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História A era dos Talamaurs - Livros e leis


Escrita por: Karimy

Notas do Autor


Oi pessoas!!! Tudo certo?

Esse e o próximo capítulo encerrarão a primeira fase da história, e, a partir daí, as coisas ficarão um pouco mais tensas para os personagens, principalmente para o Naruto e a Hinata que serão o foco na segunda fase.
Estou muito feliz em ver a participação de vocês, as teorias são muito criativas, queria poder colocar um pouquinho de cada uma aqui! rsrsrsrs
Obrigada de verdade pelo apoio que vocês têm me dado, não imaginam como isso significa para mim.
Bom... mas chega de enrolação, porque hoje vocês vão poder entender um pouco mais sobre o governo humano, assim como a obstinação dos Talamaurs que ficarão cada vez mais aparentes!
Bjs!

Capítulo 19 - Livros e leis


Fanfic / Fanfiction A era dos Talamaurs - Livros e leis

Floresta Negra

 

 

   Já estava quase na hora da troca de turno, mas Hinata espremia como podia seu tempo para poder ler os antigos diários dos líderes. Agora, estava mais esperançosa em poder encontrar algo, já que Inoichi disponibilizou os diários de seu falecido pai para que ela e Ino pudessem ler. Esses diários só tinham sido lidos, até aquele momento, pelos outros líderes. Ela sabia que eles possuíam grande sabedoria, mas não podia deixar de pensar que poderiam ter deixado algo escapar.

   Folheava as páginas com cuidado, com medo de rasgá-las, já que eram finas e de aparência gasta. Ela costumava gostar do cheiro que os livros velhos tinham, mas não suportava mais sentir o cheiro daquele, que lembrava a mofo misturado a produtos químicos. Ino disse que, possivelmente, isso era devido ao fato de o avô dela esconder seus diários em vários locais diferentes, pois tinha receio de que sua esposa encontrasse, o que acabou por alertar Hinata para caso ela encontrasse algum “desvio” de conduta do falecido talamaur.

   Todos os líderes tinham, por obrigação, que documentar todos os seus feitos. Depois que Sasori foi nomeado líder dos Koori, Hinata começou a pensar que, possivelmente, ele já estivesse praticando escrevendo em seu diário por talvez sempre ter tido esperanças de um dia se tornar um líder. Ela sempre desejou vê-lo nessa posição, mas depois de tudo o que aconteceu antes do cataclismo, já não tinha mais certeza sobre o que desejava quanto ao seu relacionamento.

Já estava começando a se cansar de suas próprias inconstâncias, onde ora pensava que tudo estava bem, ora acreditava que não. O que restou para ela foi tolerar, como sempre fez. Ainda acreditando que a errada, por não conseguir amar de forma real, era ela.

   — Ino? — ela chamou. — Ino? — Sacudiu o braço da amiga, que dormia com a cabeça debruçada por cima da mesa.

   — Nossa! Que horas são? — Estava assustada, com medo de ter sua atenção chamada mais uma vez.

   — Eu deveria ter deixado você descansar. — Hinata se levantou, pegou os dois diários que estavam em cima da mesa e os guardou em um baú.

   — Eu que quis te ajudar.

   — É, mas hoje estamos escaladas para ficar de guarda.

   — Sabe... — Ino se levantou. — Estou preocupada.

   — Aconteceu alguma coisa? — Por alguma razão que não soube identificar no momento, Hinata logo pensou em Deidara. Por alguns momentos, enquanto esperava por Ino do lado de fora da casa do homem — escondida —, ela usou seu Byakugan para sondar o lugar e foi quase que inevitável não ver como os dois pareciam radiantes quando juntos. Os fluxos energéticos de ambos ficavam agitados, e isso a comoveu de certa forma.

   — Não houve mais nenhuma movimentação estranha desde que Neji fez a escala de guarda. E se eles já têm tudo o que precisavam para tentar algo contra nós?

Hinata gelou ao ouvir isso, mas resolveu ser otimista:

— Se eles vierem até aqui, se tentarem alguma coisa, estaremos em vantagem. Ainda não terminamos o castelo, eu sei, mas já conhecemos esse lugar como a palma das nossas mãos. Eles são mais numerosos, mas nós somos tão experientes quanto eles.

   Ino se deixou convencer. As duas saíram da caverna, foram em direção aos postos onde deveriam montar guarda e trocaram de lugar com quem estava antes. Assim foi feito em mais de 30 pontos espalhados pela floresta, rodeando a construção.

