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História A Escrava da Nove Caldas - Fuga da Cozinha e uma Chance de Viver!


Escrita por: alexMASTER

Notas do Autor


Segundo cap da fic. Boa leitura.

Capítulo 2 - Fuga da Cozinha e uma Chance de Viver!


Fanfic / Fanfiction A Escrava da Nove Caldas - Fuga da Cozinha e uma Chance de Viver!

 

 

//Hinata PV’S ON//

 

  Assim que atravessamos o portão, fechei os olhos devido uma espécie de flash extremamente forte. Eu esperava que assim que eu abrisse os olhos, visse criaturas terríveis, monstruosas, sedentas de sangue... Mas a primeira coisa que eu vi, foi o rosto do uma mulher hibrida humano-raposa com nove caldas balançando graciosamente atrás da mesma. Ela era incrivelmente bela e sua presença, de alguma forma, me acalmava...

-Imagino que a contagem final seja de quarenta e nove, certo? – ela questionou o enviado.

-Sim Kurama-sama... Matei uma para alimentar esse bando. – ele fez um gesto, mostrando para todos nós.

-As mesmas perguntas, certo? – ela questionou ele novamente.

-Na verdade não... – ele disse sério, enquanto a mulher arqueava a sobrancelha.

-Não? Quais são as novidades? – ela pergunta observando todos nós, mas parando o olhar em mim.

-Uma delas ficou curiosa em relação ao local para onde estava indo. – ele disse calmamente.

-Devo supor que seja a menina de olhos perolados? – ela disse apontando para mim. Corei fortemente.

-Sim. Ela perguntou sobre o nossa vila... Cá entre nós, ela é a única que não demonstrou medo durante a viagem inteira. – ele disse apontando com o olhar para mim.

-Sem medo a viagem inteira? Interessante... – ela se aproximou de mim, lentamente. Meu coração disparou. – Olhe para mim.

-H-Hai... – disse levantando o olhar e encarando aqueles olhos vermelho rubi em fenda. Fiquei hipnotizada por alguns segundos, quando por fim ela se virou.

-Cozinha. – ela disse de forma séria e pude ver o espanto nos olhos do enviado, mas ele nada disse.

-Venha... – disse uma Kitsune, me puxando para uma direção em especifico. – Você causou uma boa impressão na Kurama-sama.

-V-Você acha? – gaguejei meio corada.

-Claro. Do contrário ela não teria escolhido você como refeição já de primeira. – gelei com essa afirmação. Logo chegamos a uma enorme cozinha, mas meu olhar logo é direcionado a uma serie de gemidos de dor e quando olho na direção dos gemidos, percebo várias crianças da minha idade com os pulsos perfurados por uma espécie círculo de ferro.

-O que...? – não pude completar a minha frase.

-Você vai esperar aqui. – ela disse puxando meu pulso. Assim que vi dois semicírculo com pontas bem afiadas já era tarde demais e ambos se fecharam, perfurando o meu pulso e me fazendo lacrimejar de dor. – Sem um único grito de dor? A Kurama-sama tinha razão em trazer você pra cá. Vou preparar os temperos. A Kurama-sama adora uma jantar na cama.

- “Tenho que sair daqui! Mas essa argola de ferro me impede de me mover...” – pensei tremendo de dor. – “Está tudo perdido... Espera!!!”

 

//Flashback ON//

 

-De certa forma foi benéfico... Aprendi a me virar, sem ter que depender dos outros, aprendi que, em momentos onde tudo parece perdido, você tem que acreditar em si mesmo e lutar por uma saída... Mesmo que ela seja dolorosa.

 

//Flashback OFF//

 

- “Lutar por uma saída. Mesmo que ela seja dolorosa!!” – pensei trincando os dentes enquanto me pendurava na argola. Comecei a força-la para abrir. Isso era doloroso, minha mente implorava para que eu parasse, mas num esforço desesperado eu consegui abrir a argola. – “Finalmente...”

-Voltei. Vamos... O que?! – naquele momento ela retornou com vários potes na mão. Sem pensar em mais nada, corri por baixo das pernas dela que se atrapalhou e acabou caindo. – VOLTE AQUI!!!

-O que...? – disse um Kitsune alto na porta para onde eu estava me dirigindo. Sem pensar, lembrando do pouco treinamento que recebi antes de ser mandada pra cá, acertei um dos pontos na perna dele, que se curvou de dor. – ARGH!!!!

