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História A doença chamada amor - Ah, os maravilhosos puff's.


Escrita por: HVWriter16

Notas do Autor


Olááááááá, gente linda do meu coração.

Mais uma fic do tio Helio para vocês.
Mas essa é especial. Sabem por que? Assim que eu terminar, vou passar para modelo original. E alguns não sabem, mas quero ser escritor algum dia, e eu uso o modo fanfic como experimento, para quando escrever na versão original, melhorar. Assim como minha fanfic, Broken Hearts. Que vai se tornar original.

Enfim, preciso que sejam totalmente sinceros em relação a essa história, tipo, muito sinceros. Okay? É muito importante para mim <3

E vai ser minha fic mais fofa kkkkkk.

Capítulo 1 - Ah, os maravilhosos puff's.


             A doença chamada amor

  Não. Definitivamente, não irei começar a contar minha história relatando minha rotina matinal, até porque, isso é um dos fatores menos interessantes que me envolvem. Na verdade, a maioria dos fatores são desinteressantes. É... De qualquer forma, não pensem que vão presenciar um romance entre vizinhos, ou o dono do morro e a filha do pastor – ridículo, aliás – e muito menos aquele clichê do nerd e da popular. Porém não posso explicar isso agora. Questões legais de atiçar a curiosidade alheia – ou talvez eu não estude com ela, vamos manter esse segredinho, certo?

A única coisa que eu posso garantir, é; provavelmente será um dos clichês menos clichê que você já acompanhou. Incompreensível? Pois é, bem vindo à minha vida.

                           ∆∆∆

      ...É claro que ela não abriu os olhos. Sua mente estava vagando entre os flashes de memórias com seu irmão morto. Aquele sentimento agonizante que lhe fazia querer gritar voltou a aparecer depois de tantos anos. Suas esperanças de ter esquecido-o esvaíram-se de vez...

— Stiles, desce aqui, irmão!

Um suspiro de desagrado escapou de minha boca em um movimento automático, a sensação de ser interrompido enquanto escreve é excruciante, até porque, o clima vai embora. Aquela tensão que você criou dentro de si mesmo, aquele clímax que instiga seus dedos a se moverem ainda mais rápido. Salvei o documento do Word e levantei da minha velha e companheira cadeira de rodinhas.

Segui pelo corredor de chão polido e apoiei a mão esquerda no corrimão de madeira opaca ao deslizar pelas escadas, antes mesmo de chegar ao primeiro andar da casa, pude avistar meu melhor amigo jogado no sofá com uma expressão de tédio, quase irritada.

— Fala, Scott.

— O que acha d'a gente sair um pouco? — questionou ele, dirigindo seus olhos na minha direção.

Suspirei novamente com seu pedido, não queria interromper a escrita quando meu bloqueio criativo finalmente havia ido embora, também havia o fato de que ele iria me arrastar para a cafeteria onde Allison – minha amiga e também uma garota que ele está apaixonado – trabalha.

— Não vou te ajudar a chamar a Allison para sair. — avisei, mas minha mensagem era clara: Deixa de ser frouxo e vai sozinho.

— Qual é, cara, você é super amigo dela. E a Allison parece querer fugir de mim.

— Com certeza, ela tem motivos.

E ela tem. Ou tinha. Até levar o primeiro fora, Scott era conhecido como aqueles típicos garotos que ficavam com todas e largavam. Quando Kira, a primeira garota no qual ele teve um crush, o dispensou, Scott começou a mudar. Apesar de ainda não ser exatamente confiável.

— Faz dois anos que eu peguei a irmã dela.

Ah, tem esse detalhe também. Scott havia ficado com a irmã de Allison – que estava apaixonada por ele – e destruiu o coração da pobre garota. Ainda assim, meu corpo estava praticamente me arrasando de volta para o computador, meus dedos haviam ganhado hiperatividade. E arrisco a dizer no sentido literal.

— Stiles, é sério, eu estou gostando demais da Allison. Não vou magoar ela. Só preciso de um empurrãozinho.

Estava prestes a recusar, novamente, quando surge uma ideia na minha cabeça e um pequeno sorriso se apodera dos meus lábios, mas logo o mantenho suprimido, ou ele acabaria desconfiando das minhas intenções.

