"Morremos antes
para renascermos
aperfeiçoados"
**P.O.V. MARY**
Continuei descendo a escada, durante o caminho fiquei pensando no que aconteceu, em quando o James quase me atropelou, em quando me disse que eu não poderia fazer isso sozinha, na verdade eu que pedi a ajuda dele, cheguei em um quarto em que vi um demônio com uma adaga me olhando e logo por impulso o joguei contra a parede e logo depois o Arthur e a Aly apareceram atrás de mim, e foram ajudar a Sarah, que eu nem tinha percebido que estava ali, então o demônio se levantou e foi em minha direção e eu quebrei a perna dele, o que fez cair. Então o James apareceu com a velha, ela estava amarrada e sangrando, e enquanto eu me virei para olhar, o demônio imobilizou meu pescoço, prendendo minha respiração. Depois, eu escutei a Sarah dizendo meu nome e já não conseguia escutar o coração dela, e nesse momento eu desmaiei.
**P.O.V. JAMES**
Quando chegamos na escada vimos um demônio morto e senti que alguma coisa ia acontecer e resolvi voltar para dentro da casa, onde a velha estava jogada no chão entre os pedaços da parede, a amarrei, ainda desmaiada, e cortei o braço dela, o que a fez acordar no mesmo instante, então eu perguntei porque estava ajudando demônios.
-Por que são filhos do meu marido! - disse com medo – O que você vai fazer comigo?
-Nada - disse indo em direção à escada – Se eles colaborarem lógico! - disse com um olhar diabólico.
Quando chegamos lá em baixo, ele estava a enforcando, eu olhei para a Sarah e o coração dela havia parado e nesse momento a Mary desmaiou.
-Solta ela, ou eu mato sua mãe...madrasta... seja lá o que ela for sua – disse com uma faca no pescoço da velha.
-Não recebo ordens de CRIANÇAS – disse dando ênfase no “crianças”
-Ta bom, problema seu - Disse e cortei o pulso dela.
Ela desmaiou e caiu no chão.
**P.O.V. MARY**
Depois de desmaiar eu acordei e me vi nos braços daquele demônio. Se eu estou me vendo eu morri? Disse e de repente a Sarah apareceu do meu lado
-Oi Mary – Disse me abraçando
-O que tá acontecendo? - disse intrigada e quase chorando
-Eu...morri – depois dela dizer isso eu comecei a chorar.
-Mas...como eu estou falando com você?
-Eu ainda não saí da Terra, anjos quando morrem ainda tem 12 horas para conseguir reviver. E eu resolvi falar com você para saber se você pode fazer algo para me ressucitar. - disse me olhando, com um olhar sério e com uma ponta de esperança em seus olhos.
-Eu vou tentar, eu preciso voltar, preciso matar esse maldito, que fez isso com você! -disse segundo suas mãos e olhando em seus olhos. Estava com raiva e não conseguia esconder isso.
-Quando terminar me leve para o hospital, e diz pra minha mãe que eu vou voltar! - disse com um leve sorriso no rosto.
Então eu olhei para a porta do quarto em que estávamos e vi o James cortando a velha e dizendo para o demônio me soltar, e ele dizia que não. Então quando eu voltei ao meu corpo, joguei o mesmo para trás, dando um mortal e o fazendo ficar deitado no chão. Uma adaga anti-demônio sai do meu pulso, eu a cravo em seu peito. Eu olho para o James, peço desculpa e vou em direção á Sarah, peço licença ao Arthur à pego no colo e saio dali. Chegando na frente da casa, abro minhas asas.
**P.O.V. James**
Depois da Mary matar o demônio, me pediu desculpa, o que eu não intendi direito, foi até a Sarah, a pegou no colo e saiu. Eu, a Aly e o Arthur fomos atrás, quando chegamos, ela estava com as asas abertas e pronta para sair. Segurei em seu ombro e disse:
-O que aconteceu?
-Tenho menos de 12 horas, para trazê-la de volta. - me disse se virando em minha direção.
-Como assim? Você vai ressucitá-la? - disse surpreso
-Não vou deixar minha prima morrer! - ela disse rápido e se soltou de mim.
-Vamos de carro, eu levo vocês! -disse a olhando.
