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História A Filha - Larissa


Escrita por: thairsc

Notas do Autor


Capítulo narrado por Lari.

Capítulo 3 - Larissa


O dia amanheceu lindo, acordei com uma fresta de sol invadindo minha janela, dei um sorriso involuntário e me espreguicei. Levantei em um pulo só e fiz minha higiene pessoal. Olhei no relógio, 6:30, não tinha jeito, eu sempre madrugava mesmo durante as férias. Como Carla ainda estava dormindo, fui até a padaria, comprei pães, um bolo de milho, queijo, fiz café e montei a mesa do jeito que sempre gosto de fazer.
Bruna costuma pegar no meu pé. Diz que sou educadinha demais, boazinha demais, bobinha demais, sonhadora demais. Acho que sou romântica por natureza, não é algo que eu decidi ser, só sou. Tudo bem, eu posso fazer o estilo bobinha, mas não nasci ontem.
Já faz um tempo que venho notando que Carla está trazendo um cara pra casa. Ele sempre sai antes de eu levantar, talvez tenha vergonha de estar se relacionando com a garota mais fácil da universidade. Carla é bonita, muito mesmo. Ela tem algo que alguns homens não conseguem resistir, mas a fama dela não é das melhores. Dizem que é só dar uma dose de tequila à ela, que conseguem levá-la pra cama. E, realmente, ela ja fez um bom rodízios de caras aqui desde que começamos a dividir o apê. Dividimos o apartamento simplesmente porque um dia ela precisava de um lugar pra ficar, viu meu anúncio, me pediu e eu não soube dizer não. Mas o cara de agora, é diferente, não sei quem é mas ele anda fazendo de tudo pra que eu não o veja.
Terminei tudo que eu tinha pra fazer por volta das 8:30. Como ainda me restava muito tempo livre, busquei o notebook no quarto e me sentei no puff que fica no canto da sala, do lado de uma tomada onde coloquei o note para carregar. Comecei minha busca pelos palestrantes, e depois pelos temas que seriam ministrados durante aquela semana. Quando dei por mim, já haviam passado horas, e entre esse meio tempo, fiquei conversando com Bruna no grupo, e depois com Maju.
Quando era por volta de 11 e pouca, ouvi um barulho vindo do quarto de Carla, sussurros e a porta se abriu. Voltei meu olhar fixamente para a tela do computador, coloquei o fone no mudo e tentei ouvir o que falavam. Os dois sussurravam muito baixo, e eu estava um pouco receosa de erguer a cabeça, portanto resolvi esperar.
Carla levou o cara misterioso até a porta e se trancou novamente no quarto, nem percebendo minha presença na sala. Me levantei rapidamente, corri pela janela, puxando a cortina um pouco para o lado. Pude avistar o sr mistério de costas, aparentava ter uns vinte e poucos anos ou mais, um porte físico atlético, tinha a pele morena em os cabelos estavam molhados. A julgar pelos barulhos que ouvi mais cedo, ele não estava apenas tomando um banho relaxante. Ele me fazia lembrar alguém, mas não conseguia lembrar quem. Tentei puxar na memória, mas nunca fui lembrada por ter a memória mais incrível do mundo. De repente, de relance, ele se virou. Meu Deus, não pode ser...
Fiquei nervosa o restante do dia, perdi o apetite e a vontade de continuar minha pesquisa. Eu conhecia o cara misterioso, e conhecia muito bem. Mas algo em mim queria crer que era apenas Larissa sendo Larissa e eu estar o confundindo com um cara nada a ver.
Subi pro meu quarto e me tranquei lá o resto do dia. Tentei dormir inutilmente, tentei ler também sem sucesso. Graças à Deus recebi uma mensagem da Brubs dizendo que havia sido liberada mais cedo. Tomei um banho demorado, tentando levar o que havia visto, ou ao menos o que pensava ter. Coloquei a roupa que havia programado com um mês de antecedência, ajeitei meu cabelo, definindo os cachos e desci as escadas do apartamento com as malas deixando-as na calçada, deixei um bilhete rápido pra Carla, já que não tinha estômago para olhar pra sua cara.
Olhei no relógio de minuto a minuto desde que recebi a mensagem de Maju dizendo que estava saindo da casa de Bruna. Quando avistei seu carro senti uma mistura de alívio e pavor. Respirei fundo, abri um sorriso e fingi que nada havia acontecido. Deixei pra me preocupar com o que vi depois. Coloquei minhas malas com cuidado no porta malas, abri a porta do carro e me ajeitei no banco de trás.
- Próxima parada, Thompson!! - gritei tentando parecer o mais empolgada passível.
- Urruuuuuul!!!!



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