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História A Doença do Amor - O amor.


Escrita por: Akazami

Notas do Autor


Sejam bem vindos a mais um capítulo sad dessa história mais sad ainda! Skskska

Capítulo 11 - O amor.


Hoje eu não estava disposta para correr. Acordei tarde. Tomei um mau café. E não fiz mais nada. 

Eu não tinha disposição. Eu não tinha vontade. 

Eu apenas queria ficar no meu canto, chorando. 

-- Michelle? -- Era a voz do meu pai. 

Ele havia chegado mais cedo do trabalho. 

-- Ah, você está ai. -- Ele diz colocando alguns sacos de compras em cima da mesa. -- Pode vim me ajudar? 

Desligo a tv e vou até a cozinha. Começo a guardar as compras, sem ânimo. 

-- Meu bem, por que está assim? Isso tudo é por causa do seu namorado? -- Ele para e me encara. 

-- Eu não quero falar sobre isso, pai. 

-- Mas precisa. Isso só vai piorar, se você continuar se torturando desta forma. -- Ele retira um pote de picles da minha mão e me guia até a mesa. 

Em seguida ele se senta ao meu lado. 

-- Me conte, é o fato dele estar doente que te incomoda? Sabe que não podemos combater a morte. Infelizmente ela é uma das piores coisas da vida que não tem explicação, mas para algumas pessoas não é ruim. Algumas pessoas acreditam em um lugar melhor depois que partirem. Infelizmente você não vai poder fazer nada, ele terá que ir. 

-- Não é a morte que me deixa triste. É o fato dele morrer sem ao menos saber quem sou eu e o pior de tudo... Sem me amar. -- Sinto uma lágrima rolando pela minha bochecha. 

Meu pai segura minha mão. 

-- Quando eu conheci sua mãe, eu achava que nunca ficaria com ela. Os pais dela me odiavam e ela também me odiava, por vários momentos eu pensei em desistir e seguir minha vida. Pensei em ficar deprimido pensando que ela nunca me amaria. Mas um belo dia, eu resolvi mudar isso, eu resolvi fazer a diferença! A convidei para o baile de máscaras do colégio, de primeira eu achei que ela iria me agridir, mas ela acabou cedendo. Então, nesse baile de máscaras, ela conseguiu enxergar o que não enxergava antes... 

Ele se aproximou de mim. 

-- O amor.

Passou seu polegar na minha bochecha molhada. 

-- A moral da história é: Se você ama, lute. Eu tenho certeza de que ele faria o mesmo por você. 

Em seguida meu pai se levantou e voltou a guardar as compras. 

Fiquei bastante pensativa com tudo aquilo que meu pai havia dito. Ele realmente sabe das palavras. Agora... Eu só preciso... Saber o que fazer... 

(…)

-- Nove de copas? 

-- O quê? Está roubando! -- Digo jogando as cartas na cama. 

Lysandre morria de dar gargalhadas de mim. 

-- Okay, você venceu. -- Cruzo os braços sorridente. 

Lysandre tenta pegar as cartas, mas suas mãos não se moviam. 

-- Eu te ajudo. -- Pego as cartas e deixo em suas mãos. 

-- Obrigado. -- Ele sorri. 

Nos encaramos por um tempo, até eu sentir meu celular vibrar. Era o despertador. 

-- Já são 22:00, preciso ir para casa. -- Me levanto e visto meu casaco. 

-- Ah, sério? 

-- Sim, infelizmente amanhã já volto para a escola. 

-- Então, vamos ficar sem nos ver por muito tempo? 

Paro um instante e penso. 

-- Não. -- Sorrio e vou até a o criado-mudo, pego papel e caneta e escrevo meu número. -- Quando quiser me ligar, peça para as enfermeiras digitarem esse número. E se eu quiser te ligar... Pode ter certeza de que eu vou te ligar. -- Digo deixando o papel em cima do criado-mudo. 

Ele sorri como um agradecimento. 

-- Tchau, eu prometo que assim que tiver um tempo eu venho te ver. -- Deposito um beijo em sua bochecha. 

Percebo suas bochechas coragem. 

-- Tchau meu escritor preferido! -- O encaro nos olhos e em seguida vou embora. 

Essa minha ideia foi boa, mas não espero muito dele. Ele não vai se lembrar de quem sou eu na manhã seguinte, como vai me ligar? 

 

 

 

 

-- Alô? Lysandre? 

-- Oi, é... Não sei porque mas, seu número estava no meu criado-mudo, então eu decidi ligar. 

Sorrio para mim mesma. Meu coração se alegrou. 

-- Sim, eu te passei meu número ontem à noite. 

-- Ontem à noite? 

-- Sim. Nós jogamos baralho e ficamos conversando à tarde toda. 

-- Ah sim, como se chama? 

-- Michelle. 

-- Onde você está? Estou ouvindo muito barulho. 

-- Ah, me desculpe. Eu estou no colégio, tem muita gente passando aqui. -- Digo se afastando dos corredores. 

-- Posso fazer mais uma pergunta? 

Dou uma risada. 

-- Claro que pode. 

-- Nós dormimos juntos? Porque meus lençóis estão com cheiro de morango, e não sinto o mesmo cheiro em nenhuma das outras enfermeiras. 

Colo a testa na parede enquanto ouvia a doce voz de Lysandre. 

-- Na verdade eu dormi por cima de você. Mas faz um tempinho, essas enfermeiras demoram para trocar os lençóis, hein! 

-- Pois é. 

O silêncio toma conta da chamada. 

-- Olha, eu preciso desligar agora. Posso te ligar mais tarde? -- Digo vendo todos os alunos entrando na sala.

-- Eu adoraria. 

-- Até mais então, Lys. -- Desligo o celular e fico um tempo pensativa. 

Eu estava errada, ele pode estar melhorando aos poucos. Ele não lembraria de me ligar se não estivesse melhorando. Ou lembraria?



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