História A fenda - Um longo caminho

Neo e Grimbald saíram então do caminho rochoso e começaram a entrar num paisagem com altas ervas e caminhos trilhados. O sol estava alto e estava uma temperatura agradável. Grimbald e Neo já estavam caminhando à horas e apenas pararam quando entraram no que parecia uma pequena floresta. Ambos se encostaram numa árvore e então Grimbald olhou para o topo observando que a árvore era uma macieira. Grimbald então pegou algumas e as comeu partilhando com a ave. Grimbald então olhou Neo e lhe estendeu a mão segurando uma maçã.

Grimbald: não tens fome?

Neo apenas negou com a cabeça e limitou-se a olhar em frente mantendo os braços cruzados. Grimbald encolheu os ombros e então continuou a comer. Neo então olhou Grimbald e lhe perguntou:

Neo: Porque continuas o caminho...sabendo que vais encontrar adversários bem mais fortes que tu?

Grimbald olhou a maçã em sua mão e então deu um sorriso:

Grimbald: Bem...digamos que fiz uma promessa a uma pessoa, que a iria salvar fosse do que fosse acontecesse o que acontecesse...foi uma promessa, e eu não irei morrer até cumprir todas as promessas que fiz, pois eu sigo em frente...e acredito em mim...

Neo deu um leve sorriso ao ouvir Grimbald e então lhe disse:

Neo: Bem...eu sei qual é a tua fraqueza...É a tua falta de mana, por isso te limitas a defender com paredes. E se não fosse a tua ave, apenas terias a mana vermelha...e alguma branca...

Grimbald: Eu sei qual as minhas fraquezas...mas é graças às fraquezas que tento ser melhor.

Neo: Mas tentar ser melhor não chega...existe algo muito poderoso que poderia te mudar por completo, algo que absorves e ganhas uma quantidade absurda de mana.

Grimbald olhou Neo enquanto erguia uma sobrancelha.

Grimbald: Isso é apenas um mito...nada aumenta a nossa mana.

Neo: Acredita no que te digo...É uma pequena planta que te aumenta a mana no teu corpo acima da média. Eu próprio já vi uma...Até alguém a absorver. Mas assim que está é absorvida, logo uma semente aparece em outro mundo pronta para ser plantada e absorvida por mais alguém.

Grimbald ainda achou estranho o que Neo dizia. Nunca tinha ouvido tal coisa e também não sabia se era verdade mas apenas se limitou a responder:

Grimbald: Pois...mas isso é algo raro de se encontrar...por isso...

Neo: Bem...pode ser raro...mas não é impossível.

Grimbald terminará de comer e olhou Neo:

Grimbald: Enfim...vamos fazer - nos à viagem...ainda falta algum tempo.

Neo afirmou com a cabeça e então retornou a caminhar por um pequeno caminho de terra. Em volta do caminho haviam várias árvores que pareciam ter sido plantadas por humanos. As árvores não eram comuns, em vez de madeira, estas pareciam possuir algo metálico e esculpido por um ser humano.

Grimbald: Porque será que estas árvores têm este formato?

Neo olhou por cima de seu ombro enquanto caminhava e então disse:

Neo: Não sei se sabes...mas a cidade de Este, Relic, é conhecida pela fabricação de vários artefactos.  Esses artefactos eram produzidos através desta parte metálica das árvores...Elas eram transportadas até à cidade, e depois eram trabalhadas. Muitas foram trabalhadas para a criação de barcos visto que a cidade fica junto à costa. E também há quem diga que esta casca metálica foi feita para construir o grande colossus de metal negro.

Grimbald: Colossus de metal negro?

Neo: É...isto é apenas uma lenda, mas o colossus de metal negro, tinha medidas colossais e era famoso por ser indestrutível e causou vários problemas na cidade, inclusive quando a decidiu destruir.

Grimbald: Então...e como pararam uma coisa dessas se ela era indestrutível?

Neo: Muito simples...uma poderosa e conhecida maga limitou-se a exilar tal criatura...mas é apenas um mito com mais de 300 anos.

Grimbald: hum...interessante...como é que sabes tantas coisas destas zonas?

Neo: Digamos...que já cá estive antes...

Grimbald achou antes resposta favorável e apenas continuou a caminhar seguindo Neo. Ao fim de algumas horas de caminho, ambos começaram a ouvir o som das ondas do mar. Era possivel sentirem o vento que o mar trazia e também se ouvia várias gaivotas a piar. A cidade já era avistada de onde Neo e Grimbald estavam mas não conseguiam ver ninguém. De longe parecia que a cidade estava vazia. Grimbald olhou o horizonte e viu mais ao fundo vários barcos enorme e alguns mais pequenos.

Neo: Ali é o porto de Relic...a nossa próxima paragem é aquela...mas primeiro vamos até à cidade comprar algumas coisas que precisamos para continuar viagem.

Grimbald: Mas porque vamos apanhar um barco?

Neo: É simples...a pessoa que vamos buscar não mora em Relic...ou melhor, nem mora na região de Tahir...mora numa das ilhas do arquipélago de Zamora.

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