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História A filha de Apolo - O vestido rosa da mamãe


Escrita por: sunterstan

Notas do Autor


Desculpem a demora

Capítulo 10 - O vestido rosa da mamãe


Fanfic / Fanfiction A filha de Apolo - O vestido rosa da mamãe

Caminhamos ate acharmos uma lanchonete.

- Com fome? – perguntei. Ele me olhou como uma expressão de ‘’Depois do que aconteceu você ainda pensa em comer?’’- Tudo bem, eu pago.

Entramos e no sentamos de frente para o outro, ele ainda com cara de assustado. Fizemos nosso pedido, e ficamos em silencio por um momento.

- Ta tudo bem? – perguntei.

- Eu é que pergunto. Quer dizer, você acabou de confirmar que eu não estou louco e tudo o que eu vi foi real...

Enquanto ele tagarelava, eu me levantei na frente dele e puxei minha blusa pra que ele visse o cinturão.

Isso o assustou mais ainda.

- POR QUE VOCÊ TEM DUAS FACAS NO SEU CINTO?

- Xiu! Fale baixo, tá legal? Era só um teste para confirmar as minhas duvidas...

-  Duvidas?

- Você consegue ver através da névoa.

- O que é isso? O que esta acontecendo? E por que diabos você carrega facas pra escola?

Bufei.

- Uma coisa de cada vez. Lembra da aula do Sr. Diaz, no ano passado? 

- É claro, mitologia grega.

- Bom, e se eu te disser que tudo o que ele nos ensinou realmente existiu/existe?

Ele me olhou confuso. Nossa comida tinha chegado. Peguei uma batata frita e apontei para janela onde estava batendo sol. Ela queimou rapidamente.

Ele gritou e todos se viraram.

- Ta tudo bem, ele tem uma doença complicada. – ele estava minha frente na mesa, o puxei pela blusa. – Isso é altamente sigiloso. – sussurrei.

Ele respirou fundo e se sentou corretamente.

- Tudo bem, tudo bem. Então mitologia na verdade não é mito? É tudo real? A verdadeira religião é a dos deuses gregos?

- O que? Não... escuta, sobre religião, isso é muito mais complexo. Lembra da sexta série, quando acharam que você tinha surtado porque tinha dito que viu um monstro no corredor da sala?

- Ah isso foi há muito tempo, me diagnosticaram com inicio de psicose... Pera ai! Não pode ser.

- Scott, o que você viu acontecer comigo foi real, as facas são reais, o monstro existe. Eu vi a minha vida toda, ultimamente tenho lutado com alguns e matado a maioria, isso faz parte da minha rotina.

- Isso é loucura! Quer dizer que você vê através da nevoa também?

- Bom isso é umas das coisas que acontecem comigo sendo uma semideusa.

Ele fez uma careta confusa e começou a rir.

- Semideusa? Você? Não, não, você é minha colega de ciências, isso não é possível.

Dei de ombros.

- Sou filha de Apolo, e recentemente descobri que tenho a benção de Ares, seja lá o que for...

- Existem mais como você?

- É claro! Isso é mais comum do que você imagina, porém a maioria não passa dos 18 anos. Como você é mais difícil de encontrar, você devia ter algum parente semideus.

- Não que eu me lembre.

- Enfim, alguns viram Oraculo, outros conseguem seguir sua vida normalmente.

- Quer dizer que eu estou em perigo?

- É claro que não.

Conversamos durante horas sobre isso. Até que decidimos ir embora. Estávamos saindo da lanchonete.

- Bom, depois dessa conversa toda sobre deuses, heróis e acampamento com cavalos alados, podemos voltar a conversar como duas pessoas normais?

Eu ri.

- Podemos.

- Quer ir ao baile comigo?

- Scott, você me ajudou a fugir de um pedido para ir ao baile, amanhã de manha vou para o acampamento...

- Então isso é um não?

- Isso é um talvez

- Bom, vou passar na sua casa às 20h.

 Cheguei em casa e fui logo procurar algo para vestir, eu não tinha nada além de calcas surradas camisetas velhas e do acampamento, nenhum vestido, nenhuma roupa bonita. Fui até o guarda roupa da minha mãe, fui pega de surpresa por ela.

- O que está fazendo?

Dei um pulo de susto.

- Preciso de qualquer coisa pra usar no baile hoje.

- O que? Você vai a um baile? Com quem? – Ela ficou mais animada que eu.

- Com um amigo da escola, mãe. Não é nada demais, somos só amigos, só queria fazer algo que qualquer pessoa normal na minha idade faz.

Ela se sentou do meu lado na cama

- Querida, não se preocupe com o que você “precisa” fazer. Se achar que você deve ir, vá. Agora me diz quem é o sortudo?

- Mãe!

- Tudo bem. Toma. – ela me deu um vestido rosa. – usei em um dos meus encontros com seu pai. Se agradou um deus, aposto que agrada um garoto.

Arrumei-me, tentei fazer algo no meu cabelo, mas não sabia o que, então o deixei solto. Quanto à maquiagem... Nem me esforcei em fazer, apenas passei um batom da minha mãe. Fui lá pra baixo e fiquei esperando na sala, estava nervosa, meus pés não paravam de mexer, quando finalmente a campainha tocou, me levantei na hora e fui correndo até a porta.

- Oi. – disse Scott sorrindo, vestindo um blazer.

Ele me entregou a pulseira de flor.

- Oi. – sorri sem graça. – Tchau mãe!

Fomos caminhando até o colégio, ficava a 3 quadras de casa. Estavamos em completo silencio.

- Belo vestido.

- Obrigada.

Continuamos em silencio, até que uma senhora de rua nos abordou. Ela estava coberta com uma manta velha por isso não conseguíamos ver seu rosto direito e na sua mão esquerda segurava uma vasilha com moedas.

- Um trocado, por favor.

- Ah, só um minuto. – Scott revistava seus bolsos.

Enquanto isso eu a olhava e sentia algo estranho, quando reparei na vasilha de moedas, e não eram simples moedas, eram dracmas.

- Scott, corre.

Puxei sua manta e rapidamente surgiram asas e seu rosto demoníaco me encarou com ódio. Ela tentou me agarrar, mas recuei logo suas garras me arranharam e rasgaram o vestido que minha mãe usou com meu pai. Desgraçada. Estava preparada para revidar, quando Scott a acertou com um pedaço de madeira na cabeça.

- Você a esta vendo, certo? – perguntei.

- Infelizmente.

Desembainhei minha faca para monstros. Quando ela se levantou eu investi e acertei sua barriga.

- Pode tentar me matar heroína, mas Cronos está voltando, vocês irão todos morrer.

E então ela se dissolveu.

Olhei para Scott, ele estava pálido.

- Ela morreu?

- Não. Scott, eu sinto muito, mas não posso ir ao baile, preciso ir para o acampamento imediatamente.

- Tudo bem, eu entendo.

- Me desculpe. – eu disse enquanto ia saindo.

- Não se desculpe, vá salvar o mundo! – ele disse enquanto íamos nos afastando.  



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