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História A Escolha - A Festa


Escrita por: MrsRidgeway

Notas do Autor


Oie gente,

Cá estou, depois de um tempo, eu sei, com mais um capítulo. Avisarei na page quando postarei o próximo, então, dá uma seguidinha aqui ==> https://www.facebook.com/Mrs-Ridgeway-1018726461593381/

Agora vamos ao que interessa!

Capítulo 19 - A Festa


20h00.

Não se atrase.

 

Revirei os olhos enquanto lia a mensagem no meu celular. Desliguei a tela e joguei o aparelho em cima da mesa novamente, de maneira displicente.

– Vai sair agora? – perguntei ao meu irmão, que levantava da mesa apressado – Achei que vocês só fossem ao cinema mais tarde...

– Ela vai ter aula no final da tarde... – Ron falou enquanto arrumava a louça na pia – Eu vou aproveitar esse tempo antes pra resolver umas coisas da pesquisa de Lupin até dar o horário de ir busca-la.

– Ah, ótimo... – sorri, achando bem conveniente – Tente voltar cedo. Temos que estar no aeroporto antes das cinco da manhã. E você precisa dormir.

– Eu sei disso, réplica de Molly Weasley – ele rolou os olhos – Relaxe, chegarei a tempo. É só um cineminha.

– Sei bem...

Ron riu e me deu um beijo na testa, se despedindo. Ele saiu da cozinha. Pude ouvir o barulho das chaves quando a porta da sala bateu. Com Ron fora de casa, eu pude dar início ao meu plano. Peguei o meu celular e disquei um número conhecido. Uma voz feminina atendeu no segundo toque.

– Oi Ginny...

– O Mione. Tudo bom?

– Tudo sim – ela respondeu, simpática – E com você?

– Tudo ótimo – por enquanto – Amiga, eu posso te pedir um favor?

– Claro.

Sorri. Mione sempre estava disposta a ajudar. Escolhi ser direta.

– Eu preciso que você segure o Ron até tarde hoje.

Hermione ficou em silêncio por alguns segundos.

– O que você tá aprontando agora? – minha amiga indagou. Sua voz mesclava curiosidade e desconfiança.

– Nada de mais. Eu só vou precisar sair e não quero que ninguém saiba disso – assumi. Não tinha porque eu mentir para ela.

– Ginny...

– Mi, por favor... É importante. Você sabe que eu não pediria se não fosse.

Supliquei.  Ouvi um suspiro longo do outro lado da linha.

– Quanto tempo? – Mione perguntou.

– Até às 11h, pelo menos.

– Certo. Eu vou dar um jeito.

– Obrigado, amiga. Obrigado mesmo – agradeci, aliviada.

– Eu tô me controlando aqui pra não perguntar o que você vai fazer – ela deixou escapar, divertida.

     Hermione sendo Hermione.

– Você vai saber, em breve – garanti, embora soubesse que esse em breve não era tão breve assim.

– Tudo bem – Mione concordou. Percebi, pelo barulho de fundo, que assim como o meu irmão ela também estava saindo de casa – E juízo, mocinha...

Eu ri do conselho. Nós nos despedimos logo depois. Aproveitei o tempo livre para passar com Harry, e, no fim da tarde, dei uma desculpa para convencê-lo a me deixar ir embora mais cedo do que o comum.

– Eu preciso descansar, Harry... – argumentei quando ele tentou me prender entre suas pernas – Mamãe deve tá planejando altas coisas pra esse fim de semana. Prevejo que não terei um minuto de tranquilidade.

– Isso deve ser bom... – Harry olhou para o teto, pensativo.

Eu imaginava o quanto devia ser doloroso para ele não saber a sensação do que eu estava falando. Harry sentia muita falta dos pais, mais que tudo na vida.

– Ei... – o puxei para mim, acariciando o seu rosto – Não fica assim...

Ele sorriu de canto.

– Eu tô bem... – seus olhos verdes se fixaram nos meus – Relaxe...

O tom de brincadeira como foi dita a frase me fez rir. Harry puxou minha mão e beijou os meus dedos, um por um, antes de selar os seus lábios nos meus.

– Se divirta na viagem – ele me desejou, sincero – E mande lembrança aos seus pais por mim.

– Mandarei... – confirmei com a cabeça.

