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História A Era dos Tronos - Compromisso


Escrita por: AndrewFerris

Notas do Autor


Estamos quase na metade da história, o que não significa que as surpresas acabaram... Muito pelo contrário!!!

Capítulo 9 - Compromisso


Varys e Little Finger se encontram atrás de algumas ruínas não colhidas do castelo, então trocam pergaminhos um tanto receosos. Assim que terminam de ler os pergaminhos, os dois suspiram cada um a seu tempo e se entreolham em uma breve análise.
— O que achou? - Perguntou Baelish olhando para o Aranha com uma expressão de dúvida.
— Acho que foi uma decisão mediana - Comentou Varys emrolando seu pergaminho - Temos preocupações suficientes para lidar sem mais soldados por perto. Se entregarmos nossos inimigos a gente que não sabemos se podemos confiar eles podem fazer o mesmo que você fez com o bastardo de Ned Stark.
— Sim podem, por isso todo o cuidado é pouco. No entanto, se não for dado um voto de confiança, ninguém jamais confiará em ninguém - Argumenta Little Finger usando uma rocha para se sentar.
— Não estou dizendo que não podemos tentar do seu jeito, estou dizendo que precisamos ter mais garantias. Minha garantia é o que está nesse pergaminho.
— Então enviaremos corvos a Dhorn?
— É o que resta fazer - Afirma Varys com seus pensamentos distantes - Aquela miniatura cresce mais a cada dia, mais rápido do que os dragões que ela criou durante seis anos. Não temos mais tempo, nosso tempo é agora.
— E planeja fazer isso sem o Lannister?
— Os Lannisters deixaram de ter importância quando eu vi o que vi.
— Já que tocou nesse assunto, por que não me explica direito o que viu? - Indagou Little Finger gesticulando com seu pergaminho.
— Não gosto sequer de lembrar daquele dia, mas tudo que fiz foi unicamente para ajudar nosso reino. Não precisamos de mais perversões de outros mundos para nos assombrar.
— Espero que seu medo seja justificável - Zomba Baelish limpando suas vestes para ir embora.
— Mais do que isso, meu receio é real. Está acontecendo, ou vai dizer que não temeu ao ver os dragões que seus pais juravam estar extintos?
— Nunca liguei muito para superstições - Afirma Baelish com arrogância.
— Eu também não, até ver tudo que vi.
— Veremos onde isso nos levará. Pode deixar que eu enviarei os corvos - Afirma Baelish cumprimentando seu parceiro antes de dar meia-volta.
— E eu farei o possível para manter essa situação nos conformes.

Arya e seus novos companheiros de viagem: O Doutor, Rose Tyler e Tyrion Lannister caminham cada vez mais em direção às Ilhas de Sal, sendo que ela anda um pouco mais à frente ao lado do Doutor enquanto Rose e Tyrion ficam atrás.
— Como se sente? - Questiona a jovem Stark olhando fixamente para o senhor do tempo.
— Como me sinto?
— Você perdeu o pouco poder que tinha ao lado de Cercei quando matei aqueles soldados Lannister e terá menos ainda ou até nenhum poder assim que chegarmos nas Ilhas de Sal. Já se perguntou como vamos conseguir aquilo que queremos? Quer dizer, o que você e sua amiga querem?
— Você não quer paz? - Indagou o Doutor escondendo sua indignação.
— Não para aqueles que me causaram dor. Enquanto cada Lannister desse mundo não estiver morto, eu não irei sossegar e não vou abrir mão da minha lista.
— Lista?
— Pessoas que eu quero matar.
— Essa lâmina não machuca ninguém além de você, Arya. Todos procuram um meio de encontrar a paz, mas sua visão só segue me uma direção impedindo de ver que há outros querendo o mesmo que você, assim ninguém nunca tem paz de verdade - Observa o Doutor sorrindo para a Stark antes de apanhar sua chave de fenda sônica.
— O que é isso? Algum instrumento mágico? Veio de Braavos?
— É uma chave de fenda sônica. A única coisa que possuo para resolver meus problemas.
— Não parece exatamente uma arma - Denotou Arya olhando para o objeto com curiosidade.
— E não é, se trata de uma ferramenta. Segure um pouco - A Stark pega o objeto e começa a estudá-lo sem compreendê-lo direito, apenas concluindo uma vez mais que o Doutor era um completo pirado.
— O que vai fazer com isso? - Pergunta Arya inconformada.
— Vou verificar se aquele barco que Tyrion falou está muito longe.

