A sorte estava ao lado dele. Era isso que ele pensava e repetia constantemente em sua mente. Uma boa proposta. Não. Uma ótima proposta surgiu para ele em um momento caótico; E encontrou a fada da raça desconhecida no segundo dia da sua missão.
Realmente a sorte estava brilhando para ele este mês.
Em seu rosto, o sorriso largo era exposto com um ar de vitória. Seus olhos ônix brilhavam de felicidade e empolgação, principalmente de admiração. Ela era majestosa. Tão pequenina que cabia na palma de sua mão. Tão delicada e bela.
A garota Byakugou com suas pequenas mãos tentava empurrar com toda a força que sobrara. A presença repentina e a ação do humano a deixou apavorada, e sem contar que o mesmo a machucava com aqueles grandes e grossos dedos que lhe cobriam todo o corpo.
- Me largue... Humano... Você está me sufocando... - Disse a garota pausadamente.
- É a primeira vez que vejo uma criatura como você tão de perto... – Comentou o caçador pra si mesmo ainda com o sorriso em seus lábios. - Parece que voltarei o mais rápido possível para a Cidade de Konoha.
- Eu não posso ir para a cidade dos humanos.
- Querendo ou não, você vai. Estão pagando por você.
O rapaz com uma de suas mãos palpou suas vestes a procura de um acessório especifico. Assim que o encontrou dentro de uma pochete média que mantinha presa em sua cintura, retirou um tipo de corda esverdeada e a enrolou em volta do corpo da pequena fada, prendendo os braços da mesma ao lado do corpo. A garota de cabelos rasados não pode evitar uma expressão de dor.
- Humano isto está me machucando! – Reclamou ela assim que sentiu apertar a corda.
- Claro que sim. Isto é uma corda apropriada para criaturas como você. – Explicou ele finalizando um nó. – Assim irei garantir que não a perderei.
- Idiota! Eu não estou falando da corda! Estou falando dos meus ferimentos! - Bradou ela irritada.
- Quem você está chamando de idiota?!
- E tem outro aqui? - Ela cai na risada.
Irritado com as palavras ditas de um jeito que não o agradou, o caçador serrou os dentes e apertou um pouco mais a corda. A deixando sufocada por falta de ar. Sentindo a corda grossa lhe apertar, ela rapidamente abriu a boca com dor e a procura de oxigênio, sentiu que seus pulmões não recebia ar, ela desmaiou. Os animais logo ficaram agitados com a atitude imprudente do rapaz. Os pássaros voavam sob a cabeça dele enquanto gritavam em forma de pedir socorro para qualquer um que estivesse por perto; Os coelhos batiam freneticamente os pés no chão para fazer mais barulho e mostrando irritação por ver o humano que segurava a fada Byakugou, as lebres presentes davam cabeçadas nas pernas do homem, porém não fazia tanto efeito como gostariam. Eram fracos e não podiam proteger A Filha.
O jovem cruel pôde ouvir o balançar das folhas e galhos secos serem quebrados. Virou a cabeça rapidamente para a direção dos barulhos, principalmente quando conseguiu ouvir o barulho de casco de algum animal com patas. Olhou atentamente, esperando para que o sujeito aparecesse. Não demorou muito para que a criatura saísse atrás das matas, mostrando a sua incrível forma: da cintura para cima humano e, do umbigo pra baixo era bode de pelagem castanha. Seus cabelos rebeldes eram ruivos e em cima um par de chifres médios, suas orelhas de animal havia argolas. Em seu pulso tinham braceletes verdes com detalhes dourado...
Seus olhos castanhos estava serrados encarado fixamente o ser humano parado em sua frente, vendo a agitação dos animais ao redor do caçador, levou a sua atenção para as mãos do moreno, trincou os dentes ao perceber a criatura mística que é muito respeitada e adorada pelos os faunos. O rapaz metade bode se aproximava calmamente, fazendo-o engolir seco.
O caçador de recompensas sabia muito bem que as raças dos faunos são muito amigáveis com viajantes que passavam por suas florestas, porém, algo lhe dizia que aquele perante a si, não estava muito a fim de fazer amizades...
- Você não ouve o que os animais estão dizendo? - Perguntou o fauno seriamente.
- Ainda não aprendi a falar com os animais. – Sorriu sarcástico.
- Eles estão gritando, chorando e implorando para você soltar o que tem em suas mãos sujas. - Disse o ruivo parando bem a frente do rapaz. - E você vai ter que fazer isso.
- Humf! Você é apenas mais um bicho. Valioso. Mas continua sendo apenas uma metade de dois seres. - O rapaz o encara.
- Ela está ferida. Solte-a! – Pediu não se importando com o comentário.
A minúscula fada aos poucos fora recobrando a consciência, e ao fundo podia ouvir vozes. Assim que sua visão estava boa, viu a criatura a sua frente.
- Fa-Fauno...? – Suas palavras saiam com um pouco de dificuldade.
- Ôh Grande Filha... – A criatura ruiva fez uma reverencia. - Este humano... Porque você está com ele?
- É... Ele... – A pequenina se arrumou na mão do moreno. O humano ficou quieto, tentando entender o que se passava ali. - Ele é meu... Hm... Ahn... bichinho de estimação! É isso mesmo! Eu achei abandonado por aqui. - Ela sorrir.
- Do que você está falando? - Perguntou o caçador.
- Quietinho... quietinho! – Dizia ela como se tentasse acalmá-lo forçando um sorriso.
