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História A Escolha - Parte 1 e 2 - Futuros pais...


Escrita por: SofiaQuem

Notas do Autor


Pessoal! Mil desculpas pela demora em postar os capítulos de A Escolha e O Contrato! Estou viajando, por isso estou sem tempo, mas logo mais volto com tudo! Beijos!!!

Capítulo 57 - Futuros pais...


Fanfic / Fanfiction A Escolha - Parte 1 e 2 - Futuros pais...

*Nathan POV*

Eu e Amie fomos dar uma volta para conhecer um pouco do resort. O lugar era lindo e muito bem organizado e tinha um bar espetacular.

- Amie, olha esse bar! - exclamei

- uau. Devem ter milhares de tipos de bebidas.

- vem! vamos escolher uma bem exótica! - falei puxando-a

- ahm, Nate, eu não estou com vontade de beber. 

Amie estava meio estranha ultimamente e recusar uma bebida diferente me fez realmente ficar preocupado. Não que sempre bebíamos, mas sempre tomávamos um vinho ou um drinque diferente, principalmente quando estávamos de férias.

- porque? - perguntei sem entender

- eu... eu não estou com vontade... - ela deu de ombros

- mas você sempre quer experimentar bebidas novas...

- Nate, eu não estou a fim.

- o que está acontecendo Amie? você está estranha.

- estranha? eu?

- é. 

Ela me olhava como se quisesse me dizer algo e eu tinha certeza que tinha a ver com o imbecil do David.

- Se é sobre o David eu não quero saber.

Já comecei a ficar nervoso só de pensar.

- David? porque tudo você acha que tem a ver com ele hein? que coisa!

Amie saiu batendo os pés e se sentou em uma das mesas que estavam vazias. Eu aproveitei para ir ao bar e pegar uma bebida.

- uma batida com vodka e um suco de melancia, por favor.

Melancia era a fruta preferida dela. Acho que um suco ela ia querer. Pois é. Eu sou sempre o exagerado e sempre sou o que penso no David, mas se eu realmente estivesse exagerando não teria visto o que eu vi. Me virei com o suco em uma mão e a minha bebida na outra e dei de cara com David e Amie conversando. Aquele cara era meu pesadelo, definitivamente.

- veio beber com a gente também? 

Perguntei cinicamente, com sangue nos olhos.

- é, até que é uma boa... vou até o bar, só um minuto!

Ele saiu sorridente e eu fiquei parado com as bebidas na mão. Eu fui irônico e aquilo não foi um convite, mas ele não entendeu ou não quis entender.

- suco de melancia? - Amie perguntou interrompendo meus pensamentos

- é. Peguei pra você...

Amie fez uma cara de nojo e saiu correndo. Não entendi nada, mas nem consegui ir atrás dela porque o imbecil do meu pesadelo sentou na mesa comigo.

- e ai cara? faz tempo que não conversamos!

- não conversamos, porque nunca tivemos assunto David.

- ah mas agora temos! somos uma família!

- família?

- é. vocês são nossos padrinhos!

- e padrinho é família?

Eu já estava ficando nervoso de novo.

- praticamente.

- David, já que somos parentes, como você diz, não é legal esconder as coisas um do outro certo!?

Ele me olhou sem entender e começou a se mexer na cadeira. 

- ahm, sim, eu acho. - respondeu

- você ainda é a fim da minha mulher?

Eu tive que ser direto. Nunca fui de rodeios.

- que? eu? como?

- não precisa gaguejar. foi só uma pergunta.

Eu tomava meu drinque olhando nos olhos dele, esperando uma resposta.

- você só pode estar maluco. Claro que não.

Ele respondeu sem me olhar, o que me fez pensar que ele estava mentindo.

- você não está sendo sincero.

- qual é o objetivo disso Nathan?

Ele também começou a ficar nervoso, claro, tinha culpa no cartório.

- o objetivo é saber se você ainda tem interesse na minha mulher.

- e qual é o seu interesse em saber disso?

- então você está admitindo que tem?

- não estou admitindo nada. 

Revirei os olhos e continuei a falar.

- David, você nunca me enganou. Não somos seus padrinhos de casamento a toa.

