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História A divida - A que ponto cheguei


Escrita por: tiojujuba

Capítulo 4 - A que ponto cheguei


Na segunda-feira meu chefe me cumprimentou com um risinho sarcástico. E, no dia seguinte, encontrei o Adão quando voltava para casa no final da tarde. Dessa vez ele não me encarou, abaixou o olhar como se tivesse perdido sua dignidade no chão. Mas moveu a cabeça numa espécie de aceno, o primeiro que ele me dava.

O final daquela semana foi marcado pela inauguração da nova iluminação da praça da matriz. Boa parte das autoridades, que se esbaldaram na chácara no sábado anterior, estava lá. O prefeito, acompanhado da mulher e, de mãos dadas com duas garotinhas, com laçarotes prendendo seus cabelos, ocupavam um palanque improvisado. Ao seu lado o bispo e o presidente da câmara, aguardavam sua vez de discursar.

Quinze dias depois eu havia sido convocado para mais uma festa. Foi o próprio delegado quem veio me fazer o convite, quando eu regressava do meu horário de almoço. Anui com um lacônico ‘está bem’, mas suficiente para tirar um pouco da expressão carrancuda de seu rosto.

Eram poucas as caras novas que circulavam pelas salas vigiadas, como se fosse um cão de guarda, pela Zuleika. Desta vez não precisei circular seminu entre os convidados, embora não me sentisse confortável com os olhares de cobiça que me encaram toda vez que eu me aproximava com a bandeja nas mãos. Depois de determinada hora o delegado sussurrou um gracejo no meu ouvido, e eu me dirigi para o quarto indicado como um condenado subindo os degraus do cadafalso. Ele me usou com a urgência de quem não conseguira se satisfazer há dias. Mas desta vez me liberou depois de despejar sua gala no meu cuzinho. Saí entrelaçando as coxas, iludido de que meu serviço estivesse concluído naquele dia.

Pelo vão esquecido aberto da porta do quarto vizinho, duas silhuetas unidas formavam uma escultura do kama sutra, a que estava em pé era do Adão, tinha as pernas abertas e firmemente apoiadas no chão, como os troncos de uma árvore; a outra, do bispo da diocese, estava debruçada sobre si mesmo num dos cantos da cama, e gemia alucinada com a pêia que o empalava. O Adão se distraiu com a minha passagem, lançou-me um olhar extenuado sem interromper os movimentos de vai-e-vem de sua pélvis.

A Zuleika me encarou espantada quando cheguei à cozinha. Me ofereceu uma cadeira junto a mesa onde tomava um copo de cerveja, pedindo para que me sentasse. Minha face estava lívida, e meu andar cambaleante desenharam os traços de preocupação que eu vi em seu rosto.

- Você está se sentindo bem garoto? – perguntou o Everaldo, que partilhava a cerveja com ela.

- Estou. – respondi constrangido.

- Trate de comer alguma coisa, pois com essa cara pálida não vai demorar a se esborrachar no chão. – disse a Zuleika.

- Não consigo! Estou com o estômago embrulhado. – respondi, engolindo a saliva gosmenta que se formava na minha boca, sob os olhares de compaixão deles.

Uma das funcionárias que costumavam ajudar a Zuleika entrou apressadamente na cozinha. Despejou o recado que o prefeito me enviara num gorgolejo frenético.

- O doutor prefeito mandou chama-lo, está esperando no corredor. – disse, assustando-se com a palidez do meu rosto.

- Ande, recomponha-se e não pense em nada. Ou melhor, pense que sua dívida está diminuindo. – a Zuleika afobou-se a aconselhar.

