História A filha do Mestre Pokemon - Captura a caminho de Jubilife

Passaram-se pouco mais de três semanas desde o natal. Mariene, Klauss, Lana e Mathew encontravam-se na rota a caminho da cidade de Jubilife em Sinnoh, pois haviam visto que teria um torneio dentro de alguns dias. Eles haviam parado para almoçar e descansar um pouco, já que estava muito calor e estavam esgotados e com fome de caminhar por tanto tempo naquelas condições. Como estavam dividindo as responsabilidades, nesse dia era a vez de Lana e Mathew prepararem o almoço, enquanto Mariene e Klauss descansariam.

Pikachu e Espeon, que sempre ficavam fora da Pokébola, aproveitavam esse tempo para brincar um pouco, enquanto sua treinadora relaxava com preguiça de fazer qualquer coisa, sentada no chão apoiada em uma árvore, com Klauss sentado ao seu lado.

[Klauss] – Ma, tem uma coisa que eu queria falar com você...

[Mariene] – O que Klauss?

[Klauss] – Eu percebi que de um tempo para cá, sua Espeon tem passado muito mais tempo me acompanhando do que ao seu lado. Você não fica incomodada com isso?

[Mariene] – Claro que não seu bobo. Na verdade, a maioria dos Pokémon com o tempo adquire o mesmo sentimento de seu treinador.

[Klauss] – O que quer dizer com isso?

[Mariene] – Que ela gosta de você da mesma forma que eu. E ela tem passado um bom tempo comigo também. Diria que metade do tempo ela fica com você, e a outra metade comigo. Talvez seja até uma forma dela mostrar que quer que a gente continue juntos.

[Klauss] – Será que é isso mesmo? Nunca vi um Pokémon agir assim.

[Mariene] – Pelo que soube, o Pikachu do meu pai faz a mesma coisa.

[Klauss] – Ele fica com sua mãe?

[Mariene] – Pelo que minha vó disse...

[Lana] – HORA DE COMER!!!!!!!! - Gritou

[Mariene] – COMIDA!!!!! Vamos logo Klauss. Estou morrendo de fome.

Mariene e Klauss pegam seus ovos Pokémon e vão até a mesa de piquenique. Mesa não, na verdade era apenas um pano grande colocado no chão, que servia como mesa para eles. Logo depois, Pikachu e Espeon correram para o local, e então todos liberaram seus Pokémon e deram comida para eles, antes de começarem a almoçar, e durante o almoço Mariene e Klauss continuaram a conversa que haviam começado, mas Klauss percebe que ao falar de Serena e Ash, o tom de voz de sua amada era mais triste que o normal, embora a menina tentasse disfarçar. Para evitar questionamentos, Mariene parou de conversar e se concentrou na comida, e como sempre foi a que mais comeu, além de ser mais rápida, seguida por Klauss, Lana e Mathew. Na hora lavar os pratos e talheres, todos ajudaram, para poderem terminar tudo o quanto antes e voltarem a caminhar em direção à cidade de Jubilife.

Pelo caminho, Lana e Mathew conversavam sobre capturar mais Pokémon, pois embora não fossem participar da liga, sabiam que precisariam de uma equipe forte contra a Equipe Shadow, já que eles já estavam tão envolvidos naquela história quanto Mariene e Klauss. Já Mariene estava ansiosa pelo torneio de Jubilife e não via a hora de chegar lá para participar, porém essa ansiedade foi interrompida quando Mathew encontrou um Sneasel, embora não fosse comum naquela rota.

[Mathew] – Ei pessoal, esperem um pouco, acho que encontrei um Sneasel ali.

[Mariene] – Um Sneasel? Não deveria ter um por aqui.

[Lana] – Mas tem. Olha ali – disse apontando para um Sneasel deitado ao lado de uma árvore.

[Klauss] – Ei Mathew, vai tentar capturar?

[Mathew] – Mas é claro.

Ao ouvir isso, o Sneasel, que todos acreditavam estar dormindo, se levanta e se prepara para a batalha, com um olhar desafiador para Mathew. Mathew antes de iniciar a batalha informa o Sneasel que quer capturá-lo, e pergunta se está tudo bem, e Sneasel responde positivamente com a cabeça.

[Mathew] – Bergmite, preciso da sua ajuda. – disse enquanto lançava a pokébola – Eu sei que você não está acostumado com batalhas, então não se preocupe caso perca, tudo bem?

[Lana] – Mat, tem certeza que vai escolher o Bergmite?

[Mathew] – Claro. Vai servir também como treino para ele.

