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História A Escolha - A Convidada


Escrita por: MrsRidgeway

Notas do Autor


Oie gente!

No finzinho da noite, mas eu cheguei. O importante é isso, haha.

Espero que vocês gostem do capítulo. Agora vamos ao que interessa!

Capítulo 20 - A Convidada


— Aquele Mauricinho filho da puta acabou com a minha vida! O que ele acha que está fazendo?! Por causa dele eu fui demitido!

Justino bradou, descontrolado.

— Eu não sei do que você está falando... – tentei me defender – Só me deixe ir embora...

Ele não parecia estar me escutando.

— O loirinho sabe do meu dossiê... – ele falou, quase sussurrando – Meu dossiê...! Eu consegui a cópia, sozinho, sabia? Mas aí o filhotinho do Lúcio achou que deveria se meter nisso. Ele montou toda uma ceninha patética e o paizinho idiota dele caiu. Eu fui demitido por justa causa por causa dele.

O homem deu alguns passos na minha direção. Eu não tive nenhuma reação além de me encolher ali no chão.

— Mas ele não vai ter o que ele quer... – Justino sorria ensandecido – Eu guardei muito bem todos aqueles papeis. Ninguém além de mim sabe onde eles estão. E, assim que conseguir entrar na SeMz de novo, eu irei pega-los de volta. E aí sim eu terei a minha vingança. Tanto o pai quanto o filho irão me pagar...

Eu precisava sair daquela situação. Tentei convencê-lo outra vez.

— Justino... – o chamei, trêmula – Eu não sei sobre o que você tá falando, eu juro. Eu nem imaginava que você tinha sido demitido.

— Não queira me fazer de imbecil, Weasley!

Ele avançou na minha direção, com a faca em punho. Tentei levantar, mas ele foi mais rápido, me segurando pelos cabelos.

— Todos pensam que eu sou um imbecil, um vendido – ele sussurrou no meu ouvido – Mas eu não sou. Eu só tenho algumas ambições na vida, isso é algum crime, Ginny?

— Não... – respondi.

Lágrimas rolavam pelo meu rosto.

 – Por favor, Justino, me solta...

— Então... – o bafo de álcool adentrava pelas minhas narinas, constante – Por que não deu certo? Por que você e o seu amiguinho resolveram armar pra mim?

— Eu não sei do que você tá falando... – blefei, pela última vez, esperançosa – Draco e eu temos outro tipo de relação...

Pela primeira vez desde quando ele chegara, vi que Justino abrandou suas expressões.

— Wow, wow, wow Weasley – ele sorriu, malicioso – Parece que eu não sou o único que quer crescer na carreira...

Senti a mão no meu cabelo afrouxar e agradeci mentalmente por isso. contudo, a faca continuava na direção do meu pescoço.

— Cada um joga com as armas que tem... – eu disse, na intenção de abranda-lo.

— Não sabia que você era dada a esse tipo de serviço...

— Não sou. Com ele é diferente.

— Sei bem... – Justino continuou falando ao meu ouvido, agora mais perto que antes – Todas dizem a mesma história...

— Eu não sou igual a todas – rebati, nervosa com a proximidade.

Ele passou a ponta da faca pelo meu rosto.

— Mas talvez você possa abrir uma exceção...

Justino me empurrou até a parede, violento. Sua mão livre me acariciou por entre as coxas.

— Eu nunca havia te dito isso antes, mas eu sempre achei você bem gostosinha, Weasley – ele disse, enquanto eu tentava impedir que a sua mão subisse para outras partes do meu corpo – E esse vestido te deixou mais ainda...

— Não, Justino... – as lágrimas caiam dos meus olhos sem controle – Por favor, para com isso...!

— Por quê? – ele beijou o meu pescoço e eu fiquei com nojo da minha própria pele – Eu também gosto de me divertir de vez em quando...

— Eu não quero! – bradei, quando ele apertou forte a minha cintura – Me deixa ir embora!

— Por que você não quer, Ginny? Por que eu não sou influente como o Malfoyzinho? Ou por que eu não sou rico como aquele seu namoradinho? Como é mesmo o nome dele? Potter, não é?

Soltei um soluço, totalmente impotente naquela situação.

 – Não chora, Weasley... – ele beijou o meu pescoço novamente – Eu não suporto ver uma mulher chorar...

— Me solta! – tentei empurra-lo, mas a dor no meu joelho e a nossa diferença de tamanho dava vantagem a ele. Ainda sim continuei tentando – Seu maníaco, me solta! Socorro!

