notícia difícil de se processar. E por mais que soubesse que era a verdade, ele não queria acreditar nela.

Porém, mesmo que relutante, ele aceita a proposta de sua mãe. Ir para uma escola nova, conhecer pessoas diferentes e tentar recuperar o tempo perdido.

Era um novo começo que ele não planejava.

O que ele realmente não esperava era que, no meio dessa bagunça toda, ele tropeçasse em um amor. Ou melhor, em alguém de olhos verdes e sorriso sarcástico que bagunçou todo o resto.

Talvez, no final das contas, uma mudança não fosse tão ruim assim.

Link: https://spiritfanfics.com/historia/heaven-10356369

Beijos no <3 e até o próximo!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...