- eu não posso impedir o que você pensa ou deixa de pensar Nathan. 

- então porque fica nos perseguindo?

- eu? perseguindo?

- porque está neste resort?

- porque é novo e queríamos conhecer oras.

- tá.

Fingi que acreditei.

- oi! 

Amie chegou sorridente na mesa e o assunto encerrou.

- porque saiu correndo? - perguntei

- fui até o banheiro.

- não vai tomar seu suco?

- não. obrigada.

É. Realmente ele mexia com ela. Isso estava tão na cara quanto dois mais dois.

- eu já acabei. vamos para o quarto? - pedi

- tudo bem. - ela deu de ombros

- vou dar uma volta por aí. Até mais!

David deu uma última olhada em Amie e ela retribuiu o olhar. Eu não estava louco. Eu não era exagerado! Eu estava entendendo muito bem o que estava acontecendo.

(...)

Ao chegar no quarto eu comecei a arrumar as minhas coisas.

- o que está fazendo? - ela perguntou

- vamos voltar pra casa.

- mas porque?

- porque ou voltamos ou vamos nos separar.

Amie arregalou os olhos e sentou na cama.

- o que?

- eu não vou entregar você de bandeja para o David.

- que? do que você está falando Nathan?

- é isso mesmo Amie! Desde que essa história de padrinhos aconteceu eu não tive mais paz! Ele não quis que fôssemos padrinhos dele a toa! Ele ainda ama você! Quer dizer, ama nada, ele só quer você, tem obsessão por você desde sempre!

- você está maluco Nathan! isso não existe!

- você não percebe, mas eu já entendi tudo e não vamos ficar aqui nem mais um minuto!

- eu vou ficar. Se quiser ir pode ir sozinho. Não vou enfrentar a estrada de novo por causa de um ciúmes bobo.

Eu não acreditava no que ouvia. Cruzei os braços e continuei falando.

- você também está balançada não é? quer ficar aqui com ele? isso foi combinado entre vocês?

Amie levantou da cama nervosa e se aproximou mais de mim.

- você está me ofendendo!

- então me explica, porque quer ficar? porque não tomou o suco? ficou nervosa ao vê-lo? ele ainda mexe com você?

Amie começou a bufar e eu comecei a achar que ela me daria um tapa.

- você está me ofendendo por causa de um ciúme idiota! você só pensa no David e nesse amor que você diz que ele sente por mim desde o colégio. Você está tão cego Nathan, que nem percebe o quanto isso pode desgastar o nosso relacionamento. Está tão cego que nem percebeu que eu estou grávida e que você será pai!

Descruzei os braços imediatamente e pisquei sem parar. Fiquei com cara de idiota e tentando assimilar o que tinha acabado de ouvir.

- eu? pai?

Ela não respondeu. Continuou me olhando com muita raiva.

- Amie, meu Deus! me desculpa... eu...

- está feliz? - ela perguntou ainda séria

- sim! claro! claro que sim!

Comecei a rir sem parar enquanto ela começava a derramar as primeiras lágrimas. Imediatamente a abracei bem forte e pedi desculpas sem parar.

- tudo bem, mas que isso não se repita Nathan.

- Não me chama de Nathan, por favor... 

- é o seu nome.

- mas você só me chama assim quando está com raiva.

- tá.

- porque não me contou antes? desde quando você sabe?

- já faz uns dias. Eu estava assustada, sei lá, queria esperar um pouco. Temos tanta coisa pra fazer na clínica, tantos pacientes e ainda tem a minha deficiência...

- o que tem a sua deficiência?

- meus ossos doem, mais do que o normal agora. Eu sinto a diferença.

- claro. os ossos estão se adaptando ao seu novo corpo.

- acho que precisarei de repouso. 

- mas claro que sim Amie! eu não vou deixar que nada aconteça com você nem com o bebê. 

- mas eu não queria Nate! quero trabalhar! tenho meus pacientes!

- transferimos seus pacientes pra mim, por enquanto. E tem o John também que pode ajudar.

- se fizermos isso vocês não terão mais vida.

- eu vou trabalhar até o nosso filho nascer. Depois disso eu te ajudo e refazemos as nossas agendas.