— Cala a boca! – tive a minha cabeça empurrada com força contra a parede atrás de mim.

Minha visão ficou temporariamente turva. Justino pressionou a faca contra a minha barriga.

— E nem pense em gritar novamente, Weasley – ele avisou – Ou você não sai daqui viva...

Meu vestido foi puxado com força para cima. Fechei os olhos, já quase sem forças para me debater. Foi quando escutei um baque forte e o peso que me pressionava a parede diminuiu. Dei de cara com uma mulher da minha altura, com cabelos tingidos de rosa chiclete. Ela também estava arrumada para a festa. A mulher segurava o resto do vaso de vidro que havia acabado de quebrar na têmpora de Justino, com os olhos arregalados.

— Ele conseguiu fazer alguma coisa com você? – ela perguntou, preocupada.

Eu estava tão sem reação que só consegui balançar a cabeça, indicando que não.

— Ótimo... – ela ofegou. Justino se moveu devagar, se recuperando – Vem, passa pra cá...

Não esperei ela chamar duas vezes. Corri, com um pouco de dificuldade, para trás dela.

— Tem uma porta, é a ultima do corredor, antes do salão – a mulher pegou a faca jogada no chão e se virou na minha direção – É uma sala de estudos. Assim que você entrar nela, vai ver que tem uma varanda. Saia por lá.

— Mas e você? – perguntei, assustada – Ele é perigoso.

— Não se importe comigo. Nele eu dou um jeito – ela me garantiu, segura – Agora vá!

Recebi um olhar de ordem, que eu não me atrevi em contestar. Nesse meio tempo pude reparar algo muito semelhante nas expressões da mulher, mas não consegui me lembrar com quem eu estava fazendo aquela relação.

— Rápido, antes que alguém chegue!

Descongelei de onde eu estava. Me adiantei até a porta, mas voltei rapidamente. Dei um chute na costela de Justino. Ele se contorceu de dor. Retornei, me sentindo um pouco mais vingada. A mulher riu.

— Obrigada... – agradeci, extremamente sincera.

— Não há de quê – ela respondeu – Agora vaza, Weasley.

     Como ela sabe o meu nome?

Eu estava tão nervosa no momento que não parei para debater sobre isso. Saí porta a fora, seguindo as instruções que ela mandara.

Cheguei em casa quase um hora depois. Mione havia cumprido bem o combinado, pois Ron ainda estava com ela. A primeira coisa que fiz assim que pus os pés no meu quarto foi tirar aquele vestido e joga-lo no lixo. Logo depois, segui direto para um baixo bem demorado. Eu precisava expurgar do meu o que tinha acontecido naquele escritório. Esfreguei cada cm² do meu corpo com um cuidado adicional. Enquanto fazia isso, voltei a chorar. Mesmo morando quase toda a minha vida em uma casa com sete homens, eu nunca havia me sentindo tão fraca e debilitada quanto eu me senti dentro daquela mansão. Agradeci aos céus pela minha família. O respeito tinha cultivado em cada um de nós, em mim e nos meus irmãos, desde o berço.

Saí do box com o rosto vermelho. Como eu tinha me deixado entrar naquela situação? Eu sempre soube que o Draco era problema certo. Desde quando eu o conheci, dois anos antes, ele vivia para tirar vantagens para si mesmo. Eu havia caído na sua lábia naquela época e agora repetira o mesmo erro. No fim o Harry estava certo. As pessoas não mudam, ainda que nós queiramos que elas façam isso.

Mais lágrimas rolaram dos meus olhos. Me deitei na minha cama e abracei um dos travesseiros. Fiquei naquela posição por um bom tempo, até que escutei um barulho de chave na fechadura. Ron havia chegado. Ele chamou pelo o meu nome assim que pisara na sala. Eu não respondi. Não queria que o meu irmão me visse daquela forma. Desde criança, Ron sempre fora muito protetor. Ele não se convenceria fácil, caso eu inventasse uma história, e naquela noite eu não tinha mais nenhuma força para mentir para mais ninguém.

Meu irmão me chamou mais algumas vezes até se convencer de que eu já tinha pegado no sono. A porta do quarto ao lado foi fechada, o que significava que ele também estava indo dormir. Permaneci acordada por muito mais tempo, sem conseguir pregar os olhos. Só dormi de fato depois de tomar um anti-inflamatório para a cabeça e para o joelho. Ainda sim, acordei bem antes do horário do voo. Me arrumei com um zelo a mais, para que ninguém percebesse o meu semblante cansado.

