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História A Descendência - Prólogo- Veneno Sanguinário


Escrita por: guilessram

Notas do Autor


O prólogo e epilogo serão narrados em terceira pessoa (observador)e os demais capitulos em primeira pessoa(personagem)

Capítulo 1 - Prólogo- Veneno Sanguinário


....3 dias antes
 
  Era quase nove e meia da noite, e uma névoa úmida e espessa cobria o bairro do Brooklyn em Nova York.
James um jovem de 22 anos, foi ao Origami, um restaurante oriental que ficava a duas quadras da sua casa.

  Enquanto ele caminhava em direção ao restaurante, veio um vento muito forte que dissipou a névoa, se ele não estivesse lucido poderia afirmar que o vento falou o seu nome, como se alguém tivesse falado bem próximo do seu ouvido. Por mais que aquilo tivesse surpreendido o, ele não se intimidou, afinal ele era uma criatura da noite.

   Quando James havia chegado no restaurante, ele foi direto ao balcão fazer o seu pedido.
- Boa noite, o que vai querer ? - perguntou atendente com um sorriso bem ensolarado.
- Eu vou querer dois tonkatsu, seis baozi goubuli, um yakisoba médio vegetariano e um bolinho da lua.

  - É para viagem ? - perguntou a atendente

  - Sim, é para viagem. - assentiu James com a cabeça.
   - Deu U$ 72, 00
  Ele pagou com uma nota de cem e foi para fila ao lado para pegar o seu pedido. Havia três pessoas na frente de Jame assim que a primeira pessoa foi atendida, ela passou ao lado dele, por mais que  tenha sido uma troca de olhares momentânea, ele viu que era uma linda garota que aparentava uns 15 a 16 anos, possuía longos e lisos cabelos loiros que quase chegavam aos cotovelos, olhos azuis topázio, magra e pele branca.
   Assim que foi atendido saiu correndo com uma leve suspeita de que conhecia a tal garota.
No caminho até a porta do restaurante ele teve a total certeza que a conhecia. Sabia que não era uma conhecida qualquer, e sim sua prima caçula Nina, a qual ele não via fazia dois anos.

  Quando saiu do restaurante viu ela entrando dentro do beco , que ficava ao lado do origami. Chegando no beco não teve sinal algum dela. O beco estava vazio , tão vazio que até mesmo o mais singelo barulho poderia fazer um estrondoso eco dentro do beco.
  Poucas coisas eram visíveis dentro dessa viela, graças a névoa que ainda habitava por ali. A visibilidade que James tinha do lugar era favorecida pela luz opaca de um poste. Essa luz permitia ele avistar uma caçamba de lixo azul e um gato vira-lata - que por sinal aparentava ser muito bem cuidado para um gato de rua - em cima da tampa da lixeira.
  Enquanto James caminhava dentro da ruela, ele abanava sua mão direita na frente dos olhos para expulsar a neblina que afrontava sua visão. Nesse momento ele só conseguia pensar em como estava seu irmão, sua namorada e sua cunhada, se estavam preocupados com ele ou algo do tipo. Se estivessem preocupados comigo já teriam ligado, pensou ele, ao mesmo tempo que ficava impaciente a procura de Nina.

Depois de quase meia hora andando pelo extenso beco, James finalmente a encontrou, ela estava de costas do ponto de vista dele, imóvel e com a coluna  tão ereta quanto uma coluna de um antigo templo grego. Entusiasmado ao encontra-la correu lentamente até ela.
   - Ainda bem que eu te encontrei , eu estava tão ... - ele se interrompeu assim que esticou o braço e tentou toca-lá, só que não sentiu nada. Em um piscar de olhos sua prima havia desaparecido.  Jame achou que era uma miragem por alguns segundos, mas logo descartou essa possibilidade, com total confiança que tinha visto ela.
  Ele continuo andando, mas dessa vez virou em uma esquina no beco, a sua esquerda dando para uma saída do beco.
  A saída dava para uma rua deserta e escura, parecia até que houve um black-out. Tudo que veio a mente de James era o que Nina veio fazer naquele lugar.
  A medida que ele caminhava o lugar demonstrava comércios, que pareciam estar abandonados a um bom tempo, casas e prédios em mau estado, mas não abandonados pois podia ver que alguns apartamentos tinham alguns cômodos com a luz ligada - ou talvez a última pessoa que veio aquele apartamento esqueceu de apagar a luz. Simplesmente.
  - Jamee...es - disse uma voz calma e sibilante em meio ao nada.
  - Ninaaa!! - gritou ele ofegantemente
Ele estava assustado porque foi chamado nesse lugar deserto. De onde essa voz veio? Será que era de Nina?
Essas perguntas o atormentaram naquele momento e ele olhava de um lado para outro ainda procurando de onde veio aquela voz.