— Tudo bem, levanta essa bunda do sofá.

Tive vontade de rir do sorriso que surgiu nos lábios dele, mas apenas segurei até o momento certo. Quando Scott se levantou, caminhei até o mesmo e o empurrei na direção da porta.

— Pronto. Te dei um empurrãozinho.

Segui em direção as escadas, minha mente já voltava a trabalhar nas formas de explorar a dor da minha personagem como uma forma de atrapalhar sua evolução na história. Quando Scott disse algo que nunca esperei ouvir dele:

— Eu dou uma segunda chance àquela sua série preferida.

Retomei o controle do meu corpo e me virei imediatamente, um sorriso começou a beirar meus lábios. Já havia tentado fazer Scott reassistir Orphan Black diversas vezes e ele negava.

— Sem enrolação?

— Sem enrolação.

— Vamos te arranjar um encontro.

                           ∆∆∆

   É claro que eu não arranjei encontro nenhum para ele. Não consigo nem mesmo para mim. Enfim chegamos à cafeteria após alguns minutos de caminhada, tinha um enorme letreiro de cor vinho acima da porta automática de entrada: Coffe Home. Por que não usar uma cor comum? Como azul, verde, preto, mas vinho? Esse negócio de marketing nunca entrou na minha cabeça.

O estabelecimento era grande, com várias mesas de madeira distribuídas quase uniformemente por um salão, com chão de madeira fosca. Na verdade, tudo ali era de madeira. A crise chegou até nos construtores...

— Lá.

Fui puxado para fora de meu devaneio pela voz de Scott, e logo encontrei o que ele indicava. Allison estava servindo uma mesa com seu habitual vestido branco que ia até os joelhos, e na altura do peito estava escrito Coffe Home, um pouco mais acima tinha seu crachá; Allison Argent.

Segui os passos dele até uma mesa próxima a onde Allison estava atendendo pedidos. A mesma ainda estava de costas, então pude admirar sua cabeleireira morena, que parecia reluzir a luz do sol. Ela era uma das garotas mais bonitas que eu já havia visto. Porém, nunca cheguei a sentir atração pela mesma.

Já havíamos sentado quando a nossa atendente preferida percebeu nossa presença, com um sorriso nos lábios, a garota veio na nossa direção. Olhei de esguelha para Scott e pude constatar que ele quase babava ao ver o rebolar da garota. Soltei uma tosse falsa, para ele perceber que estava exagerando.

Ele nunca foi bom com sinais.

— O que vão querer? – Ela perguntou ao parar enfrente à mesa, seu olhar alternava constantemente de lugar. — Não, espera. Eu já sei o que querem, sempre o mesmo pedido. Vou aproveitar e tirar minha folga do lanche para sentar com vocês. Volto já.

Antes que eu sequer pudesse falar algo, ela já havia se dirigido a cantina da cafeteria. Garotas, sempre tão afobadas.

— Stiles, você a conhece bem. Então, como preciso me comportar? Piadas? Seriedade?

— Olha, apenas não seja o idiota de sempre e talvez ela pense antes de te dizer um não — respondi, com um meio sorriso formado nos lábios.

Ele rolou os olhos com o meu comentário. Algo que realmente não consigo entender, por que as pessoas insistem em rolar os olhos? Isso dói, é incômodo. E não, não tem nada de chique. Você não vai entrar para a alta sociedade, no máximo ficar vesgo.

Quase dez minutos depois, Allison apareceu com os nossos pedidos – de sempre – e já com uma blusa branca de seda e uma calça jeans. A garota pousou duas bandejas sobre a mesa e se sentou na cadeira restante.

— Estamos fazendo o jogo do silêncio? — Ela questionou.

— Estamos? — repetiu Scott, de forma confusa.

Meu amigo queria um encontro. Então, ele teria um encontro. Tirei minha carteira do bolso de trás da minha calça jeans e pesquei três notas de dez dólares. Provavelmente, sobraria dinheiro, mas certamente Allison iria me devolver depois. Deixei as notas sobre a mesa e me levantei.

— Allison, Scott quer um encontro com você. Ele prometeu que mudou, e se não, pode ter certeza que vou bater nele. Vou deixar vocês fazerem muitos filhinhos, nos vemos mais tarde.

