História A Drop In The Ocean (Camren) - 1 Fase - Capítulo XVIII

- Pelo amor de deus Clair. - Lauren gemeu exasperada ao ouvir o choro manhoso da filha.

A morena tinha a sensação de que só fechou os olhos por um segundo e os abriu de novo. Pegou o celular olhando as horas, se dando conta que não havia passado nem duas horas desde a última vez que levantou pra amamentar a filha.

- O que eu faço com você meu amorzinho? Huh? - Perguntou carinhosa segurando os dedinhos da filha. - O que você quer agora? - Clair, que já havia cessado a manha, olhou a mãe concentrada. A garotinha soltou gritinhos incoerentes com uma expressão brava no rostinho delicado. - Hum, exigente. Não puxou a má. - Lauren disse mostrando língua pra bebê que repetiu o ato desajeitada.

 Lauren arregalou os olhos verdes, perguntando-se como uma garotinha,  de agora três meses recém completos, podia ser tão esperta. Sua pequena Branca de Neve. Sorriu com uma pensamento deixando um beijo babado na bochecha rosada.

- O que vamos fazer hoje Sweet Boo? - Perguntou colocando a menina sentada sobre sua barriga, a segurando pelas mãos. - Sua tia Dinah e sua tia Mani estão em uma pequena viajem. Sua tia Ally está na casa dos papais dela, Vero e Lucy estão na casa de campo. Agora somos eu e você contra o mundo bebê. - Murmurou deixando um beijo na têmpora da pequena.

Lauren se levantou da cama com a filha no colo e se dirigiu pro banheiro de seu quarto encheu a banheira com água morna se despiu  e despiu Clair entrando na banheira com a bebê em seguida. Lauren deu banho em Clair e a enrolou em uma toalha fofa branca e colocou a pequena no cercadinho/trocador para terminar seu banho.

Vestiu Clair com um vestidinho rosa e sandálias, uma bandana nos muito cabelo da garotinha lhe entregou um chocalho e foi se vestir. Optou por um short jeans e regata e jaqueta de couro, ambas pretas, um all star no pé. Arrumou a bolsa da bebê com fraldas, uma troca extra de roupa, mas algumas poucas coisas e fechou. Pegou Clair no colo, desceu a escada de seu apartamento, pensando o que iria fazer. Colocou Clair no bebê conforto, em cima da mesinha de centro da sala e prendeu-a ali. Procurou pelas chaves do carro e pode ouvir seu telefone tocando. O tirou do bolso traseiro de seu short, aparecia um número sem identificação, franziu o cenho mais atendeu.

- Oi? - Lauren disse confusa e curiosa.

- Ahn, O-oi Lauren, é a Camila. - Pode ouvir a voz calma da latina, do outro lado da linha.

- Ah, oi Camila. - Lauren disse com um sorrisinho.

- Eu vou sair com a Bee e bem, eu queria saber se você quer acompanhar a gente. - Murmurou envergonhada.

- Eu adoraria. - Lauren sorriu olhando a filha. - Qual o destino?

- Um parque.

- Parque? - Lauren perguntou duvidosa. Que diabos elas fariam em um parque com duas crianças de três meses?!

-  Parque. - Confirmou.

- Huh, ta bem. Você quer que eu passe na sua casa? - Ofereceu sabendo que a outra não tinha carro e sabendo também que a latina não dirigia.

- Seria bom. - Aceitou.

- Certo. Chego ai em meia hora. - Avisou e se despediu brevemente da latina, encerrando a ligação em seguida.

- Acho que arrumamos companhia bebê. - Sorriu divertida, pegando o bebê conforto de Clair, que estava interessada em balançar o chocalho roxo e transparente.

Lauren entrou em seu carro, que era um Audi preto e brilhante, prendeu a cadeirinha de Clair no banco traseiro, ligando a pequena televisão no Clube das Winx, tendo noção que desde a primeira vez que a pequena assistira ela ficava entretida com o desenho. Deu partida rumo a casa da latina que ficava a 25 minutos de seu bairro. Clair foi a viagem inteira entretida em olhar a pequena televisão com o desenho colorido, o chocalho na mão.

(...)

- Não íamos a um parque? - Lauren perguntou confusa quando parou o carro em frente a uma grande  com um grande portão de madeira e um muro alto. Tinha, o que parecia dois seguranças, parados do lado de dentro do portão, que foi aberto para a passagem do carro de Lauren.

