Atlantic city,Nova Jersey.
Dias atuais.
Dennis Guilder sentiu um aperto no coração quando viu seu neto estacionar o carro no jardim.Josh estava tão contente,seus olhos brilhavam cheio de orgulho,ele passou a mão no vidro do carro como se fizesse um carinho.
“Assim como Arnie Cunningham”o velho senhor suspirou.
Ele bate na porta e beija seu avô pálido.
-vovô-ele o abraça
-Josh...o quê?
-viu que lindo vovô..é um Plymouth Fury ano 58.
Dennis sabia que um dia ela voltaria.Mesmo que tivesse demorado.
Ela estava como nova, o vermelho brilhava e as listras brancas ainda davam arrepios fazendo Dennis ter calafrios.
“ O dia que eu nasci,
As enfermeiras se juntaram em volta
E olharam com grande espanto,
Para o que tinham achado
A enfermeira-chefe se pronunciou,
E disse: " Deixe este sozinho"
Ela podia dizer de cara,
Que eu era mau até os ossos.
Mau até o osso”
(...)
Atlantic city ao meu ver era bem aconchegante,adorava esse lugar maravilhoso cheio de pessoas e a areia era tão fofinha.
-madison hotel?sério Garth?
-de frente para a praia..
-é você anda muito branco mais viemos trabalhar..sem distrações ,o que nos trouxe aqui?-bufei-aliás tenho que parar de deixar escolher nossos casos.
-pessoas estão morrendo aqui sem explicação Julie..
-como?
-um carro vermelho atropelando pessoas e perseguindo até a morte..não acha estranho?
-vamos ao trabalho amigão!
(...)
-Leigh!-Dennis chorava limpando os olhos com as mãos-ela está aqui e vai pegar o Josh-falava entre murmúrios-assim como fez com Arnie e com nosso filho.
A esposa escutou calmamente pegando o telefone.
-vou ligar para Bobby singer agora.
Discou com os dedos trêmulos.
-Bobby-atendeu com a voz firme.
-sou eu Bobby..leigh.
-nossa quanto tempo-parecia surpreso-como esta Dennis?
-Bobby ela está aqui de novo-falou sem rodeios
-quem?
-Christine!
-certo….me dê um tempo okay,preciso verificar qual o caçador mais próximo.
(...)
-pai que bom escutar sua voz..
-também minha filha-senti amor na voz dele.
-onde está com seu parceiro estranho…?
-atlantic City investigando uns atropelamentos
-coincidência-estava surpreso-estive ai em algo parecido a uns quinze anos quando o filho de amigo morreu...aliás liguei por esse motivo.
-do que se trata?
-estou enviando neste momento.
(...)
-Roland LeBay foi o primeiro dono do carro-falei ajeitando os óculos-a esposa e a filha do casal morreram dentro do carro,a filha Rita LeBay de cinco anos..engasgada com um hambúrguer,dizem que Verônica a esposa se matou não aguentando a morte da única filha do casal envenenada com monóxido de carbono.
-nossa odeio quando morrem crianças.
-quando Roland vendeu o carro morreu pouco depois,segundo o irmão George ele era obcecado e cuidava do carro como uma pessoa.
-então?-Garth parecia curioso.
-bem George é falecido-sorri -causas misteriosas…
-acidente de carro?
Exato-continuei-Arnie comprou o carro em 1978 segundo o amigo Dennis,mudou drasticamente sendo possuído pelo amor doentio que sentia pelo carro,colocando em risco a vida de todos até da namorada leigh que quase foi morta-tomei fôlego-engasgada com hambúrguer dentro do carro..salva em tempo.Sabe que o pai de Arnie morreu dentro do carro envenenado por monóxido de carbono?..três dias depois ele morreu com a mãe em outro acidente estranho..
-um espírito?
-indefinido nos relatórios meu caro-acendi um cigarro-no carro foi visto três pessoas no carro..mas só dois corpos.Papai acha que é um demônio..
-nossa…
-consta todas as mortes relacionadas aos donos do carro..entre eles Buddy Repperton e Sandy Galton..esse carro é suspeito demais.
-tem mais alguma coisa?
-Dennis e leigh destruíram o carro que foi para o ferro velho.Alguns anos depois ele virou professor e casou com ela..tiveram um filho Arnold..segundo meu pai quando ajudou a família,Arnold era obcecado pelo seu carro e parece que quem ficasse entre os dois bem acidentes,inclusive Ava a esposa de Arnold..o carro parou quando o último dono morreu.Como se o carro perseguisse a família de Dennis..aliás ele não sabia explicar como o carro chegou até seu filho Arnold.Nome em homenagem ao amigo Arnold Cunningham ou Arnie.
-história longa..-revirou os olhos.
-deve ter muito que nÃo foi documentado
-espero que não…
-também diz que a tinta do carro é a única pista em todos os assassinatos,mas que não tinha um arranhão sequer no carro.
-e qual o próximo passo?
-falar com Dennis aqui tem o endereço dele.Precisamos saber tudo sobre Christine.
-quem?
-Christine é o nome do carro.
-sério??
(...)