-Voando é mais rápido!
-E mais perigoso também – disse a Alyson.
-Ta bom então – ela disse e eu abri a porta do carro.
Ela recolheu as asas, colocou a Sarah dentro do carro e entramos, durante o caminho não dissemos nada. Quando chegamos no hospital percebemos que não dá pra aparecer com um anjo “morto” na porta deles, então a Mary sugeriu que a levássemos para a casa da Melissa, pois estaria em casa e a mãe poderia cuidar dela.
**P.O.V. MARY**
Paramos em frente à uma mansão gigante, na frente, um enorme jardim e uma garagem para uns 4 carros, estacionamos o carro e eu abri a porta, não tinha a chave mais ser um “anjo” e “demônio” tem lá suas vantagens. O James entrou com a Sarah no colo e Aly e o Arthur entraram logo depois, ele a colocou no sofá e eu liguei pra minha tia.
Ligação On
-Tia?
-Oi Mary, tudo bem?
-Vem pra casa agora, encontramos a Sarah!
-Minha ou a sua?
-Sua, vem logo.
Ligação Off
Em pouco segundos ela apareceu e foi logo para perto da Sarah, checou o pulso dela e me olhou com os olhos cheios de lágrimas, foi até mim e disse:
-O que aconteceu com ela? Por que ela não tem pulso?
-Tia, ela… - disse tentando não deixar ela muito preocupada – meio que...morreu. Mais não precisa se preocupar, eu vou trazê-la de volta.
-Como assim? - disse chorando desesperada.
-Eu ainda não sei direito, só sei que ela me disse que eu tinha 12 horas para trazer ela de volta. Não precisa se desesperar eu vou conseguir! - disse fui até a Sarah.
Sentei do lado e pensei “antes de trazê-la de volta eu preciso deixá-la curada, fisicamente” então eu passei minha mão sobre seu corpo, que se curou instantaneamente.
**P.O.V. JAMES**
Desde que chegamos na casa da Melissa, a única coisa que a Mary fazia era chorar, eu já estava ficando com raiva. Ela passou a mão sobre o corpo da Sarah para curar seus ferimentos. Olhei meu relógio e já era 19h37, estávamos sem tempo. Então eu lembrei de uma vez em que eu fui ver meu pai, no inferno, e ele estava lendo um livro de feitiços, depois dele sair eu o peguei e folheei, parei em um que dizia que as cinzas de uma alma, boa, queimada no inferno misturada com uma lágrima verdadeira de um anjo ou um demônio, não sei direto, e mais alguma coisa que eu não me lembro, poderia ressucitar um ser de alma pura e boa. Na época eu tinha uns 7 anos, por isso não entendi direito. Olhei para a Mary e disse:
-Eu sei de um jeito de ressucitar a Sarah!
Quando disse isso, todo mundo parou para me olhar, a Mary estava ajoelhada no chão em frente a Sarah, a Melissa estava sentada em um sofá, o Arthur, sentado no sofá em que a Sarah estava, a Alyson, do lado da Melissa e a Sarah, deitada no sofá, com a cabeça no colo do Arthur.
-Eu não tenho o feitiço inteiro, eu preciso de um livro de feitiço que meu pai deu ao Arthur – disse olhando para ele, que imediatamente se levantou, colocando uma almofada embaixo da cabeça de Sarah.
-Eu sei qual é, vou buscá-lo e já volto – Ele desapareceu e reapareceu com o livro em um piscar de olhos.
Peguei um livro da mão dele e fui direto na página 264. Precisava de: as cinzas de uma alma boa queimada no inferno, e uma lágima de um ser, metade anjo e metade demônio, mas não poderia ser qualquer um, tinha que ser um parente, da mesma idade e com uma ligação muito forte, e a lágrima tinha que ser verdadeira. Quando virei para o lado, a Mary estava lendo junto comigo a olhei e ela disse:
-A lágrima pode ser minha, e as cinzas eu consigo com meu pai, mais primeiro vou ao submundo ver se eu encontro. – então ela bateu suas asas, uma na outra, 2 vezes, parou 1 segundo, bateu mais 2 vezes, parou mais 1 segundo e bateu mais uma vez, o que fez aparecer um portal para o inferno no chão à sua frente.
