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História A Maldição das Cores - O teste e a Nuvem


Escrita por: EpicFe

Capítulo 4 - O teste e a Nuvem


- Crianças, preciso que vocês se dividam em grupos de 3 para realizar a atividade de hoje!

O professor Reyn Sons pareceria animado com o início de mais um ano letivo. "O tal do guarda-chuva" como as pessoas o chamavam, o professor de Intensificação era tido como uma lenda, com apenas 16 anos, Reyn era o professor mais jovem do Colégio Ordenal de Sludgeforby. Santyago Levi se imaginou em que patamar estaria quando completasse 16 anos.

-... Depois disso vocês precisam simplesmente derrubar todas essas latas a partir dessa marca de 50 metros - o professor apontava para uma linha desenhada no chão - O único detalhe é que vocês não podem usar as mãos, devem usar unicamente suas técnicas. Vejam minha demonstração.

O professor puxou seu emblemático guarda-chuva ornamentado que estava preso em suas costas com uma alça, assim como outros guerreiros carregariam uma espada longa. Com grande rapidez o grande guarda-chuva se abriu e gotículas do que parecia ser vapor saíram do interior da “arma”, Tão logo o professor voltou a fecha-lo,Proclamou:

-CORTE PROFUNDO DAS NUVENS- E com um movimento rápido cortou todas as pequenas nuvens que haviam se formado ao seu redor, mas a frente era possível ver que todas as latas de comida enlatada haviam sido cortadas ao meio.

- A água movida das nuvens que formei atingiram as latas com tamanha velocidade que as cortaram ao se chocarem. Hahaha - o jovem professor parecia claramente entusiasmado. - E então, quem será o próximo?

Um trio de 2 meninas e 1 menino se aproximaram enquanto um abrir da porta roubou a atenção de Santyago.

-VAMOS LOGO, A Aula já começou! - Um garoto escandaloso e outro mais sombrio entraram pela porta, como eles podem atrasar pra primeira aula? Porque as pessoas tinham tanta dificuldade em manter horários?- Santyago não compreendia

Os dois estranhos garotos se aproximavam dele enquanto o trio utilizava uma espécie de cipó de plantas para derrubar as novas latinhas que haviam sido postas.

- Muito engenhoso Hertalia! - o professor motivava uma garota do grupo.

-Ei garoto! - Santyago voltou a se virar para os dois estranhos - eu vi que você também está sem trio, o que você acha de fazer trio com nós dois aqui?

Um atrasado escandaloso e um atrasado gótico, que tipo de destino era aquele? Santyago olhou ao redor e ao comprovar que ele era o último que estava sem grupo, aceitou a proposta com relutância.

-Eu vou entrar para a PAX de qualquer jeito! - Exclamou uma garota de longos cabelos e olhos maliciosos antes de atacar as latas com o que parecia ser uma torrente de pequenas bolinhas.

-Muito bem Perlot, mas que motivação nobre! - Reyn incentivava a aluna com entusiasmo na vós.

-E então, você tem um nome? - Santyago não simpatizava com aquele garoto, mas simpatizava menos ainda com a pressão gerada por um silêncio constrangedor.

-Eu? Me chamo Marf, eu venho do distante distrito de Raone, quase na divisa com o mar... Ah, o caladão aqui é o Eon- Marf deu um tapinha nas costas do garoto que olhava fixamente para baixo- Eu não sei muito sobre ele, já que ele não fala muito.

-Raone? Você está bem longe de casa em? Soube que o lugar está enfrentando uma miséria imprescindível. Como seus pais conseguem pagar por essa escola?- Perguntou Santyago curioso, com um ar de superioridade maior do que gostaria, enquanto via por sua visão periférica alguém utilizando uma técnica qualquer de ventos para derrubar as lata.

-Isso é verdade, nos somos muito pobres por lá, mas eu consegui uma espécie de bolsa. Meu pai morreu no Grande Atendado de 6 anos atrás, e minha mãe jamais conseguiria bancar essa escola com sua singela renda de costureira- O garoto era um livro aberto. - E os seus pais? O que fazem?

-Quem será os próximos?- Perguntou o vivaz professor enquanto Santyago formulava a resposta.

-Bem, meus pais...

EU SOU O PRÓXIMO! - Gritou um aluno ao escancarar a porta da sala pela segunda vez no dia.

A sala toda se virou para observa-lo entrando. Era Lino Terlon com seus parceiros inseparáveis. Terio e Bouce. Santyago se surpreendia pelo fato de até mesmo o filho do Ordenador de Sludgeforby, Denaro Terlon, pudesse se atrasar tanto. O garoto estava com o braço enfaixado e uma série de curativos na cabeça, o que gerava uma dúvida na sala de como ele tinha conseguido se machucar tanto, embora ninguém tivesse coragem de perguntar.

-Sr. Terlon - o professor Reyn rompeu o silêncio que essa entrada havia gerado. - Pode vir junto com seus amigos para a atividade.

Lino deu um olhar esnobe ao redor da sala até encontrar o olhar de Marf.

-Você! Vai me pagar por isso! - Gritou Lino apontando para seu braço quebrado. - Não pense que as coisas vão ficar assim! - E Terlon foi em direção a marca de 50 metros.

Uma onda de cochichos encheu a sala enquanto Lino e os outros se preparavam para usar suas técnicas.

-Você está doido de arrumar confusão com um membro da Família Ordenal?! - cochichou Santyago para Marf - De onde você o conhece?

-Eu nunca vi esse garoto na minha vida- Marf parecia confuso- Ao menos que... Será que ele é o garoto que saiu voando do muro?