-boa tarde, sr Guilder?-abriu a porta desconfiado.
-sim?
-meu nome é Julie Singer,sou filha do Bobby ele me mandou aqui-sorri-e este é Garth Fitzgerald meu parceiro.
O senhor apertou nossas mãos e sentamos no sofá de frente.Uma senhora distinta trouxe cookies e chá sentando do lado do homem e segurando sua mão.
-sr.Guilder estamos aqui para ajudar.
-nos conte tudo-Garth completou.
-tudo que sabemos Bobby SInger sabe…-a senhora falou
-Christine nos persegue-Dennis continuou-vejo no meu neto o mesmo brilho que vemos no nosso filho e ..meu amigo.sinto muito querida-olhou para a esposa.
-temos que desvendar os atropelamentos e pode ter envolvimento com..
-tem-ela chorava-senhorita,nos ajude e prometo que tudo se encaixava.
-daremos prioridade-Garth declarou
(...)
O primeiro passo foi encontrar Christine e Josh Guilder.
Tinha que achar um modo de me aproximar e finalmente atrair Christine até nós.
O garoto ficava até tarde na oficina que trabalhava paparicando o carro.
Cheguei estacionando o carro e entrei em silêncio.
-bom dia-falei olhando e estendendo a mão.
Ele me olhou com curiosidade.
-pode me ajudar?estou de passagem e escutei uns barulhos no carro-sorri-quero ter certeza que tudo está bem.
-entendi,Billy é dono e ainda não chegou-ele falou olhando por cima dos óculos de sol-mas eu ajudo.
-aliás eu me chamo Julie
-Josh
-que nome lindo!
Olhei para um canto no estacionamento e vi Christine,parecia que me engolia com os olhos se isso é possível,fui até ela devagar e passei a mão no capô.
-que maravilha o que você tem aqui-sorri para ele-carro lindo..
-eu reformei-falou orgulhoso.
-ótimo trabalho-passei a mão de leve em seu braço-sei que sou um pouco mais velha que você..mas eu adoraria passear no seu carro.
-eu adoraria te mostrar a cidade!
(...)
Ele até que era um rapaz bonito..alto, moreno,tinha cabelos encaracolados e olhos amendoados.
Devia ter no máximo 20 anos….
Me senti apreensiva no banco do carona do carro.
Não falamos nada apenas nos beijamos o tempo inteiro.
-um clássico-falou orgulhoso -eu vou buscar algo para comer princesa.
Ele saiu e me deixou no carro...deixei a porta aberta colocando o pé no caminho.
-então sua vaca-comecei a rir-se acha esperta christine?
O radio ligou e tocou uma música antiga.
A porta bateu contra minhas pernas,me encolhi e Christine me trancou.Um calor tomou conta de mim e vi uma luz dentro do carro uma luz forte...comecei a sufocar como se alguém apertasse meu pescoço.
Quando acordei Garth me puxava para fora assustado.
Josh me olhava com medo.
-tudo bem,me engasguei com o chiclete.
-sinto muito gata.-Josh estava sem jeito.
(...)
Passei o dia pesquisando sobre o passado de Christine.
Papai sempre deduziu que ela era um demônio ou tinha vida própria..quando estava desmaiando vi um homem me olhando e arrisquei que era a o primeiro dono Lebay um espírito vingador.
Passei o dia com Josh atiçando o ódio de Christine.Garth viajou atrás do túmulo de Lebay para acabarmos com isso.
Quando chegou no local me informou que estava desenterrado o corpo,passava da uma hora da manhã.
Andei pelas ruas esperando ela vir me matar.
Quando escutei o ronco do motor e os faróis altos eu corri para a areia da praia,eu estava com Garth no telefone esperando estar certa.
Christine se aproximava..meu coração acelerado.Vi uma pessoa dentro do carro.
“Lebay,droga...tô fudida”
Ela estava no meu encalço.
-droga Garth-falei gritando-seja rápido.
-já salguei os ossos.
Corri para dentro da água e nadei até cansar para o mais fundo que consegui.
Quase desmaiei de cansaço.
(...)
-obrigada-Leigh chorava abraçada no esposo.
-como está o Josh?-perguntei.
-ainda não acordou…
-vocês fizeram o necessário-sorri
-drogamos nosso neto e amordaça..
-ele está vivo certo?.
(...)
Literalmente picamos christine em mil pedaços e enterramos em vários lugares diferente cobrindo com concreto.
-só para garantir-Garth me abraçou.
-Fitzgerald seu idiota-eu o empurrei-não me agrada morrer assim...engasgada..sufocada..mas essa vaca merece isso..
Ele fez uma cara fofa.
-você me ama e christine foi Gartheada
-amo sim..
-o que nos reserva o futuro?-ele sorria.
-não sei Garth..o que sei da estrada...até aqui...preciso de uma bebida.
-Normalmente eu não bebo. Atrapalha meu nível de percepção.
-não sei como você está vivo ainda..sério...a última cerveja que tomamos tive que te juntar do chão..
-porque parece que já escutei isso?
-por que eu disse muitas vezes..e creio que vai escutar muito isso ainda...
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