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História A Filha do Coringa: a Origem - O retorno de um psicopata


Escrita por: silvacomsifrao

Notas do Autor


Oiii gente, desculpa, desculpa mesmo. Eu ia postar no feriado, só que não tive tempo algum essa semana... surgiram uns imprevistos... MAS... uma parte boa da história está chegando :)...

Capítulo 14 - O retorno de um psicopata


- O quê? – perguntei incrédula. Meu coração acelerou à mil por hora, não sabia o porquê.

            - O Coringa voltou aqui para Gotham – meu pai respondeu com paciência.

            - Tá, essa parte eu entendi. Mas ele não estava aqui, já?

            - Não. Ele ficou fora um tempinho – meu pai então buzinou para o carro que estava em sua frente, xingando-o. O trânsito estava muito lento. – Mas ele retornou, ontem de madrugada roubou uma boate e a polícia tentou persegui-lo. De alguma forma ele conseguiu explodir as viaturas e despistar as que sobraram. Então Batman tentou persegui-lo, mas também não teve êxito.

            - A polícia e o prefeito advertiram todos os cidadãos à voltar para suas casas mais cedo, pelo menos pelos próximos dias – mamãe, adicionou. – Cecy, pode ter certeza, as ruas de Gotham vão ficar mais perigosas do que nunca já que o Príncipe Palhaço do Crime retornou ao seu reinado. Vai ter caos em todo lugar.

            Houve um breve momento de silêncio entre nós.

            - Ele voltou com tudo – comentei, admirada. Como que eu não fiquei sabendo disso? Então essa era a razão do porquê todos estavam meio estranhos hoje.

            Tinha lembrado de algo que Jason dissera em sua mensagem.

            “As ruas de Gotham vão pegar fogo”

            - Você e Jason não ouviram a perseguição, ontem de madrugada? – minha mãe perguntou, tirando-me do devaneio.

            Fiquei meio tensa. Não queria contar que Jason teve que me abandonar no meio da noite, meu pai iria odiá-lo mais ainda. Mamãe, no mínimo, ficaria brava com Jason.

            - Não, não ouvimos nada, parecia que tudo estava tranquilo na cidade – eu não estava mentindo. Era verdade que eu não tinha ouvido nada. Agora, eu não sei quanto ao Jason, já que ele saiu correndo, talvez tenha ouvido ou até... visto.

            - Vocês tiveram sorte, então – meu pai comentou, aliviado.

            - Sim, muita sorte – disse, pensando no Jason.

 

Chegamos em casa e já ligamos a TV no noticiário, o assunto principal era sobre o Coringa, é claro, e todo o contratempo que ele tinha causado na cidade. Exibiram vídeos anônimos do ataque à boate na noite passada, foi possível ver o próprio Coringa – de longe -  atirando com uma metralhadora dourada contra o palco do DJ. Todos gritavam abaixados contra o chão e tentando desesperadamente sair daquele lugar.

            Caos.

            O prefeito comunicou-se em público novamente, advertindo a todos os cidadãos à retornarem para suas casas imediatamente e se trancarem. Também declarou que haviam patrulhas de polícia espalhadas por toda a cidade, para tentar tranquilizar um pouco os cidadãos para com o iminente caos que estava por vir.

            Podia sentir o desespero de Gotham inteira. O telejornal mostrava as ruas e avenidas principais congestionadas, algumas pessoas até estavam saindo de Gotham por um tempo. Se meus pais já estavam um pouco histéricos, imaginei o resto da cidade.

            O problema de Gotham era sua imprevisibilidade para com esses ataques. Já era previsível que haveriam ataques na cidade – afinal era a cidade mais criminalística dos EUA -, entretanto, nunca se sabia quando, como, onde, e qual o tamanho. Todas essas incertezas agregadas, faziam com que todos se desesperassem quando algo viesse à tona.

            Como eu nunca tinha presenciado uma atribulação dessas, não sabia se me desesperava também ou tentava ser otimista. Qualquer coisa podia acontecer, ou não acontecer.

