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História A filha de Apolo - Ganho um presentinho do papai


Escrita por: sunterstan

Capítulo 4 - Ganho um presentinho do papai


O resto do verão se resumiu em varias batalhas, monstros invadindo o acampamento, campistas feridos, até a hora em que Percy, Annabeth, Grover, Tyson e Clarisse voltaram com o Velocino de Ouro. Mas também não foram só tragedias, minha amizade com Silena tinha ficado maior, Connor e Travis Stoll, apesar de tudo estar acontecendo, continuaram com suas zoações, e é claro não pude deixar de participar de alguma delas com eles (porque eles me convidaram).Graças aos deuses, tudo tinha voltado ao normal, tivemos até a Corrida de Carruagens prometida, e Percy e Tyson tinham ganhado. Foi uma manhã ótima, mas infelizmente o verão estava acabando, eu não sabia ainda se ia ficar o resto do ano no acampamento, ou se iria voltar pra casa. Tinha acabado de ajudar alguns campistas feridos na Casa Grande, e sai pra dar uma volta pelo acampamento.

–Já decidiu se vai voltar pra casa? - disse Travis

–Ainda não decidi, por quê? Não estão planejando de roubar um banco e me colocar nessa, estão?

–Acho que um banco ainda não esta em nosso nível. - disse Connor.

–É, talvez possamos deixar isso pra mais pra frente. - disse Travis com a cara de maníaco de sempre.

- Vocês são impossíveis. - eu disse rindo.

–Bom, só queríamos saber se vai ou não voltar pra casa, porque nós também moramos na Flórida, e quem sabe não poderíamos sair e zoar com a nossa mais nova parceira de crime. - disse Travis.

–Então, já que não recebo muitos convites como esses, quem sabe eu volte.

–Se voltar, já sabe... é só mandar uma mensagem de Iris. -disse Connor

–Tudo bem.

–Então..- disse Travis - a gente se vê... - disse Connor.

Os dois subiram a colina se despedindo com um aceno de mão.

 

Continuei minha caminhada, pensando sobre minha volta pra casa, é, talvez não seria má ideia voltar, minha mãe precisa de mim também apesar de tudo, e eu tinha Travis e Connor não iria ficar mais sozinha. De repente a vontade de ir para casa ficou grande, fui correndo para meu chalé arrumar minhas coisas, organizei todas as minhas coisas em cima da cama para não esquecer nada, coloquei dentro da minha mochila, e quando fui sair senti que tinha esquecido alguma coisa, virei e olhei pra cama, havia uma espécie de cinto com uma adaga na bainha virada horizontalmente e outra bainha com lugar para mais um, e em cima dela e uma carta. No envelope estava escrito : ''Para: Maria de las Cruzes'', ''De: Apolo''.

–Ah que ótimo, presente do papai. - eu disse abrindo o envelope.

Querida filha‘’Gostaria de poder estar com você e sua mãe em todos os momentos, mas infelizmente eu e os outros deuses devemos seguir as regras de meu pai Zeus. Nada me orgulha de saber que é uma garota e corajosa, e em troca disso lhe dou este cinturão que pertenceu a um filho meu a muito tempo atrás, há apenas uma adaga, a outra você ganhará com o tempo, quando souber de sua vida direito, sei que ainda não sabe de todos os seus poderes ainda e como controla-los ,mas sei que a usará corretamente.

Com amor, Apolo.’’

Poderes? Eu tenho poderes? Tipo Percy controlando a água, Silena manipulando a mente dos mortais? E que diabos é este cinto? Nada daquilo fazia sentido, minha mente estava confusa, e eu queria sumir com aquele cinturão, estava com raiva do meu pai, só porque agora estou nesse acampamento, ele manda noticias, e ainda por um bilhete? Peguei minha mochila, coloquei nas costas peguei a droga do cinturão, e fui em direção ao lago, joguei-o o mais longe possível na água. Consegui me livrar. Antes de ir embora fui me despedir dos meus amigos, a primeira foi Silena, que não aguentou e teve que ir comigo me despedir dos outros, estavam todos nos campos de esportes. Quando fui me despedir de Annabeth o inesperado aconteceu. O cinturão apareceu no chão entre mim e Annabeth.

