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História A filha de Apolo - Descubro quem eu sou


Escrita por: sunterstan

Capítulo 2 - Descubro quem eu sou


Depois de pegar um trem e mais um taxi, chegamos a tal colina que Thomas havia dito, ele só tinha falado dela em toda a viagem, fora isso ficamos o caminho inteiro em silencio, já tinha desistido de perguntar pois ele nunca me respondia, ou se respondia era sempre :''Vou te dar respostas quando chegarmos'' ou '' Responderei quando chegarmos a colina''. Descemos do taxi, e subimos a colina:

–Agora que chegamos, você pode por favor responder as minhas perguntas? - eu disse. – Por que estamos aqui? Por que aquele cara se transformou em monstro? Por que você é metade bode?

–É sátiro - ele disse ofendido.

–O que é um sátiro? - eu disse.

–Ora é o que eu sou.         

–Por que estamos aqui?

Ele respirou fundo, como se já estivesse cansado das minhas perguntas, e se virou:

–Ouça com atenção, porque eu não vou repetir. - ele disse. -Você é uma semi-deusa, é o resultado de uma relação com um deus e um mortal, aquele mostro que você viu é só um de milhares que você irá ver, eu estou te levando para o Acampamento Meio-Sangue pois é la que você estará segura.

– Semi-deusa? Quem são meus pais? - eu disse confusa.

–Eu ainda não sei seu pai ou sua mãe não te reclamou. - ele disse. - Temos que ir, vamos. - ele disse me puxando

Finalmente havíamos chegado ao acampamento, no inicio dele tinha uma placa enorme dizendo Acampamento Meio-Sangue, em grego, e como eu sabia ler grego? Bom, nem eu sei como. Nós entramos, era lindo, logo na entrada tinha um enorme pinheiro, andamos um pouco, e Thomas me levou para um tipo de um alojamento, com 12 chalés um do lado do outro, formando o que parecia um U. Dentro de um chalé saíram dois meninos gêmeos:

–Ei Thomas, achei que morreria nessa missão. - disse o mais baixo em tom de deboche.

–É, uma missão tão perigosa como esta - disse o outro irmão rindo.

–Connor, Travis é bom ver vocês de novo, e não era exatamente uma missão, era um resgate. - disse Thomas.

–Ótimo, então agora tomamos conta do resgate, bem-vinda irmã! - disse o mais alto olhando para mim.

–A muito obrigado pela recepção, mas preciso apresenta-la para o Quíron primeiro. Maria, esses são Connor e Travis Stoll, são filhos de Hermes.- disse Thomas.

- Sou Maria de Las Cruzes - disse cumprimentando-os - ele é sempre tão mal-humorado assim?

–É porque você ainda não viu quando leva um fora das ninfas. - disse os dois rindo.

–Já chega tá! Maria vem comigo - disse ele envergonhado.

Ele me levou ate uma casa enorme e branca, na varanda estavam sentados um homem de cadeira de rodas e uma garota loira, o homem olhou para Thomas e disse:

–Thomas, você conseguiu, resgatou um semi-deus em segurança - disse o homem de cadeira de rodas vindo em nossa direção. - Eu sou Quíron, e você deve ser..

–Maria de Las Cruzes - eu disse.

– A é claro, seja bem-vinda, essa é Annabeth ela ira te levar até seu chalé, nos veremos mais tarde - disse ele enquanto olhava para Annabeth.

A garota me guiou de volta aos chalés, ela parecia um pouco mais velha do que eu, era muito bonita, tinha cabelos loiros e olhos acinzentados e era um pouco mais alta do que eu.

–Esse é o chalé de Hermes, aqui ficam os meio-sangues que ainda não foram reclamados, e os filhos de Hermes claro...

–Muito bem loirinha, mas agora ela tá com a gente. - disse Connor Stoll. – Vem, vou te mostrar aonde irá dormir, essa chalé é demais.

Ela pareceu um pouco irritada pelo apelido. Algo me dizia que eu e os irmãos Stoll iriamos nos dar bem, e eu quase nunca sentia isso.

- Bom, parece que já fez amizade com alguém do chalé, isso é bom. Você irá ficar aqui por um tempo, até que o seu deus o reclame. - ela disse - Connor vai lhe mostrar ao acampamento, eu tenho muito o que fazer ainda, nos vemos na janta.