- Vamos ainda. - Camila disse saindo do carro. - Vamos, pegue Clair. - A latina apressou quando abriu a porta traseira do carro pra pegar o bebê conforto com uma Blair adormecida, toda pomposa em um vestidinho rosa e branco de lacinhos, os cabelos, agora mas claros, estavam preso em uma maria chuquinha. Lauren fez o mesmo, a diferença era que Clair tinha os olhos bem abertos, com o lado mordedor do chocalho na boca. As duas andaram por um corredor longo, Lauren reparando na linda casa.

Tinha uma trilha de concreto, da largura de dois carros, as outras extensão da casa era toda de grama, de ambos os lados tinha estatuas de anjos que jorravam água pela grama do jardim, mais a frente tinha uma ponte, com passagem de vidro, uma água cristalina correndo abaixo da passagem, mais a frente tinha canteiros coloridos de tulipas de todas as cores e então a entrada pra uma grande e linda casa branca. A fachada de frente continha algumas cadeiras, poltronas e puffs na cor preta, uma grande porta de vidro dava a visão de uma sala impecável, parades brancas como giz, feitas de gessos, móveis entre preto e marrom, baseados em vidros e aço.

Camila parou em frente a porta de vidro que se abriu com o sensor da presença de alguém e entrou na casa, com Lauren em seu alcance. Ambas tinha os bebês conforto na mão. Clair, que se mantinha acordada, balançou o chocalho, arrancando sorriso das duas adultas. Caminharam pela sala bonita do local, depois por um hall que dava na cozinha, onde tinha uma mulher, que Lauren supôs ser a empregada, mexendo nos armarios, a procura de alguma coisa. Baguetes, pure, maionese, presunto, mussarela, azeitona, alface, peito de frango, patê e mas algumas outras coisa estavam espalhadas pelo extenso balcão de mármore grafite.

- Mari?! - Camila chamou a atenção da senhora que estava cantarolando um música.

- Meu Pai amado. Isso é jeito de chegar Camila? Ficou louca? - A Senhora disse quando se virou e viu a latina. A expressão assustada. - Uma hora vocês ainda me matam, sua louca. - Resmungou jogando um pano de prato na garota que franziu o cenho se encolhendo e desviando do pano, que ainda sim pegou em seu rosto, caindo no seu ombro.

- Se aquiete mulher. - Reclamou jogando o pano de volta. Lauren sorriu divertida olhando a cena. - Eu vim com todo meu amor, paz, carinho, e você fica ai me atacando. - Disse em um falso tom de mágoa.  A mulher revirou os olhos. Então olhou ao lado de Camila, se dando conta de uma outra pessoa ao lado da tão conhecida latina.

- Quem é a garota Camila? - Perguntou com um sorriso malicioso, estudando a morena que corou sobre o olhar da outra.

- Uma amiga. - Deu de ombros.

- Hum... Amiga. Sei. - Maliciou novamente, um sorriso safado no canto da boca.

- Meu deus Mari, crie vergonha na cara. - A latina repreendeu as bochechas coradas.

- E quem é a gostosura ali? - Apontou Clair que olhava a mulher, como se  estivesse estudando - a.

- Minha filha. - Lauren disse, ainda corada pelos comentário da senhora.

- Ela é muito linda. - Elogiou se aproximando, pra poder ver a pequena de perto.

- Obrigada. - Sorriu agradecida.

- Mari, cadê a Pezza? - Perguntou curiosa.

- Está tirando uma soneca, eu acho. Não foi uma boa noite. - Murmurou com um sorriso triste.

- Ah. Quando ela acordar avise que estou aqui. Você pode ficar com elas? - Perguntou se referindo as bebês.

- Claro. - Aceitou sorrindo. - Vou terminar os lanches e levo pra vocês. - Disse e voltou ao preparo das Baguetes.

- Eu já volto Lauren. - Avisou pousando o bebê conforto de Blair no chão, logo depois voltou com uma chiqueirinho azul e verde, com vários brinquedinhos pendurados acima. Colocou o chiqueirinho no espaço livre da enorme cozinha e se aproximou tirando Blair e levando-a pra deitar no chiqueiro infantil. - Você acha que Clair ainda vai demorar dormir? - Perguntou duvidosa, olhando a pequena que tinha os olhos bem abertos.

- Acho que não. Ela acordou bem cedo, acho que se eu a amamentar ela dorme. - Lauren disse analisando a filha, que voltara a por o mordedor na boca.

- Certo. Senta aqui. - Disse arrastando uma cadeira da mesa de vidro, a cadeira parecia muito com uma poltrona e era bem macia.

Camila desprendeu Clair da cadeirinha, e a pegou a entregando pra Lauren em seguida. A morena tirou o seio, oferecendo para Clair que o aceitou depois de alguns segundos.  Lauren amentou a filha por cerca de meia hora, até a mesma pegar no sono profundamente. A deitou ao lado de Blair, que se mexeu brevemente, deixando a mãozinha sobre a bochecha de Clair. Lauren sorriu abobalhada olhando a cena.