–Ah droga, isso não pode estar acontecendo. - eu disse irritada.

–O que é isso? - perguntou Annabeth assustada.

–Apareceu em cima da minha cama hoje de manhã, com uma carta do meu pai.

- E o que você fez com ele?

–Fiquei com raiva e joguei no lago.

–Você o que? É por isso que ele reapareceu, é um presente de um deus, nunca o recuse, ou ele vai ficar reaparecendo até você aceitar.

–Não quero presentes dele, e se eu aceitar e der para alguém?

Annabeth riu.

–Maria, isso é seu, sua arma que seu pai lhe deu, assim como o meu boné de invisibilidade, vai ser mais útil do que você imagina.

–Ah, tudo bem, fico com isso. - eu disse colocando o cinturão na mochila. - agora tenho que ir.

Despedi-me de todos, Silena foi até a entrada do acampamento comigo.

–Bom, então... até o verão que vem - disse ela meio triste.

–Ei, vai passar mais rápido do que imagina, você vai ver, e enquanto isso me informe sobre tudo de você com o Charles por mensagens de Iris, ok?

–Tudo bem. - disse ela dando um sorriso.

Abraçamo-nos, e eu pude finalmente ir para casa.

 

Finalmente voltei para minha casa em Jacksonville, Florida, ela era uma casa pequena e normal comparada as outras da cidade, não era tão humilde também, porque quem tinha dado a casa para mim e para minha mãe foi minha avó que mora em Madrid, a cidade era tranquila e perfeita, uma das coisas que eu mais gosto é que minha casa é poucas quadras da praia, e a praia de lá é incrível, desde de quando nos mudamos pra lá minha mãe me levava pra ver o pôr-do-sol, era incrível como ela ficava mais bonita do que já era na luz do sol, quando ela o via sempre se emocionava, e dizia que sentia falta do meu pai, mas era apenas isso que ela falava dele, depois de um tempo ela parou de me levar a praia nos pores-do-sol, então eu ia sozinha pra não perder o costume, e nas noites de insônia ficava acordada pra ver o sol nascer, era literalmente revitalizante, nunca entendi porque o sol conseguia me dar forças e energia, agora tudo fazia sentido. Entrei em casa, e lá estava minha mãe na cozinha preparando algo pra eu comer, com seus longos cabelos castanhos presos e um vestido estampado com flores, pronta com a minha chegada.

–Ah querida, graças a Deus está de volta, senti tanto sua falta. - ela me disse me abraçando tão forte que quase não consegui respirar.

–Também senti sua falta mamãe.

–Então, como foi lá? Muitos amigos? Se deu bem? - dizia minha mãe como se eu fosse uma garota comum em seu primeiro dia de aula em uma escola comum.

–Foi ótimo, fiz alguns amigos..- então me lembrei do que mais me incomodava - descobri quem é meu pai também.

E de repente o sorriso dela se desfez.

–Querida, eu ia te contar, me desculpe...

Ao longo do verão, eu tinha mandado algumas mensagens de Iris para minha mãe, dizendo o que havia acontecido, e que eu já sabia sobre minhas origens, mas não havia contado que tinha sido reclamada.

–Não quero discutir sobre isso, ok? Ah e a proposito, ele me mando um presente com um bilhete, achei que iria gostar de ler. - joguei o bilhete na mesa - Agora, preciso descansar um pouco.

Fui para o meu quarto, meu quarto não tinha muita coisa, só minha cama, meu guarda-roupa e uma penteadeira, joguei minha mochila no chão, tirei aquela droga de cinturão de dentro dela e joguei num canto, deitei na minha cama e só lembro-me de ter caído em um sono pesado.