Então, deixando um clima tenso como eu havia planejado, saí da cafeteria. Era o único jeito de fazer com que se resolvessem. Naquele momento, vulgo três horas da tarde, as ruas de Manhattan não estavam muito agitadas. O sol banhava a cidade inteira com raios intensos de calor. Aliás, sempre odiei o verão. Não é nada charmoso começar a soar no meio da rua por causa do mal humor do sol.

Quando percebi, já estava em frente a biblioteca municipal de Manhattan, local que eu ia quase todo dia.  Parei em frente ao prédio de estrutura gigante, analisando os prós e contras;

Prós

• Paz
• Silêncio
• Livros
• Puff's confortáveis.

Contras

Hum... Não tem contras.

   Quando percebi, meus pés já haviam subido toda a escadaria que levava às portas automáticas. Parei sobre um tapete esverdeado e esperei a porta me permitir entrar. E como nas outras centenas de vezes; não deixei de me impressionar com o tamanhos do lugar. No primeiro andar – onde eu estava –, haviam apenas leitores ávidos por histórias, nenhuma estante. Eram várias e várias mesas, além de poltronas e puff's. Ah, os maravilhosos puff's.

Para ir até o segundo andar, tinha de passar pela recepção, onde ficava a bibliotecária Ella. A mulher sempre foi extremamente gentil comigo, como quando os livros ficavam alto demais e precisava de uma escada. Acenei para ela e fui retribuído com um sorriso rápido, pois a mesma estava atendendo uma pessoa.

Segui pela rampa que me levava ao próximo andar – também haviam escadas, mas acho mais desgastante –, e observei as dezenas de prateleiras espalhadas pelo corredor oeste, era o meu setor preferido, de fantasia. Eu já conhecia as cinco primeiras prateleiras décor e salteado (figuradamente falando, a propósito). Por isso, fui direto na sexta.

Pouco antes de entrar entre a sexta e sétima prateleira, vozes chegaram ao meu campo de audição e interrompi meus passos antes que acabasse desfazendo a conversa que acontecia. Deixei meu corpo se encostar na lateral da prateleira de livros e me pus a ouvir o que falavam.

— ...Ocê? — peguei o finzinho da pergunta de um cara, que aparentemente tinha minha idade. Sim, ouvi ocê por acaso. Espero que seja por acaso, quem esquece do V ?

— E-eu... Bem... Eu meio que...

Era perceptível que a garota não conseguia terminar a frase. Supus que o garoto havia descoberto uma traição, mas provavelmente o chão estaria banhado em sangue – do terceiro que nao está presente na conversa –, se ele fosse do tipo violento, é claro.

— Eu sou o melhor jogador de basquete do estado! Vou conseguir uma bolsa integral para uma das melhores faculdades do país e ainda tenho chances de centrar na liga principal daqui dois anos. Têm dezenas de garotas desejando estar na minha cama,  e você acha que eu vou perder tempo com uma nerd?!

Agora fazia sentido. Mas deixei a conversa terminar antes de tirar quaisquer conclusões.

— Quando Danny me disse que você vinha a uma biblioteca TODOS OS DIAS — desconfio seriamente que ele desenhou na parede para dar mais ênfase ainda —, eu não consegui acreditar. Tive que vir confirmar, ter certeza que a minha namorada é uma simples nerd idiota que não tem futuro. E eu estava certo.

Naquele ponto, comecei a ouvir soluços, era óbvio que a garota tentava chorar de forma silenciosa, o que não dava muito certo.

— Jordan... Por favor, me deixa... Me deixa explicar.

— Tente — ordenou o tal de Jordan.

Se ele não gostasse dela, já havia ido embora. Tenho certeza disso. Mas ainda assim, pude deduzir que ele é o típico playboy que só se relaciona com garotas ricas, metidas e egocêntricas. Algo me dizia que ela havia se passado por esse tipo de garota para conquistar ele. Loucuras do amor.

— E-eu fingi ser uma garota que não sou porque... Porque eu estava apaixonada por você! Eu faria de tudo para te conquistar e fiz, não me importava de mudar por sua causa. Só... Me desculpa, por favor, eu... Nunca mais entro em uma biblioteca, eu juro. Vou ser a garota que você quiser, só... Não me deixa. Eu... Amo você.