De onde estava, Hinata viu Sasori conversando com seu amigo, talvez o único que ele chamava assim; Shurado. Um talamaur calado, porém com um atípico sorriso debochado que vivia a estampar seu rosto. Desde que conseguia se lembrar dele, o talamaur já usava uma touca bege que caía em seus ombros. Por vezes, ela tinha impressão de que ele a usava por ser careca, mas nunca teve, jamais teria, coragem de perguntar. Os dois também estavam trocando de turno, Sasori iria descansar, ao menos era o que ele deveria fazer, já que agora ele acreditava que, como líder, devia fazer de tudo para dar exemplo. Ela só estava preocupada porque sabia que, se ele não descansasse, poderia acabar se enfraquecendo, dessa forma teria que se alimentar mais cedo do que deveria para se recuperar. Suspirou. Precisava se preocupar consigo mesma de vez em quando também.

 

Cortina de Ferro

 

Sakura sentia-se tensa, nem ao menos teve tempo de se arrumar direito. O rosto estava amarrotado por conta da noite de sono mal dormida que teve, por de ter passado várias horas tentando refletir se a aliança que fizeram com Temari era realmente o certo. Quanto mais se aproximava da sala do conselho, mais tensa ficava. O medo de ter sido descoberta ou entregue era maior do que qualquer outra coisa.

Tsunade dizia para ela se comportar, ouvir e não interromper, mas a verdade era que a voz de sua mestra apenas ecoava no meio do turbilhão de pensamentos que a garota tinha. Era nova. Era corajosa. Mas ainda não estava pronta para morrer, não como uma traidora ao menos. Não era assim que os rebeldes se denominavam, eles eram a esperança do povo, não traidores.

Os guardas abriram as portas assim que elas adentraram a sala de espera. O coração disparou e a boca ficou seca. A verdade era que, antes de qualquer coisa, tinha medo de ter sido traída por sua amiga. Sentia que Karin e ela não tinham tido tempo o suficiente para conversarem sobre todas as questões que as rondavam, principalmente agora com Temari na jogada.

A respiração pareceu falhar ao adentrar o local e ver todos os conselheiros sentados à mesa. Sasuke estava de pé, na janela do lado esquerdo, Karin estava ao lado dele, dentro de um vestido vermelho, e Itachi segurava a mão dela, que olhava de forma desesperada para Sakura, motivo que a deixou ainda mais apavorada. Parou a menos de meio metro da mesa. Soltou o ar de seus pulmões, sentindo sua boca tremular pela tensão.

— Ouvi muitas coisas sobre você. — O rei relaxou seu corpo na cadeira, começando a tamborilar os dedos da mão direita em cima do descanso de braço. Sakura não perdia um só movimento. — Acredito que você tenha ficado a par de todos os costumes que temos no castelo?

Era uma pergunta, mas ela não conseguiu responder, apenas engoliu em seco.

— Assim que Gaara a trouxe, eu mesmo a instrui — Shikamaru se pronunciou.

O rei balançou a cabeça em afirmação, recolheu uma grande quantidade de folhas rústicas de cima da mesa e se demorou um pouco a olhá-las. Shikamaru era moreno, com cabelos negros e espetados para cima, presos em um rabo de cavalo. Os olhos castanhos e estreitos estavam caídos, a voz era baixa e relaxada. Assim como a maioria dos conselheiros ali presentes, havia herdado o cargo do pai.

Sakura procurou vagarosamente por Temari, encontrando-a no fim do lado direito da mesa. A garota não usava sua batina e apoiava os cotovelos sobre a mesa e as mãos estavam entrelaçadas pelos dedos. Tentou ver se conseguia alguma pista do que estava acontecendo, mas a freira não se movia, nem piscava.

Já se sentia condenada. Kakashi parecia indiferente a toda situação, o que a fez pensar que talvez estivesse tensa à toa. Mas Karin aparentava estar nervosa, então sentia que também deveria ficar.

— Depois de pensar muito no assunto e conversar com Tsunade e Kakashi sobre, resolvi que essa era uma atitude prudente a se tomar — o rei disse, e Sakura alternou seu olhar de um mestre para o outro, mas eles pareciam fingir não a ver. — Creio que já tenha conhecido o primo de Karin? — Ela acenou positivamente. — O que acha dele?

— Ele... — a voz saiu falha. Pigarreou. — Ele parece ser uma boa pessoa, quero dizer... — Olhou para a ruiva. — não o conheço muito bem, mas não tenho nada contra ele.

— Ótimo. A partir de hoje, Sakura Haruno, você e Naruto Uzumaki começarão o tradicional cortejo que é praticado no castelo.

Ela se sentiu gelar.

— Não vou me casar! — disse alterada. O rei recuou a cabeça, sem entender a postura da garota. Sasuke riu.

— Acho que deveríamos deixar Karin conversar com ela — pediu Itachi. O rei e Sakura se enfrentavam com olhares, assim como ele sempre fazia com Tsunade.