Santyago não fazia ideia do que Marf estava dizendo mas se enxeu de medo ao ver a famosa técnica da família Terlon: Lino, Terio e Bouce tinham caixas de fósforo nas mãos, os 3 riscaram um fósforo na caixa em sincronia e proclamaram: PORTAL DE PLASMA - e depositaram os palitos (agora ja apagados) em um ponto do chão. Neste local abriu-se uma espécie de portal, um círculo com o tamanho pouco menor que a cabeça de um homem.

De lá Lino fez sair uma quantidade de seu "plasma" uma espécie de gel transparente com apenas um levantar de mãos, e com um movimento horizontal das mãos, fez todas as latas caírem ao mesmo tempo em uma fração de segundos ao serem atingidas pelo chicote viscoso de plasma.

-Muito bem, como esperado de alguém da família ordenal! - Exclamou o professor.

Eu é que não vou ficar junto de um cara que arranjou rixa com um monstro desses- pensou Santyago.

-Professor! - Santyago levantou uma mão - eu quero trocar de grupo.

-Temo que isso não será possível Santyago. Você, Marf e Eon são os últimos alunos que ainda nao realizaram a atividade. Vamos se aproximem.

-Pode deixar comigo- Marf deu um tapinha nas costas de Santyago e se dirigiu para a marca de 50 metros.

-CACO DE VIDRO VOADOR MORTAL FINAL SUPER FORTE!

O garoto Proclamou, mas que nome mais brega ele havia escolhido para sua técnica! nada aconteceu.

-Pode tentar de novo - O professor encorajou Marf.

-Esta bem! - o garoto limpou a garganta - CACO DE VIDRO SUPER LEGAL MORTAL !

Ele sequer havia decorado o nome que Ele mesmo tinha inventado! Por um momento Santyago pensou que nada aconteceria de novo, mas depois de uma pequena pausa, um pedaço rústico de vidro saiu das mãos de Marf e foi em alta velocidade atigir... A parede.

-Parece que você só precisa treinar um pouco mais sua mira Marf - Disse o professor enquanto o restante da sala estoura em risos.

- Não me faça passar vergonha seu idiota - Disse Santyago para si mesmp - Eu sou o próximo.

-Se aproxime Sr. Levi - Disse o professor com um sorriso acolhedor.

Santyago Levi chegou a marca de 50 metros e sacou seus 2 ponteiros, uma arma exclusiva dado como herança por sua família.

- BADALADAS DO RELÓGIOS.- Proclamou Santyago e um grande relógio fantasmagórico se materializou atrás de si.  HORA UM: GARRA NEGRA.- e Santiago colocou o ponteiro maior no XII e o menor no I em seu relógio.

Uma mão negra, duas vezes maior que uma mão humana comum, com garras afiadas nas pontas dos 5 dedos foi conjurada na frente de Santyago e se moveu com velocidade considerável, seu único erro foi que a garra desacelerou ao atingir as primeiras latas e sumiu, deixando 2 terços das latas ainda de pé.

-Perdi! - Disse Santyago com desânimo.

-Agora o último Aluno, Eon Necralio.

O estranho menino de poucas palavras se aproximou da marca e começou a dizer coisas em voz baixa. Um instante um sua técnica impressionante era mostrada: três monstros Violetas gigantes com mais de 3 metros de altura haviam sido conjurados, ouviu-se gritos de surpresa e de espanto por toda a sala.

Até o professor parecia surpreso, com um sorriso no rosto, até que um dos monstros, uma coisa gorda e disforme tentou atacar Reyn com seus grosso braço.

-PRISAO DE NUVENS- Proclamou o professor, seus reflexos faziam jus a sua fama e rapidamente a criatura foi ao chão com uma malha de nuvens o prendendo.

Outro monstro, um mais esguio esmagava as latas sem parar com uma seu pescoço. O terceiro, parecia querer atacar um grupo de meninas que corriam com medo de sua barriga enorme e flutuante. Eon, no meio de toda essa confusão não parecia ter controle sobre os bichos Violeta, mais só que isso, ele não parecia ter controle sobre SI MESMO. O garoto gritava e soltava grunhidos estranhos , quando um dos monstros se chocou contra a parede da sala com um ataque do guarda-chuva do professor, outro professor entrou na sala com um solavanco.

-Reyn! O QUE PENSA QUE ESTA FAZENDO? - Gritou o professor recém entrado, era Hario, do Controle de Técnicas, mas Reyn parecia não ter ouvido, a sala em si era uma confusão de gritos, grunhidos e monstros.

Hario passou em meio a confusão e atirou o que parecia ser um dardo contra Eon, outros dardos vieram em seguida depois que o primeiro atingiu o alvo, e o estranho garoto caiu, anestesiado.

-O que é isso? Você está dopando o garoto? – Perguntou Reyn, desconcertado.

-Quer que ele termine de destruir a escola? Assim como fez com o muro? – Respondeu Hario com rispidez

-O muro? Eu havia ouvido dizer que foi um aciden...

-Acidente coisa nenhuma! Três testemunhas oculares confirmaram a mesma versão. Três demônios Violetas destruiram a muro da escola. Agora, entre Restor. – Disse Hario, finalizando sua curta conversa com o professor Reyn.

O professor Restor estava parado na porta da sala e moveu seus óculos desconfortavelmente enquanto atravessava o corredor de crianças assustadas.

Hario e Restor levaram Eon enquanto deixava Reyn com uma sala cheia de medo e dúvidas.

- O que vão fazer com ele? – Perguntou Reyn antes de os dois professores mais velhos atravessarem a porta.

- Esse garoto não é seguro. – Respondeu Hario – Ele deve ser isolado.

E saíram.



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