Eu ficaria comovido, se não achasse ela estúpida. Mudar quem você é apenas para agradar outra pessoa? É completamente estúpido – aliás, sou muito estúpido, já fiz isso, dois anos atrás –. Acho que acabei simpatizando com a situação dela por ter passado por algo similar. Mas eu nunca iria deixar meus amados e preciosos livros por alguma outra pessoa. E foi isso o que me fez abrir os olhos dois anos atrás.

— Erica descobriu, e adivinha? Todo mundo já sabe que um dos melhores jogadores de basquete dos últimos tempos está namorando uma nerd! — Ele parece ter muito nojo dessa palavra, apesar de repeti-la constantemente. — Se eu quero ter um futuro no basquete, não posso namorar com você. Eu realmente gosto de você, mas eu gosto ainda mais do basquete.

Assim que ouvi o primeiro passo, dei um salto para trás e entrei entre a sexta e quinta prateleira, fingia procurar algum livro, mas observei com o canto do olho esquerdo o tal de Jordan passar com passos duros e em ritmo acelerada. Também aproveitei para captar sua aparência; seu cabelo era de um tom loiro mesclado com fios escuros, o rosto limpo, não consegui ver os olhos, mas acho que eram azuis. Usava uma camisa azul marinho de botões e calça jeans, ambas de marcas que eu sequer conhecia.

(Estranho reparar tanto em um garoto qualquer? Provavelmente, muito para quem não quer ser escritor. Mas para quem quer, todo detalhe ajuda, principalmente o modo de se portar após uma discussão, um término de relacionamento. Prestem atenção em tudo, amigos.)

E meu corpo ganhou vida própria. Tipo, literalmente. Eu não planejava ir falar com a garota, muito menos perguntar se ela estava bem – qual a necessidade dessa pergunta? Ela está chorando! É óbvio que não está bem – todavia já havia entrado entre a sexta e sétima prateleira antes de parar.

— Oi.

Sim, um mísero e horroroso oi que me fez desviar o olhar para alguns livros. O que diabos tinha dado em mim? Eu nunca falei apenas oi em toda minha vida – ao menos, desde que me lembro –, mas todo o meu bom senso evaporou nesse momento. Tomei coragem de voltar a fitar a garota, agora com meu senso perceptivo ligado. Também tinha cabelo ruivo, porém não era um ruivo forte, completamente laranja, era claro, uma mistura de fios louros com fios ruivos. Acho que era comprido, mas como a garota estava sentada no chão com as pernas dobradas contra si mesma, era difícil ter certeza.

Ela era um pouco pálida. Esse sempre foi o meu ponto fraco; descrever aparência. Cara, qual a diferença entre pálida ou branca? Tipo, é só um branco mais oco, um branco sem vida – dependendo do quanto a pessoa for pálida –, então por que não chamar de branco?!

Enfim, possivelmente pálida. E apesar do rosto estar escondido pelo cabelo e as pernas, supus que a garota não tivesse muitas sardas. Apesar de ser ruiva, ela não parecia ter sardas. A garota vestia uma calça jeans e uma blusa verde de manga curta, que deixava seus braços expostos. E bom, aparentemente ela tinha um corpo lindo. Poderia descrever como gostosa, mas não gosto desse termo, apesar de se encaixar com a situação.

Por fim, pude finalmente avistar o rosto daquela garota ruiva. E era difícil achar mais de uma sarda, ela podia ter escondido com maquiagem, apesar de eu duvidar dessa possibilidade. As pálpebras dela se moveram e seus olhos eram verdes, tipo, extremamente verdes. Não como esmeralda – clichê, aliás, nunca usem isso. Sério –. Era mais como... Ver toda uma floresta de longe, ficando visível somente as folhas. Mas nesse caso, estavam todas juntas, algumas fortes e outras desbotadas, misturando-se e criando um tom verde único, diferente.

Cara, ela era muito linda.

— Oi. — a garota respondeu de volta.


Notas Finais


Ok, estou muito nervoso em relação a opiniões, quem ler, comente, por favor! ❤


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