Para a sorte de Sakura, antes que dissesse qualquer outra coisa, Temari se levantou e foi em direção a ela. As duas, junto com Karin e Tsunade, foram em direção a um lugar onde certamente não seriam incomodadas; para a sala médica. Estava cedo demais para que qualquer um fosse atrapalhá-las.

Sakura não sabia se estava aliviada por não terem descoberto nada sobre ela pertencer a insurgência ou se apavorada por saber que seu futuro estava caminhando para um abismo no qual jamais imaginara ter que enfrentar. Casamento arranjado. Absurdo! Não conseguia se conformar.

Ela se sentou em cima de uma das mesas de necropsia enquanto via as duas garotas cochichando algo com Tsunade.

— Como você e Kakashi puderam fazer isso comigo? — A voz embargada.

— Sakura... — Tsunade disse com compaixão, aproximando-se dela. — Eu não poderia fazer nada, até tentei. Kakashi também tentou.

— Esse tipo de coisa acontece com todos aqui no castelo ou você imaginava que os casamentos, quando anunciados para a população, eram por escolha própria dos noivos? Nunca reparou que quase todos os homens que noivam possuem 25 anos? — Temari questionou, com as mãos na cintura.

Não. Sakura nunca tinha reparado nessa situação e, quando foi morar no castelo, estava tão eufórica que nem ao menos conseguiu escutar o que Shikamaru a disse.

— Isso é ridículo — falou, após aceitar um copo com água que Karin a entregou.

— Eu sei. Agora acho que você entende porque me sinto tão mal, mesmo sabendo que estou prestes a me casar com o futuro rei — Karin se sentou ao lado da amiga.

— O que exatamente o rei quis dizer com cortejo?

— Você só precisa conversar com ele durante três meses. Se vocês não se gostarem, podem desistir — explicou Temari.

— Não é bem assim — discordou Tsunade. A voz estava mais grave. — Isso é o que eles dizem, mas, quando eu me recusei a me casar... bom, acabei sofrendo as consequências e tive que voltar atrás.

— Você é casada? — Sakura se assustou.

— Sim. Com o meu melhor amigo de infância, o que tornou tudo ainda mais estranho para mim. Eu o tinha como um irmão.

— Eu não sabia — sussurrou. — Eu conheço?

— Todos conhecem. O conselheiro Jiraya — Karin falou.

— Ainda não consigo aceitar isso. Um casamento arranjado? Um por escolha própria já tem milhares de chances de dar errado.

— A grande verdade é que a lei do casamento, que diz que todo homem solteiro após completar 25 anos de vida deve se submeter ao cortejo, ganha cada dia mais força. Isso porque a população continua com problemas. A cada dez casais heterossexuais, apenas nove conseguem ter apenas um filho cada. Nem todos sobrevivem até a idade adulta. Essa foi uma das maneiras encontradas para impulsionar a procriação. O povo costuma seguir os costumes de quem vive no castelo.

— Ainda é terrível. E se eu fosse homossexual? — Sakura perguntou, Karin encolheu os ombros.

— Aqui no castelo, não existe o que você é, só o que o rei quer que você seja — a ruiva disse. Sakura continuava inconformada. 

— Quando tenho que vê-lo?

— Provavelmente ainda hoje — Temari respondeu.

— Sim. Hoje é o aniversário dele — confirmou Karin.

Sakura mordiscou o lábio inferior. Pensou por um instante. Era uma rebelde, não aceitaria que tudo fosse tão simples com ela. Reagiria a seu modo, mesmo sabendo que poderia se prejudicar com isso. Passou a mão em seus cabelos, que há tempos não eram aparados e estavam pouco mais que na altura de seu ombro. Estava aflita.


Notas Finais


É isso aí pessoas!!!
kkkkkkkkkkkk A Sakura não gostou nadinha!!! Já imaginam o que vai acontecer?!

Quero aproveitar para deixar o link de uma das histórias que estou acompanhando e tenho certeza de que gostarão!

As Lendas do Dragão

https://spiritfanfics.com/historia/as-lendas-do-dragao-8067537

Sinopse: Ao completar dezessete anos, Aaron Jones resolve enfim ir em busca de sua verdadeira origem, deixando para trás a vida pacata que tinha, indo de encontro aos perigosos conflitos das nações de seu mundo. Sua jornada não seria tão fácil quanto ele imaginava. Em uma terra fantástica, repleta de magia e guerras Aaron faz novos amigos, mas também se cerca de inimigos poderosos, que dificultam sua busca a cada passo que dá. Porém, com ajuda de seus amigos e sua força de vontade, ele se esforça ao máximo para combater as injustiças políticas e desvendar todo o mistério que envolve seu povo.


Bjnn! :*


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