            Em casa, meus pais corriam de um lado para o outro            , preparando um abrigo no porão de casa e reforçando os alarmes. Percebi que papai estava com sua arma à postos no coldre preso em sua calça, o que me deu uma certa insegurança.

            Talvez o negócio fosse sério mesmo.

            Em minha cabeça, todos estavam exaltados demais. Mas talvez não estivessem.

           

Foi combinado que iríamos dormir em nossos quartos mesmo, mas se ouvirmos algum barulho estranho perto de casa, correríamos direto para o porão. Meu pai estava contando que se houvesse algum ataque, iria ser no Centro da Ilha Sul e na Ilha Norte provavelmente, já que os crimes eram mais comuns lá. Talvez, pelo fato de estarmos em uma ilha nos arredores da metrópole, “excluídos”, estaríamos mais seguros. Ou talvez não.

            Porém, eu nem conseguia dormir. Minha calma de antes tinha desaparecido aos poucos e agora podia sentir minha outra personalidade se aproveitando de minha fraqueza emocional – o que ela sempre fazia. Entretanto, ela estava muito persistente hoje, os remédios não estavam fazendo muito efeito.

            ENTERRE, ENTERRE BEM FUNDO – eu repetia mentalmente, tentando afastar qualquer manifestação em minha mente.

            Eu estava em meu quarto, sentada em uma poltrona olhando para a vista de Gotham da minha janela. Já era de madrugada. Eu podia ver a Ilha Sul praticamente inteira, por enquanto silenciosa, quieta. O frasco do remédio que me acalmava estava em minhas mãos, já tinha engolido em seco 3 pílulas e tinha certeza que teria que tomar mais uma – ou algumas mais. A dor de cabeça estava persistente.

            Minha vida nova sem crises estava muito boa para ser verdade.

            Encontrava-me imóvel na poltrona, olhando fixamente para as luzes da cidade. Meu pé pendido, balançava freneticamente. Revirava o frasco em minha mão repetidamente. O barulhinho das pílulas dentro do frasco me mantia alerta. Podia sentir meus olhos levemente arregalados e piscava-os a cada 30 segundos, com medo de quando abrisse-os,  o caos já ter se alastrado por Gotham.

            Minha mente sucumbiu, de repente. Minha visão rodopiou e podia sentir minhas órbitas virando para dentro. Acelerado, meu coração batia. E lá, no fundo de minha mente, podia sentir unhas e garras lutando para alcançar a superfície. Subitamente, minha cabeça pendeu para o lado e então voltei ao controle, ofegante. Porém eu não sabia quanto tempo mais podia agüentar minha “outra eu”, ela estava muito forte no momento.

            ENTERRE, ENTERRE BEM FUNDO.

            Rapidamente, abri o frasco e engoli em seco meu 4º comprimido em menos de 2 horas.

            ENTERRE, ENTERRE BEM FUNDO.

            E foi só eu terminar de engoli-lo, que o caos se alastrou pela cidade. Vários estrondos dispararam em série, um seguido do outro. A luz, imediatamente, cessou em uma parte da cidade, deixando-a no breu total.

            Meu coração era o coração de um beija-flor.

            Levantei da poltrona tão drasticamente que fiquei com tontura e tive que me apoiar no vidro da janela. Pisquei algumas vezes e voltei ao normal, agora tentando descobrir o que foram aqueles estrondos. Bombas, talvez?

            Queria parar de olhar, mas minha curiosidade me venceu.

            Helicópteros invadiram o céu, apontando suas luzes para a cidade, tentando descobrir a origem de algo. Um deles estava sobrevoando o mar entre Tricorner Yards – onde eu estava - e a Ilha Sul. E quando aquele mesmo helicóptero foi atingido por algo e explodiu imediatamente, diante de mim, não aguentei mais.

            Sucumbi à minha loucura.


Notas Finais


Espero que tenham gostado... :)

Twitter: @blogAMAQ


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