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História A Escolhida - Balada


Escrita por: Ckjima

Capítulo 1 - Balada


Fanfic / Fanfiction A Escolhida - Balada

   

              Estava olhando para a pista as pessoas se apertavam enquanto o DJ repetia aquela batida pela quarta vez, tomei o resto do drink e saí rumo ao banheiro quando senti meu cotovelo ser puxado. Olhei para trás e pisquei os olhos, por alguns segundos cogitei a possibilidade de estar delirando, lá estava ele... O boy magia... A coisa mais linda que eu poderia imaginar e ele segurava meu cotovelo.

 

—Desculpa... – murmurei e sorri —Pode soltar meu cotovelo?

—Queria falar com você? – Ele disse com uma voz rouca que me fez arregalar os olhos.

—Falar comigo? – murmurei bobamente enquanto éramos empurrados para um canto.

—Pensei que estivesse procurando por mim... – ele franziu as sobrancelhas e eu ri.

—Tá... Você é amigo de quem? Me trolar desse jeito? – respondi ainda rindo.

—O quê? – ele me encarou erguendo as sobrancelhas e sorriu balançando os cabelos.

—Zoou geral... Cara você é lindo... Mas... Tah zoando não é? – perguntei sem paciência.

—Claro que não – ele respondeu e entortou os lábios enquanto eu exalava...

—Aff – murmurei e girei o cotovelo me libertando e entrei no banheiro.

—Uau... Quem é o hot? Como conhece um cara daqueles? – perguntaram me encarando.

—Não conheço... – respondi rindo enquanto esperava na fila.

—Deus, tem gente que tem tanta sorte... – a figurinha vestida como cosplay da Harley queen responde ao seu lado — Se tivesse um cara daqueles comigo... “hashtag me leva seu lindo”.

—Nunca vi na minha vida... – respondi enquanto ela me encarava revirando os olhos.

 

              Saí do banheiro e fiquei na pista por um tempo, procurei pelo tal boy magia e ele havia desaparecido... Tá complexo de Cinderela... Expectativa de sair do banheiro e encontrar o lindo me esperando... É... Típico... Meu jeito é assim, coisas da vida... Depois da carruagem virar abóbora e eu constatar que ele havia me trocado, reuni os caquinhos da minha autoestima destruída e resolvi marchar rumo de casa...

 

              Andava pela avenida e procurava por um taxi quando ouvi um assobio... Aliás um senhor assobio e olhei para trás, meio a luz o boy andava em minha direção, lindo... Cabelos ao vento, coisa de filme... Prendi minha respiração e esperei, ele sorriu e meu coração palpitou... Mais ou menos isso... Sei lá, tinha a sensação de que iria desmaiar...

 

—Quer dividir? – sua voz sensação ai que tudo, parecia me embebedar.

—Dividir – perguntei olhando para o taxi que estava esperando.

—O taxi? – ele apontou para o automóvel enquanto eu sorria bobamente.

—Ah... Pra onde? – O motorista perguntou assim que entramos no carro.

—Jardins... – sua voz melodiosa parecia cantar o endereço.

—Espera... – segurei seu braço enquanto ele sorria.

—O que foi? – Ele respondeu e eu exalei.

—Você mora nos Jardins? – perguntei curiosa.

—Yeap... – ele respondeu dando de ombros.

—Eu não – olhei para ele enquanto ele sorria.

—Te levo pra casa depois. – ele parecia segurar uma risada.

—Boa Noite – ele respondeu enquanto eu descia do taxi e o encarava.

—Você mora aqui? – perguntei enquanto nossos olhos se avaliavam.

—Você quer entrar? – ele perguntou rindo.

—Você disse que iria me levar para casa – respondi balançando a cabeça e pisquei os olhos.

—Eu levo... – ele respondeu e eu prendi o nariz com os dedos.

—Sério? – murmurei rindo sabendo que estava cometendo uma loucura.

—Beber... Algo, está bem? – ele me acompanhou enquanto abria a porta da entrada e subia as escadas —Você mora sozinha?

—Minha família que viajou... – respondi.

—Ah aí aproveitou para ir à balada? – ele disse rindo enquanto eu olhava para o apartamento.

—Isso... Putz o que você faz da vida? – disse olhando para as fotos e as coisas espalhadas sobre a mesa próxima ao sofá.

—Modelo, fotógrafo... – ele deu de ombros – Gostou de alguma?

—Claro... – murmurei rindo enquanto ele me puxava pela mão e segurava meu maxilar, beijando meus lábios sem que eu tivesse tempo para protestar.

 

              Senti seus lábios pressionando os meus e suas mãos deslizarem pelos meus ombros até a mandíbula e sua língua invadiu minha boca. Parei de respirar, pensar, mover, naquele segundo, eu teria que decidir, senti meus dedos segurarem o colarinho entreaberto de sua camisa, senti meu corpo se aproximar ainda mais do dele, senti ele andar para trás como se quisesse se afastar de mim, meus lábios arderam como se estivessem queimando, meus dedos se agarraram à sua camisa desesperados, não tinha coragem de abrir os olhos, me afastar ou soltá-lo, toda raiva que sentia, a vontade de gritar... Todos meus sentimentos cessaram por completo.

 

              Ouvia ao longe o som da televisão do vizinho e sentia nossos lábios se tocando, nossas línguas duelarem, engolia saliva ruidosamente, meu coração bombeava o sangue rapidamente, texturas, odores, sentia tudo potencializado naquele momento, tentava me concentrar em algo que me fizesse afastar dele, os lábios teimavam em continuar aquilo, o gosto da tequila na boca dele fez meu corpo entrar em combustão, minha mente finalmente entrou em colapso e me libertei de uma maneira inconveniente gemendo sensualmente em seus braços, que abafou o som deslizando a mão pelo meu rosto tão surpreso que me fez desmaiar bloqueando minha respiração.



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