Quando ela foi entrar eu entrei junto e quando passamos, o portal se fechou. Andamos um pouco entre as chamas de fogo imensas, como fiquei um bom tempo sem vir aqui, estava um pouco incomodado pelo calor. A Mary parecia não se importar. Ao chegar no escritório do Lúcifer e do meu pai fomos barrados por 2 demônios, que se diziam SEGURANÇAS.
-Vocês não podem entrar aqui! -disseram parando em nossa frente.
-Há há há, eu não posso entrar no MEU escritório?! - A Mary disse dando ênfase no “meu” - Sai da minha frente!
-Ninguém entra aqui sem a permissão de Lúcifer ou Azazel
-Quem é Azazel? - Mary disse baixinho enquanto olhava pra mim.
-Meu pai, ele cuida de tudo aqui enquanto seu pai não está!
-Sai logo da minha frente CARALHO! - ela disse os empurrando e entrando, eu fui logo atrás.
**P.O.V. MARY**
Chegamos no escritório do meu pai, estranhei ele estar lá, pois era para ele estar trabalhando.
-Pai?
-O filha! Oi James! - disse nos cumprimentando.
-Eu preciso de um favorzinho seu – disse o olhando com cara de pidona.
-Pode falar. Do que você precisa? - disse se sentando em uma poltrona.
-Cinzas de uma alma boa!
-Difícil, já voltou – disse e desapareceu.
Depois disso meu pai reapareceu com um pote de vidro, cheio de cinzas, olhei meu relógio e voltamos para a casa da tia Anggie. Todos estavam do mesmo jeito, menos a Melissa, ela estava andando de um lado para o outro.
Já havia se passado quase as 12 horas, eu estava ficando desesperada, pois não conseguia mais chorar.
-Mary, você precisa chorar agora, falta 1 minuto – o James disse.
-Eu não consigo.
-Ela vai morrer e você nunca mais vai vê-la. E a culpa vai ser sua, por não conseguir salvá-la.
Após ele dizer isso, meu sangue ferveu e fiquei com vontade de dar uma na cara dele, mais meu ódio e tristeza, pela Sarah, saiu em forma de lágrimas, que escorreram pelo meu rosto. Então ele pegou o pote e colocou embaixo do meu rosto. Quando a lágrima tocou as cinzas, brilhou, se transformou em um líquido azul.
-3...2...1...Agora Mary – O James disse me olhando.
Então eu fui até ela e derramei o líquido azul em sua boca. Já tinha passado uns 5 minutos e nada, no feitiço dizia que ela acordaria em até 1 minuto. Então eu abaixei e coloquei minha cabeça sobre o peito dela e acabei deixando escorrer algumas lágrimas em seu corpo.
-Mary, olha isso! - O Arthur disse apontando para o corpo da Sarah.
Então eu levantei minha cabeça e olhei para ela, as lágrimas que escorreram em seu corpo, o penetrou e foram direto ao coração, quando chegou, uma enorme luz tomou conta da casa inteira, quando ela se apagou, a Sarah estava de pé me olhando, eu fui até ela e a abracei, ele retribuiu me apertando muito e disse:
-Obrigada! Eu sabia que você ia conseguir!
-Tive ajuda! - disse olhando para o James e para o Arthur.
-Quem é aquele gato? - disse baixinho.
-Eu escutei isso! - O Arthur disse olhando para ela.
-A gente conversa depois – Eu disse e a Aly veio até ela e deu um abraço.
-Você está bem? Eu lembro que eles atiraram em você!
-Sim, estou bem.
Então ela foi até a mãe e deu um abraço, que parecia que nunca iriam se soltar. Cumprimentou o James e o Arthur com um abraço. Então um homem entrou na casa e foi até a Sarah.
-Você está bem? Sua mãe me ligou dizendo o que aconteceu com você! Estava preocupado, vim o mais rápido possível!
-Eu morri! - ela disse o olhando enquanto ele fazia uma cara de assustado.
-O quê? Como assim? - ele disse com cara de espanto.
-A gente conseguiu ressucitá-la! - disse me aproximando – Prazer Maryan!
Continua.................................................
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