— MAZITA, VAMOS LOGO!!! VOCÊ VAI NOS ATRASAR DE NOVO!!!
— JÁ VOU AMOR!!!
Mariene ainda nem tinha terminado de calçar seu tênis, saiu do quarto tentando calçar o tênis que faltava enquanto ia para a cozinha pegar algo para comer. Espeon, Pikachu e Mawile já estavam na sala com o Klauss, esperando pela garota que estava atrasada para a aula, como todos os dias durante os últimos 16 dias.
Ao passar tentando correr pela sala, ainda com dificuldades para colocar o tênis, já que ela não queria parar de andar, acabou perdendo o equilíbrio e caindo de cara no chão.
Pikachu e Espeon começaram a rolar no chão, rindo da treinadora, e Klauss acabou rindo junto, ficando somente o Mawile sem rir e indo até a sua treinadora para ajudar ela a se levantar.
— Klauss, não teve graça… — resmungou fazendo bico enquanto colocava o tênis.
— Teve sim, até seus próprios Pokémon acharam graça.
— Ah é? Sem doces para eles então, e você vai ficar sem beijo — Mariene falou indo em direção à cozinha
— O QUE? POR QUÊ?
— A culpa é sua de eu sempre me atrasar. E você deu risada de mim — disse com cara de choro.
— C… Culpa minha?
— Sim… Se você não fosse um travesseiro tão bom eu acordava mais fácil.
— Que tal começar a dormir no seu quarto então? Aqui, já separei seu almoço de hoje.
— NÃO!!! Prefiro o atraso — disse levemente corada.
— Tá bom, tá bom… Mas vamos logo.
Klauss e Mariene saem de mãos dadas e são acompanhados pelos seus Pokémon. Até Magmar e Incineroar já estavam ficando acostumados a ficar fora Pokébola.
Assim que chegaram na escola, algumas crianças já correram abraçar os dois, principalmente os que tinham menos de 10 anos, sendo que Yudi e Aiko eram sempre os primeiros juntos da Lílian.
Por outro lado, Takafumi continuava desprezando eles, e ninguém conseguia entender o motivo daquilo.
— Alola!!! Como estão, crianças??? — cumprimentou Lillie entrando na sala.
— Alola professora — responderam todos ao mesmo tempo.
— Hoje vamos fazer algo diferente. Alguém aqui já batalhou alguma vez, nem que fosse com seus pais ou algum amigo que tenha Pokémon?
— NÃO!!! — responderam quase todos ao mesmo tempo, exceto Mariene e Klauss, claro.
— Então, que tal uma aula prática sobre as batalhas Pokémon?
— É SÉRIO? — perguntou Yudi animado.
— O QUE ESTAMOS ESPERANDO? VAMOS LOGO!!! — gritou Aiko, eufórica.
— Hihihi, parece que é uma boa ideia. Para diminuir os riscos, todos irão batalhar com os iniciais. Por questões óbvias, o Klauss e a Mariene não vão participar.
— Professora, posso dar uma ideia? — perguntou Klauss.
— Claro que sim.
— Vocês querem sentir como é participar de uma liga, não querem?
— SIM!!! — responderam todos ao mesmo tempo, animados, menos Takafumi, que ficou calado com a mesma expressão tediosa e arrogante de sempre.
— Professora, que tal fazer uma “mini liga” na escola? Aí quem vencer, vai poder batalhar comigo.
— Acha que…
— Vamos fazer isso professora! — gritou uma garotinha no fundo da sala.
— É, parece divertido — comentou outra garota.
— Isso, vou poder experimentar uma liga antes de ser treinador — comentou Yudi.
— Vocês venceram. Está bem. Mas o Klauss vai batalhar com um inicial também. Vejamos, temos 24 alunos além da Mariene e do Klauss. Vamos dividir em oito grupos com três participantes cada. Uma vitória vale 3 pontos e o empate vale 1 ponto. Somente o primeiro colocado do grupo vai passar para a próxima fase, o que quer dizer que apenas oito irão continuar.
— Professora, e se tiver empate? — perguntou um garoto.
— Como a ideia é que os mais fortes passem, se algum vencedor de outro grupo tiver menos ponto que os dois empatados, ele será eliminado e os dois que empataram vão para a próxima fase. Então, deem o seu melhor.
