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História A filha de Apolo - Fujo de um pedido para o baile


Escrita por: sunterstan

Notas do Autor


Achei que deveria contar um pouco sobre a rotina da personagem na escola, e os mortais com que ela se relaciona. Espero que gostem.

Capítulo 9 - Fujo de um pedido para o baile


Fanfic / Fanfiction A filha de Apolo - Fujo de um pedido para o baile

Muitas coisas haviam acontecido no começo do ano. Nico, meu encontro com meus ‘’meios-irmãos’’, a descoberta de como minha mãe havia conhecido meu pai e meu ‘’padrasto’’... Enfim, não pude deixar que isso me afetasse psicologicamente, afinal eu era uma semideusa, que se dane meu psicológico. Porém também era mortal, então como uma cidadã com 14 anos de idade, eu deveria frequentar o colégio. Por incrível que pareça, já era meu terceiro ano em West High School, infelizmente. Eu detestava aquele colégio e detestava os alunos. Me preparei para o ultimo dia de aula antes do verão, não via a hora de finalmente poder voltar para o acampamento, talvez encontrar Nico, ou pelo menos ter noticias dele, pois desde seu desaparecimento eu não soube de mais nada. E Silena, finalmente podia abraçar minha amiga. Os irmãos Stoll ficavam a 21km de Jacksonville, mas quase sempre era perigoso demais três semideuses juntos sozinhos, então evitávamos de nos encontrar.

Eu estava me arrumando para o colégio, sempre colocava meu cinturão, pois nunca se sabe quando uma criatura do mundo inferior vem atrás de você pra te matar. Arrumava minha mochila quando minha mae parou na porta do meu quarto me olhando.

- Depois da escola vai direto para o acampamento?

Eu não notei sua presença e me assustei.

- O que acha de comermos alguma coisa juntas antes?

- Acho uma ótima ideia. Te pego na saída da escola então?

- Tudo bem.

 

Tinha chego atrasada à aula de literatura, provavelmente devia ter interrompido alguma passagem de algum livro que eu com certeza não tinha lido e que o professor Michells estava recitando, todos acompanharam minha entrada ate o meu lugar no fundo.

- Maria, que bom que chegou! Pode terminar a passagem que eu estava recitando – eu sabia – ou dizer que parte do livro você gostou.

- O livro... ahn o livro. – não sabia o que dizer – Bom, eu achei muito engraçado um capitulo em que o personagem principal...

- Que seria? – interrompeu o professor.

- Que seria... Qual é o nome mesmo? Me desculpe, eu leio tantos livros que as vezes me esqueço o nome dos personagens. – terminei dando uma risadinha desconfortável pra tentar convencer.

- Hamlet! E claramente você não leu o livro.

Virei os olhos.

- Mas não vou interromper a aula por isso. Conversamos mais tarde.

Eu pude notar alguns alunos comprimindo risos, e até mesmo uns ‘’vish’’

No final da aula estava saindo da sala quando sr. Michells me parou.

- De las Cruzes!

Bufei e virei em direção a sua mesa.

- Dei um livro para ler há três semanas. Acabei de passar uma revisão do mesmo agora pouco, e pela sua cara você nem prestou atenção. A prova é daqui duas horas, devo me preocupar com a sua situação?

- Não senhor. Eu só acho que uma prova no ultimo dia de aula, é muito chato sabe? Por que não passa depois do verão, eu tenho certeza que muita gente não leu o livro...

- Como você, por exemplo.

Bufei e virei os olhos.

- Maria, estou tentando te ajudar, se você não se ajudar também, ai fica difícil.

- Não se preocupe sr. Michells, eu não vou decepciona-lo.

- Espero que não. – ele dizia com um ar de preocupação.

 

Sai da sala e fui até o refeitório. Peguei minha comida e fui sentar com meus ‘’amigos’’. Só estavam na mesa Tyla seu namorado Jeff e Betty. Eles provavelmente conversavam algo sobre o baile de verão e que eu com certeza não iria por nada.

- Levou uma dura do sr. Michells? – me perguntou Tyla.

Tyla era a típica garota popular. Capitã das líderes de torcida e que mantinha um garoto que se titulava namorado, pois era muito insegura. Suas tranças afro estavam pra trás com uma bandana, seus olhos cor de mel olhavam pra mim friamente e com um ar de inveja, como sempre me olhava. Havia boatos de que Tyla me odiava, pois Matt gostava de mim. Eu nunca liguei pra essa idiotice, pois estava me lixando pra situação e pra ‘’amizade’’ dos dois.