- eu devia ter me atentando mais ao anticoncepcional. 

- eu acho que esse é um ótimo momento para termos um filho. Você vai ter um filho meu Amie, tem noção disso?

Ela começou a sorrir, finalmente.

- claro que tenho. Eu sempre quis ter uma família com você Nate.

Me enchi de orgulho e nos empolgamos tanto que fomos parar na cama. 

- não vai dizer que vamos incomodar o bebê se transarmos? - ela perguntou com um sorriso torto

- não. Eu sou médico e sei que não vai incomodar em nada.

Ela abriu um sorriso largo e continuamos o que estávamos fazendo.

(...)

No dia seguinte acordamos cedo e fomos para a praia. Eu me sentia outro cara. Eu seria pai e estava assimilando tudo isso. Tudo o que eu pensava era com relação à Amie e ao bebê. Era inevitável.

- vou pedir um suco de...

Eu ia continuar, mas lembrei dos enjoos que ela estava sentindo.

- quer uma água?

Ela sorriu entendendo a minha pergunta.

- quero. obrigada.

Deixei Amie na praia e fui até o bar pegar as nossas bebidas.

- uma água e uma cerveja, por favor.

Enquanto esperava o garçom, tive que falar com o meu pesadelo.

- e ai? bom dia!

- bom dia David.

- e a Amie?

Era a minha deixa. Eu não ia deixar esse cara perguntar da minha mulher na cara dura depois de tudo o que conversamos. Ele tinha que saber que ela seria mãe de um filho meu.

- está enjoada, mas está bem.

- enjoada?

- eu vou ser pai! isso não é maravilhoso?

Eu falei de propósito e David não escondeu a frustração que sentiu. 

- ahm, ah é? poxa... parabéns...

- estamos muito felizes. Agora somos uma família completa!

David me encarava como se estivesse recebendo a notícia de alguma morte. Ele nunca me enganou e a cara dele só provou o quanto ele gostaria de estar no meu lugar.

- eu... eu vou chamar a Cloe para irmos para a praia... - ele disse desconcertado

- e eu vou ficar com a minha esposa e com o meu filho... ou filha... 

Minha cara de felicidade contrastava com a cara dele de decepção. Cara de pau!

(...)

Ficamos a manhã toda na praia. Amie estava linda e radiante, como nunca esteve antes. 

- o que está olhando? - ela perguntou

- vocês. 

Ela sorriu envergonhada e eu aproveitei para beija-la. 

- oi mamãe do ano!

Nos assustamos com os gritos da Cloe. Amie a olhou e me olhou logo depois com cara de interrogação.

- David me contou! parabéns!!! 

- como o David soube? - Amie perguntou sem entender 

- ahm... ah, eu acho que contei pra ele... - dei de ombros

- Nathan! Nem fui ao médico ainda! Eu pedi para você esperar para contar!

- ah Amie, estamos entre família! - disse Cloe

Esse papo de "somos família" me deixava puto!

- Amie, eu fiquei empolgado e acabei contando... - justifiquei

- e porque está sozinha aqui na praia Cloe? - Amie perguntou

- David está mau humorado por algum motivo e eu o deixei no quarto.

Ahá! O mau humor dele tinha explicação e eu sabia qual era!

- porque não ficamos na piscina agora? estou cansada de areia... - disse Amie

E então, fomos para uma das piscinas que havia no resort. Aproveitei que Cloe estava sem o noivo irritante e investiguei o porque deles decidirem passar as férias no mesmo lugar que nós.

- Cloe, porque vieram para esse resort? Alguma comemoração especial em família? - perguntei 

- ah, decidimos de última hora. Foi o David que insistiu e ainda de quebra trouxe a prima chata dele. Não entendi nada, afinal, estamos nas vésperas do casamento e não deveríamos ter saído da cidade. Ainda tem muita coisa pra resolver...

Fechei os punhos de ódio. É óbvio que ele insistiu. Ele descobriu, não sei como, que a Amie estaria neste resort e veio atrás dela. Meu Deus, ele era mesmo obcecado por ela! Pela minha mulher! E eu precisava fazer algo, urgente!


Notas Finais


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