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História A Escolha - O Estranho


Escrita por: MrsRidgeway

Notas do Autor


Oie, gente

É, eu sei. Eu estava muito sumida daqui. Mas a culpa não foi minha. Tentei seguir o cronograma certinho, mas acabei ficando sem internet. Quase morri nas ultimas semanas por causa disso. Na verdade eu ainda estou sem, porque o sinal vai e volta, mas me garantiram que tudo está sendo normalizado por essa semana ainda.

Eu dei algumas explicações na page. Para quem não acompanha, aqui vai o link
==> https://www.facebook.com/Mrs-Ridgeway-1018726461593381/
Eu sempre libero datas, links, spoilers e algumas novidades por lá, sobre as histórias. Quem tiver interesse é só dar uma olhadinha.

Já adianto que esse capítulo todo é uma grande surpresa. A tia aqui resolveu inovar, haha.

Agora vamos ao que interessa!

Capítulo 21 - O Estranho


27 de Março de 1993

 

— Cinco!

Lupin e Sirius arregalaram os olhos, divertidos. Lily encarou o marido.

— Cinco o que, James?

— Cinco filhos, ué. O Harry é só o primeiro.

— Você tá maluco, só pode...

Ela riu, jocosa. O sorriso que eu sempre amei ver. Infelizmente eu não era o único. O idiota do Potter sorriu de volta, apaixonado como sempre.

— Eu não vou ter cinco filhos – ela negou a proposta – Desista ou arranje outra esposa...

— Por que não? – ele parecia não estar entendendo o motivo da recusa.

O que era óbvio para mim. Quem iria querer ter cinco filhos com aquele imbecil?

Continuei prestando atenção na conversa, porém fui incomodado pelo barman.

— Mais whisky?

— Deixe a maldita garrafa e saia daqui.

O homem arqueou a sobrancelha, altivo.

— Pagamento adiantado.

— O que você quer insinuar com isso?

— Que eu só entrego a garrafa depois que você pagar por ela.

Respirei fundo. Abri a carteira e entreguei uma nota de 100 a ele. A única que eu tinha naquela noite. O barman deu um sorrisinho irônico e se afastou. Puxei o vidro com o whisky na minha direção e despejei de qualquer forma no copo e voltei a escutar a conversa. Eles comemoravam alguma coisa. Estiquei o meu pescoço para trás, olhando rapidamente o motivo de tanta animação. Percebi que alguém havia chegado.

     Ele.

— Estávamos só te esperando! – Sirius, o idiota dois, clamou, contente.

Anos depois Sirius se arrependeria de ter comemorado tanto aquela chegada.

— Fiquei preso em uma reunião – Ele respondeu, com aquele sorriso falso de sempre – Só consegui sair da empresa agora.

— Seu chefe deve ficar muito orgulhoso com o seu trabalho... – James, o idiota um, comentou – Ah, ops... eu sou o seu chefe!

Todos riram. Não sei de quê.

Vi que Ele sentara ao lado de Lily. Ela sorriu para ele.

— E esse meninão... – ele pusera a mão em sua barriga, já bem visível – Chega quando?

— A previsão é para o final de julho – ela respondeu, amável.

— Julho é?! Ótimo mês para se nascer...

— É o que dizem...

Lily sorriu e outra vez eu me perdia naquele sorriso.

Todas as noites eu me perguntava como eu havia a perdido. Me perguntava como ela tinha se interessado justo pelo Potter. Seria pelo dinheiro, talvez? Acreditava que não. Lily nunca fora assim. Ela nunca se importou com a quantidade de bens em sua conta bancaria, ou com o seu status social. Ela sequer ligava para as roupas que você vestia ou o lugar de onde você viera. Lily enxergava com o coração e para ela isso que importava. Ela via o bem, até mesmo onde ele não existia.

O ponto é que eu nunca a tivera. E esse foi o maior erro da minha vida.

— Acho que podemos bater os parabéns, não? – Lupin, o idiota número três, que por sorte era o menos imbecil de todos, sugeriu.

Os outros acataram a ideia. Alguém fez sinal na direção onde eu estava e uma das garçonetes saiu de trás do balcão, com um bolo médio e cheio de velinhas irritantes nas mãos. Felicitações a James Potter, por mais um ano gastando o nosso precioso oxigênio dentro do planeta Terra. Parabéns para você.

Ao fim das palmas, sempre vem o maldito discurso. Quase todo o bar agora concentrava sua atenção na mesa com o aniversariante e sua trupe chamativa. Mais um dos poderes insuportáveis do Potter, a capacidade insuportável de atrair para si todos a sua volta. Sirius pediu a palavra.

— Bom hoje, estamos aqui para festejar, ainda que brevemente, o aniversário do meu grande irmão, parceiro pra vida, James Potter, que sempre esteve comigo nos momentos que eu mais precisei, ali, lado a lado, e nunca, em momento nenhum, voltou atrás.

Alguns imbecis deram gritinhos. O idiota número dois continuou, logo após beber um grande gole de cerveja, de maneira bem pré-histórica.

— O que quero dizer é que eu desejo pra você, meu irmão, toda felicidade do mundo, hoje e sempre. Assim como eu desejo pra essa ruiva aqui que fisgou o coração do meu amigo – Sirius apontou para Lily, que segurou sua mão brevemente – E pra esse bebê especial que vocês estão esperando, que será muito amado, com toda a certeza do mundo.