- Vem Laur. - A latina chamou indo pra um outro hall, depois de passar pela sala de jantar. Passaram por uma sala de vídeos e saíram na varanda, dando de cara com uma parque.

- PUTA QUE PARIU. UM PARQUE DENTRO DE CASA? - Lauren gritou abismada, observando o enorme quintal, com vários brinquedos. Como um parque mesmo, melhor que muitos por ai. - Que tipo de pessoa maluca tem um parque dentro de casa? - Perguntou de olhos arregalados.

O quintal era gigantesco, a grama verde e fofa, ao redor do muro arvores fruteiras e no meio disse estava o parque. Continha uma montanha russa invertida ( tinha uma  pequena subida e então descia), um carrossel, um fliperama de acerte o alvo e ganhe um brinde, uma maquina de pescar pelúcias, cotonetes gigantes, uma roda gigante e jogos eletrônicos de corrida, basquete, e uma maquina 3D de terror e uma de animações. Uma grande barraca vermelha e amarela, com uma porta de tamanho médio.

 Lauren estava maravilhada. Encantada, extasiada.

O carrossel - muito grande por sinal - variava em um degrade de azul, os cavalos iam do azul mais escuro ao mais claro, enquanto a parte de cima e de baixo eram azul marinho e os ferros que seguravam os cavalos eram todos cinzas. A montanha russa, que era só de dois carrinhos com lugares pra dois, cada um, era dégradé de verde. Os fliperamas dégradé de amarelo, os cotonetes gigantes brancos e rosa bebê. A maquina 3D era vermelha, preta e cinza.

 As macieiras, ameixeiras e laranjeiras, deixavam tudo ainda mais bonito, os pés de maçã carregados, enquanto os outros tinha brotos de flores, na separação dos troncos da arvores tinha pequenos e delicados canteiros de lírios brancos e amarelos.

- Isso é fantástico, Camila. - A morena exclamou animada, os olhos brilhando em animação. Tinha muitos parques maiores por ai, mais aquele era simplesmente perfeito em seus mínimos detalhes.

- Foi o que eu disse a primeira vez que vim aqui. - Camila disse sorrindo. - Eu vou chamar o Philiphs, pra ajudar a gente a ligar os brinquedos. - Lauren assentiu e Camila se afastou, a procura do chefe de segurança.

(...)

- Eu sou ótima nisso. - Lauren sorriu, parando em frente a maquina de pescar pelúcias.

- Não mais que eu. - Camila desafiou com um sorriso.

- Sou sim. Você é muito desastrada Camila. - Lauren rolou os olhos, se lembrando das quedas da latina ou dos tropeços, desde que chegaram ali.

- Mas eu sou ótima com as mãos. - Deu um sorriso, cheio de significados, que fez Lauren corar.

- Certo. Vou provar que sou melhor. - Lauren garantiu, petulante. - Escolha uma pelúcia e ela é sua. - Camila avaliou a hispânica, olhou o jogo e optou por um unicornio de crina rosa e chifre dourado, que estava no canto do lado direito.

Lauren pôs a ficha na máquina, que ligou e pôs a mão no controle vermelho preso a máquina, que levaria o gancho até a pelúcia. Se concentrou no unicórnio delicada, escolhido pela latina. Levou o gancho pra lá, respirou fundo e o desceu, apertando firmemente pra segurar a pelúcia, e então apareceu em letras vermelhas, no painel da máquina "Você conseguiu. Parabéns"

- Sua pelúcia. - Lauren entregou o unicórnio a latina, com um sorriso vitorioso que fez Camila revirar os olhos.

- Certo. Minha vez. - A latina desafiou, pendurado a sua pelúcia em sua

(...)

- Clair acordou. - Mari avisou, aparecendo no quintal. Lauren e Camila agora estavam deitadas na grama macia. A morena suspirou e se levantou, espreguiçando-se.

 Já fazia umas quatro ou cinco horas que estavam ali. Estavam cheias de pelúcias, da disputa pra ver quem era melhor. Lauren havia pescado mais cinco, fora o unicórnio e Camila pescou cinco. Deu um para Lauren e outro para Clair e ficou com as outras.

 Perrie, a dona da casa e do parque, as vezes o abria para alguns institutos de crianças carentes ou com alguma deficiência. O parque fora de suas avós e então passara para ela.

Camila a conhecera quando ainda era bem nova.  Tinha uns treze anos, talvez. Passaram por muitas coisas juntas, já até chegaram a um quase namoro, mas o sentimento não passava de atração física. Resolveram apenas serem amigas mesmo.

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