Segui rapidamente da casa de Harry para a minha. Como eu já havia deixado tudo pronto, não demorou muito a minha preparação para o jantar. Como Draco havia me dito que era uma reunião formal, optei por um vestido tubinho preto, de mangas compridas e costa nua, e um scarpin da mesma cor. As 19h30 o táxi já me esperava na portaria. Cheguei à mansão dos Malfoys com dez minutos de antecedência. Uma música suave, clássica, tocava longe. Entreguei o meu convite na portaria e um mordomo muito bem vestido me guiou até o salão principal. O lugar estava cheio. Olhei para o lado, distraída, quando senti mãos grandes e frias pousarem levemente sobre os meus ombros.

– Pode deixar que eu acompanho a Srta. Weasley daqui em diante, Simon. Muito obrigado por conduzi-la até aqui.

– Não há de que, senhor.

O homem chamado Simon fez uma reverencia com a cabeça, em respeito, e se afastou logo em seguida. Lucio Malfoy estendeu o braço para que eu me apoiasse.

– Admiro que fiquei surpreso quando vi o seu nome na lista de convidados – ele começou a me conduzir em direção ao centro.

– O senhor confere as listas de convidados? – perguntei, um pouco surpresa – Digo, achei que não se importasse com esse tipo de trabalho...

– É sempre administrar de perto quem entra ou sai da nossa casa, não acha?

O dono da SeMz me encarou. Assim, de perto, ficava mais nítido os traços que o filho herdara dele. Não consegui identificar o verdadeiro tom do comentário que ele fizera. Optei pelo silêncio, por não saber o que expressar.

– Hoje é um dia muito importante para todos nós - Lúcio continuou a conversa tranquilamente – Acredito que o meu filho não tenha especificado no convite, mas toda essa festa tem um grande propósito...

Ele sabia quem havia me convidado. Isso não me parecia bom.

     Parecia péssimo, na verdade.

Lúcio parou na frente de um dos garçons, por uns instantes, e ofereceu para mim uma das taças de champanhe da bandeja. Eu aceitei. Logo em seguida ele pegou uma da mesma para si. Eu me senti tensa ao perceber que os olhares começaram a se voltar para nós. Aposto que todos estavam se perguntando quem era a ruiva interesseira de braços dados com o poderoso chefão da área.

– Hoje é um dia muito especial, Weasley, um dia para comemorarmos – ele disse, bebericando um pouco do líquido na taça – Você poderia me dizer por quê?

– Hoje é aniversário da sua esposa – respondi, num tom coloquial, ainda sem tocar na minha bebida – Meio século de vida deve ser celebrado com louvor.

Lúcio sorriu de canto, arteiro.

– Claro... – o dono da SeMz assentiu – Não é bom passar em branco, não é mesmo?

Resolvi arriscar.

– Lógico... – tomei um gole de champanhe, fingindo casualidade – E é um prazer ter sido convidada para participar desse momento tão importante, principalmente quando grandes representantes e potenciais investidores da indústria agrícola e fármacos estão presentes nessa festa ilustre.

É lógico que eu havia sondado muito bem para onde eu estava indo, ainda que eu não soubesse muito bem o que eu estava fazendo ali. Percebi que o sorriso do meu chefe ganhou maiores proporções.

– Uma boa menina sempre faz as lições de casa.

– Todo mundo quer ter um destaque na vida, senhor. Eu não faço por menos.

Lúcio me encarou. Eu sustentei o olhar de volta, na mesma intensidade. Era estimulante jogar aquele jogo. Paramos no centro do salão.

– Eu vejo vontade em você, Weasley... – ele disse, enérgico – Você tem chance de se destacar entre os meios. Tem inteligência para conquistar o seu espaço.

– Obrigada... – agradeci, um pouco tímida.

– Você pode obter muito sucesso no que almeja, e isso é bom. Tanto para você, quanto para mim. Entretanto, o meu hábito de investidor me faz analisar as probabilidades, sabe?  – Lúcio acenou para um engravatado corpulento, que retribuiu o gesto – Eu sou um homem de negócio, Ginny, preciso de garantias...

Franzi a testa, confusa.

– Não entendi, senhor...