Quando Ron levantou, quase em cima do horário, eu já estava quase pronta. Só me faltava um detalhe, o anel que Harry havia me dado. O coloquei dedo anelar, decidindo que não o tiraria dali até que fosse realmente necessário. Admirei a joia por um tempo, me perdendo no significado dela. Me prendi a essa lembrança feliz para poder sair do quarto como se nada tivesse acontecido na noite anterior.

— Bom dia... – o cumprimentei, sorrindo.

— Bom dia – Ron respondeu, resmungando – Quanto tempo eu ainda tenho?

Olhei no relógio da cozinha.

— Vinte minutos... – falei.

— Tá suave... – ele bocejou, enquanto guardava umas ultimas coisas na sua mala.

Eu ri.

— Como foi o cinema ontem?

— Tranquilo.

— Só isso?

— O que mais você quer que eu diga?

Ron se virou pra mim, com uma cara engraçada.

— Nada... – disfarcei, dando de ombros – Achei que vocês tivessem, sei lá, saído pra outro lugar.

O meu irmão sacodiu a cabeça, negando, antes de entrar novamente no seu quarto para tomar banho.

A viagem foi tranquila. Ron dormiu durante praticamente todo o percurso. Eu aproveitei para manter a leitura em dia. Um pouco depois de duas horas que havíamos embarcamos, chegamos ao nosso destino. Na área de desembarque, nosso pai nos esperava. Aproveitei para matar a minha saudade já dali.

— Estava com saudades... – eu disse, apoiando a cabeça no peito dele, após correr na frente de Ron para abraça-lo.

 – Também estava, minha menina. Dos dois... – papai falou amavelmente, de mim para o meu irmão – Sua mãe acho que ainda mais. Ela já me ligou três vezes desde a hora que eu cheguei aqui.

— Por que ela não veio também? – perguntei.

— Ela ficou preparando algumas coisas pra quando vocês chegassem – mamãe sendo mamãe— Tem comida o suficiente pra alimentar um batalhão do exército.

Vi que os olhos do meu irmão brilharam ao escutar aquilo.

— O esfomeado aqui deve estar adorando isso – bati no ombro de Ronald e papai riu.

Meu pai pegou minha mala e Ron também começou a arrastar a dele. Saímos da área de desembarque e andamos em direção ao carro.

— Repetindo... – meu irmão começou a se justificar – Eu sou grande. Preciso de sustentação.

— Antes você era magro, meu filho, e ainda sim já comia feito um desesperado – papai disse, entrando na brincadeira.

— Tá vendo... – cutuquei o meu irmão.

— O que é isso?! – ele alardou, inconformado – Um complô em prol da minha subnutrição? Mamãe sabe disso?

Nós rimos.

— Sua mãe vai adorar ter o comilão preferido dela e volta – meu pai passou um braço pelas costas de Ron, dando batidinhas, antes de entrar no automóvel.

— Ei! E eu?! – reclamei, enciumada, me sentando no banco dos fundos.

— Cala a boca, Polegarzinha – Ron se sentou no banco do carona – A celebridade hoje aqui sou eu.

Mostrei a língua para ele. Meu irmão fez o mesmo para mim. Ficamos nesse joguinho infantil de provocação por mais da metade do caminho. Papai apenas nos olhava e interferia de vez em quando. Estava claro nos seus olhos que ele estava feliz por nos ter de volta, ainda que fosse somente por alguns dias.

Mamãe veio nos receber assim que meu pai estacionou o carro. Depois de muitos beijos, abraços afobados e bastantes risadas, nós entramos para tomar café-da-manhã. Papai se despediu de nós, para voltar para a empresa, em meio a protestos da nossa mãe, que estava achando um absurdo ele não ficar para dar atenção aos filhos. Após alguns minutos de convencimento, ela se acalmou e sentou-se a mesa com a gente.

— Mas me conte sobre você, Roniquinho... Está gostando da cidade?

— Bastante – respondi antes de Ron – Até demais.

O meu irmão quase me matou só com o olhar. Eu sei que ele e a Mione tinham começado a se entender por agora e que eles talvez não quisessem deixar isso muito explicito, mas não consegui controlar a piadinha. Por sorte, mamãe não entendeu as segundas intenções da minha resposta e mudou o assunto para a volta de Ron de Londres, o que, por sinal, também não era um assunto agradável. Eles falaram um pouco sobre isso antes da conversa se concentrar em mim novamente.