Todas as crianças pulam de alegria, enquanto Yudi e Aiko vão abraçar o Klauss agradecendo por ter dado a ideia da mini liga na escola. Lillie leva todos para o campo de batalha da escola e então decide fazer o sorteio das batalhas.
Por comum acordo de todos, eles decidem fazer as batalhas com os Rowlet. Por se tratar de uma escola Pokémon, eles tinham mais de trinta Pokémon de cada espécie dos iniciais, todos sem experiência de batalha.
As batalhas estavam sendo relativamente rápidas, já que os Pokémon eram inexperientes. Como era de se esperar, as vitórias ocorriam por muito pouca diferença.
Mariene começou a sorrir ao ver as batalhas, e se lembrou de quando começou a brincar de batalhar com os Pokémon do seu pai no rancho do professor Carvalho.
Finalmente chegou o momento da última batalha da fase de grupos, e era do sexto grupo, entre Aiko e Yudi, e ambos venceram a primeira batalha
— Yu, finalmente vamos batalhar.
— Já era hora… Desde que a gente tinha uns cinco anos a gente sonha com isso, não é?
— Tem razão. Mal posso acreditar que finalmente vamos batalhar.
— Lembre-se da sua promessa. Se eu vencer…
— Tá… Tá… Eu te levo para um piquenique.
Mariene e Klauss se olharam, já imaginando onde isso iria levar.
— Em compensação, se eu te vencer Aikozinha, você vai ter que me esperar para iniciar sua jornada.
— Combinado. Então vamos começar.
— Rowlet, use o Tackle.
— Rowzinho, Leafage — pediu Aiko.
O Rowlet que estava sendo comandado por Yudi avançou em direção ao Rowlet da Aiko, mas no meio do caminho foi atingido pelo Leafage e recebeu pouco dano, mas o suficiente para interromper o Tackle.
— Vamos lá Rowlet, Tackle de novo.
— Rowzinho, outro Leafage.
Novamente os dois Pokémon fazem o mesmo ataque, e o resultado é exatamente o mesmo.
— Se continuar assim vamos perder. O que eu faço?!?! — Yudi se perguntava, confuso.
— Paga sua promessa. Rowzinho, Leafage de novo.
— Boba, ainda cai nessa? Evasiva Rowlet, e depois Tackle.
O Rowlet do Yudi desvia por muito pouco do Leafage, e logo depois parte para cima do Rowlet da Aiko. Ele acerta o Tackle que causa um bom dano no Rowlet adversário.
— AAAAHHHH Rowzinho… Você está bem?
O Rowlet se levanta e se prepara para batalhar, embora tivesse sentido o golpe.
— Aiko, você sempre acredita quando finjo estar perdido ou confuso.
— Seu chato… Você vai ver. Tackle Rowlet.
— Tackle também.
Os dois Rowlets avançam um contra o outro e se chutam ao mesmo tempo, sendo jogados para trás e ambos caindo fora de combate.
— O que? Como empatamos? O Rowlet é resistente contra o Leafage, não era para ter levado tanto dano e perdido só com um Tackle — questionou Yudi, confuso.
— Hahaha, os Pokémon sentem também a determinação do seu treinador. Vocês dois estavam confiantes por ela usar o Tackle e acabaram baixando a guarda, e ela por outro lado estava determinada a provar que podia te vencer. Isso fez o Rowlet ir com mais determinação também, e ele acertou um golpe crítico — explicou Klauss.
— Golpe crítico? — perguntou Aiko.
— Sim. O golpe crítico normalmente faz a força do golpe ser aproximadamente 50% mais forte. Mas há casos que o ganho de poder pode ser menor ou maior, e ninguém sabe exatamente o que determina isso. — Explicou Lillie.
— Muito bem — disse uma voz que muitos alunos não conheciam. — Agora vocês precisam deixar esses Rowlet descansarem.
— Hala, o que faz aqui? — perguntou Lillie, surpresa.
Quando ouviram o nome Hala, os alunos começaram a cochichar entre si, já que ele era uma das pessoas mais importantes da ilha, e responsável pela Grand Trial.
— Ouvi falar que um pupilo do Ash estava na nossa querida Escola Pokémon de Alola e vim verificar. Não esperava encontrar também a filha dele. Ouvi dizer que ela desistiu de batalhar.