Rose observa Arya e o Doutor conversando com uma certa intimidade, o que a deixa levemente nervosa, enquanto Tyrion caminha como se nunca tivesse passado por ali. A jovem viajante do tempo logo percebe o comportamento do anão e acha graça.
— O que está fazendo?
— Respirando ar limpo de liberdade. Não tem ideia do que é passar meses em cativeiro - Declarou o pequeno Lannister aliviado - Acredite, já fui prisioneiro vezes suficientes nessa vida para saber que o crime não compensa. Talvez morrer na Muralha seja mais digno.
— Acho que estamos longe de conseguir aquilo que almejamos - Comentou Rose decepcionada.
— Eu também, mas está aí algo que me motiva a viver. Essa luta constante para chegar vivo no futuro é algo a se saborear com gosto, tanto quanto uma boa bebida.
— De onde venho há muitas bebidas, mais do que aqui posso garantir.
— Se não for longe demais, gostaria de provar algumas dessas delícias, ao menos antes da Rainha dragão me matar.
— Porque a chama assim?
— Todos a chamam assim desde que saímos da Brasa Ascendente. Foi uma exigência, um novo título mais intimidador e direto para quem ousar entrar em seu caminho.
— Essa Brasa Ascendente me parece um lugar bem tenebroso.
— E de fato é, foi ali que Daenerys...que a Rainha dragão mudou de fato. Passou a ter um ego tão inflado quanto sua sede por sangue.
— Bem, o Doutor sempre foi muito bom em lidar com gente assim.
— Estou vendo pela própria Stark. Se qulquer outro estivesse no lugar do Doutor, receio que ela teria matado - Tyrion observa Arya e o Doutor se abaixarem, então diminui o tom de voz - Ele é um bom homem, sei quando vejo um porque nunca vi um olhar daqueles.
— Ele é sim - Afirmou Rose abrindo um sorriso que fez Tyrion refletir por alguns instantes enquanto olhava do Doutor para ela. Tyler sinaliza para o Lannister se abaixar e logo estão os quatro olhando para a costa - O que encontramos?
— Tyrion - Chamou o Doutor puxando o anão para perto - Aquele é o navio onde estava?
— É aquele mesmo. Quem diria que iriam zarpar tão cedo?
— Arya - O Doutor encara a garota segurando sua mão no momento em que iria tocar a Agulha e sua adaga - Pega leve dessa vez, por favor.
— Confie na minha palavra, Doutor de Gallifrey - Depois de um sorriso constrangedor, a jovem Stark corre silenciosa e agilmente pela praia até o navio enquanto os três a observam de longe.
— Quantos tempo até as Ilhas de Sal? - Questiona o Doutor guardando a chave de fenda.
— Três dias, no máximo. Com o vento a nosso favor é provável que seja em menos tempo que isso.
— Excelente. Vamos voltar para King's Landing antes que sua irmã tenha tempo de tramar alguma loucura - Concluiu o senhor do tempo direcionando o olhar para o navio.