Antes que Mathew fizesse alguma coisa, Sneasel começa a batalha com um Quick Attack, surpreendendo Mathew e Bergmite, que é atingido.

[Mathew] – Está tudo bem Bergmite?

Bergmite assente

[Mathew] – Ótimo. Então Ice Fang.

[Mariene] – Mathew, golpes do tipo Ice não serão muito eficientes.

[Mathew] – Eu sei. Mas serve de treino.

Bergmite avança contra Sneasel para mordê-lo com o Ice Fang, porém Sneasel desvia e Bergmite acaba perdendo o equilíbrio e caindo.

[Mathew] – Bergmite, levante. Não tem problema ter errado. Tente de novo.

Bergmite se levanta e tenta novamente o Ice Fang, mas novamente Sneasel desvia, porém dessa vez contra-ataca com um Ice Wind, causando um pouco de dano em Bergmite.

[Mathew] – Bergmite, consegue continuar?

Bergmite assente.

[Mathew] – Tudo bem, então ataque com o Ice Fang.

Bergmite corre em direção ao Sneasel. Sem tempo para desviar, Sneasel é mordido com as presas de gelo e até é arrastado um pouco para trás com a velocidade do impacto, mas curiosamente sorri quando Bergmite se afasta.

[Mariene] – Parece que o Sneasel está gostando da batalha.

[Mathew] – Isso é ótimo. Espero que eu consiga capturá-lo. Bergmite, Ice Wind.

Bergmite ataca com o Ice Wind, porém Sneasel contra-ataca também com Ice Wind, só que mais forte que o Ice Wind do Bergmite e acaba não só anulando o Ice Wind do Bergmite, como também atinge o novato Pokémon.

Bergmite levanta com dificuldades após o golpe, e Mathew percebe que ele está fraco demais para continuar.

[Mathew] – Bergmite, obrigado, mas já chega por hoje. Pode retornar e descansar um pouco. Sneasel, desculpe, mas foi só a terceira batalha do Bergmite. Espero poder batalhar contra você de novo para poder ter você em minha equipe.

Sneasel olha para Mathew e começa a caminhar até o mesmo, e então cumprimenta Mathew e se senta na frente dele. Mariene já tinha entendido o que aquilo significava, mas preferiu deixar Mathew descobrir sozinho.

Mathew faz um carinho na cabeça de Sneasel, e então começa a caminhar em direção aos seus amigos, porém Sneasel sai correndo e fica na frente de Mathew novamente, olhando fixamente nos olhos do garoto.

[Mathew] – Ei, o que foi Sneasel?

[Sneasel] – Sneasel, sneasel snea sneasel...

[Mathew] – Não entendi nada do que você falou, mas me diga, você quer ir comigo?

Sneasel assente contente, e Mathew se abaixa e mostra uma pokébola para Sneasel, que toca na mesma e se deixa capturar.

[Mariene] – Demorou para perceber hein – disse rindo – Só para avisar, o que Sneasel disse foi “Idiota, quero ir com você”

[Lana] – Hahahaha, viu só amorzinho, até os Pokémon te acham meio idiota.

[Mathew] – Sua chata. Mas o que importa é que o Sneasel quis vir comigo. Só não entendi o porque.

[Klauss] – Isso é fácil descobrir, basta a Mariene perguntar para ele.

[Mathew] – Ótima ideia Klauss. Vamos deixar ele descansar um pouco e depois perguntamos.

[Mariene] – Enquanto isso, vamos para Jubilife. Não vejo a hora de participar desse torneio. Pena que a May e a Dawn não vão participar.

[Klauss] – Ainda bem, né? Se participassem, não teríamos chances.

[Mariene] – Mas poderíamos aprender bastante.

Aproveitando o clima ameno desse dia, Mariene e seus amigos preferiram não fazer mais nenhuma parada durante o percurso, e quando perceberam, já havia anoitecido e eles precisariam acampar novamente. Pelos cálculos de Mathew, se mantivessem o ritmo de hoje, em três dias chegariam à cidade de Jubilife.

Após Mathew e Klauss montarem o acampamento, Mathew decidiu liberar seus Pokémon, não só para apresentar Sneasel, como também para descobrir o porque de Sneasel escolher ir com ele. Para a alegria dele, todos seus Pokémon receberam Sneasel muito bem, e Sneasel rapidamente fez amizade com todos.

[Mathew] – Mariene, pode me ajudar um pouco?

[Mariene] – Depende, com o que?

[Mathew] – Serviços de tradução Pokémonês.

[Mariene] – Tudo bem – disse rindo.

[Mathew] – Ei Sneasel, se não se importa, por que decidiu vir comigo, mesmo tendo vencido a batalha?