-ESPERE!!! – ela gritou, mas eu já tinha saído. Pelos corredores, percebi que a minha fuga tinha causado uma enorme surpresa e os poucos que tentavam me pegar eu driblava rapidamente. De repente, vi uma pequena multidão indo na minha direção. Parei na hora.

-O que é isso? Uma fugitiva da cozinha? – disse um Kitsune forte e de cabelos brancos.

-É a primeira vez que isso acontece. – disse outra Kitsune, surpresa.

 

  Sem esperar uma reação deles, corri para a escada mais próxima e ao chegar ao topo percebi que não tinha ninguém, mas os passos atrás de mim dizia que eu precisava ser rápida, então entrei em um dos inúmeros quartos. Estava cansada, confusa... Sozinha... Foi então que eu notei que o ferimento voltou a sangrar. Logo percebi uma espécie de camisa branca em um penduricalho. Logo eu a rasguei e enfaixei o ferimento, mas assim que eu terminei o curativo improvisado e a adrenalina baixou, todo o cansaço dos últimos acontecimentos se abateram sobre mim de uma só vez, tanto que fiquei tonta.

 

-Espero descansar um pouco... E que eles não me achem... – disse para mim mesma, deitando em uma enorme cama que tinha no quarto. Não demorou muito para que eu caísse no sono, mas minha surpresa maior foi quando eu acordei...

 

//Hinata PV’S OFF//

 

//Kurama PV’S ON//

 

  Assim que eu terminei de catalogar as crianças, fui em direção a cozinha. Queria ver o que a garota de olhos perolados aprontou, pois se apenas um terço do que o Nakato-san me contou for verdade, ela com certeza seria uma grande guerreira. Logo que eu entrei na cozinha a primeira coisa que eu notei foi Jinzo, sentado em uma cadeira, sendo tratado por Kitsunes médicas.

-Pelo visto tiveram problemas por aqui. – disse olhando ao redor, mas minha voz pegou todos de surpresa e pude ouvir um sonoro “BONG” ecoar pela cozinha.

-Itatatai... – murmurou Himiko, enquanto se levantava. – Kurama-sama...

-Parece que a menina de olhos perolados causou grandes problemas a vocês. – ri discretamente, enquanto observava o local.

-Essa garota é imprevisível. Conseguiu, não sei como, escapar da argola, driblar-me, deixar o Jinzo-san com a perna semiparalisada e, ainda por cima, sumir do nada. – ela disse me explicando o que aconteceu e não pude deixar de ficar surpresa.

-Ainda não a encontraram? – perguntei surpresa.

-Não... Ela sumiu no segundo andar. – completou a Himiko-san.

-Que confusão... Mantenham-me informada. Vou para o meu quarto. – disse calmamente, enquanto eles acenavam.

  No caminho, percebi o quanto a fuga da pequena garotinha de olhos perolados causou surpresa e espanto. Todos ajudavam como podiam nas buscas, mas mesmo assim era como se ela tivesse deixado de existir. Mas eu sabia que, por mais que eles procurassem, eu acabaria encontrando ela, num lugar inusitado.

-Kurama-sama... – ouvi o Nakato-san atrás de mim.

-Alguma novidade? – perguntei ainda sem me virar.

-Não. Mas gostaria de saber uma coisa. – ele disse sério e eu me virei para encara-lo.

-Diga. – respondi.

-Você sabia do que a garota era capaz, não é? Por isso a mandou para a cozinha. – ele falou sério.

-Não digo que sabia, pois seria mentira. Mas você conseguiu fazer com que ela lutasse contra o que a aguardava. – disse suspirando.

-Não esperava que ela levasse minhas palavras tão a sério... – ele falou, suspirando também.

-Ela é uma criança. Pelas perguntas que ela fez e as respostas que você deu, era previsível que algo parecido acontecesse. – disse séria. – Vou para o meu quarto descansar. Me mantenha informada.

-Sim. – ele disse se retirando, enquanto eu fui para o meu quarto. Assim que eu cheguei na porta do quarto, percebi que ela estava encostada. Arqueei a sobrancelha imaginando quem teria entrado no quarto.

-Alguém aqui? – abri a porta, sem fazer barulho e a primeira coisa que eu vi foi a minha camisola rasgada. – “Quem raios fez isso?”

-Hummmm... –ouvi alguém resmungar a minha esquerda. Era a pequena fujona...