– Olhe ao seu redor. Você foi a única estagiaria boa o suficiente para ser convidada para essa festa, independente dos motivos que tenha levado a esse convite, como uma relação mais estreita com o meu filho. O ponto é que você soube se colocar. Entre todos, você se destacou. Eu admiro esse potencial que eu vejo em você, Ginny. O que me resta saber agora é qual percentual dele está direcionado para a SeMz. Ou melhor, o quanto eu posso ganhar investindo em você?

Há uns meses atrás, ouvir aquilo seria como estar realizando um sonho na minha vida. Porém ali, naquele momento, encarar essa proposta era como se estivessem me oferecendo alguma comida estragada. Revirava o meu estômago. Me dava nojo.

– Quando queremos que uma fórmula química tenha sucesso, colocamos reagentes em excesso. Isso aumenta a possiblidade que o produto final seja totalmente formado. Tudo na química é experimental – lancei um sorrisinho desafiador.

Lúcio entendera as referencias. Ele meneou a cabeça, em concordância e sorriu de canto.

– Todo bom investimento vem de um palpite de risco.

– O senhor só vai saber o que vai ganhar, se estiver disposto a aplicar nisso.

     Xeque-mate.

Guardei a sensação de trinfo dentro de mim. O dono da SeMz me encarou mais uma vez e estendeu a sua taça, quase vazia, na minha direção.

– Então brindemos a probabilidade? – Lúcio sugeriu.

Aceitei a proposta.

– Ao progresso... – ele disse.

– Ao progresso... – repeti.

O tilintar do vidro se chocando foi breve, porém preciso, e aconteceu bem a tempo de Draco se aproximar de nós.

– Aproveite a festa, Srta. Weasley – Lúcio beijou a minha mão, cortês, quando o filho apareceu ao seu lado – É uma honra contarmos com a sua presença aqui.

– Fico lisonjeada... – respondi, no mesmo tom educado.

Draco cumprimentou o pai, que se afastou logo em seguida. O loiro mais novo substituiu o lugar ao meu lado. Draco olhou o meu vestido sem nenhuma vergonha na cara.

– Você sempre gostou de chamar atenção assim, Weasley? – ele perguntou, analisando as costas nuas da peça de roupa pelo canto dos olhos.

– Sim... – respondi prontamente – Eu nasci pra isso.

– Depois dizem que é o meu ego que bate lá no teto.

– Tanto faz... Devo estar aprendendo com você, de qualquer forma.

O loiro soltou uma gargalhada.

– Por que todos os ricos de berço constroem mansões absurdas pra poucas pessoas morarem dentro? – indaguei, um pouco incomodada, dessa vez realmente observando a casa ao meu redor.

A mansão dos Malfoys era clássica, sofisticada e primorosa, mas totalmente destituída de significado para mim. Era um lugar vazio. Não tinha aquele ar de lar doce lar que eu estava acostumada a sentir quando voltava para casa.

– Isso aqui é um poço de extravagância – completei, pegando mais champanhe na mão de outro garçom que passara na minha frente.

– Talvez seja pra compensar algo – Draco respondeu. Ele não parecia irônico como sempre.

– Tipo?

– Não sei.

Ele deu de ombros, com as mãos nos bolsos da calça social provavelmente caríssima que estava usando. Draco olhou para os lados, se certificando de que não tinha ninguém nos observando. Assim que percebeu que estava tudo limpo, ele me arrastou em direção ao outro cômodo mais reservado. Atravessamos umas três salas e um corredor extenso.

– Você foi feliz aqui? – perguntei, olhando em sua direção, enquanto caminhávamos.

– Como...? – Draco se virou para mim, sem diminuir o passo.

– É... – insisti – Enquanto você viveu aqui, você era feliz? Esse lugar te trás boas lembranças?

O loiro me fitou por alguns segundos, contudo não me respondeu. Preferi não insistir. Bem mais ao fundo, entramos em um hall que era maior que a metade do meu apartamento. O lugar estava completamente vazio. Era uma parte mais reservada da mansão. Subimos um lance não muito grande de escadas. Me deparei com um enorme quarto luxuoso. Uma cama king size, bem arrumada com lençóis claros, que pareciam finos e delicados, se destacava no meio do cômodo. Mais ao canto havia um mini escritório organizado, como se fosse a replica da sala de Draco na SeMz. Do lado aposto, uma pequena área de lazer, com alguns assentos, estantes e uma grande televisão presa ao painel.