 

O resto do meu ano foi entediante, consegui continuar na mesma escola, mesmo levando varias advertências, tudo finalmente estava começando a dar certo, minha mãe havia achado um emprego como garçonete, nós ficamos até um tempo sem brigas, passei o Natal apenas com a minha mãe, ela havia me dado um cachorro de presente (valeu mãe), se já era difícil cuidar de mim mesma, quem dirá de um cachorro, ele era um graça, todo preto com uma mancha no olho branca, mas com o passar dos dias fui me acostumando com ele e comecei a o chamar de Stun, uma mistura de star (estrela) + sun (sol).Tudo estava se ajeitando, até que finalmente voltou tudo ao normal e deu tudo errado, era noite de Ano Novo, eu havia passado o dia com os irmãos Stoll (e o Stun, que não desgrudava de mim por nada),antes de sair de casa vi o cinturão jogado no canto do meu quarto, já que iria sair com outros semideuses achei melhor levar aquela porcaria, coloquei-o era mais leve do que parecia, coloquei minha camiseta por cima daquilo, e sai. Cheguei em casa só anoite pra buscar minha mãe e passar o Ano Novo na praia com ela, e pra minha surpresa lá estava ela na sala, no colo de um cara que eu nunca havia visto na minha vida.

–O que é isso?- eu disse assustada

–Maria! Não sabia que chegaria mais cedo...

–Como não sabia? Combinamos as 20hrs de irmos pra praia! E quem é esse cara, o que ele esta fazendo na minha casa?

–Querida deixa eu explic...

–Ah não preciso de suas explicações, mãe! Já entendi tudo. Tire esse porco nojento da minha casa, ou vou para o acampamento e não volto mais.

No mesmo instante, o cara levantou irritado, ele era asqueroso, tinha uma barba mal feita meio grisalha meio preto, sua barriga era enorme e cheia de pelos, daria uns 54 se não tivesse tão bêbado e gordo.

–O QUE DISSE MOCINHA? TENHA RESPEITO COMIGO E COM A VADIA DA SUA MÃE, AGORA ELA TRABALHA PRA MIM!

A raiva me subiu pela cabeça, não pensei em nada a não ser em querer matar aquele cara no mesmo instante, me virei e olhei pra ele.

–Repita o que disse da minha mãe, seu porco nojento.

–A o que foi? Ficou ofendida em saber que sua mãe é uma prostituta, ficou ofendida com a verdade?

Tirei a adaga da bainha e quando tinha visto já estava com ela no pescoço do homem.

–Maria não!- gritou minha mãe.

Me lembrei que era inútil o que eu estava fazendo, não podia ferir mortais com minha arma. Ainda com a adaga no pescoço do cara eu disse.

–Saia daqui agora!

O cara pegou suas coisas e saiu correndo. Não sei se ele tinha visto a adaga, não sei o que a névoa provocou em seu cérebro minúsculo, mas vi em seus olhos o pavor. Devolvi minha adaga na bainha, e fui correndo pro meu quarto arrumar minhas coisas e fugir no mesmo instante.

–Querida, por favor, não faça isso. - disse minha mãe tentando impedir

Fingi que não escutei e continuei arrumando minha mochila.

–Me desculpa, eu devia ter falado pra você..

–''Desculpa'', ''Eu ia falar pra você'', mãe você não percebeu que tudo que você me esconde uma hora eu acabo descobrindo. Tenho certeza que deve ter perdido seu emprego como garçonete, e agora voltou pra essa droga de vida, cada noite um novo porco asqueroso na minha casa, não vou mais tolerar isso, não enquanto estiver aqui, se é isso que você quer, então eu vou embora.

–Ótimo, vá então, só quero que saiba que esse emprego nos sustenta, só estou nele pra te dar uma vida melhor...

–Não vai me dar vida melhor alguma sendo uma prostituta!

Me arrependi de ter falado isso no mesmo instante.

–Saia daqui, agora! -disse minha mãe.

Sai chorando de casa, rumo ao acampamento o mais rápido possível.



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