Olá, meu nome é Christa. Tenho cabelos escuros e minha pele é muito clara. Meus olhos são verdes, porém, eles são mesclados com o castanho. Sim, eu tenho heterocromia. Meus amigos dizem que é legal e alguns dizem que são lindos. Não gosto de receber muita atenção, isso me enjoa. Mas enfim, essa é minha história e vocês vão entender o porquê eu quis escreve-la aqui. Então que tal começar logo? Não vou mais segurar vocês. Podem começar.
★★ A ESCOLHIDA★★
O vento batia contra a janela fortemente, demonstrando que havia chuva por perto. Podia ouvi-lo assobiar quando passava pela fresta da janela. Ainda estava deitada na cama quando escuto minha mãe me chamar no andar de baixo.
_Christa, acorda!!
Ouvia passos na escada. Me mexo na cama e cubro meu rosto com a coberta.
_Anda, Christa, ou vai se atrasar.
Os passos estavam cada vez mais próximos. Não via a luz do sol em meu quarto. Puxei a coberta ainda mais sobre minha cabeça.
E os passos cessaram.
_Mãe?? -Retiro lentamente a coberta do meu rosto. Agora estou com parte dos olhos cobertos. Abro os olhos lentamente e observo o quarto totalmente escuro. Estico meu braço para o lado e pego meu celular. Acendo a lanterna e passo pelo quarto cautelosa. O cômodo está totalmente vazio. Sem móveis. Sem janela. Ouço um ruído em baixo da cama. Meu corpo se vira para a beirada e minhas mãos tocam o chão. O solo gélido faz meu corpo arrepiar. Desço lentamente a cabeça para olhar em baixo da cama.
Os ruídos param imediatamente quando estou pronta para olhar o causador dos barulhos estranhos. Abro meus olhos e vejo uma pessoa coberta de sangue olhando atentamente para mim. Com um impulso, ela se joga contra meu rosto.
[...]
Me sento abruptamente na cama.
_Filha? -Minha mãe estava na porta do quarto me olhando curiosa. _O que foi?
_Nada, mãe. -Me levanto devagar e vou na direção da porta. _Só tive um pesadelo.
Passo por ela indo para o banheiro rapidamente.
_Não vá se atrasar, Christa.
_Tá... -Lavei meu rosto, escovei os dentes, escovei meus cabelos. Acho que falta o uniforme.
[...]
Fui até a mesa para tomar café da manhã. Meu pai estava sentado lendo um jornal. Minha mãe colocando os ovos nos pratos separados.
_Mãe.
_O que foi, filha?
Me aproximo da mesa e me sento do lado contrário do meu pai.
_Faz tempo que estou tendo esses pesadelos... -Faço uma pausa e olho para meu prato com um ovo brilhante pela gordura e a gema mole. _Você acha que tem alguma coisa errada?
_É normal ter pesadelos, querida. -Ela me olha com um sorriso.
_Talvez devesse ir ver sua tia. -Meu pai abaixa o jornal e diz com seriedade.
_Jason, claro que não. -Ela se senta ao lado do meu pai.
_Esses sonhos podem ser um sinal, Querida. -Ele diz com persistência.
_Ela é meio.... você sabe. -Minha mãe sorri para meu pai e ele sorri de volta.
_Pai, não quero encontrar com a tia Scarlet. Ela é doida. -Abaixo a cabaça e começo a comer devagar.
_Não fala assim, filha. Ela não é doida. Só tem um dom.
_Ah sei. Um dom que pode falar com espíritos ou ver seu futuro. Ela também reconhece pessoas de má influência, neh? Também sei fazer isso e digo que ela não é boa pessoa.
Me levanto rapidamente comendo o último pedaço do ovo. Corro até a porta e ponho meus sapatos.
_Tchau, mãe. Tchau, pai!
Eles se despedem meio entristecidos e eu saio de casa a caminho para mais um dia de escola.
~~~~Continua~~~~
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