História Los opuestos se atraen (em revisão) - Aminimigos

— Vernon, acorda! — ouço meu pai gritar, mas apenas ignoro cobrindo minha cabeça com o meu cobertor. — Kim Hansol Vernon, se você não tomar vergonha nessa sua linda cara e levantar já desta cama, eu vou ai bater panela bem pertinho do seu ouvidinho frágil. Não duvide de mim! — avisou. Para um ômega, Byungjoo é bem estressadinho às vezes.

Resolvo obedecer o ômega mais velho, pois não estou nem um pouco a fim de ouvir um barulho irritante de panelas se chocando umas contra as outras, fazendo um barulho insuportável. Meu frágil ouvido merece ouvir coisa melhor.

— Já levantei! — exclamei me jogando da cama e sai me arrastando. Acabei de acordar, nem vi como está o dia hoje, na verdade, nem sei que dia é hoje.

— Ashi menino, ânimo — meu pai entra no quarto e vai até a minha janela. Ele sorriu minimamente enquanto abria as cortinas. — O dia está tão lindo — olhou para mim enquanto arqueava as sobrancelhas. — Garoto, levanta desse chão, você vai se atrasar criatura — seu sorriso desapareceu e a cara de irritado reapareceu.

— Me atrasar para quê? Não tenho nenhum compromisso. — fecho os olhos na intenção de voltar a dormir, no chão mesmo. Meu bem, não importa o lugar nem onde você esteja, o importante mesmo é dormir.

— "Me atrasar para quê"? — abro os olhos minimamente, e encaro a pessoa em minha frente, que estava com as mãos na cintura, batendo o pé em sinal de irritação. — Criatura maravilhosa que eu coloquei no mundo, hoje, amanhã e até o final do ano você tem aula. Então trate de levantar daí logo e ir se arrumar, e se por algum acaso eu voltar aqui e você ainda estiver estirado no chão, saiba que não irei me responsabilizar pelo banho de água fria. — disse por fim, se retirando do quarto, pisando duro, e eu? Bom, eu permaneci ali, no chão, alone. Nossa, eu não tinha reparado que o chão era tão gentil, eu e ele somos amigos de longa data.

Meu celular vibrou avisando ter chegado uma nova mensagem e com um pouco de coragem que me restava, levanto-me indo até o criado mudo, pagando o meu marido — sim, meu celular é meu marido, casei com ele quando comprei —, desbloqueio a tela e vi de quem era a mensagem, do meu querido amiguinho Woozi.

Woozinho: Vernon, desgraça, cadê você? Não vai vir hoje não, é?

Seungkwan perguntou de você, seu crush te notou.

Me: Meu crush uma pinoia, ele nem me suporta e nem eu o suporto. Nossa amizade não existe mais.

Já estou indo, vou só me arrumar.

Woozinho: Ainda? Nossa, tu é lerdo demais meu filho. 

Me: Ah, você quer que eu vá de pijama? Por mim tudo bem.

 Woozinho: Se você sonhar em aparecer de pijama aqui, nesse sagrado local onde o hobby de geral é cuidar da vida alheia, saiba que além de eu te chutar até a sua casa, vou fazer questão de falar para o Boo da quedinha que você tem por ele.

Me: Correção: "que eu tinha por ele", não tenho mais. E... Você não ousaria, certo?

Woozinho: Ousaria sim! Sou muito ousado meu bem.

Me: Seu... Seu... Seu mal-amado! 

Woozinho: Meu anjo, o que não falta nessa minha vida é gente que me ama e você é uma dessas pessoas, então por tudo que é mais sagrado, anda logo.

Me: Okay, chego ai em menos de 20 minutos.

Bloqueie a tela do meu celular novamente, jogando-o de qualquer jeito na cama. Me espreguicei, bocejando. Levanto-me, me encaminhando até o banheiro. Faço minhas higienes matinais e no fim dou aquela típica corridinha que não é corridinha, é o que chamam de corridinha zumbi; você não corre, você se arrasta. Me visto apressadamente, nem tive tempo de ver qual roupa eu estava usando, mas tudo bem.

Desço as escadas correndo, passei direto pela cozinha, mas antes gritei um "tchau pai, até mais tarde", e sai correndo no estilo Naruto, só faltou a musiquinha de fundo. No caminho esbarrei em umas trintas pessoas, a maioria quase arrancou o meu belo pescoço — eu juro que pedi desculpa — e depois eu é que sou o mal-educado. Depois de horas correndo, chego no maravilhoso local onde estudo.

Agacho colocando uma mão no joelho e a outra me abanando. Respiro fundo, tentando recuperar o ar perdido e porra, nunca mais eu corro nessa minha vida, eu achei que eu iria ter um piripaque e morrer ali, no meio da rua mesmo, só essa que me faltava.

— Vernon, menino, tudo bem? — sinto alguém tocar em meu ombro, inclino a cabeça um pouco para trás e vejo Mingyu me encarando com uma certa curiosidade.

— Só... Me... Deixa... Recuperar o ar, aqui — digo entre pausas, já sentindo o ar voltar em meus pulmões. — Bem melhor agora! Oii, hyung.

— Oii, Vernon. O que aconteceu com você? — questionou curioso.

— Eu estou morto, corri mais rápido que o ligeirinho — expliquei. De repente uma lâmpada se acende em minha mente e eu o olho sugestivo. — Me carrega? — sorrio, tentando parecer fofo, mas tudo que recebo é um "não" curto e grosso. — Credo hyung, G-Deus está vendo você ser mau com os seus dongsaengs. Agora me dá licença, eu tenho que encontrar o clã purpurina. Tchau Mingyu.

Me despeço do mais velho e começo a correr, de novo porque amo correr e esbarrar nas pessoas. Procuro Woozi e Jeonghan, os acho justamente perto da pessoa que eu mais amo naquela universidade. Sentiu a ironia?

— Cheguei para avisar que estou vazando — tento sair correndo, sim, porque hoje eu estou muito afim de correr.

— Você não vai a lugar algum! — Woozi segura a gola da minha camisa, me puxando para perto do alfa que eu mais desejo matar no momento.

— Olá, Vernonzinho — "Vernonzinho, minha mão no meio da tua cara"  — Como vai? Ainda espantando muitos alfas com esse seu humor ácido? Vai acabar sozinho desse jeito.

— Cala a boca e cuida da sua vida! — retruco alterando a voz — Melhor estar sozinho do que mal acompanhado.

— Ah pronto, vai começar a putaria. Vamos sair daqui enquanto há tempo Woozi, não quero presenciar a terceira guerra mundial — Jeonghan sussurrou, saindo de fininho, levando o mais baixo junto consigo. Que amigos heim.

— Cuidado com o que você diz, não se esqueça que você é apenas um ômega, um frágil e vulnerável ômega! Então não tente se meter com alfas como eu — disse esbanjando um sorrisinho convencido. É por alfas assim que eu tenho uma enorme vontade de não tê-los por perto.

Eca, mente pequena, pensamentos pequenos e vale ressaltar a altura também.

— "Alfas como você"? Você é um dos alfas mais estranhos que já vi, não tenho e nunca terei medo de você e de nenhum outro alfa! — dou de ombros. Escutei um rosnado vindo do baixinho e soltei um pequeno riso — Meu amor, se você não tem coragem de morder, não rosne. Bom, agora se me der licença, eu tenho que ir para a minha sala, tchauzinho.

E mais uma vez corro, só que dessa vez para a sala. Sério, eu devia ser um personagem do Naruto ou qualquer outro anime/filme em que os carinhas correm para um caramba, porque poxa, eu corro muito.