- Não li o livro, só isso. – respondi dando de ombros enquanto me sentava.

Ela riu.

- Você vai se dar mal na prova. – dizia enquanto abraçava com um braço o namorado do lado.

Dei de ombros mais uma vez.

- E ai, com quem você vai ao baile Maria? – perguntou Betty

Betty era a sem noção do grupo que Tyla a mantinha perto pra parecer mais inteligente.

- Já disse que não vou.

- Então Matt ainda não te convidou?- preguntou Tyla com um tom de rancor.

- Não, e mesmo se convidasse eu não iria.

Na mesma hora Matt estava chegando à mesa com seu melhor amigo Scott. Ele se sentou do meu lado e eu me afastei discretamente.

- Como assim o rei do baile ainda não convidou sua rainha em? – Tyla tentava soar como uma piadinha, mas pareceu mais com uma provocação.

Matt ficou desconfortável e vermelho, como se tivesse escondendo algo sobre. Olhei pra ele, mas sem nenhum interesse.

- Irei convida-la na hora certa e do jeito certo.

- Quando? Quando estivermos no baile. – ela riu.

Virei os olhos. Que situação ridícula.

- Tyla! Chega! – Gritou Matt irritado.

Ela me olhou com ódio, como se o motivo de ele ter se irritado fosse eu. Ficamos todos em silencio por alguns minutos. Scott, o mais razoável do grupo disse algo pra cortar o clima.

- Então... O que vão fazer no verão?

Então todos falaram juntos e ninguém entendeu nada. Olhei para Scott e ele pra mim virando os olhos como se dissesse ‘’eu não ligo’’. Ele era um cara legal, legal até demais pra andar com aqueles tipos de pessoas. Scott e Matt se conheciam desde os sete anos, porém eram totalmente diferentes. Ao longo do ano conversávamos bastante, ele me dava algumas aulas de biologia e era meu parceiro na aula de química.

Estava distraída prestando atenção sobre o futuro verão de Tyla.

- E você Maria, o que vai fazer? – perguntou Scott.

Olhei surpresa.

- Eu? Bem... Acho que vou pra... – Disse o primeiro nome de estado que veio a minha cabeça – Utah!

- Utah? – todos perguntaram.

- É, vou visitar minha avó em Salt Lake.

Todos olharam tentando demonstrar interesse. Exceto Scott.

- Utah é legal, já visitei Bryce Canion quando tinha 9 anos.

Eu sorri pra ele.

 

Mais tarde no colégio eu tinha aula de química. Entrei na sala e lá estava Scott fazendo alguma experiência ou sei la o que chamam aquilo.

- E ai. – o cumprimentei

Ele deu um aceno com a cabeça, estava com as mãos ocupadas e o óculos de proteção no rosto. Me sentei ao lado dele.

- Começou sem mim?

- Começar sem a melhor parceira de química? É obvio que não. – nos dois rimos – Relaxa, é só uma coisa que eu implorei pra sra. George pra testar.

- Eu perguntaria o que é, mas não estou interessada.

Ele riu.

- Utah então?

- O que?

- A viagem que você inventou pra impressionar o pessoal. Olha vou te dizer, se eu não tivesse cérebro que nem eles, até acreditaria.

- Ei! Mas é verdade.

Ele me olhou e fez uma careta.

- Tudo bem, somos só eu e você, pode dizer que vai passar o verão em casa.

- E você vai?

- Eu ganhei uma bolsa de curso integral de verão. Portanto estarei estudando princípios de biológicos no aquário.

- Nossa, isso é mais legal que uma viagem.

Ele deu um sorriso de canto na boca.

- É, pra você é.

Observei-o testando os tais experimentos que ele tinha dito. Scott é do tipo de cara que ganha sua atenção rápida. Ele era bem alto, e seu corpo equilibrava a altura, vivia com os cabelos bagunçados e seus óculos, devido ao um jogo, estavam quebrados bem no meio, mas isso não quebrava todo o charme.

- Então... – tentei puxar qualquer assunto que viesse na minha cabeça pra que não ficasse um silencio estranho. – Já tem par para o baile?

Ele parecia ter sido pego de surpresa.

- Eu ia convidar alguém, mas acho que ela já tem par...

- Você perguntou?

- Não

- Então como tem tanta certeza?