— Ahn, mais ou menos isso — respondeu Mariene.
— Eu venho acompanhando essa pequena liga que vocês organizaram desde o início, mas estava escondido. Acho que a continuação da liga escolar deverá ser amanhã, então por enquanto… Klauss Humble, eu, Kahuna da Ilha de Melemele, te desafio para uma batalha no Grand Trial. Se me vencer, receberá um Dragonium-Z e a insígnia All-Out Pummeling, que comprovará que você venceu o Grand Trial desta ilha. Mas se perder, perderá seu Z-Ring e só poderá tê-lo novamente quando conseguir me vencer.
— Estou preparado para isso.
— Tem certeza Klaussito?
— Sim Mazita… Vamos lá senhor Hala.
Todas as crianças se afastam e somente Hala e Klauss ficam no campo de batalha, com Mariene, Espeon, Pikachu e Mawile um pouco mais próximos deles.
— Crabrawler, hora de termos uma boa disputa — disse lançando a Pokébola.
— Magmar, hora de aquecermos. Vamos lá.
— Usaremos apenas dois Pokémon, o que ficar sem poder batalhar primeiro perde. De acordo?
— Claro.
— Pode começar.
— Ótimo. Magmar, Flamethrower!
— Crabhammer Crabrawler!
Antes mesmo do Magmar lançar o Flamethrower, Crabawler atravessou o campo de batalha e acertou o Crabhammer em cheio na cabeça do Magmar.
— QUE RÁPIDO!!! — Magmar assentiu, voltando para a posição de batalha rapidamente. — Pelo menos a gente treinou bastante com o Pikachu da Mazita antes da Liga Índigo. Fire Punch!
— Crabrawler, Crabhammer de novo.
Magmar e Crabrawler avançaram um contra o outro, com seus socos já preparados. Os socos se encontraram e ambos ficaram por algum tempo disputando força, mas logo o Fire Punch do Magmar superou o Crabhammer e jogou o Crabrawler para trás.
— C… Como? — perguntou Yudi — O Crabhammer era para ser super-efetivo contra o Magmar — comentou Yudi, confuso.
— Meu Magmar é mais forte do que parece. Não vai ser um Crabhammer que irá vencê-lo.
— Você realmente é um pupilo do Ash. Crabrawler, Bubble Beam!
— Evasiva e Flamethrower!
— Power-Up Punch!
Crabrawler lança um enorme Bubble Beam em direção ao Magmar, que rapidamente desvia para o lado e contra-ataca com o Flamethrower, mas Crabrawler é mais rápido e avança por baixo do Flamethrower e acerta o Power-Up Punch no Magmar.
— Droga… Magmar, ele é rápido, mas a cada golpe ele fica mais lento um pouco. Vamos ter que deixar ele cansado para vencer.
— Então você percebeu? Parece que você realmente quer manter seu Z-Ring. Crabrawler, use sua velocidade para acertar outro Crabhammer no Magmar.
— Evasiva Magmar, e Fire Blast!
Magmar tenta desviar para o lado, mas ainda assim é atingido de raspão pelo Crabhammer. Ele se vira e lança seu poderosíssimo Fire Blast contra o Crabrawler, que não tem tempo de desviar e é atingido.
— Magmar… Hora de ir com tudo. Acho que não precisamos nos segurar contra ele, hora de mostrar a evolução do seu Flamethrower para a Mazita, o que acha?
— Maaaarrrr…
— Não ache que vai ser fácil garoto. Bubble Beam!
— FLAMETHROWER AGORA!!!!
O Magmar lança seu Flamethrower contra o Crabrawler com força total. Os alunos se espantaram com o tamanho das chamas, mas ainda achavam que o Bubble Beam venceria, afinal, era o Kahuna da ilha e com vantagem de ser um ataque de água contra um de fogo.
Os olhos da Mariene brilharam ao ver o tamanho do Flamethrower. Ele percebeu que o golpe estava muito mais forte que o usado na liga, e ficou feliz de ver que Klauss e Magmar continuavam evoluindo.
Para a surpresa de todos, exceto da Mariene, o Flamethrower aniquilou instantâneamente o Bubble Beam e atingiu o Crabrawler, que resistiu por algum tempo, mas acabou sendo derrotado.