O chalé era cheio, com certeza de semi-deuses que que não sabiam quem era seu pai/mãe deus. O lugar era meio velho, com a pintura descascando e um caduceu -muito confundido com o símbolo da medicina, porém este tem apenas uma cobra e o de Hermes, duas - acima da porta.

–Este é o lugar onde você vai ficar por alguns dias. - disse Connor.

–Parece aconchegante. - disse olhando em volta.

Uma campainha tocou, e todos os campistas saíram do chalé.

–É hora da janta, você vem? - disse Connor.

–Claro.

 

Era hora da janta, todos os campistas haviam se reunido numa espécie de refeitório ao ar livre, com uma fogueira que mudava de cor. Travis tinha me explicado que eu tinha que jogar a minha comida na fogueira e oferece-la para meu deus, eu achei ridículo mas não disse, joguei a comida e ofereci para todos os deuses. Quando fui me sentar, Annabeth e um garoto de olhos azuis e cabelos preto, vieram falar com a gente:

–Maria, esse e meu amigo Percy - disse Annabeth.

–Sou Percy Jackson, filho de Poseidon - disse ele me cumprimentando.

–Sou Maria - eu me apresentei - Filho de Poseidon? Então quer dizer que você é bem poderoso?

– Bem... – ele deu um risinho convencido. -  Na verdade eu tento né...

Annabeth o interrompeu.

- Percy é uma exceção e não quer dizer que seja mais forte que os outros – ela disse um pouco revoltada.-- O que quer dizer com exceção?

- Houve um acordo entre os três grandes após a segunda guerra, desde então eles não podem ter filhos.

Ficamos em pé conversando alguns minutos, depois fui me sentar-se à mesa do chalé de Hermes, Travis e Connor me chamaram pra sentar ao lado deles, então sentei no meio.

– Maria vem conhecer o pessoal. - disse Travis. - Vou começar te apresentando o pessoal do outro lado da mesa, aquele primeiro é o Will, Jaime, Lúcia, Chris, Jake, Jass, Ed e Cárter.

–Na nossa fileira o primeiro se chama Joe, Melissa, Jane, Connor, você, eu, Alice e Stevie. - disse Connor

–Vou gravar o nome de vocês com o tempo. - eu disse.

O refeitório estava cheio, todos campistas conversando, comendo, rindo, até que uma hora todos fizeram silêncio, Quiron começou a falar com a gente.

–Boa noite campistas, primeiramente eu queria apresentar a vocês nossa nova campista Maria de Las Cruzes, que foi resgatada pelo nosso mais novo sátiro protetor Thomas Levi.- disse Quíron.

Todos começaram a nos aplaudir, confesso que fiquei um pouco envergonhada, pois todos estavam nos olhando.

–Outra coisa que iria dizer é que amanhã teremos nossa caça a bandeira, então preparem-se, pois quero ver todos participando, então e só isso por hoje pessoal, obrigado. -disse Quíron.

Quando voltamos para o nosso chalé, fui direto para o meu quarto, tomei banho, e deitei na cama, fiquei meia hora tentando dormir, era muita coisa na minha cabeça pra processar, eu era uma semi-deusa, meu amigo era metade bode, eu estava em um acampamento onde todos eram filhos de deuses, e meu professor era metade cavalo. Era difícil dormir, eu sempre ouvia uns barulhos diferentes, pareciam rugidos, mas não de leões, de uma coisa pior, até que finalmente eu consegui dormir.

 

No dia seguinte, eu tinha acordado muito bem disposta, apesar de ter acordado 7 da manhã pelos irmãos Stoll gritando, eu tinha acordado bem. Tomei banho, vesti meu jeans rasgado, meu all star preto e ... meu guarda roupa estava cheio de blusas laranjadas como as dos campistas, dizendo Acampamento Meio-Sangue, enquanto a minha blusa? Procurei-a em todo lugar e não achei, não tive opção a não ser vestir o uniforme, coloquei-o e fui para o refeitório. Chegando lá, encontrei meus amigos conversando Travis e Connor.

–Está atrasada, daqui a pouco é a caça a bandeira, e você ainda nem tomo café da manhã. - disse Connor.