[Mariene] – Ele disse que quando você retirou o Bergmite da batalha para poupá-lo mostrou que você respeita os Pokémon e era digno da confiança dele.

[Mathew] – Puxa... Quer dizer que se eu insistisse na batalha, ele não viria?

[Mariene] – Talvez... O que nos diz Sneasel?

[Sneasel] – Eu iria do mesmo jeito. Já venho acompanhando vocês tem alguns dias.

[Mariene] – Ahn, acho que você estava sendo seguido, Mathew.

[Sneasel] – Você me entende, garota?

[Mariene] – Sim. Sou portadora da aura e através dela consigo conversar com os Pokémon.

[Klauss] –O Sneasel estava seguindo ele?

[Lana] – Como não vimos?

[Mathew] – O Sneasel sabe se esconder quando quer.

[Mariene] – E por que estava seguindo ele? E por que escolheu ele para ser seu treinador?

[Sneasel] – Na verdade eu tinha um treinador, e fui o primeiro Pokémon dele. Sempre batalhamos juntos, e quando nós estávamos vendo uma batalha antiga de um treinador chamado Ash Ketechum, com um Pikachu super forte, decidimos que seriamos tão forte quanto aqueles dois. Treinamos duro para isso, e eu até tinha decidido não evoluir, assim como aquele Pikachu, só para poder dizer que também era capaz.

[Mariene] – Mas se você tinha um treinador, por que Mathew conseguiu capturar você?

[Mathew] – Ele tem treinador?

[Lana] – Fica quieto, depois a Ma explica tudo para a gente.

[Sneasel] – A batalha que vimos era do Pikachu vencendo um Latios em uma liga Pokémon, e meu treinador invadiu o espaço de uma Latias para me fazer batalhar. Com a fúria da Latias ter seu espaço invadido, não fui capaz de derrotá-la, na verdade, nem sei como estou vivo. Após perder a batalha, meu treinador me abandonou, dizendo que eu era fraco demais para tomar o lugar do Pikachu e do Ash. Isso aconteceu tem pouco mais de um mês.

[Mariene] – Caramba... Como podem existir pessoas tão mesquinhas assim?

[Sneasel] – Eu também me pergunto isso. Mas como você sabe, um Pokémon quando é abandonado perde a confiança nos humanos. Eu tinha decidido viver sozinho para sempre, mas um dia vi você e seus amigos treinando, e comecei a acompanhar vocês. Vi que todos vocês respeitam muito os Pokémon, e isso fez eu recuperar um pouco da fé que eu tinha nos humanos. Escolhi o Mathew pois ele é o que tem maior dificuldade nos treinos por não gostar muito de batalhas, e sei que posso ajudá-lo nisso. Eu só precisava enfrentar ele uma vez para ter certeza que ele era o treinador certo para mim, e durante nossa batalha, eu confirmei isso.

[Mariene] – E como era esse seu treinador?

[Sneasel] – Ele se chama Marcus, e é muito forte. Ele conseguiu as 8 insígnias de Kanto, Johto e Hoenn em menos de 2 meses. Ele vai participar das três ligas. Meu sonho hoje é enfrentá-lo na liga uma vez, mas sei que o Mathew não vai participar.

[Mariene] – Talvez isso dê para resolver. Como só eu consigo entender você, vou explicar tudo para o Mathew e para os outros também, mas acho que o Mathew vai concordar em tornar seu sonho realidade. A propósito, Ash Ketchum é meu pai.

[Sneasel] – O QUE? Você é filha do Ash que tem aquele Pikachu que é praticamente invencível? Então um dia eu vou conhecer mesmo ele?

[Mariene] – Se quiser, sim. Nossa, você parece muito mais com um humano que com um Pokémon... Ficou todo eufórico só por saber que vai conhecer meu pai.

[Sneasel] – É claro, ele tem o lendário Pikachu com ele.

[Mariene] – Lendário Pikachu... Queria saber o que tem de tão especial nele. Ele só foi bem treinado, e por isso chegou onde está.

[Sneasel] – Se ele for realmente o Pikachu da lenda, que deve ser o que conta no seu livro, ele é muito mais que um Pokémon bem treinado.

[Klauss] – Ô Mariene, dá prá explicar o que vocês estão conversando, que nós três estamos sem entender nada aqui...

[Mariene] – Hahahaha, desculpem. Eu esqueço que vocês não falam com os Pokémon. Sneasel, depois me conta mais sobre o Pikachu, vou falar para eles sobre o que você me contou e tentar convencer o Mathew pra você.