O prefeito era um sujeito troncudo, ligeiramente acima do peso. Seu pescoço curto se unia aos ombros largos num grande triangulo musculoso. A barriga saliente se despejava sobre o cós da calça, e pelo espaço entre os botões da camisa deixava à mostra os pelos escuros. O olhar arguto esquadrinhava cada parte do meu corpo, como se estivesse se relembrando do dia em que o vira seminu singrando pelas salas. A concupiscência aflorou-lhe às faces quando me aproximei timidamente dele. Entramos pelo corredor até a porta do quarto onde o delegado acabara de me foder. Ali mesmo ele agarrou minha cintura e me empurrou para dentro do aposento. O cheiro denso do ar estagnado ainda rescindia aos humores dos corpos que coabitaram ali. Quando escutei a fechadura sendo trancada, meu corpo começou a tremer. Fiquei parado imóvel no centro do quarto, enquanto ele tirava minhas roupas. Sua barba por fazer roçava minha nuca e acelerava os batimentos do meu coração. As mãos dele eram gordas e os dedos curtos. Elas percorreram meu corpo nu embevecendo-se com minha pele branca e lisinha.

- Bem que o delegado me disse que você era um tesão! – gemeu no meu ouvido. – Como é que pode um homem não ter um único pelo ao longo do corpo, só esse tufinho discreto no púbis? – emendou, enquanto sua mão apertava minha nádega, e a minha imagem acuada se refletia no espelho à nossa frente, com ele grudado nas minhas costas.

Ele mandou que eu o chupasse assim que liberou a rola das calças. O pau dele era torto e fazia uma curva apontando a cabeçorra violácea para cima. O suco másculo que brotava da uretra deixava a glande lustrosa, e foi o seu sabor amendoado que eu senti assim que coloquei aquela carne rija na boca. Ele se contorcia com o estímulo da minha boca em seu falo latejante, e dava gemidos longos, que mais pareciam uivos de um lobo. Agarrou-me pelos cabelos e enfiou meu rosto na sua virilha peluda. As bolonas do sacão roçavam meu queixo enquanto eu lambia e sugava seu néctar viril. Ele mandou que eu me ajoelhasse sobre a cama, e enfiou um daqueles dedos grossos no meu cuzinho, sondando a textura macia da minha mucosa anal e a espasticidade dos meus esfíncteres. Depois começou a lamber e a enfiar a língua na porta do meu cu, fazendo com que eu começasse a gemer baixinho. Enquanto colocava a camisinha, cuspiu umas duas vezes no meu rego, e com a jeba numa das mãos, investiu contra as preguinhas que se contraiam em agonia. As estocadas se sucediam rápidas e profundas, mas não foram muitas. Eu só me dei conta de que ele já havia gozado quando um urro rouco saiu de sua garganta. Olhei para trás e ele já estava segurando a camisinha cheia de porra, que deixou cair no chão fazendo escorrer seu conteúdo. Subitamente ele voltou a agarrar minhas ancas e meteu outra vez o dedo no meu cu, que mesmo depois de ter abrigado aquela rola grossa, já estava novamente contraído e apertado. Ele brincava com aquela fendinha indefesa, enfiando e tirando os dedos, até que começou a colocar dois, e depois três de uma só vez. Eu comecei a gemer novamente sentindo-o dedar meu cu ferido. Sobre a mesa de cabeceira ele abandonara uma latinha de energético que trazia nas mãos ao entrarmos no quarto. Enquanto os dedos de uma mão me dedavam, ele entornou a conteúdo da latinha goela abaixo, e depois começou a esfregar a latinha no meu cu. O metal gelado contraiu minhas preguinhas, e o cuzinho travou num reflexo de autodefesa. As feições dele deixavam transparecer um clarão de ávida crueldade. Segundos depois eu soltei um grito quando o metal se alojara nas minhas entranhas. Tentei sair daquela posição submissa, mas ele me impediu. Num furor desmedido ele começou a movimentar aquela latinha no meu cuzinho, num vai-e-vem cadenciado e torturante. Meus gritos ecoavam pela casa como se eu estivesse ensandecido. Na ânsia de me arrombar ele deixou a latinha escorregar de seus dedos quando a atolara além da conta, meus esfíncteres se fecharam abruptamente engolindo a latinha. Uma gargalhada pérfida ecoou pelo quarto, juntando-se aos meus gritos.