O Doutor olha para o navio ansioso, até que Arya levanta uma bandeira branca, fazendo o senhor do tempo dar um sorriso contente.
— Vamos logo - Os três correm praia abaixo com o alienígena na frente, até que um grupo de soldados emerge das árvores e segue o grupo até cercá-lo por completo. O líder desce de seu cavalo erguendo a lança para o Doutor, que coloca-se à frente de Tyrion por precaução.
— Este homenzinho deve vir conosco - Esclareceu o soldado sem camisa e com músculos delineados.
— Nem pensar. Quem vocês pensam que são para vir aqui e querer tomar nosso colega aqui? - Indagou o Doutor revoltado.
— Imaculados e Dothrak a serviço da Rainha dragão, vida longa à rainha, e eu sou Verme Cinza, general das tropas da rainha.
— Que prazer conhecê-lo, mas seria mais prazeroso se fizessemos isso do jeito fácil. Temos uma amiga naquele navio que poderia derrotá-los facilmente, então acredito que não estejam em posição de negociar - Observou o Doutor tirando a lança do seu perímetro - Fora que você não deve saber muito a meu respeito.
— Não.
— Sou o Doutor de Gallifrey, conselheiro da rainha Cercei Lannister e vim negociar a paz entre nosso lados antes que se derrame mais sangue.
— Pois bem, doutor. Poderá falar com a Rainha dragão assim que chegarmos nas Ilhas de Sal, mas até lá você será prisioneiro junto a seus companheiros de viagem.
— Desde que nosos amigo continue vivo até eu ter minha audiência - Verme Cinza encara o Doutor desconfiado antes de ordenar com um meneio para que seus parceiros Imaculados e Dothrak abaixassem as armas, então eles se aproximam com algemas e correntes.
— Hã, Doutor, você perdeu o juízo? - Questionou Rose tão revoltada e surpresa quanto Tyrion, que não sabia o que fazer naquela hora.
— Ainda não, minha cara. Vamos visitar a Rainha dragão, não era esse o primeiro passo do plano? - Retrucou o Doutor com um sorriso de curiosidade.
— Como prisioneiros?
— Assim todos chegaremos com vida e ainda estaremos seguros até chegar nas Ilhas.
— Devo acrescentar à descrição esperteza e falta de juízo - Afirma Tyrion erguendo suas mãos deixando ser preso pelos soldados, e pouco depois Rose faz o mesmo completamente indignada.

Cercei vaga sozinha pelo lugar onde outrora ficava o septo de Baelor e agora um novo septo se erguia aos poucos, mais belo e monumental que seu antecessor. Mesmo com tudo que havia acontecido, o melhor para King's Landing seria seu povo ver o septo reconstruído. Ela, a rainha, podia não se importar com esse tipo de coisa, mas precisava ao menos uma vez considerar a opinião da população. Sendo assim dar-lhes-ia a construção como pagamento pelos tempos difíceis que King's Landing. Ela continua caminhando até retornar com seus guardas para o castelo, indo em seguida para a sala do trono onde o Mestre aguardava pacientemente o retorno da rainha.
— O que temos para hoje, mestre? - Pergunta Cercei impaciente.
— Nada que eu não possa resolver, majestade. Os problemas foram simplificados de maneira positiva durante essas semanas, e com isso vejo que a satisfação do povo tem aumentado - Explica o Mestre acompanhando a rainha Lannister até o trono.
— Quero que o povo se foda, me diga como estamos com nossos vizinhos mais próximos? Aqueles pequenos casebres que chamam de castelos - Acrescenta Cercei rebaixando as casas sulistas.
— Estamos tendo algum progresso, mas receio que não sejam o bastante para barrar as tropas do norte que, a propósito, se dirigiram às Ilhas de Sal há algum tempo.
— Alguma notícia do doutor?
— Ainda não

, majestade, mas me pergunto a razão de ter dado tanta liberdade a esse Meistre sem sequer considerar a possibilidade dele traí-la.
– Eu considerei mestre e sei onde quer chegar. Já tivemos essa conversa - Lembra Cercei revoltada se retirando do Trono de ferro.
– Eu tive uma notícia. Soube que meia dúzia de soldados Lannisters foram encontrados mortos em uma rota direta para o norte. Mortes limpas dignas de um especialista, talvez um mercenário - Os dois se entreolham enquanto Cercei pensa seriamente sobre o que tinha acabado de ouvir.
– Nesse caso mestre, verei o que posso fazer pelo senhor. Qualquer coisa, meu leal guarda-costas irá até você.
– Fico grato pela confiança em meus serviços, majestade. Garanto que não se arrependerá de me ter ao vosso lado.