— E parabéns, Ginny. Também estou muito orgulhosa com o seu desempenho na SeMz – ela estendeu a mão na minha direção e afagou o meu braço – O próprio Malfoy elogiou o seu trabalho pra o seu pai.

Sorri amarela. A última coisa que eu queria lembrar ali era a SeMz.

— Eu só faço o meu trabalho – comentei, querendo enfiar a minha cara no porte de manteiga.

— Largue de modéstia, minha filha – mamãe me repreendeu – Você é boa no que faz e a empresa reconhece isso. Vai ser maravilhoso pra o seu futuro.

     Se eu sobreviver até lá.

— Claro, mãe – concordei, desconfortável, visando encurtar o assunto – Nossa, esse pão tá muito bom...

Mamãe começou a descrever a receita do pão, orgulhosa, o que foi bom, pois desviou o assunto da SeMz. No fim do café-da-manhã eu recolhi a louça e levei até a cozinha, deixando a minha mãe e o meu irmão sozinhos, na sala de jantar. Aproveitei esse tempinho, enquanto lavava as coisas, para me recompor. Voltei a encontra-los na sala de estar, logo depois. Conversamos durante quase toda a manhã e, após o almoço, assim como Ron eu também aproveitei o tempo livre para tentar descansar, porém não consegui. Rolei na cama, de um lado para o outro ainda pensando na minha experiência horrível do dia anterior. Quando de fato consegui pegar no sono, lá pelas quatro da tarde, menos de meia hora depois fui acordada com o barulho do celular tocando. Tateei o criado-mudo até encontrar o aparelho.

— Alô...? – falei, com a voz empastada.

— Boa noite, Ginevra... – Harry falou do outro lado, firme.

Abri os olhos automaticamente.

— Eu esqueci... – já adiantei a explicação – Desculpa...

— Se não fosse pela Hermione, que foi avisada pelo Ron, eu nem iria saber se você tinha chegado aí inteira ou não... – ele fez manha, chateado.

Era estranho, mas ao mesmo tempo engraçado ver o Harry todo super-protetor assim.

— Me perdoa, Harry... – me espreguicei – Eu tava muito cansada, me desliguei. O juro que não foi por querer.

— Hmm,tá certo...

— Tô desculpada?

— Vou pensar no seu caso... – ele me fez rir, divertida – Como tá sendo a viagem?

— Boa... – respondi, alegre – Mamãe já encheu a gente de mimos e de comida.

— Como sempre... – Harry comentou, sorrindo.

— Ela perguntou sobre você... – eu o informei – Reclamou, na verdade, por que você não veio.

— Você não me convidou – ele se defendeu.

— E você viria, por acaso? – rebati, rápida.

Harry ficou mudo por alguns instantes.

— Não sei... – ele admitiu, sincero.

— Pois é... – finalizei, vitoriosa – Não me culpe...

O moreno riu. Conversamos por um bom tempo antes d’eu desligar, já quase na hora do jantar. Tomei um banho, sem pressa, e me arrumei para descer.

O fim de semana transcorreu tranquilo. Na terça-feira seria a minha viagem de volta, então, como o meu aniversário era no dia seguinte, no meio da tarde mamãe resolveu fazer um bolo de aniversário para mim. Nós batemos parabéns adiantado e eu fui pega de surpresa com a entrega de presentes.

— Aqui, minha filha – meu pai estendeu a mão, me entregando um embrulho grande – Os gêmeos mandaram pra você...

— Eles não conseguiram mesmo vir mais cedo? – Ron indagou enquanto comia tranquilamente o seu pedaço de bolo.

— Não... – mamãe que respondeu – Semana de inauguração de loja ou período de festa os dois quase não param em casa. É muito trabalho.

Enquanto eles falavam, eu desenrolei o pacote. Sorri ao ver o que estava dentro. Ron se esticou para olhar.

— Um ursinho de pelúcia? – ele franziu a testa – É isso mesmo, produção?

Meus pais riram.

— Deve ser especial... – objetei, defendendo o meu presente.

— Ahan – ele rebateu, sarcástico – Ele é branco. Deve ter vindo diretamente do ártico.

Rolei os olhos. Percebi que tinha um bilhetinho do lado do ursinho.

— Olha, tem um recadinho – comentei, feliz – Vou ler...

Os três se viraram na minha direção, interessados.

 

Olá, Ginevrinha do nosso coração ♥ 

Quanto tempo, hein?! 

Infelizmente, como você bem deve ter percebido, não conseguimos chegar a tempo para o seu aniversário. Mas, como bons irmãos que somos, enviamos diretamente para você essa coisinha fofa, que reúne em si tudo aquilo de melhor que você sabe fazer. Aperte a sua barriguinha e aprecie a nossa arte.