O loiro fez sinal para que eu me sentasse em um dos sofás capitonê, que ficava próximo à sacada, e fechou a porta do quarto.  Ele andou até uma garrafa de whisky, apoiada em cima da mesa lateral, e se serviu.

– E então... – Draco se manifestou pela primeira vez desde que saímos do andar inferior – Aceitou a proposta do poderoso Lúcio Malfoy?

– Quem te disse que ele me fez uma proposta? – rebati, surpresa.

O loiro juntou as sobrancelhas, descrente. Ouvi o barulho das pedras de gelo batendo no fundo do copo.

–Você que o convenceu a me dizer aquelas coisas... – eu disse, ligando os pontos.

– Na verdade não... – ele respondeu, se sentando na poltrona que ficava de frente a minha e cruzando as pernas – Eu não tenho nenhuma responsabilidade sobre a imagem que ele carrega de você. Esse mérito é totalmente seu.

– Então como você sabe que ele me fez uma proposta? – repliquei, insistente.

– Digamos que eu tenha condicionado a situação... – Draco olhou para cima, sorrindo, como se estivesse se lembrando de algo – O meu pai já queria te fazer essa proposta há algum tempo.

– Por quê? – questionei, confusa.

– Creio que ele tenha te dito os motivos...

O loiro mexeu sua bebida displicentemente. Eu me ajeitei no assento, inquieta.

– Por que você me trouxe aqui? – perguntei, enfática.

– Aqui onde? No meu quarto? – Draco adotara o mesmo tom provocativo de sempre, como se estivesse em uma brincadeira – Pode ficar tranquila, Weasley. Eu já te disse que não vou fazer nada que você não queira e...

Eu o cortei.

– Não, não isso – na verdade isso também – Porque você me trouxe a essa festa?

Draco umidificou os lábios com a língua.

– Porque eu quero que ele nos veja juntos.

     Eu não estou entendendo mais porra nenhuma.

– Isso vai totalmente contra o que nós combinamos no início... – falei, colérica.

– Não, não vai – Draco negou, de forma tranquila.

– Tem certeza que isso tudo é mesmo necessário?!

– Sim. Se a gente quiser que o plano vá à diante.

Suspirei de maneira violenta e impaciente. O loiro não pareceu se abalar.

– Você não tá mais seguindo o caminho certo, Draco. Dá pra ver no seu rosto que tem algo errado!

– Não tem – ele insistiu – Você só precisa confiar em mim.

Por que as pessoas viviam me dizendo aquela frase? Era o Harry com o assunto do passado dele, o Ron com o assunto de Londres, e, agora o Malfoy com esse assunto.

– Confiar em você...? – naquele momento isso parecia um absurdo – Por que eu deveria confiar em você?

Draco passou os dedos finos pelo cabelo. Ele se levantou novamente e preparou outra dose de Whisky, dessa vez bem mais rápido que antes.

– Existia uma pasta – Draco voltou a se sentar, dessa vez no mesmo sofá que eu ocupava – Um dossiê, na verdade. Uma pasta com documentos arquivados que provam todas as suas fraudes que Lúcio Malfoy cometeu. Prova toda contaminação do rio, todas as falsificações pra encobrir o despejo do material tóxico, todos os subornos que ele pagou pra que nada venha à tona. É um dossiê com tudo, tudo de podre que ele vem fazendo ao longo dos anos.

Permaneci calada, somente escutando.

– Meu pai ficou louco quando soube da existência dessa pasta. Ele mandou destruir o dossiê e, junto com os documentos, mandou dar fim na pessoa que havia reunido todas as provas.  E, como se fosse um deus imortal, Lucio Malfoy continua reinando, intocável.

Era visível que existia uma mágoa muito grande entre Draco e o pai.

– Quem era essa pessoa? – perguntei, baixinho.

– Isso não é importante no momento. Ele já está morto mesmo.

Um arrepio estranho se espalhou pela minha espinha.

– Eu pedi a sua ajuda porque eu achei que seria outra forma de provar o que o Lúcio vem fazendo. Mas eu acabei percebendo que isso não seria o bastante. Eu precisaria de muito mais pra colocar o meu pai atrás das grades, e uma análise qualquer não tem força suficiente pra fazer isso – Draco bebeu um gole generoso de whisky – Eu continuei procurando outros meios, mas já quase sem esperanças. Foi quando eu descobri uma coisa muito interessante...