  - Jame.. es. - repetiu a voz calmamente, mas seguida de uma risada  debochada.
  Os olhos dele se arregalaram nesse momento, não sabia que decisão tomar e as dúvidas brotaram em sua mente. Será mesmo que ele estava atrás  de sua prima ou de uma desconhecida.  Ou será que estava alucinado, ele começou a achar até que nem tinha ido ao restaurante.
  
  Do nada James estava deitado de bruço no asfalto,  o pacote com lanche foi arremessado por James sem querer e ido parar em algum lugar que não podia ser avistado. E  lá estava  Nina sentada sobre sua barriga olhando ele ferozmente. Essa situação deixou ele mais confuso principalmente quando o rosto dela começou a se contorcer  meio que se desfigurado, porém assim que se deu conta o rosto estava tomando forma, se tornando outro rosto. Por fim os cabelos haviam se tornado castanhos escuros e ondulados, os olhos ganharam a mesma cor que seus cabelos e ela não era tão magra como antes,  mas seu corpo  havia ficado mais atraente, e a pele ficou um pouco bronzeada. 

  Era completamente outra pessoa, uma pessoa a qual James nunca tinha visto e ela ainda estava lá olhando ele com um ar de curiosidade, mais parecido como se esperasse alguma coisa.
   - Então esse é o recém-criado James Jordan, que causa preocupação em vários seres sobrenaturais.  - disse ela seguidamente de um sorriso sarcástico – Não me parece grande coisa
    –Não sabia que eu era tão famoso.  – falou James espantado, porém demonstrando estar descontraído.
    –Chega de enrolação, vamos direto ao assunto; eu quero seu veneno – disse ela com um olhar mais relaxado.
   – Oi ? – Perguntou ele estreitando os olhos. 

   – Não se faça de tolo ! – Os olhos dela relaxaram, expressando tédio. –Sei que você é um vampiro                                                                                                                                                                  – Não vou negar sou um vampiro e você também. – disse ele. – Não é ?  
   -- Não sou um ser saguessuga impuro.  -- disse a garota misteriosa. -- Afinal você é tão burro?  Qualquer um sabe que vampiros não trocam de forma.
   -- Então o que você é? -- perguntou ele.
   James estava cada vez  mais ficando  desconfortável  pelo fato da garota estar ainda sentada em sua barriga.  Ele estava quase colocando para fora tudo que havia comido até aquele momento.
  -- O que eu sou não é problema seu. --Obeservou ela levantando a sobrancelha direita. -- Tudo o  que você tem que fazer é derramar um pouco de veneno  dentro desse frasco. Falou ela enquanto tirava do bolso da calça um frasco de vidro semelhantemente a uma garrafa.
   -- De jeito nenhum.
   Nesse momento ele estava tentando se levantar do chão. Mas não conseguiu 
   -- Não vou passar essa maldição a ninguém, eu prometi a mim mesmo que não passaria.
   -- Pouco me importa! -- exclamou ela furiosa. -- Você é que escolhe.  Ou você me dá  o veneno puro sem o sangue ou eu irei pegar o seu sangue. Escolha!   
    Acho que você não me ouviu.  - disse ele ao mesmo tempo que a empurrou fazendo com que ela saísse de cima dele.
   Ele correu muito rápido e em segundos estava na entrada do beco, mas infelizmente ela também tinha super velocidade então o alcançou, pegou  uma estaca de madeira de acácia  do bolso da jaqueta que apareceu junto do corpo dela quando assumiu sua forma verdadeira e cravou com muita força a estaca no coração  de James. Ela extraiu uma quantidade necessária de sangue para dentro do frasco que carregava e foi embora deixando o corpo de James caído na entrada do beco.
   Mas ela voltou rapidamente agachou próxima ao corpo e sussurrou em seu ouvido :
    -- Você merece ao menos saber o meu nome. É Elissia,  mas prefiro Elie.     
    Foi a ultima coisa que James Jordan ouviu antes de seu corpo desidratar e virar pó.        
   


Notas Finais


A história se passa em 2015


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