1. Spirit Fanfics >
  2. A eternidade em seus olhos. >
  3. O bosque

História A eternidade em seus olhos. - O bosque


Escrita por: LorenaVogel

Notas do Autor


Olá, como vão?
Essa é a primeira história que escrevo, desculpem qualquer coisa.
Então vamos ler?

Capítulo 1 - O bosque


Na cidade de  Esmerada havia um bosque, que era temido por todos, sobre ele haviam varias histórias de terror nas quais o povo crê de tal maneira, que se aproximar  dele se tornou quase que um crime. Mas é claro que 99,9% das histórias sobre ele eram apenas mentiras inventadas pelo medo de antigos moradores e repassadas por gerações,  porém havia uma, quase desconhecida pela população, essa sim era verídica, uma história bem nova que surgiu após de um crime brutal ocorrido nesse mesmo local.

 Conta a lenda que havia uma menina que desde pequena era vista brincando no bosque, ela não se importava que os outros moradores lhe virassem a cara, ou lhe poupassem palavras, sua felicidade em visitar aquele local era imensa e estava sempre estampada em seu sorriso, após um tempo as pessoas começaram a notar que o bosque parecia mais vivo que nunca, avistava-se animais e flores, parece que finalmente perdera aquele ar sombrio de um lugar abandonado e fadado ao esquecimento.

Então os rumores sobre ele voltaram com força total, porém não estavam mais rodeados de medo e nojo, mas sim de admiração e expando, todos queriam saber o motivo pelo qual aquele lugar desagradável havia mudado tanto, só que mesmo assim ninguém atreveu-se a se quer aproximar-se do local. Então indicaram a menina como autora dessa boa ação, pois ela ainda era a única vista lá, bem, após um tempo esse boato se confirmou ao verem ela regando e podando as planas na lateral do bosque.

 Com o tempo a resistência do povo contra o bosque e a menina aos poucos ia cedendo, pouco a pouco foi se tornando de novo um ponto de lazer, agora já se tornaram capazes de ver a vida que havia nele, de olhar para ele com ternura, como uma parte importante da cidade que amavam e que sempre carregariam no peito, não importando aonde o tempo e o destino os carregassem. Pois a cidade era como uma grande arvore e o povo como suas sementes, que mesmo carregadas pra longe nunca mudariam ou esqueceriam de suas origens. Quanto a menina ninguém sabia nem se quer o nome ou quantos anos ao certo tinha, mais aparentava ter por volta de uns quatro anos quando começou a frequentar o bosque, desde então já haviam se passado quatro anos até que seu trabalho fizesse com que o bosque voltasse a ser notado, mais sabiam que ala tinha um certo fascínio e amor por aquele lugar, sabiam também que era gentil e se preocupava com os animais abandonados, a pesar de que ninguém a conheceu de verdade, as poucas vezes que puxaram assunto com ela nunca saia do trivial.

 Ela sempre saudava a todos que via mais sempre lhe viravam a cara, por isso, com o tempo ela parou de tentar se aproximar das pessoas, ela apenas respondia com sinceridade o que lhe perguntavam, com um sorriso sem graça no rosto. Tempos depois o bosque já havia se tornado um ponto de encontro e lazer para os moradores, esses se reuniam e sentavam em grandes rodas para contar as lendas do bosque, lendas que outra hora lhes causavam arrepio na espinha, hoje eram motivo de risada e divertimento, e por mais que poucas fossem suas palavras, as suas atitudes não apenas salvaram o bosque mais também mudaram pouco a pouco o jeito de pensar e agir das pessoas, mudança essa que ocorreu gradativamente, pessoa por pessoa, mesmo que elas não tivessem se dado conta naquela época, aquela menina marcaria a história daquela cidade.

  A menina continuava a frequentar e cuidar dele, mas agora não mais sozinha a vizinhança ajudava a mantê-lo em boas condições, porém ela mantinha distância de todos, e assim distante e misteriosa a menina foi crescendo, e se tornado uma mulher, era de longe a mais bela da cidade, porém exibia um tipo de beleza incomum, quase que sobre humana, do  tipo que fascina a primeira vista, a essa altura aparentava ter dezenove anos, mas mesmo assim era dona de um sorriso cativante e leve como de uma criança, tinha cabelos ruivos ondulados e compridos que chegavam até cintura,  dona de lábios avermelhados que contrastavam com sua pele alva e mesmo com tanta beleza o que mais chamava a atenção era seus olhos penetrantes em tons de verde água e azul turquesa contornados por longos cílios negros, ao olhar diretamente em seus olhos, um sentimento de paz invadia o corpo, junto da sensação de estar flutuando num lago de águas cristalinas ou levitando no céu entre as nuvens, sensação essa que logo desmoronava, sempre que notava que estava sendo observada ela saia correndo e era apenas questão de segundos para perdê-la de vista, ela tinha o espírito livre e de certo modo agia como um animal assustado diante de um caçador, não era algo tão anormal assim, já que ela vivia rodeada de animais e cada vez mais se afastava das pessoas, chegava a passar noites dormindo em cima de árvores no meio do bosque, alguns até cogitaram a hipótese de que ala não tivesse lar e por isso vivesse lá.