– O quê? – inquiri rapidamente. A curiosidade foi mais forte que eu.

Ele sorriu anasalado. Seus olhos acinzentados tinham um brilho meio insano.

– Existe um segundo dossiê.

Arregalei os olhos.

– Co- como assim?

– Existe um segundo dossiê – o loiro apontou para mim, dessa vez sorrindo abertamente – E sabe o melhor de tudo? Ele está lá, dentro da nossa querida SeMz.

Meu queixo foi ao chão.

– Mas como nada é fácil demais, eu não posso pegá-lo. Não faço a mínima ideia do local exato onde esses documentos possam estar. Seria muito amador caso eu saísse vasculhando cada gaveta daquele lugar. Então é por isso que você está aqui hoje, Ginny. Eu quero que sua imagem se associe a minha dentro daquela empresa. Eu quero se seja comum que as pessoas te vejam circulando por cada canto da SeMz. Que seja comum que o meu pai te veja como alguém de extrema confiança. Porque aí ele vai colocar dentro do ciclo protegido dele. E depois, uma vez que você esteja lá dentro, você vai me colocar na via desses documentos.

Aquilo era demais para a minha mente. Eu não sabia como reagir diante de todas aquelas informações. Era como se boa parte de mim quisesse cair de cabeça nessa história, investigar a fundo e dar a Lucio Malfoy o que ele realmente merecia. Ao mesmo tempo, a parte restante gritava para eu não me envolver, que aquilo não era problema meu. Era mais que visível que a real motivação de Draco estava bem longe de ser sede de justiça por toda comunidade que estava sendo contaminada com os materiais tóxicos do rio. Altruísmo nunca fora o seu forte. As razões dele eram mais intensas. Eram motivações pessoais.

– Draco... – engoli a seco – Eu não sei se eu quero me envolver nisso.

– Você pode ajudar as pessoas dessa cidade... – ele argumentou. Agora sim o loiro parecia nervoso – Além de que você pode ser famosa, ter destaque se isso tudo vir à tona.

– E do que adianta se eu estiver morta antes disso?! – rebati, nervosa – Seu pai é um monstro! Ele não mede esforços pra ter o que quer e se eu estiver no meio, eu vou junto!

– Você tem que me ajudar, Ginny! Temos um acordo!

– Nosso acordo foi cancelado a partir do momento que eu soube da real gravidade da questão!

Me levantei, exasperada. Antes de deixar o cômodo eu o encarei.

– Você fala do seu pai, mas é tão egoísta quanto ele... – cuspi as palavras – No fundo as pessoas estão certas, não é? Índole vem de berço, e, pelo visto, ninguém da sua família parece ter. Vocês dois são iguais.

Sem esperar nenhuma reação contrária, saí do quarto sem olhar para trás. Desci as escadas um pouco atordoada. Não percebi quando uma presença se aproximara de mim. Quando eu vi, já havia sido pega pelo braço violentamente e empurrada em direção à parede oposta do hall. Eu pensei em gritar, mas o homem foi mais rápido, pondo a mão na minha boca, de modo a abafar qualquer som. Uma porta foi aberta e o dono da mão que me apertava com força me empurrou dentro do espaço. Caí no chão, batendo o meu joelho com força no assoalho.

– Então é você, Weasley, a vadia que tá ajudando o filhinho do Malfoy?!

Mesmo sentindo dor, me arrastei rápido o suficiente para encarar o meu agressor, assustada. Eu reconhecia aquela voz.

– Justino... – o chamei, baixinho.

O chefe do meu departamento me encarava, com os olhos vermelhos. Pelo odor que exalava forte, a aquela distância entre nós, eu pude julgar que ele havia bebido. E não tinha sido pouco. Justino levantou a beirada da camisa e eu vi cabo de uma faca.

Meu coração bateu ainda mais acelerado.


Notas Finais


Então, meus amores. O que vocês acharam do capítulo?
Deixem aqui embaixo os lindos comentários de vocês. Pode até não parecer, mas eu preciso muito do review de vocês.

Pra quem quiser acompanhar o outro lado da história, esse capítulo faz ligação com dois outro lá n'A Troca, então:

==> Se vocês desejam saber se a Mione realmente conseguiu prender o Ron pelo tempo que a Ginny pediu, dá uma lidinha no capítulo 21 - "O Conselho"


Beijos!


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