— Crabrawler, retorne e tenha um longo e merecido descanso.
— Senhor Hala, melhor ver se o Crabrawler está bem, meu Magmar…
— Eu sei, tem magma junto do Flamethrower, certo? Não se preocupe, o Crabrawler está bem, ele tem treinado no vulcão junto com o Kiawe pelos últimos 12 anos, então está acostumado a se queimar.
— Ainda assim, eu prefiro ver como ele está.
— Tudo bem então. Crabrawler, pode sair.
Mesmo ainda machucado da batalha, Crabrawler já sai da Pokébola preparado para batalhar. Ao ver o Crabrawler queimado, Klauss fica preocupado, mas logo relaxa ao perceber que ele estava bem e bastava descansar que iria se recuperar.
— Obrigado senhor Hala. Depois que um Pokémon quase morreu por causa do Flamethrower do Magmar eu fiquei meio traumatizado com isso.
— Crabrawler, pode voltar a descansar. Não se preocupe Klauss, isso só mostra o quanto você respeita os Pokémon. Mas agora é hora de eu virar o jogo. E tenho uma carta na manga para isso.
Hala apenas assoviou e ficou aguardando. Após alguns segundos, foi possível escutar um grito, que Lillie, Mariene e Klauss já conheciam muito bem, mas os alunos ainda não.
De tão rápido, parecia que o Pokémon havia se teletransportado para frente do Hala, e Klauss sorriu ao ver.
— Professora Lilie, que Pokémon é esse? — perguntou um garoto de 12 anos.
— Eu nunca vi antes. E porque o Kahuna chamou ele com um assovio? — perguntou Aiko.
— Crianças, esse Pokémon é ninguém menos que Tapu Koko, o guardião de Melemele. — respondeu Lilie, com um sorriso no rosto.
— O Kahuna vai batalhar com o Pokémon mais forte da ilha? — questionou Yudi.
— Eu não tenho certeza disso — respondeu Lilie com um sorriso, que mesmo sempre tendo sido contra batalhas Pokémon, desde que conheceu o Ash adquiriu uma admiração especial por esse tipo de competição.
Klauss estava sorrindo, confiante na batalha e animado pelo desafio, e Mariene compartilhava dos sentimentos do seu namorado, feliz por ele que teria uma batalha desafiadora.
“Parece que vai ser difícil o Magmar vencer essa. Vou tentar enfraquecer ele ao máximo e depois terei que batalhar com o Latios se eu quiser vencer.”
— Senhor Hala, eu vou manter o Magmar na batalha.
— Ótimo, então conto com a sua ajuda Tapu Koko.
Tapu Koko deu um grito muito alto, e logo um brilho amarelo tomou conta do local, revelando que o Electric Terrain havia sido ativado.
— Electric Terrain… Isso vai ser difícil. Magmar, Flamethrower.
— Guardião, Thunderbolt.
Magmar lançou um Flamethrower tão grande quanto o que derrotou Crabrawler, porém Tapu Koko se escondeu em seu casco e se protegeu muito bem do ataque, não recebendo quase nenhum dano, e logo depois lançou seu Thunderbolt, o maior que Klauss já viu, e Magmar não teve tempo de desviar.
Magmar caiu com o golpe, mas mesmo com o grande dano recebido, tornou a levantar, com muita dificuldade, mas determinado a continuar batalhando.
— Seu Magmar é resistente. Somente os Pokémon do Ash, do Alain, da Serena e do Gary já resistiram ao ataque do Tapu Koko.
— Bom, meu Magmar treinou um pouquinho com o Charizard do Ash no Vale Charicífico. Flame Charge Magmar.
— Electro Ball.
Magmar envolveu seu corpo em chamas e correu em direção ao Tapu Koko, mas quando estava prestes a acertar, Tapu Koko praticamente desapareceu com a grande velocidade e escapou do ataque, contra-atacando com um Electro Ball pelas costas do Magmar, que não teve como se defender.
— DROGA!!! Que velocidade incrível. Magmar, retorne, você foi ótimo.
— E agora Klauss, como pretende enfrentar o guardião de Melemele?