Ele me olhou confuso e parecia não ter uma resposta, e logo sua expressão mudou para alguém que estava escondendo algo, e deu uma risada balançando a cabeça.

- O que foi?

- O que? – ele parou de sorrir.

- Por que esta agindo estranho?

- Não estou agindo estranho. – e voltou a rir.

- Você esta me escondendo alguma coisa, conta agora. – dei um tapa de leve no seu ombro.

- Ei tudo bem, – dizia ele rindo enquanto protegia seu ombro. – mas não vale dizer que eu te contei...

Ele olhou pra mim dando uns sorrisinhos pra me provocar e aumentar o suspense.

- Fala! – imediatamente as pessoas que estavam na sala me olharam.

- Matt vai te chamar pro baile no estilo a moda antiga.- ele ria sem parar

Fiquei boquiaberta.

- Scott! Não, por que você o deixou fazer isso, você sabe que eu não quero ir, muito menos ir com ele.

- Eu não tive escolha, Maria, me desculpe.

- Ah droga. E agora como faço pra fugir dessa? Ele te deve ter falado a hora que ia falar comigo, falou?

Ele me olhou tentando esconder pelo menos isso, até que cedeu.

- Ai eu sou um péssimo amigo... Na próxima aula, lá fora, pois você vai trocar de bloco.

- Deuses...

- Ora ora, temos uma politeísta aqui. – dizia ele ainda rindo da situação.

Finalmente e infelizmente batera o sinal da próxima aula, e eu já havia pensado em varias maneira de não cruzar o pátio em direção ao outro bloco, ate mesmo matar aula, mas essa seria justamente a prova de literatura. Estava saindo do bloco com Scott, quando vi de longe Matt segurando um buquê de flores e a bandinha da escola do lado, Scott ria sem parar. Olhei para os lados e encontrei um caminho que dava para o outro bloco, porem era um caminho mais longo e tinha que ir correndo para chegar a tempo.

- Scott – o cutuquei e mostrei o caminho.

Ele entendeu.

- Temos que ser rápidos.

Então puxei Scott pelo braço e começamos a correr. Era 13h da tarde e o sol estava extremamente forte, enquanto eu corria senti um pouco de náuseas, minhas pernas começaram a bambear, e eu congelei, ouvi Scott gritando – Ei o que você esta fazendo?- e então eu apaguei. Comecei a ter visões, mas eram mais como flashs, primeiro era Nico conversando com alguém que eu não tinha visto ou talvez não me lembre, vacas vermelhas, uma tumba dourada, e na frente Luke, nunca o tinha visto antes, mas pela cicatriz no rosto, simplesmente deduzi. Acordei com Scott e Matt em cima de mim.

- O que aconteceu?

- Você... Apagou... – Disse Scott confuso

Matt parecia preocupado e Scott também, mas este também estava assustado, como se tivesse visto um fantasma. Então me lembrei do que estava fazendo antes de ter apagado, e levantei rapidamente como se nada tivesse acontecido, os meninos olharam surpresos.

- Scott, preciso que me leve pra casa.

- Pera aí, não é melhor ir à enfermaria? – perguntou Matt

- Não eu estou bem – disse apressada pra sair de perto dele – vamos Scott.

- Mas e sua prova?

- Eu não ia passar mesmo...

Deixamos Matt pra trás, com uma cara de quem não estava entendendo nada. E na verdade ninguém estava. Caminhamos em silencio por um tempo.

- Então, eu simplesmente desmaiei?

- Bom, Matt disse que viu você tendo algum tipo de epilepsia e espumando pela boca...

Olhei confusa para ele, pois não me lembro de ter acordado com a boca babada.

- Matt?

Ele parou de repente, e olhou fundo nos meus olhos como se procurasse algo.

- Scott o que foi? O que aconteceu de verdade?

- Olha, eu posso estar maluco, tá bom? E talvez eu esteja, afinal, estou estudando 12h por dia sem parar desde que ganhei aquela bolsa...

Ele começou a tagalerar sem parar

- SCOTT!

- Tudo bem, eu vou dizer, mas prometa que não vai rir?

- Tá, eu não vou

Ele suspirou confuso e com um pouco de medo.

- Você travou do nada, e de repente caiu no chão e começou a se debater, parecia um filme de exorcismo... E então eu fui ate você, e seus olhos... Seus olhos estavam brilhando, como se houvesse muita luz dentro deles, eu sei lá. Eu estou maluco, não estou?

- Acredite Scott, você não esta maluco.



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