- Êta cuzinho guloso! Não tem rola que escape desse cu! – debochou sarcástico. Ignorando meu desespero para tentar expulsar aquilo de dentro de mim.

Quando se deu conta de que eu não conseguia colocar aquilo para fora sozinho, e implorava por sua ajuda, ele me mandou calar a boca, e acrescentou:

- A bicha puta aqui é você! Quem sabe como tirar o que entra no próprio rabo tem que ser você!

O lençol começou a se tingir com os salpicos de sangue que gotejavam do meu cuzinho. Eu tentava desesperadamente tirar aquilo de dentro de mim, mas quanto mais eu me empenhava, mais profundo parecia que aquilo se entranhava. Suspeitando de que algo nefasto estava acontecendo naquele aposento, a Zuleika começou a bater na porta. O prefeito a abriu deixando-a entrar, e vociferando mandou que tirasse aquele viado histérico dali. Um pequeno tumulto se formou em frente a porta do quarto. O delegado e o juiz enfiaram suas caras preocupadas sobre os ombros das outras pessoas que bloqueavam a porta. A Zuleika tentava me acalmar dizendo que tudo estava bem e logo aquilo sairia do meu cuzinho. Mas as rugas em sua testa desmentiam suas palavras tranquilizadoras.

- Que maçada! Agora teremos que leva-lo até um pronto-socorro! – rosnou o prefeito, ciente de que as coisas haviam fugido do controle. – Chame o Everaldo aqui e mande-o levar essa bicha até o hospital. – acrescentou decidido.

- É melhor eu mesmo cuidar disso! Não podemos correr o risco nos vermos envolvidos com esse caso. – apressou-se a dizer o delegado.

Quando o Everaldo entrou no quarto a Zuleika terminava de me ajudar a vestir minhas roupas. Amparado por eles fui levado até a picape do delegado. Enquanto disparava rumo ao pronto socorro do hospital da cidade vizinha, ele ditava algumas instruções ao Everaldo, que só chegavam aos meus ouvidos como um sopro distante e ininteligível.

A meia quadra da entrada do hospital ele mandou que eu descesse. Aconselhou-me a não abrir a boca, e ter muita cautela com os meus comentários. Seu olhar era duro, mas a voz carregava em suas palavras o mais doce e enternecido tom que eu já ouvira de seus lábios. Quando me vi diante da entrada do pronto-socorro, achei que não conseguiria dar os passos que faltavam para chegar lá dentro. Um enfermeiro que conversava com uma moça atrás de um balcão, veio ao meu encalço e me amparou.

- Por favor tirem isso de mim! – implorei gaguejando, enquanto minhas palavras tentavam se esconder denunciando a vergonha que eu sentia.

Foi preciso me sedar para que meus esfíncteres relaxassem e permitissem a retirada da latinha. Uma endoscopia transanal permitiu cauterizar os ferimentos que a latinha causou, e uma sutura devolveu às preguinhas seu contorno original. Nos quatro dias que se seguiram eu precisei ficar internado convalescendo da barbárie a que fui subjugado.

- Aquele é o viadinho que enfiou a lata de energético no rabo? – perguntou curiosa a enfermeira que trocava de plantão com a que aplicara as medicações durante a noite. – Esses pervertidos não têm limites na escolha do que lhes entra nos fundilhos! – exclamou indignada.

Com mais ou menos ênfase, tanto nos comentários, quanto nos olhares discriminatórios que me lançavam, passei aqueles dias remoendo a má fase que atingira minha vida em total solidão. Na véspera da minha alta, no horário de visitas, o Adão enfiou a cara pela porta entreaberta.

- Como vai? – balbuciou, com um discreto sorriso exibindo seus dentes largos e brilhantes.


Notas Finais


e então, sera que nossa historia tera um final feliz?


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