— Senhor Hala, o Magmar é meu Pokémon mais forte, dentre os não lendários. Eu ainda posso contar com meu amigo aqui — disse mostrando a Pokébola — LATIOS, HORA DE UM DESAFIO DE VERDADE!
Latios sai da Pokébola e se coloca ao lado de seu treinador.
— Que Pokémon é esse? Parece forte — disse por telepatia, para que todos ouvissem
— É o Tapu Koko, guardião de ilha de Melemele — respondeu Klauss.
— Latios, você parece ser jovem ainda. O Tapu Koko é um Pokémon Divindade.
— Isso vai ser divertido. Mestre, hora de mostrar sua força.
— Já falei que não sou seu mestre, Latios, somos amigos. E vamos mostrar a nossa força, juntos.
— Hm… Ver um lendário se submeter assim a um humano… É a primeira vez que vejo isso. — comentou Hala — Tapu Koko, Thunderbolt.
— Evasiva e Dragon Pulse!
Com o Electric Terrain ainda em ação, Tapu Koko lança um forte e rápido Thunderbolt na direção do Latios, mas Latios consegue desviar e contra-ataca na mesma velocidade, acertando seu Dragon Pulse no Tapu Koko e causando algum dano.
Tapu Koko se recupera rápido e fica curioso sobre o poder do Latios.
— Parece que se animou Guardião… Então vamos com tudo. Quick Attack.
— Prote…
Antes que Klauss terminasse de falar, Latios já havia sido atingido e nem conseguiu ver de onde veio o ataque.
— Acho que vamos precisar disso — disse tocando sua Key Stone. — Latios, MEGA EVOLUA!
— Isso não é o bastante contra a velocidade do Guardião Tapu Koko. Wild Charge!
— Hyper Beam!
— Se proteja e Dazzling Gleam!
Vendo o grande Hyper Beam que vinha em sua direção, Tapu Koko se protege dentro de seu casco novamente, mas o poder do Hyper Beam do Mega Latios é muito forte e mesmo se protegendo, ele recebe algum dano. Assim que o Hyper Beam acabou, Tapu Koko se aproveitou da sua velocidade e contra-atacou com o Dazzling Gleam, sem dar chance do Mega Latios desviar.
Com o golpe, Latios cai no chão, mas após alguns segundos se levanta e volta a voar, ficando de frente para Tapu Koko.
— É agora Latios. Hyper Pulse!
Hala e Tapu Koko olharam confusos para Klauss e Mega Latios, mas assim que as energias do Dragon Pulse e Hyper Beam começaram a se unir na frente da boca do Mega Latios, eles entenderam a ideia do Klauss.
— Combinação forte, mas será que é mais forte que isso? VAMOS LÁ TAPU KOKO, GIGAVOLT HAVOC!
Com uma diferença de alguns décimos de segundos apenas, ambos Pokémon lançam seus poderes. Porém o Hyper Pulse acaba superando a força do Gigavolt Havoc e atravessa por ele, atingido o Tapu Koko antes que ele pudesse se proteger.
— A batalha acabou. Tapu Koko, obrigado por vir.
Tapu Koko grita bem alto para todos, assente para o Hala e passa por Latios em grande velocidade, mas para pouco depois e olha para seu adversário, enquanto assentiu e voltou a voar para longe.
— Mas ainda não acabamos Kahuna.
— Acabamos. Você se mostrou digno de manter a Z-Ring e receber a Insígnia All-Out Pummeling. Eu nunca batalho com o Tapu Koko valendo uma insígnia, minhas batalhas são sempre com o Crabrawler e o Hariyama. Mas não ache que desisti, só estou cansado e essa batalha iria levar horas.
— E porque chamou o Tapu Koko?
— Para testar seu nível com o Latios. Não sei quem ganharia a batalha, mas até agora, somente o Ash, o Alain, o Gary e a Serena haviam conseguido batalhar no mesmo nível do Tapu Koko. Mesmo que você perdesse, mereceria a Insígnia.
— KAHUNA!!! — gritou um garoto.
— Pode falar garotinho.
— Você está dizendo que o Klauss está no nível do Ash Ketchum, o Mestre Pokémon?
Hala não pôde evitar e deu uma gargalhada, muito, mas muito alta e intensa.