Mal imaginava ela, que sua beleza já havia cativado a todos na cidade, e que isso lhe custaria muito caro, não havia um homem se quer não soubesse de sua existência ou que não a admirasse, mas em alguns caso isso já havia se tornado obsessão que beirava a loucura, mas ela não exercia esse tipo de reação só nos homens, mais nas mulheres e crianças também, de modos diferentes todos a admiravam sem se aproximar. Por todos antes era tratada como a "Menina do bosque", mais agora referiam-se a ela como a "Fada do bosque". Pena que o destino resolveu agir e mostrou a "Fada" sua face mais cruel.

Certa manhã, aquela calma cidade foi tomada por um alvoraço sem precedentes, conforme a notícia se espalhava não houve se quer um rosto que permaneceu seco, não houve se quer uma pessoa que não tivesse sucumbido as lágrimas e a dor. Notícia essa que espalhou-se pelo vento mais rápido que um raio. Então em questão de segundos a multidão estava formada e já tomava todo o bosque, todos queriam ver com os próprios olhos, pois com todas as suas forças não queriam acreditar que aquilo fosse verdade.

 Ao raiar do dia uma mulher e sua filha andavam de mãos dadas rumo a escola, ou passar pelo bosque que ficava na metade do caminho, a menina que não queria ir para a aula começou a fazer pirraça, puxou com força seu punho da mão de sua mãe e correu por entre as arvores, sua mãe que a essa altura já estava um pouco estressada, resolveu esperar que a menina visse que estava sozinha e retornasse, mas foi surpreendida com um grito desesperado de sua filha, assustada entrou correndo no bosque gritando seu nome, quando finalmente a encontrou viu que ela estava sentada na chão imóvel em estado de choque, ela agachou em frente a menina e perguntou o que havia acontecido, a menina só conseguiu apontar com o dedinho para frente.

Então ela se levantou e andou na direção e que sua filha indicou e alguns passos depois se deparou com uma mulher no chão, estava com as roupas rasgadas e com hematomas bem à vista, seu rosto estava de lado coberto pelo cabelo ,ela se assustou mas juntou forças para ajudar aquela mulher, então, se aproximou da mulher para prestar socorro, viu que já era tarde, que ali só havia restado um cadáver sem vida, ela se debruçou e tirou os cabelos do rosto dela, foi quando reconheceu que era a Fada que ali se encontrava, desesperada a mulher saiu correndo em direção a filha pegou-a no colo, a abraçou o mais forte que pôde, e saiu do bosque chorando em pânico, pedindo por ajuda.

A comoção por partes dos moradores foi tão grande que decretaram estado de luto na cidade toda por três dias, as investigações começaram assim que a polícia chegou ao local, mas elas não chegaram a tempo para punir o assassino, mas finalmente deram um nome e um lar a Fada ,quanto ao assassino dela, ele se suicidou deixando uma carta escrita de próprio punho assumindo a responsabilidade dele pelo crime e o motivo pelo qual se matou. Na carta havia escrita a seguinte frase " ela era linda e pura de mais pra viver nesse mundo imundo, mas não posso viver em um mundo em que ela não exista", e com a carta e o corpo do assassino como provas as investigações deram-se por enceradas.

Durante todo o dia a população compareceu no bosque onde a Fada estava sendo velada, para prestarem seus últimos agradecimentos a ela, já que em vida não viveram a chance de fazê-lo, nada mais justo que vela-la no bosque, já que dedicou a maior parte de sua vida a ele e também foi onde partiu desse mundo, mesmo que de forma brutal, ela nunca deixaria de ama-lo.
Após o fim do velório o caixão seguiu em cortejo até o cemitério, lá as últimas palavras foram ditas e as últimas flores molhadas pelas lágrimas foram colocadas sobre caixão, em seguida a terra morna.

 A jovem Fada  Luara Castelli teve seu caminho em vida cordado aos dezessete anos, mas sua garra não deixaria que sua história terminasse assim.

Semanas se passaram desde o enterro da Fada, e até certo ponto, a vida na cidade parecia ter voltado ao normal, exceto por uma coisa, o povo novamente voltara a temer o bosque, já que agora realmente tinha se tornado cena de um crime. Mais não faziam ideia de que mesmo que não o frequentassem, ele nunca mais estaria abandonado.

Por volta de dois meses depois algo realmente inexplicável aconteceu, um homem dirigia seu carro em alta velocidade, pois estava apavorado com a agonia e dor que sua esposa estava sentindo, ela havia entrado pela primeira vez em trabalho de parto. Virou na esquina o mais veloz que pôde quando foi surpreendido por uma imagem, que já estava tão perto que não adiantaria frear, ou tentar jogar o carro para fora da rua, pois já era tarde, essa imagem perante ele distorcida pelo desespero, era um menino de oito anos que jogava bola na rua de trás do bosque, e que segundos antes dele virar bruscamente na esquina, havia chutado a bola com mais força que o de costume fazendo com que ela parasse no outro lado da rua.