Clara está na cozinha preparando o jantar dos nobres junto ás demais cozinheiras quando um Imaculado entra no cômodo com a expressão séria de quem procura alguém.
– Quem é Clara, filha de Osvald? - A jovem limpa as mãos em um pano antes de ir em direção ao soldado.
– Sou eu, porque?
– A Rainha dragão exige a sua presença - Sem mais nem menos, Oswin segue depressa pelow corredores das torres do palácio até uma montanha não muito longe dali onde ela já sabia que Daenerys costumava passear com seus dragões, uma das áreas mais amplas da região, perfeita para um dragão. Ao chegar, ela logo vê Iarcleryn sobrevoando os arredores com uma de suas cabeças olhando a recém chegada enquanto as restantes olham para o céu.
– Imaginei que estaria aqui, majestade - Afirma Clara um pouco tímida.
– Não se acanhe, amiga, sente-se ao meu lado - Oswin o faz sem dizer nada, então as duas se colocam a observar o horizonte coberto pelas ondas do mar antes de Iarcleryn pousar suavemente entre as duas, assustando Clara no primeiro momento - Se lembra dela? É Oswin, nossa amiga, filho.
– Ele está crescendo rápido, não está majestade? - Questiona Clara evitando olhar diretamente para o dragão de três cabeças.
– Eu percebi. Ele cresceu em dois meses mais do que os outros nos três primeiros anos de vida.
– Me perdoe a intromissão majestade, mas não deveria estar seguindo com seu domínio sobre os sete reinos?
– Nós vamos continuar aqui a menos que seja propício sair, e este é um excelente ponto de estratégia. Temos a vantagem de conhecer estes muros, usar as construções a nosso favor e ter Baelish como aliado, em breve seguiremos para o continente em si, mas primeiro preciso que Verme Cinza retorne trazendo a notícia que aguardo ansiosamente - Um Imaculado surge sem fôlego correndo planície acima até parar onde as duas se encontram sentadas.
– O que foi? - Pergunta Daenerys se levantando com a ajuda de Oswin.
– Verme Cinza. Retornou de sua busca - As duas seguem juntas de volta ao castelo, até qu Daenerys para repentinamente.
– Quero que esteja ao meu lado no trono. Se importa?
– De forma alguma - Responde Clara sentindo o peso de sua responsabilidade - Mas seus aliados não se sentirão desconfortáveis?
– Acha que eu me importo? - Uma sorri para a outra antes de seguirem outra vez para o trono das Ilhas de Sal, onde Daenerys espera os soldados, que empurram seus prisioneiros até alguns metros antes do trono, onde um homem de gravata borboleta e roupas peculiares toma a frente enquanto Rose empurra Tyrion para suas costas.
– Porque ele ainda está vivo? - Questiona a Targaryen repleta de indignação.
– Porque ele estava sob a proteção de um civil, e não poderíamos matá-lo - Explicou Verme Cinza tomando a frente de seu grupo.
– Pois bem. O que esse civil quer? - O homem avança para olhar direito a rainha. Suas vestes estão sujas, assim como seu rosto, mas sua visão embaçada logo se recupera e ele reconhece a mulher ao lado da jovem Targaryen.
– Clara?
– Doutor?


Notas Finais


E finalmente, o aguardado encontro aconteceu. O que espera Doutor e sua companhia? Como Daenerys vai lidar com esse visitante em seus domínios?


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