- Mas e essa corda? - Encarou o ruivo.
- Então... Fauno, por favor, retire isto de mim. - Pediu a fada. – Me incomoda um pouco.
- Ah, claro.
Ao tocar a corda verde, rapidamente o fauno afastou as mãos, as sacudindo freneticamente. Foi como tocar em fogo. O jovem caçador franziu as sobrancelhas, acho completamente estranho o comportamento do ruivo ao tocar o objeto mágico. Sim, a corda fazia efeito em qualquer raça mágica e mística, porém, era como se a tira esverdeada não sugerisse efeito algum para com a fada que apenas reclamava dos seus ferimentos e asas que já estavam assim que a encontrou.
Cuidadosamente, com as suas garras, o fauno foi desfazendo o nó que envolvia o minúsculo corpo da garota e o humano estava perplexo demais para mover-se e impedi-lo de algo.
- Mas, por que o seu bicho de estimação é um humano macho?
- Porque eles são grandes e diferentes. - Respondeu ela sentando nas mãos do ser místico de duas metades. - Duvido que outras fadas tenham um desses.
- Entendi. E qual é o nome dele? - perguntou o ruivo agora olhando para o rapaz.
- Ah, é mesmo! Como ele é meu bichinho de estimação, tenho que colocar um nome nele! – Exclamou a fada.
- Ei, ei, ei, ei!! Não sou bicho de estimação de ninguém aqui não! – Exaltou-se o rapaz de cabelos negros. - Essa fada me pertence! Vamos, me passe ela pra cá!
- Fique quieto... Ahn... Fluffy! - Ordenou a pequena garota apontando o dedo indicador.
- Fuu, o quê?! - O moreno arqueia a sobrancelha sem entender e com desaprovação pelo o nome estranho.
O fauno de pelagem ruiva cai na risada com o nome do novo e estranho bichinho de estimação da pequena fada.
- Fluffy... - Ele rir mais. Cada vez mais, ele até enxuga as lágrimas dos seus olhos que queriam cair de tanto ri. Fora o nome mais idiota que já ouviu.
Depois de uma pequena discussão e algumas ameaças, os três estavam um pouco mais calmos. Fizeram uma pequena fogueira e sentaram de frente para a mesma. Claro que o jovem caçador estava contra aquilo tudo, porém, ele não sairia daquela floresta sem a sua preciosa encomenda.
O fauno cuidadosamente passava um tipo de uma pasta feita com algumas ervas e flores no pé que estava machucado da pequenina fada.
- Isso dói e faz cócegas! - Comentou ela rindo e fazendo caretas ao mesmo tempo.
- Grande Filha, você terá que ir para a Aldeia dos Elfos para que eles cuidem apropriadamente de seus ferimentos. Assim curará mais rápido. – Aconselhou o rapaz metade bode.
- Tudo bem. Fauno, qual é o seu nome? - perguntou a menina.
- Sasori do clã dos Faunos Akasuna.- respondeu ele a colocando no chão, assim ela ficou no meio entre os dois rapazes.
- E eu sou Sakura! - ela sorrir. - Olha esse remédio já está fazendo efeito! - Disse ela mexendo o pé. - E o seu Fluffy? O seu nome verdadeiro.
- Para que você pare de me chamar desse nome tão irritantemente ridículo, eu me chamo Sasuke. Uchiha Sasuke. - Respondeu ele com a cara emburrada.
Depois de muita conversa entre apenas a fada e o fauno, já que o caçador estava completamente entediado com tudo aquilo, apenas queria pegar o que era seu e sair e voltar para a cidade de onde veio o mais rápido possível, porém não poderia fazer isso, pois o rapaz ruivo era muito intimidador. O fauno nomeado como Sasori, levantou-se encerrando a sua conversa por ali mesmo, indicou o caminho por onde ambos deviam seguir para que pudesse chegar o mais próximo possível da Vila dos Elfos, em seguida o ruivo despediu-se da pequena criatura.
O caçador não perdeu tempo ao pegar novamente a corda mágica ao ver o fauno intruso longe deles.
- Não, por favor! - pediu ela. - Eu não vou fugir! Eu não posso voar e nem andar!
- E você acha que eu vou acreditar em você? - Perguntou Sasuke pegando o corpo da pequena.
- E porque não acreditaria? Você não viu que falei que você era amigo em vez de inimigo?
- Você não me fez nenhum dos dois! Fez-me de seu animal de estimação! - Questionou o rapaz aproximando a sua face da fada a encarava.
- Palavra da fada Byakugou Sakura! Não irei fugir se...
- Se o que? - perguntou ele.
- Se você me mostrar esse mundo, os outros seres místicos e os humanos! Aí você pode me levar como sua prisioneira! - Disse ela. – E claro, você não vai querer levar a sua “encomenda” com “defeito”, certo?
- Pra mim tanto faz!
- Então está feito. Vamos para a Vila dos Elfos!!- falou Sakura animadamente.
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FAUNOS:
Os faunos são criaturas metade bode(ou cabra), metade humanos, com chifres. São conhecidos por ser a manifestação dos espíritos da floresta, viverem com os animais e conduzirem homens perdidos, se estes tiverem essa necessidade. Costumam dançar juntos, em roda, à noite, ou tocar flauta ou arpa para convocar espíritos. São muito solitários, raros, alegres, inteligentes, e há quem os tome por líderes da floresta. São seres não-mágicos, valentes e românticos.
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