Sirius finalizou o seu discurso patético um tanto emocionado. Boa parte do bar aplaudiu o show, comovidos. Virei o copo de vez, garganta a baixo, e o reenchi novamente. Nesse meio tempo, Ele pediu a palavra.

— Eu não tenho tanto a dizer, pelo menos não dessa forma que o Sirius disse... – ele sorriu, falsamente tocado – Mas eu espero que afirmar que eu tenho o melhor chefe do mundo seja o suficiente!

Mais sorrisos. Ele continuou.

— James... bom, o James não tem sido só um grande chefe, mas também um grande amigo. Ele me ofereceu a oportunidade que ninguém nunca havia me dado, e, acreditou no meu potencial, ainda que tudo ao redor dissesse ao contrário.

Ele se virou para o Potter, da mesma forma que uma naja encara a sua presa. Era encantador, mas no fundo, mortal.

— Eu quero te dizer que estarei aqui sempre que você precisar, tentando retribuir pelo menos 20% do que você fez por mim – já ali eu via que Ele estava se preparando para dar o seu bote final – Enfim, feliz aniversário e que você tenha muitos anos de vida.

     Haha, que irônico.

Outra salva de palmas desnecessárias.

— Todos vocês falaram... acho que não sobra mais nada pra mim, né? – Lily brincou, simpática.

— Lógico que não, minha lady – o Potter respondeu, pomposo – Eu sempre terei ouvidos para escutar o que você tem a dizer.

— Principalmente se for elogios a você.

— Pincipalmente.

Percebi que ela riu. Logo em seguida, um estalo. Eles haviam se beijado. Fiz sinal para o barman.

— Meu troco – pedi, sem cerimonia.

O homem estendeu uma nota de vinte na minha direção. Pus a garrafa debaixo do braço e me levantei em direção a saída do recinto, aproveitando a quantidade de pessoas em pé para me camuflar. Já do lado de fora, olhando pela brecha do vidro, vi Lily em pé, gesticulando. Reparei o quanto a ruiva estava linda. Percebi também que a minha camuflagem para ir embora, no fundo, não fora necessária. A minha presença para eles era tão insignificante que nem mesmo ela, ao menos, notara em algum momento que eu estivera ali, tão perto. Seus olhos verdes estavam focados em outro alguém. No Potter, o homem que eu tanto odiava.

Me afastei da vitrine e segui a diante.

 

17 de Agosto de 2015

 

Novamente, a realidade batia a minha porta. Com ela, vinham decisões que eu não queria tomar, mas era obrigado.

— E então, Snape? Como vai ser agora?

Permaneci sentado na cama, de costas, olhando para a foto dela. Da minha Lily.

— Conto ou não ao Potter o que eu descobri?

Moody esperava o meu aval. Recoloquei o retrato no lugar, admirando-o pela última vez.

— Conte – autorizei, seco.

Porém não antes de completar.

— Mas não tudo.

Alastor franziu a testa.

— Por que não? – ele indagou, desconfiado.

— Não está na hora dele saber.

— Por que não?

Como eu odiava quem questionava as minhas ações.

— Porque ele não está preparado. Do jeito que eu conheço o Potter, ele é como o pai dele. Na primeira oportunidade ele vai fazer alguma coisa imbecil e colocar a si mesmo e os outros em risco.

— Se eu não soubesse quem você é, até acreditaria na sua preocupação.

Ignorei a farpa. Me levantei e andei até a gaveta da minha escrivaninha. Retirei um envelope pardo de lá, bem gordo. Entreguei-o a Moody. O detetive não se deu o trabalho de conferir a quantia.

— Eu preciso falar com alguém antes.

— Quem?

— Remo Lupin.

O idiota número três. Eu disse que ele era o menos imbecil de todos.

— Ok... – Moody assentiu com a cabeça – Eu deveria aumentar o preço do meu silêncio, mas admito que estou até me divertindo com toda essa história.

— Você é o único... – sibilei, crispando os lábios.

     Dezessete anos de problema já era mais que o suficiente para mim.

Indiquei a porta, para que o detetive se retirasse. O homem se adiantou, mas parou no batente e me encarou outra vez.

— Só me deixe te dar um conselho, Snape. Não enrole demais. Se o que eu descobri for verdade, vocês podem estar em perigo.

Franzi o cenho, sem entender.

— O que você quer dizer com isso? – perguntei, receoso – O que exatamente você descobriu...?

Moody sorriu, misterioso.

— Que vocês têm muito mais podres do que querem demonstrar.

Sem dizer mais nada, o homem sumiu cômodo a fora. Absorvi sua frase por alguns instantes, mas resolvi não me prender ao que ele dissera. Não era o tempo certo. Naquele momento havia outra preocupação. E essa era mais urgente.

     Ele estava de volta.

Estava aberta a temporada de caça, mais uma vez.


Notas Finais


Então, meus amores. O que vocês acharam do capítulo?
Deixem aqui embaixo os lindos comentários de vocês. Pode até não parecer, mas eu preciso muito do review de vocês.

Beijos, e até o próximo!


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