- “Olha só o que temos aqui...” – pensei, me aproximando da cama e logo percebi um pedaço da minha camisola amarrada no braço dela e que estava vermelha de sangue. Assim que eu me sentei, ela começou a acordar.

-Mamãe...? – ela perguntou sonolenta e eu tive que rir.

-Não. Tente de novo. – disse dando um sorriso divertido pra ela.

-KYAAAA!!! – ela gritou se debatendo, mas acabou por cair da cama.

-Ei, ei... Calma ou vai se machucar ainda mais. – disse me aproximando dela, mas quanto mais eu me aproximava, mais ela recuava acuada e amedrontada.

-N-Não me machuque... – ela falava entrecortado pelo choro. Assim me aproximei dela e a puxei para um abraço.

-Eu não vou te machucar, pequena... – disse fazendo um pequeno cafuné nela. – Você causou uma enorme confusão durante a sua fuga.

-Gomen... – ela disse cabisbaixa.

-Tudo bem, não se preocupe... Deixe-me ver isso aqui. – disse puxando delicadamente o braço enfaixado dela.

-F-Fiz o curativo com uma camisa que estava pendurada... – ela disse gaguejando.

-Eu sei. É a minha camisola. – disse tirando o pano encharcado de sangue, mas percebi que ela corou.

-G-Gomemne... – ela disse corada.

-Tudo bem. Eu, em geral, durmo nua mesmo. – disse terminando de desenfaixar. – Isso está bem ruim... Mais pelo fato de que você apoiou uma parte do seu peso aqui do que pela perfuração em si.

-Não queria morrer ali... – ela disse meio hesitante, mas firme.

-E não morreria. O que, exatamente, você entendeu? – perguntei examinando o ferimento.

-Que eu morta e transformada em comida... – ela disse gemendo, baixinho, de dor. Não pude deixar de rir.

-Você não seria transformada em comida, mas levaria a minha comida. – disse sorrindo e dando uma pequena lambida no local do ferimento, que começou a se fechar. – Eu lhe pergunto: gostaria de voltar pra casa?

-Hã? – ela pareceu bem surpresa.

-Eu posso te mandar de volta para casa. Só preciso saber de você. – disse olhando pra ela de forma materna.

-Eu não tenho casa pra voltar. Meu pai me expulsou e me mandou pra cá, esperando que eu morra... – ela disse cabisbaixa.

-Então ficará por aqui. Coloque isso. – disse dando um par pulseira e uma coleira pra ela.

-O que é isso? – ela me olhou confusa.

-Humanos livres não são bem vistos por aqui. Essa coleira e essas pulseiras firmam seu status como minha escrava. – disse olhando pra ela, que arregalou os olhos.

-E-Escrava? Serei sua escrava...? – podia perceber o espanto e o pavor nos olhos dela.

-Em termos. Não posso deixar você andando por ai sozinha e desamparada. Você acabaria tendo um destino pior do que o seu pai esperava para você. – disse fazendo carinho no rosto dela.

-Mas e a confusão que eu causei? – ela perguntou depois de um minuto de silêncio.

-Não se preocupe quanto a isso. Eu cuido disso. – disse sorrindo, o que deixou ela corada.

-H-Hai... Kurama-sama... – ela disse timidamente, enquanto colocava a coleira e as pulseiras.

-Me chame de “Kurama-chan”, quando estivermos a sós. – disse sorrindo. – Amanhã você irá conhecer suas companheiras.

-Companheiras? – ela perguntou confusa.

-Você não é a única menina que eu adquiri como escrava. Talvez vocês virem amigas. – disse rindo.

-H-Hai... – ela disse corada.

-Vamos dormir, pois amanhã será um dia cheio. Hoje você irá dormir comigo. – disse tirando a minha roupa formal. – O que foi?

-K-K-Kurama-chan... – ela disse quase em transe. Ri quando percebi o motivo.

-Sim. Não tenho roupas pra você e a minha camisola você rasgou. Não se preocupe, não farei nada de mal a você. – disse sorrindo e me deitando ao lado dela.

-B-Boa noite, Kurama-chan... – ela disse timidamente, enquanto se virava para o outro lado. Amanhã será um longo dia, tanto para mim quanto para ela.

 

Não percam o próximo episódio: “Companheiras de Escravidão... Ou quase isso.”

 

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado. Até a próxima.


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