Sem que ele se quer cogitasse a hipótese de que em carro pudesse aparecer, saiu correndo no meio da rua para pegar a bola, dando risada por ter feito um gol naquelas traves de chinelo. Estava olhando apara baixo procurando-a, quando de repente tudo ficou claro, então o menino levantou a cabeça e arregalou os olhos, foi quando se deu conta de que era  os faróis de um carro e que se aproximavam rápido, tentou correr, mais em vão, o pânico já lhe havia paralisado.

Nesse instante coube ao motorista a seguinte decisão, desviar do menino e jogar o carro para dentro do bosque, mas isso colocaria em risco a vida da mulher que mais amava no mundo e de seu primeiro filho, ou continuar a frente, mas isso sem sombra de duvidas mataria o menino, cabia a ele escolher qual valia mais. 

Sua escolha independente da situação jamais seria diferente. A seu critério uma criança desconhecida nunca valeria mais que sue amada família, e numa escolha egoísta fechou os olhos segurou com todas as forças o volante, para que não perdesse o controle do carro depois que atropelasse o menino. De repente sentiu seu corpo ser jogado para frente, tinha certeza que já o havia acertado, então pisou no freio, e abriu os olhos, foi quando notou que o carro havia parado mesmo antes dele frear, completamente desnorteado a única coisa que vinha à mente era como aquilo tinha acontecido, era fisicamente impossível.

Ao olhar para o lado viu sua esposa desmaiada, retirou então seu cinto e abriu a porta, ao sair viu o menino sentado a um metro do para choque de seu carro, ele estava parado com os olhos arregalados e cheios de lágrimas mais não dizia uma palavra, o homem sem entender absolutamente nada andou em direção a ele, parou em sua frente e perguntou se ele estava bem, o menino apenas acenou que sim com a cabeça, o homem então perguntou ainda com a voz falha pelo medo se o menino viu o que havia feito o carro parar tão bruscamente, ele apontou para o capô do carro, o homem então se virou e viu que o capô estava completamente amassado no e meio havia o formato de uma mão, que de era bem menor que a sua, e ao fundo pôde ouvir a voz do menino que em pranto disse "foi ela, quem parou o carro, ela apareceu na minha frente estendeu a mão e o carro parou, ai ela se virou colocou a mão em meu rosto, foi quando olhei dentro de seus olhos e o medo que tinha foi embora, mais logo em seguida ala desapareceu".

O homem desacreditado perguntou a ele com tom de sarcasmo em sua voz como uma mulher poderia fazer aquilo e depois simplesmente desaparecer no ar do mesmo modo que surgiu. O menino então respondeu com toda a sinceridade que não sabia, e que também não conseguia acreditar no que tinha visto e sentido, principalmente pelo fato de que meses antes ele havia visto com os próprios olhos a mulher que o salvou dentro de um caixão no bosque.

O homem apavorado pelas palavras do menino, retrucou-o dizendo que ele havia tido uma alucinação. Ele disse então " como eu queria que o que o senhor disse fosse verdade, mais eu senti o seu toque, e em lugar algum confundiria aqueles olhos ou seus cabelos ruivos, era ela eu tenho certeza, era a moça que morreu nesse bosque, era o espírito da Fada. E logo após ele terminar de falar, o homem desmoronou no chão diante de seus olhos, agradecendo a Deus e a Fada por tê-los salvo.

Alguns minutos depois a polícia e a ambulância chegaram para prestarem os devidos atendimentos, a essa altura o menino já estava nos braços a mãe, e a mulher já havia recuperado a consciência, e com a ajuda de seu marido deu a luz ali mesmo, e sobe os olhos protetores da Fada, nasceu com toda à saúde uma menina, a qual pelos pais foi batizada como Luara Vitória.

Bem, e foi assim que a história da menina tímida vítima de sua própria beleza, que causava medo, se tornou a "Lenda da Fada Guardiã" essa sim inspirava o povo a lutar todos os dias, pois ela mesmo que tivesse tido uma vida sofrida não desistiu, e por mais que tenham lhe tirado o corpo, seu espírito e sua alma continuaria ali.

Em agradecimento a ela por ter salvo da morte seu único filho, o prefeito ordenou que em sua lápide as seguintes palavras foram escritas "Luara Castelli". " A fada guardiã do bosque, amada pela eternidade".


Notas Finais


Desculpem pela enrolação no primeiro capítulo, mais a partir do próximo, vai ficar ainda mais interessante!
/////(I)(I) Aguardem, a Fada vai começar a agir!
////( °x°) E muito obrigada por lerem!
////( o o) Bye, bye!
/C( 0)(0)//////


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...