— HAHAHA… Claro que não, ele não chega nem perto do nível do Ash. Mas arrisco dizer que nessa ilha, os únicos treinadores que podem vencê-lo sejam na verdade eu, a Campeã Misty e os membros da Elite dos Quatro. E se considerar toda a região de Alola, os outros Kahunas também, até porque sou o mais fraco dentre os Kahunas.
— Humpf… Se eu tivesse um Pokémon no mesmo nível do dele, eu vencia fácil esse metidinho aí — comentou o Takafumi.
— É mesmo Takafumi? — questionou Hala, já sabendo do temperamento do futuro treinador. — Então que tal provar isso vencendo essa Liga Escolar e depois vencendo ele? Ele vai batalhar com um Rowlet também, e o Rowlet dele não vai ter feito nenhuma batalha. Se você vencer, eu te dou a Licença Pokémon, como Kahuna, eu tenho autonomia para isso.
— Não acha que está exagerando senhor Hala? — questionou Lillie. — O Klauss pode ser um bom treinador, mas vai estar em desvantagem.
— Não é exagero. Se ele vencer o Klauss, eu vou aprovar ele como treinador Pokémon.
Takafumi deixa o local sem falar nada, enquanto as crianças corriam até o Hala e o Klauss para saber mais sobre a batalha.
No caminho de volta para casa, Mariene e Klauss foram surpreendidos quando Aiko e Yudi perguntaram se poderiam ir com eles. Os dois estranharam o pedido, mas não viram problema e deixaram eles acompanharem.
— Ahn… Yu… — Aiko chamou o amigo em voz baixa assim que entraram na casa.
Yudi apenas olhou para a garota e sorriu, mas tinha um certo ar de tristeza e nostalgia no sorriso dele. O que eles não sabiam é que a Mariene e o Klauss ouviram a Aiko e então decidiram olhar, e perceberam os olhos marejados dos dois.
— Ei… Por que estão assim? — perguntou Mariene, se abaixando perto dos dois.
Yudi e Aiko tentaram disfarçar, dizendo que era só felicidade por poder conhecer a casa do Ash, mas…
— Vocês não acham que vão enganar a gente com isso, acham? — questionou Klauss. — Nós sabemos diferenciar um choro de alegria e um de tristeza.
— …
— Nos desculpe — pediu Aiko.
— Não fiquem assim, nós somos amigos, não somos? — perguntou Mariene.
— Sim… — sussurrou Yudi.
— E então? Se vocês voltarem assim para casa, seus pais vão achar que a gente brigou com vocês.
Aiko, vendo que o amigo não conseguiria falar, decidiu falar por ele.
— Ahn… Sabe… Não é a primeira vez que viemos para cá.
— Não? — questionou Klauss.
— Uh-uh — negou Aiko. — O Yu morou aqui até os 5 anos, e eu sempre vinha para brincar com ele.
— Então, vocês queriam vir para cá porque estavam com saudades daqui? — perguntou Klauss.
— Sim… Mas não sei se foi uma boa ideia. Parece que o Yu…
— Eu estou bem… Não se preocupe Aikozinha.
— Mas… Mariene, você não tinha comentado que essa casa era do seu pai desde antes dele e da Serena se casarem?
— É verdade, e eu vim para cá algumas poucas vezes, e nunca vi o Yudi aqui.
— Bom, seu pai sempre pedia para eles saírem quando você vinha para cá. Parece que ele não queria que a gente te conhecesse.
— Mas eu quase não vinha para cá, por que o Yudi se mudou quando tinha cinco anos?
Yudi começou a chorar mais, e Aiko também não conseguia conter as lágrimas ao ver o amigo daquele jeito.
— Me desculpa… Eu… Não devia ter perguntado.
— Tá tudo bem Mariene. É que… Ele teve que se mudar porque os pais dele se separaram, e desde então ele não vê o pai.
— Não precisam falar se não quiserem. Deve estar sendo triste para ele.
— Yu… Foi para isso que você veio.
— Ahn?! — Klauss e Mariene ficaram confusos.
— É… Mariene… Será que… é… Será que… Seu pai poderia falar com ele e pedir para ele vir pra cá?
— Por favor Mariene. O Ash conhece o pai do Yu, talvez seja o único jeito dele ver o pai de novo.
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