Ou melhor, a sua arte...

Beijos dos seus irmãos mais bonitos.

 

Fred e Jorge.

 

Dei uma última olhada no papel, ainda sem entender o que aquilo significava. Apertei a barriga do ursinho. Ele soltou uma frase automática, imitando a minha voz.

— Ca-ra-lho!

Ron soltou uma gargalhada ao meu lado. Papai levantou as sobrancelhas, também achando graça. Mamãe encarou a pelúcia, estarrecida.

— Isso lá é presente pra se dar a alguém? – ela questionou, inconformada – Que absurdo!

— Foda-se! – o ursinho respondeu, quando Ron apertou o botão novamente.

Minha mãe pôs a mão na boca, perplexa. Eu não tive nenhuma reação além de rir também. Durante o resto da tarde eu abri os outros presentes e curti um pouco mais a presença dos meus pais. Ron e eu fomos embora ao início da noite. Senti um pedaço do meu coração ficar com papai e mamãe, no aeroporto.

Como nada era perfeito, tive que acordar cedo no dia do meu aniversário. A rotina estava de volta. Me arrumei sem muita pressa e me dirigi até a SeMz, sem um pingo de animação. Cheguei à empresa um pouco mais tarde do que o de costume. Assim que eu passei o cartão de acesso no identificador do laboratório, me deparei com ninguém menos que Lúcio Malfoy e dois dos seus secretários, além dos meus colegas de trabalho.

— Bom dia... – cumprimentei a todos, sem entender o que estava acontecendo.

— Oh, Weasley! – Malfoy me saudou, simpático – Estávamos apenas esperando a sua chegada!

Sorri, falsa, antes de me virar para guardar a bolsa no armário. Olhei para Angel, desconfiada, mas ela apenas fez sinal indicando que não estava entendendo nada também.

— Bom... – Lúcio voltou a falar – Como vocês devem ter percebido, o Sr. Fletcher já não aparece por aqui há alguns dias...

Concordamos com a cabeça.

— Isso se deu porque ele, devido a algumas ações que andava tomando pela empresa não estavam sendo muito bem vistas pela diretoria. Diante disso resolvemos destitui-lo do cargo e afasta-lo da empresa.

Os meus colegas trocaram olhares, espantados.

— Desculpe, senhor... – Angelina pediu a palavra – Mas quando o senhor diz que ele foi afastado o senhor quer dizer o que?

— Que ele foi demitido – Malfoy respondeu, de prontidão.

Engoli a seco. A tal história que o desgraçado contou antes de me atacar era verdade, então.

— Vamos ficar sem trabalho também? – o técnico perguntou, preocupado.

— Não, Sr. Meyer – o dono da SeMz o tranquilizou – Mas espero que essa questão com o Justino sirva como exemplo para todos dentro dessa empresa. De que não compactuamos com a indisciplina e o mau comportamento.

— E quem vai ficar no lugar dele? – perguntei, curiosa – Bem, o senhor sabe que precisamos de um supervisor graduado pra fiscalizar os relatórios.

— Claro, claro – ele balançou o dedo, em aprovação – Já temos um contratado. Porém houve um imprevisto e el...

Malfoy parou de falar e apontou para a entrada. Alguém ajeitava o jaleco no corpo, se preparando para vir até nós.

— Chegou na hora certa! – ele exclamou, assim que a porta de vidro se abriu.

Encarei minha nova chefe, totalmente surpresa.

— Desculpe o atraso – a mulher falou, ainda se ajeitando – O trânsito tá horrível.

— Está tudo bem – Lúcio pôs a mão nas suas costas, virando-a na nossa direção – Estamos falando sobre você.

A mulher sorriu, afável.

— Então deixe eu me apresentar formalmente – ela disse, nos encarando – Eu me chamo Dora Tonks. A partir de hoje eu serei a nova coordenadora de vocês.


Notas Finais


Então, meus amores. O que vocês acharam do capítulo?
Deixem aqui embaixo os lindos comentários de vocês. Pode até não parecer, mas eu preciso muito do review de vocês.

Pra quem quiser acompanhar o outro lado da história, esse capítulo faz ligação com dois outro lá n'A Troca, então:

==> Se vocês desejam saber como foi a viagem na perspectiva do Ron e uma certa conversa que ele tivera com a irmã, em uma das noites, é só dar uma lidinha no capítulo 21 - "O Conselho".

Beijos!


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