Depois eu e os meninos fomos ao tal arsenal que eles haviam me dito no caminho. Quando entramos haviam vários tipos de armas, espadas, facas, arco e flecha, Travis tinha pegado uma adaga e deu pra mim.

–O que acha dessa? - disse ele me entregando a adaga.

–É linda, mas meio difícil de manipular. - eu disse.

Ele deu de ombros, e ele e o irmão procuraram outra arma.

– Que tal essa? - disse Connor levantando uma espada.

A espada parecia fácil de ser levantada, mas quando a peguei parecia que tinha pegado um saco de 5 quilos de areia.

–Um pouco pesada - eu disse.

Na mesma hora, uma luz irritante veio ao meu rosto, corri os olhos para descobri de onde vinha. Era um arco dourado, talvez fosse de ouro, não sabia diferenciar. Nele estava cravado alguns desenhos que pareciam símbolos, mas certamente juntos contavam uma história. Peguei ela, e parecia que tinha sido feita sob medida pra mim.

–Ei pessoal, acho que encontrei. - eu disse.

 

 

Estavam todos reunidos na arena de combate, todos os grupos já estavam formados, eu particularmente estava com um pouco de medo mas me sentia confiante, o objetivo do jogo era pegar a bandeira do adversário, nossa equipe era a equipe azul com o chalé de Hermes, Hefesto, Apolo e Poseidon, e a equipe vermelha era Ares, Afrodite, Atena, Dionisio e Deméter. Depois que Quiron ditou todas as regras, nossa equipe começou a se colocar em seus postos, Percy o líder da equipe azul, me colocou para cuidar a bandeira, o que na minha opinião parecia um pouco inútil, mas não discuti. O jogo começou, e eu senti uma sensação única de que podia lutar e ser eu mesmo sem ninguém me dizer o que fazer e o que não fazer, fiquei para cuidar a bandeira junto com Ed, Jaime e Lúcia do chalé de Hermes, no momento estava tudo muito calmo e silencioso, as vezes conseguia escutar o barulho dos outros campistas lutando, até que uma hora um frio percorreu minha espinha, parecia que havia alguém me cuidando, olhei para todos os lados e procurei por alguém mas não havia nada, imaginei que seria um dos filhos de Atena, dizem que eles tem as melhores estratégias de batalhas e uma delas é se esconder e atacar. A sensaçao de que havia alguém me vigiando ainda permanecia, havia uma arvore atrás de mim, e resolvi checar se não tinha nada nela, e vi uma silhueta preta atrás dela, estava me aproximando para ver melhor quando de repente alguém desce de cima da arvore, era Clarisse La Rue, filha de Ares.

 

–Saia da minha frente bastarda. - disse a garota me empurrando.

 

–Não posso fazer isso.

 

–Vou fazer poder!

No momento em que Clarisse apontou sua lança na minha cabeça, a silhueta que eu havia visto saiu de trás da arvore com um rosnado que mais parecia um trovão. Era como um rottweiler mas três vezes maior, ele pulou encima de Clarisse, Ed foi correndo chamar os outros campista e só restaram Jaime, Lúcia e eu, os dois tinham ficado em estado de choque pareciam não poder se mexer, então só restava que eu fizesse alguma coisa,me aproximei da fera.

 

–Saia daqui sua magricela não preciso da sua ajuda. - disse Clarisse.

 

–Seu orgulho um dia vai te matar. - eu disse enquanto preparava minha flecha.

 

No mesmo momento chegaram os outros campistas para ver o que estava acontecendo, eu nem havia notado, mas estava quase o acampamento todo em volta da cena. Eu arrumei a flecha e apontei para o monstro.

 

–Eu estou de avisando garota, se atirar eu faço churrasquinho de você.

 

Mirei, fechei os olhos e atirei.

 

Quando abri os olhos a fera estava se dissipando em pó encima de Clarisse, ela me olhava com um ódio puro, tinha acertado o monstro no coração, estavam todos me olhando, na verdade, olhando para cima da minha cabeça, olhei pra cima também e tinha o que parecia um símbolo de um harpia brilhando, todos se reverenciaram enquanto Quiron (que eu nem havia notado que estava lá também) dizia:

 

–Salve Maria de las Cruzes, filha de Apolo.

 



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